sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

OS CATÓLICOS PODEM PRATICAR A IOGA?

Muitos católicos estão realmente convencidos de que a ioga é apenas um sistema de posturas físicas especiais e nada mais do que isso, constituindo uma prática saudável, tal como a de se fazer exercícios de ginástica em uma academia. Na verdade, a ioga é algo muitíssimo mais perigoso do que isso para os católicos: as aparentes benéficas posturas e exercícios de respiração são na verdade passos camuflados para uma união panteísta-niilista com Brahma, conceito hindu de Deus.

A palavra ioga vem da raiz sânscrita yuj, que significa 'união', porque a ioga visa exatamente promover a união entre o eu temporal (jiba) com o eu infinito (Brahma). Qualquer tipo de ioga (Raja yoga, Karma yoga, Jnana yoga, Hatha yoga, Laya yoga ou Kundalini yoga, Bhakti yoga e Mantra yoga) busca estabelecer este estado de conexão com seu 'eu divino' e cada uma de suas posições é projetada explicitamente para adorar uma de suas divindades. Isto é feito por meio das posturas das mãos (mudras), do corpo (asanas), do som (mantras) e também da respiração (pranayama).

As oito práticas de ioga que projetam levar o praticante da fase da ignorância à iluminação incluem o autocontrole (yama); a prática religiosa (niyama); posturas (asanas); exercícios de respiração (pranayamas); o controle dos sentidos (pratyaharas); a concentração (dharana); a contemplação profunda (dhyana) e, finalmente, a iluminação (samadhi). As posturas e os exercícios de respiração, aparentemente tomados como atividades inócuas e prazeirosas, são na realidade os passos 3 e 4 deste caminho em direção à união panteísta-niilista com Brahma.

Muitos católicos certamente dirão que praticam a ioga apenas por razões físicas e não com interesses espirituais, com a única finalidade de bem estar físico e controle mental. Certamente dirão também que os seus instrutores de ioga nunca (ou raramente) fizeram referências no sentido de que tais práticas poderiam extrapolar princípios de uma teosofia antagônica ao cristianismo. Com certeza, isso lhes seria omitido, deliberadamente ou não, porque é possível que muitos dos próprios instrutores desconheçam na medida exata o real significado das práticas realizadas. Mas que os católicos não subestimem essa realidade: a prática da ioga é uma abertura muitíssimo perigosa para ações malignas, na medida que postula que a libertação do espírito pode ser alcançada com técnicas de meditação que alteram o estado de consciência e mediante a experimentação de posturas que evocam explicitamente a absorção de energias negativas e estranhas.

Quanto aqueles que acreditam que tudo isso parece excessivo e que a prática da ioga pode ser objeto de atuação de católicos interessados exclusivamente em uma boa prática de relaxação e disciplina corporal, seria interessante que eles avaliassem os ambientes onde fazem tal prática, comumente decorados com estatuetas de Buda, imagens do yogi dos sete chakras ou deidades do hinduísmo. Seria muita insensatez pensar que essas imagens foram colocadas ali aleatoriamente ou que constituem apenas peças de decoração padronizada. Ou talvez considerassem tudo isso com mais cuidado diante da típica saudação de despedida de ioga, feita pela palavra sânscrita namastê, cujo significado mais profundo é de natureza absolutamente espiritual: 'a divindade que está em mim honra a divindade que está em você'. Será preciso dizer alguma coisa mais?