quarta-feira, 9 de março de 2022

'SENHOR, AJUDA A MINHA INCREDULIDADE!'


Era uma vez um sacerdote, um sacerdote que duvidava: duvidava que Cristo fosse o Filho de Deus, duvidava da sua Ressurreição, duvidava de que estivesse realmente presente na Eucaristia, duvidava de que a ele, sacerdote, pudesse ser conferido o poder de transformar, pelas palavras da consagração, o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Cristo. Duvidava até da existência de Deus. Essa dúvida era para ele um tormento contínuo. Às vezes, invadia-o por inteiro, e a sua vida parecia-lhe um sem sentido e o seu ministério, uma mentira. Outras vezes, abrandava um pouco, deixando-lhe o terrível remorso de ter consentido.

Ele sabia, é certo, que não era nem o primeiro nem o único a ter dúvidas. Lembrava-se de que um mestre em teologia tinha ido, certo dia, confiar as suas dúvidas ao bispo de Paris. O bispo Guillaume, depois de se ter certificado de que o mestre em teologia lutava com todas as suas forças contra essas dúvidas e que não desejava por nada neste mundo abandonar-se a elas, tinha-lhe dito:

- Sabeis muito bem, mestre, que o rei da França está em guerra com o rei da Inglaterra, e que a praça forte mais exposta e mais próxima da frente de batalha é o castelo de La Rochelle, no Poitou. Se o rei vos tivesse confiado a guarda de La Rochelle e a mim a do castelo de Montlhéry, bem em paz no coração da França, a qual de nós dois, no fim da guerra, deveria ele mais reconhecimento por ter guardado o seu castelo?
- A mim, que teria defendido La Rochelle.
- Pois Deus - concluiu o bispo - agradece-vos muito mais que lhe permaneçais fiel do que a mim, que fui poupado de toda dúvida. O vosso coração é La Rochelle e o meu, Montlhéry.

O sacerdote pensava com frequência nesse exemplo, mas isso não lhe dava muito consolo. Também ele lutava contra a dúvida, também ele não teria, por nada neste mundo, cedido à incredulidade. Mas podia submergir a qualquer momento. Podia perder La Rochelle. E que reconhecimento esperar, para que continuar a lutar, se já não cria na existência do 'rei da França'?

O seu maior sofrimento era ter de celebrar a Santa Missa todos os dias. Sentia-se indigno. Sabia que quem come a carne de Cristo e bebe o seu sangue indignamente, come e bebe a sua própria condenação (1 Cor 11, 27). E ele, que consagrava o pão e o vinho, que confeccionava o Corpo e o Sangue de Cristo antes de comê-lo e de bebê-lo, antes de distribuí-lo aos seus irmãos, em que condenação não incorria!

E se a dúvida fosse fundada? Para que então essa mascarada, essa palhaçada, dia após dia? Nesse caso, indigno não seria o sacerdote nele, mas o homem, que se enganava a si mesmo e enganava os outros, que pregava aquilo que sabia ser falso, que prometia uma salvação ilusória, que consentia em viver cercado do respeito, que se prestava a um estado que ele mesmo já não respeitava.

Certa manhã, como na véspera, e na antevéspera, e no dia anterior, como todas as manhãs, subia angustiado os degraus do altar. As únicas palavras de toda a Missa que lhe saíam do fundo do coração, as únicas que podia pronunciar sem mentir- assim lhe parecia- acabava de dizê-las; eram os versículos do salmo que o oficiante recita antes de subir ao altar, para se preparar para o ofício divino:
- Quare me repulisti, et quare tristes incedo... - 'Por que me rejeitaste, meu Deus, e por que ando triste sob a opressão do inimigo? Por que está tristes, ó minha alma? E por que me inquietas?'
Mas parecia-lhe estar mentindo já o final dessas orações : 'Subirei ao altar de Deus, do Deus que alegra a minha juventude...' E, ao traçar sobre si mesmo o sinal da cruz, não cria naquilo que o ajudante proclamava: 'A nossa salvação está no nome do Senhor...'

Naquele dia, à medida que a missa avançava, mais se convencia a cada instante de que já não era habitado pela dúvida, mas pela certeza de não crer mais. No entanto, essa certeza não lhe trazia paz alguma, antes o dilacerava, fazendo-o sofrer como por um amor traído. Agora, tinha de pronunciar as vãs palavras da consagração sobre esse pão e esse vinho, que depois disso - tinha a certeza - continuariam a ser pão e vinho, e nada mais:
Accipite et manducate ex eo omnes: hoc est enim corpus meum - 'tomai e comei todos vós, este é o meu corpo'.
E elevou a hóstia para apresenta-la à adoração dos fiéis, fixando os olhos com angústia nesse círculo de farinha branca e dura.

Soaram os três toques da sineta, seguidos do seu repique. Os assistentes baixaram a cabeça. Como prevê a liturgia, adorou a hóstia com uma genuflexão e preparava para depô-la na patena e tomar o cálice, quando percebeu de repente que ela sangrava. Sangrava de verdade. Era sangue o que corria sobre a toalha do altar, havia sangue nos seus dedos, sentia-os úmidos. Subiram-lhe lágrimas aos olhos, a voz se lhe embargava. No entanto, conseguiu de alguma forma chegar até o fim da missa, sustentado por essa Presença mais certa do que a de todos os objetos que o cercavam.

Como fizera outrora o mestre parisiense, foi falar com o bispo. Confessou-lhe tudo. A hóstia que sangrava tinha o libertado da sua dúvida, mas apenas para mergulhá-lo numa angústia ainda maior por causa do seu pecado. Esse sinal do Céu marcava a sua condenação, abatia a imprudência sacrílega do sacerdote que tinha profanado em pensamento o Corpo do Senhor, que tinha ousado consagrar as espécies sacramentais e ajoelhar-se diante da hóstia sem reconhecer nela mais do que um pedaço de pão.

O bispo reconfortou-o. O Senhor desejava tanto a sua salvação que chegara ao ponto de favorecê-lo com um sinal miraculoso para arrancá-lo à sua dúvida.
- Mas - objetou o sacerdote - Cristo ressuscitado disse a São Tomé: 'Porque me viste, crês. Felizes os que não viram e creram' (Jo 19,29). Não estive à altura dessa felicidade, dessa benção. Tive de ver para crer.
- É verdade - respondeu-lhe o bispo - mas qual é a fé que não dá lugar a dúvidas? Não duvidar não é crer, é saber, como quem viu.
- Mas uma dúvida como a minha, uma fraqueza tão grande!
- E quem tem força para crer? Nós só podemos esperar fielmente, na dúvida, que nos seja dada essa força. Não foi isso o que fizestes? Não pensais que é necessário muito amor para, mergulhado na dúvida, oferecer-se à fé mesmo antes de crer? Para isso, é necessário o amor mais violento e mais ansioso, como o amor que se experimenta por uma criança doente; conheceis bem esse pai que ouviu da boca de cristo que a fé era necessária para a cura do seu filho e que exclamou...

E o bispo interrompeu-se para deixar que o sacerdote citasse por si mesmo o Evangelho de São Marcos (Mc 9, 24) e fizesse seu o grito daquele pai angustiado:
- Senhor, eu creio, mas ajuda a minha incredulidade!

(Excertos da obra 'O Jogral de Nossa Senhora - Contos Cristãos da Idade Média; Ed. Quadrante, 2001)

terça-feira, 8 de março de 2022

PALAVRAS DE SALVAÇÃO



'É estranho a quantidade de inimigos que temos que combater desde o momento que tomamos a resolução de nos tornarmos santos. Parece que tudo se desencadeia: o demônio com as suas astúcias, o mundo com os seus atrativos, a natureza com a sua resistência que se opõe aos nossos bons desejos, os louvores dos bons, a crítica dos maus, as pressões dos tíbios'.

(São Cláudio de La Colombière)

segunda-feira, 7 de março de 2022

TESOURO DE EXEMPLOS (134/136)

 

134. DIÁLOGO COM SÃO PAULO

Jesus Cristo disse de si mesmo: 'Eu sou a luz do mundo'. Nos seus lábios e nos lábios dos seus apóstolos, em poucos anos, viu o mundo a formosura dessa luz e ficou envolvido em seus raios. Duvidais? Interrogai São Paulo, o gigante da verdade e do amor, o apóstolo que não descansa, a boca que não cala, as mãos que não desmaiam, o coração que nunca se apaga. Aí o tendes: interrogai-o.

➖ Santo Apóstolo, de onde vens?
➖ Da Grécia.
➖ Percorreste a Arábia?
➖ Toda.
➖ Estiveste na Ásia?
➖ Cheguei às suas praias mais remotas.
➖ E visitaste Atenas?
➖ Falei do Areópago, bem como nas ruas de Corinto, Tessalônica e Éfeso.
➖ Pensas em ir a Roma?
➖ Até lá chegarei. Tenho ardentes desejos de avistar-me com os césares do mundo.
➖ Estiveste na prisão?
➖ Muitas vezes.
➖ Sofreste naufrágios?
➖ Três vezes me vi nos abismos do mar.
➖ Estiveste em perigo de morte?
➖ Em muitos; a cada passo.
➖ Sofreste fome?
➖ Sim.
➖ Frio?
➖ Também.
➖ Ódios e calúnias?
➖ Isso toda a vida; prego a verdade e não me creem; prego o amor e odeiam-me.
➖ Santo Apóstolo, descansa!
➖ Não posso.
➖ Modera tuas energias.
➖ Tudo me parece pouco.
➖ És incompreensível.
➖ Sou a lógica, a lógica da verdade, a lógica do amor.

O Apóstolo cala-se um instante. Pensa. Levanta a cabeça e prossegue:
➖ Vi o meu divino Mestre. Conheci-o na estrada de Damasco. Compreendi que é a verdade, a luz. Levo-o no coração: é um fogo que me abrasa. Levo-o nos lábios: é uma luz que me guia e me arrebata. Poucos anos faz que andamos pelo mundo, eu e os demais Apóstolos, pregando a sua doutrina, anunciando a sua lei. Erguei os olhos e vede: a fé tem sido pregada em todo o universo. Jesus Cristo conquista toda a terra, porque Ele é a luz, é o sol da verdade. Viva Jesus Cristo!

135. UM MENTIROSO CRUEL

O czar Nicolau, que há cem anos governou o império russo, foi um dos homens mais sanguinários. A sua crueldade arrancou a vida de milhares de filhos da Igreja Católica; maior, porém, foi o número dos que tiveram uma morte lenta nos trabalhos forçados e nos horrendos cárceres do clima horrível da Sibéria.

Entretanto, diante dos reis europeus e sobretudo diante do Soberano Pontífice, fazia sempre alarde de sentimentos religiosos e humanitários. Indo a Roma, o poderoso e sanguinário czar foi recebido em audiência por sua Santidade o Papa Pio IX. O Pontífice perguntou-lhe como tratava os católicos. E o czar, com a mais vil hipocrisia, respondeu:
➖ Muito bem, Santíssimo Padre.

Não pôde o Papa sofrer a vileza daquele coração traidor. Levantou-se de seu trono, fitou o poderoso imperador com majestosa dignidade e com voz forte e enérgica disse:
➖ Mentis!
O imperador russo não pôde conservar-se em pé; ficou com que aniquilado e saiu dali aterrado, como se uma tempestade tivesse estalado sobre a sua cabeça e o fogo de um raio o ameaçasse. Desceu rapidamente as escadas do Vaticano e foi ocultar-se no palácio em que se hospedava.

Também a vós, milhares de cristãos; também a vós, milhares de católicos, pergunta o vigário de Jesus Cristo:
➖ Amais a Jesus Cristo?
E respondeis com hipócrita serenidade:
➖ Amamos!

➖ Mentis! vos dirá o Papa.
E com razão, pois não sois vós que profanais os dias santos de guarda? Não sois vós que abandonais a oração e os sacramentos? Não sois vós que desprezais os mandamentos divinos? E não mentis aos homens, mas a Jesus Cristo... ao próprio Deus!

136. O PUNHAL DA IMPUREZA

Aquele moço não conhecia maior tesouro neste mundo do que o coração de sua mãe. Filho e mãe viviam sozinhos no mundo. E eram felizes, porque possuíam a maior felicidade da vida: a felicidade do amor.

Mas aquele moço começou a sofrer de uma doença esquisita. Tremiam-lhe as pernas. O tremor nervoso subia pouco a pouco pelo corpo e, quando chegava à cabeça, estourava a loucura. Naqueles momentos de furiosa loucura, o rapaz procurava uma faca, empunhava-se e corria por toda a casa, com os olhos arregalados, gesticulando ferozmente, e gritando: 'Minha mãe, minha mãe! Onde está minha mãe? Quero matar minha mãe!'

Cessava a loucura. O filho voltava a si. Conhecia a sua loucura e, de joelhos, pedia mil vezes perdão a sua mãe. Dizia-lhe: 'Mãe, minha mãe, se um dia, num desses arrebatamentos, eu te tirasse a vida? Que seria de mim? Morreria de dor'. Assim também eram grandes os temores da mãe como as angústias do filho. Sabeis o que ele resolveu fazer? Quando sentia que o temor começava a subir-lhe pelo corpo, pegava uma corda muito forte, corria para a mãe e dizia-lhe: 'Amarra-me, mãe, amarra-me' e a mãe amarrava fortemente as mãos do filho.

No momento em que a loucura subia à cabeça, ele soltava rugidos de fera e gritava: 'Onde está minha mãe? Quero matar minha mãe!' Mas, como poderia fazer-lhe mal, se tinha as mãos bem amarradas? Passada a loucura, o moço tomava aquela corda e beijava-a com loucuras de amor. Meu irmão, alerta! Quando sentires que vem chegando a tentação, o perigo, toma o rosário, cinge-te com as cadeiras da oração. Reza e serás forte. Quando passar o perigo, beijarás, reconhecido e grato, o teu rosário, que te livrou do punhal da impureza.

(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos', do Pe. Francisco Alves, 1958; com adaptações)

domingo, 6 de março de 2022

EVANGELHO DO DOMINGO

 

'Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!' (Sl 90)

 06/03/2022 - Primeiro Domingo da Quaresma 

15. O JUGO DAS TENTAÇÕES 


Se há algo que liga de forma admirável todo o universo da criação é o zelo imposto à fidelidade e à obediência aos desígnios de Deus. O que significa dizer que criatura alguma não perpassou por tais provas de fidelidade sem o jugo das tentações. A primeira prova foi imposta aos anjos e uma miríade deles se condenou. Depois, Adão e Eva sucumbiram à tentação e o pecado deles marcou indelevelmente a história humana. Sob o jugo cotidiano de tentações diversas, todos nós percorremos nosso vale de lágrimas.

Mas Jesus, embora não possuindo a mais remota imperfeição, também foi tentado. E não, uma, duas ou três vezes como nos revelam as Sagradas Escrituras, mas muitas outras vezes naqueles 'quarenta dias no deserto' (Lc 4, 2). Aquele que disse de si 'Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida' (Jo 14,6) foi sempre exemplo. Sabendo de nossas imperfeições e da ação diabólica sobre a natureza humana, Jesus quis mostrar as provas e os riscos de nossa caminhada terrena: seremos tentados, mas temos todos os meios disponíveis para superar a malícia do tentador. Assim, Jesus submeteu-se às tentações do demônio no deserto para 'compadecer-Se de nossas fraquezas' e, em tudo, menos no pecado, assumir incondicionalmente a dimensão do homem.

E este Primeiro Domingo da Quaresma nos lembra as três tentações sofridas por Jesus e descritas nos Evangelhos. Depois de quarenta dias, em jejum e oração, Jesus teve fome. Jesus teve fome, como qualquer ser humano privado de alimento por longo tempo. A manifestação maligna ousou, então, tentar Jesus: diante a suspeição de ser Jesus o Filho de Deus pairava a incontestável condição humana de um homem debilitado pela fome. E, por isso, a primeira tentação tem essa via, em que o vômito maligno titubeia por ânsias de dubiedade: 'Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se converta em pão' (Lc 4,3). Ao que Jesus, citando as Escrituras, responde: 'Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra de Deus' (Lc 4,4), porque Jesus poderia alcançar o seu sustento por vias naturais mas, principalmente, para mostrar a ascensão da vida espiritual sobre a dimensão puramente física.

A segunda tentação foi a tentativa de idolatria, diante da soberba do poder diabólico, exposta pelo brilho feérico e a falsa concessão de 'todos os reinos do mundo'. Quantos homens não se perdem nessa vereda diante de migalhas de luxo e esplendor mesquinhos? Jesus vai responder ao espírito maligno: 'Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás' (Lc 4,8). Satanás sentiria reverberar em seus ouvidos a sentença de Miguel: 'Quem, como Deus?'. E chegaria a ousadia satânica a uma terceira tentação, misto de vanglória e desmedido orgulho, ainda mais abominável porque supostamente amparada nos próprios textos das Escrituras: 'Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! Porque a Escritura diz... Eles te levarão nas mãos para que não tropeces em alguma pedra' (Lc 4, 9.11). Jesus, uma vez mais, se submete ao desvario diabólico, para desmascarar suas ciladas e malícias e reduzi-lo como macaqueador de Deus: 'Não tentarás o senhor teu Deus' (Lc 4,12). A lição do Mestre sobre os benefícios das tentações e das provas humanas torna-se cristalina: não devemos temer o demônio, mas sim, o pecado, pois é o pecado que nos deixa à mercê da ação maligna de todos os demônios.

sábado, 5 de março de 2022

ORAÇÃO: AOS PÉS DA CRUZ



Aos pés da Cruz, estou prostrado, Senhor
prostrado sob os Vossos pés ensanguentados:

Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão do vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado e apagai completamente a minha culpa! (Sl 50)

Aos pés da Cruz, estou prostrado, Senhor
prostrado sob os Vossos pés ensanguentados:

Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, pratiquei o que é mau aos vossos olhos! (Sl 50)

Aos pés da Cruz, estou prostrado, Senhor
prostrado sob os Vossos pés ensanguentados:

Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito! (Sl 50)

Aos pés da Cruz, estou prostrado, Senhor
prostrado sob os Vossos pés ensanguentados:

Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor! (Sl 50)

Aos pés da Cruz, estou prostrado, Senhor
prostrado sob os Vossos pés ensanguentados:
oferecendo-Vos o meu coração arrependido
e rasgado entre jejuns, lágrimas e gemidos.
Misericórdia, Senhor, tende misericórdia, 
de mim, pecador prostrado aos pés da Cruz.

(Arcos de Pilares)

sexta-feira, 4 de março de 2022

SOBRE O RELATIVISMO

 

'Há quem exalte os benefícios da liberdade e a toma como meio soberano e instrumento incomparável de paz operosa e de prosperidade. Mas os fatos demonstraram a sua ineficácia para esse fim. Pois como todos podem testemunhar, a liberdade, tal como hoje a entendem, aceitando simultaneamente o verdadeiro e o falso, o bem e o mal, não faz mais do que rebaixar o que existe de nobre, de santo e generoso, abrindo caminho ao crime, ao suicídio e às paixões mais vulgares'.

(Papa Leão XIII)


'Vivemos tempos difíceis, especialmente marcados pelo relativismo moral, pela busca irresponsável de uma inculturação litúrgica, que rebaixa o Mistério aos níveis de um reles sincretismo, pela confusão doutrinal, fundada na aceitação tácita de que a Fé cristã é uma entre tantas outras válidas, pela pura e simples adoção de princípios ideológicos incompatíveis com a visão cristã do homem e do mundo. Tempos difíceis, que já duram demais'.

(Dom Antônio Rossi Keller, bispo)


'Quando se diz que todas as opiniões e doutrinas têm igual valor, que nenhuma pode reivindicar a verdade para si, que todas devem tolerar-se mutuamente; isto constitui a pior das corrupções do espírito: o relativismo'.

(Mons. Marcel Lefebvre)

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS

  

DEVOÇÃO DAS NOVE PRIMEIRAS SEXTAS - FEIRAS