quinta-feira, 7 de abril de 2016

DO FALAR CONTIDO


Ouvi, filhos, o conhecimento que eu vos dou: aquele que o guardar não perecerá pelos lábios, nem cairá em ações criminosas.

O pecador é apanhado pela sua leviandade; o orgulhoso e o maledicente nela encontrarão motivos de queda.

Que tua boca não se acostume ao juramento, porque isso leva a muitos pecados.

Que o nome de Deus não esteja sempre na tua boca, e que não mistures nas tuas conversas o nome dos santos, porque nisso não estarias isento de culpa.

Pois, assim como um escravo submetido continuamente à tortura, dela trará as cicatrizes, assim, todo homem que jura pelo nome de Deus, não poderá totalmente escapar ao pecado.

O homem que jura com frequência será cheio de iniquidade, e o flagelo não deixará a sua casa; se não cumprir o juramento, sua culpa recairá sobre ele; e, se o dissimular, pecará duplamente.

Se jurar em vão, isso não o justificará: sua casa será cheia de castigos.

Há uma outra palavra que merece a morte, e não deve ser encontrada na herança de Jacó!

Tudo isto está longe dos homens piedosos, que não se comprazem em tais crimes.

Não acostumes tua boca a uma linguagem grosseira, pois aí sempre haverá pecado.

Lembra-te de teu pai e de tua mãe, quando te achares no meio dos poderosos, para não acontecer que Deus se esqueça de ti na presença deles, e que, tornando-te insensato pela tua excessiva familiaridade, tenhas de suportar um insulto, e desejes não ter nascido, e amaldiçoes o dia do teu nascimento.

O homem acostumado a dizer palavras injuriosas jamais se corrigirá disso.

(Eclesiástico 23, 7 - 20)