quinta-feira, 23 de março de 2017

CAMPANHAS DA FRATERNIDADE NO BRASIL (II)

SEGUNDA FASE: 1973 - 1984

A partir de 1973, os temas centrais da Campanha da Fraternidade passam a ser concentrados em questões e problemas sociais em detrimento dos temas de renovação do cristão e da Igreja, muito em função da opção pelos pobres e condenação expressa do chamado pecado social, premissas fortemente consagradas pelas Conferências Episcopais de Medellin (1968) e de Puebla (1979) e pela implantação da Teologia da Libertação na América Latina (1971). 

Em 1978, a Campanha da Fraternidade consolida a sua formatação atual com base na implantação do método 'ver-julgar -agir' e na proposição de um texto-base para a campanha. O método consiste basicamente em ver e identificar previamente os problemas sociais que afligem mais diretamente o povo brasileiro; o segundo passo consiste em julgar e correlacionar estes fatos à luz dos textos das Sagradas Escrituras, permitindo, desta forma que, numa última fase do processo, as pessoas possam agir e atuar de uma maneira diferente, como povo cristão renovado, diante destas realidades difíceis do mundo. Nesta perspectiva, é elaborado um texto-base que passa a subsidiar todas as ações e iniciativas no âmbito da respectiva Campanha da Fraternidade.


10. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1973


Tema: Fraternidade e Libertação

Lema: O egoísmo escraviza, o amor liberta

Objetivo Geral: À luz do Mistério Pascal e no espírito penitencial da Quaresma, a CF quer ser um movimento de evangelização extraordinária e maciça, um privilegiado momento de unidade pastoral em todos os recantos do País.



11. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1974


Tema: Reconstruir a Vida

Lema: Onde está teu irmão?

Objetivo Geral: A vida é o dom que mais fortemente ambicionamos e mais desesperadamente defendemos, a partir do próprio instinto de sobrevivência. A vida é o dom que mais devemos respeitar e promover em nossos irmãos.



12. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1975


Tema: Fraternidade é repartir

Lema: Repartir o Pão

Objetivo Geral: Trata-se de uma fraternidade afetiva e efetiva, que terá inúmeras formas de expressão, mas que deverá levar a atitudes concretas e sinceras. Fraternidade é repartir.



13. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1976


Tema: Fraternidade e Comunidade

Lema: Caminhar juntos

Objetivo Geral: Insistir na ideia de comunidade, dizendo sempre de novo e de muitas maneiras que só seremos irmãos se nos convertermos em comunidades vivas. O ser humano precisa da comunidade, tende para a comunidade, personaliza-se na comunidade.



14. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1977



Tema: Fraternidade na Família

Lema: Comece em sua casa

Objetivo Geral: A Campanha visou, por todos os meios, promover os valores da família e curar suas feridas. De maneira especial, foi posta em relevo a influência que tem a família sobre a verdadeira fraternidade entre os homens.




15. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1978


Tema: Fraternidade no mundo do trabalho

Lema: Trabalho e Justiça para Todos

Objetivo Geral: o tema discutiu uma atitude de justiça com os outros, uma corajosa contribuição para a promoção do trabalhador e um esforço para reanimar a pastoral do mundo do trabalho.

16. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1979


Tema: Por um mundo mais humano

Lema: Preserve o que é de todos

Objetivo Geral: Basicamente a ecologia conclama todos a uma nova mentalidade; trata-se de superar o egoísmo, a ganância de possuir mais a qualquer preço; trata-se de ser escrupulosamente preocupado em preservar e conservar o ar, a água, a flora e a fauna, que são elementos necessários ao próximo.


17. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1980


Tema: Fraternidade no mundo das migrações, exigência da Eucaristia

Lema: Para onde vais?

Objetivo Geral: a intensificação da mobilidade humana em geral e mais particularmente das migrações internas, a existência de imigrantes e mesmo a emigração de brasileiros propõem à Igreja, como primeira atitude, uma mudança de mentalidade.


18. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1981


Tema: Saúde e Fraternidade


Lema: Saúde para todos


Objetivo Geral: Todo empenho na melhoria das condições de saúde do povo, que se pode traduzir em múltiplas e generosas ações pessoais e comunitárias de pequeno ou grande alcance.




19. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1982



Tema: Educação e fraternidade


Lema: A verdade vos libertará


Objetivo Geral: Criar condições para a prática de uma educação libertadora, a serviço da construção de uma sociedade fraterna.






20. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1983



Tema: Fraternidade e violência


Lema: Fraternidade Sim;Violência Não


Objetivo Geral: Mostrar como a fraternidade está necessariamente ligada à vitória sobre a violência. A CF 83 pretende levar a comunidade cristã a refletir sobre a seguinte questão: 'o que se pode e se deve fazer diante da atual escalada da violência nas suas diversas formas?'



21. CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1984


Tema: Fraternidade e vida

Lema: Para que todos tenham vida

Objetivo Geral: quer ser um sinal de esperança para as comunidades cristãs e para todo o povo brasileiro, a fim de que, dentro de um panorama de sombras e de atentados à vida, sintam a luz de Cristo, que vence o egoísmo, o pecado e a própria morte.

quarta-feira, 22 de março de 2017

AS TRÊS VIAS DA SANTIFICAÇÃO

Há três coisas, meus irmãos, três coisas que mantêm a fé, dão firmeza à devoção e perseverança à virtude. São elas a oração, o jejum e a misericórdia. O que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe. Oração, misericórdia, jejum: três coisas que são uma só e se vivificam reciprocamente.

O jejum é a alma da oração e a misericórdia dá vida ao jejum. Ninguém queira separar estas três coisas, pois são inseparáveis. Quem pratica somente uma delas ou não pratica todas simultaneamente, é como se nada fizesse. Por conseguinte, quem ora também jejue; e quem jejua, pratique a misericórdia. Quem deseja ser atendido nas suas orações, atenda as súplicas de quem lhe pede; pois aquele que não fecha seus ouvidos às súplicas alheias, abre os ouvidos de Deus às suas próprias súplicas.

Quem jejua, pense no sentido do jejum; seja sensível à fome dos outros quem deseja que Deus seja sensível à sua; seja misericordioso quem espera alcançar misericórdia; quem pede compaixão, também se compadeça; quem quer ser ajudado, ajude os outros. Muito mal suplica quem nega aos outros aquilo que pede para si.

Homem, sê para ti mesmo a medida da misericórdia; deste modo alcançarás misericórdia como quiseres, quanto quiseres e com a rapidez que quiseres; basta que te compadeças dos outros com generosidade e presteza. Peçamos, portanto, destas três virtudes – oração,jejum, misericórdia – uma única força mediadora junto de Deus em nosso favor; sejam para nós uma única defesa, uma única oração sob três formas distintas.

Reconquistemos pelo jejum o que perdemos por não saber apreciá-lo; imolemos nossas almas pelo jejum, pois nada melhor podemos oferecer a Deus como ensina o Profeta: 'sacrifício agradável a Deus é um espírito penitente; Deus não despreza um coração arrependido e humilhado' (Sl 50,19). Homem, oferece a Deus a tua alma, oferece a oblação do jejum, para que seja uma oferenda pura, um sacrifício santo, uma vítima viva que ao mesmo tempo permanece em ti e é oferecida a Deus. Quem não dá isto a Deus não tem desculpa, porque todos podem se oferecer a si mesmos.

Mas, para que esta oferta seja aceita por Deus, a misericórdia deve acompanhá-la; o jejum só dá frutos se for regado pela misericórdia, pois a aridez da misericórdia faz secar o jejum. O que a chuva é para a terra, é a misericórdia para o jejum. Por mais que cultive o coração, purifique o corpo, extirpe os maus costumes e semeie as virtudes, o que jejua não colherá frutos se não abrir as torrentes da misericórdia.

Tu que jejuas, não esqueças que fica em jejum o teu campo se jejua a tua misericórdia; pelo contrário, a liberalidade da tua misericórdia encherá de bens os teus celeiros. Portanto, ó homem, para que não venhas a perder por ter guardado para ti, distribui aos outros para que venhas a recolher; dá a ti mesmo, dando aos pobres, porque o que deixares de dar aos outros, também tu não o possuirás.

(Dos Sermões de São Pedro Crisólogo)

terça-feira, 21 de março de 2017

21 DE MARÇO - SÃO NICOLAU DE FLÜE



Nicolau de Flüe, conhecido também com Bruder Klaus (Irmão Klaus), nasceu em Sachseln, na Suíça, em 1417. Desde muito cedo, manifestou claramente uma vida de oração e mortificação. Em obediência aos pais, casou-se com Dorotéia Wyss e tiveram dez filhos, sendo cinco homens e cinco mulheres. No âmbito da vida matrimonial, continuou a desenvolver, com redobrado fervor, a sua prática religiosa e de oração cotidiana intensa, agora junto a uma numerosa família.

Em torno dos 50 anos, tomou a decisão que iria percorrer até a morte na via da santificação pessoal pelo ascetismo. Com o consentimento da esposa (mas não de todos os seus familiares) abandonou todo e qualquer afeto humano para viver em absoluto isolamento do mundo, dedicando-se exclusivamente a uma vida de oração e contemplação. Vivendo inicialmente numa pequena cabana e, mais tarde, numa ermida de pedra construída especialmente para ele, com acesso diário ao Santo Sacrifício, o santo foi personagem de um milagre impressionante: passou os últimos 20 anos de sua vida sem se prover de água ou de alimentos, mas vivendo somente da Sagrada Eucaristia!

Neste período, praticou intensamente a catequese espiritual a seus concidadãos, manifestando, em várias ocasiões, o dom da profecia. Em certa ocasião, atuou, de forma decisiva, para evitar conflitos associados a uma potencial divisão do território suíço, pelo que é celebrado também como padroeiro da Suíça. Após a sua morte, o culto pessoal estendeu-se não apenas na Suíça, mas também na Alemanha, França e Países Baixos. São Nicolau de Flüe faleceu no dia 21 de março de 1487, data do seu nascimento, aos setenta anos de idade. Foi canonizado por Pio XII em maio de 1947.

São Nicolau de Flüe, rogai por nós!

segunda-feira, 20 de março de 2017

ORAÇÃO: ATTENDE DOMINE



Attende Domine

Attende Domine, et miserere, quia peccavimus tibi.

1. Ad te Rex summe, omnium redemptor, oculos nostros sublevamus flentes: exaudi, Christe, supplicantum preces.
Attende Domine, et miserere, quia peccavimus tibi.

2. Dextera Patris, lapis angularis, via salutis, ianua caelestis, ablue nostri maculas delicti. 
Attende Domine, et miserere, quia peccavimus tibi.

3. Rogamus, Deus, tuam maiestatem: auribus sacris gemitus exaudi: crimina nostra placidus indulge. 
Attende Domine, et miserere, quia peccavimus tibi.

4. Tibi fatemur crimina admissa: contrito corde pandimus occulta: tua Redemptor, pietas ignoscat. 
Attende Domine, et miserere, quia peccavimus tibi.

5. Innocens captus, nec repugnans ductus, testibus falsis pro impiis damnatus: quos redemisti, tu conserva, Christe. 
Attende Domine, et miserere, quia peccavimus tibi.

Ouvi Senhor

Ouvi, Senhor, e tende piedade, porque pecamos contra Vós.

1. A Vós, ó Rei Soberano, Redentor do Universo, erguemos os nossos olhos em pranto: ouvi, ó Cristo, as nossa preces e súplicas.
Ouvi, Senhor, e tende piedade, porque pecamos contra Vós.

2. Mão direita do Pai, pedra angular, caminho da salvação, porta do Céu, lavai as manchas dos nossos pecados. 
Ouvi, Senhor, e tende piedade, porque pecamos contra Vós.

3. Imploramos à Vossa majestade, ó Deus: com ouvidos atentos escutai os nossos gemidos; por Vossa bondade, perdoai os nossos crimes.
Ouvi, Senhor, e tende piedade, porque pecamos contra Vós.

4. A Vós confessamos as faltas cometidas; de coração contrito manifestamos os pecados ocultos; para que, por Vossa piedade, sejam perdoados, ó Redentor. 
Ouvi, Senhor, e tende piedade, porque pecamos contra Vós.

5. Intimado como inocente e levado sem resistência, condenado pelos ímpios sob testemunho falso, conserva para Vós aqueles que redimistes, ó Cristo.
Ouvi, Senhor, e tende piedade, porque pecamos contra Vós.

PALAVRAS DE SALVAÇÃO


Desde que cometeste um pecado, por que recusas confessá-lo, alma cristã? 'Eu me envergonho', dizes. 'Ouve, desgraçada', exclama Santo Agostinho, 'pensas unicamente na vergonha e não pensas na condenação eterna que te espera se te não confessares'. Envergonhas-te, dizes. Mas por quê? 'Que loucura', continua o santo, 'não te envergonhas de ferir mortalmente a tua alma e envergonhas-te de deixá-la examinar para que seja curada? Se o médico não vê a ferida e não conhece bem o mal, não poderá curá-lo'.

Um discípulo de Sócrates entrou uma vez na casa de uma mulher de má vida. Querendo sair, avistou o mestre, que por aí passava, e tornou a entrar depressa, para não ser visto. Sócrates, porém, havia-o visto e, aproximando-se da casa, disse: 'Meu filho, é uma vergonha entrar nesta casa, não, porém, sair dela'. É também o que te digo: 'Meu filho, é uma vergonha cometer o pecado; não, porém libertar-se dele pela confissão'.

Escuta o que diz o Espírito Santo: 'Há uma vergonha que traz consigo o pecado e há uma vergonha que consigo traz a glória e a graça' (Ecli 4, 25). Devemos fugir da vergonha que nos leva ao pecado e nos torna inimigos de Deus; não, porém, da que, ligada à confissão dos pecados, nos granjeia a graça de Deus e a glória do céu.

(Santo Afonso Maria de Ligório)

domingo, 19 de março de 2017

A FONTE DA ÁGUA VIVA

Páginas do Evangelho - Terceiro Domingo da Quaresma


O Evangelho deste domingo nos apresenta um Jesus fatigado, cansado de uma longa viagem, prostrado pelo calor sufocante do meio dia, estrangeiro de uma árida região da Samaria. Em sua humanidade, Jesus tem sede, muita sede. Em sua divindade, Jesus tem sede de levar o evangelho e a salvação a todos os seus filhos, em todos os lugares. Jesus não se curva ao deleite das sombras e nem à saciedade imediata da água fresca tão perto: sentado sozinho à beira do poço de Jacó, Jesus espera pela resposta humana ao seu convite de conversão à ovelha desgarrada: 'Dá-me de beber' (Jo 4, 7). 

Eis o chamado da graça manifestado pelo Filho de Deus Vivo a uma humilde mulher samaritana daquelas longínquas paragens. Tal como as águas que encheram as talhas de Caná para serem convertidas em vinho, a graça de Deus depende da nossa aceitação, da nossa contrapartida, da nossa 'água' espiritual. Jesus quer a salvação daquela mulher samaritana, como quer a tua alma e a minha na eternidade com Ele. Este chamamento é para todos: a sede de Jesus é plena, é verdadeira, é absoluta, quando almeja a água que jorra intermitente do coração humano.

E Deus saciado faz jorrar nas almas humildes e generosas ao seu chamamento cascatas da água viva que nos leva às moradas eternas: 'Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna' (Jo 4, 13). Eis aí a mensagem do Evangelho deste domingo: Jesus é a fonte da água viva que sacia eternamente a alma sedenta de Deus.

A mulher samaritana pôde compartilhar a graça e a glória de Deus naquele dia ensolarado à beira do poço de Jacó. Certamente vacilou, certamente mostrou desconfiança, mas acreditou. Ao aceitar, encontrou perdão e misericórdia; ao oferecer a água do poço, recebeu a água viva, não mais como a jorrante da pedra em Massa e Meriba (Ex 17, 6 - 7), mas aquela derramada do próprio Coração de Deus. É este empenho no chamado da graça que Jesus está sempre esperando de nós à beira dos poços de Jacó ao longo dos caminhos e atalhos de nossas vidas.

19 DE MARÇO - SÃO JOSÉ


São José, esposo puríssimo de Maria Santíssima e pai adotivo de Jesus Cristo, era de origem nobre e sua genealogia remonta a Davi e de Davi aos Patriarcas do Antigo Testa­mento. Pouquíssimo sabemos da vida de José, além de suas atividades de carpinteiro em Nazaré. Mesmo o seu local de nascimento é ignorado: poderia ser Nazaré ou mesmo Belém, por ter sido a cidade de Davi. Ignora-se igualmente a data e as condições da morte de São José, mas existem fortes razões para afirmar que isso deve ter ocorrido an­tes da vida pública de Jesus. Com certeza, José já teria falecido quando da morte de Jesus, uma vez que não se explicaria, então, a recomendação feita aos cuidados mútuos à mãe e ao filho, dados, da cruz,  por Jesus a Maria e a São João Evangelista.

Não existem quaisquer relíquias de São José e se desconhece o local do seu sepultamento. Muitos pais da Igreja defendiam que, devido à sua missão e santidade, São José, a exemplo de São João Batista, teria sido consagrado antes do nasci­mento e já gozava de corpo e alma da glória de Deus no céu, em com­panhia de Jesus e sua santíssima Esposa. As virtudes e as graças concedidas a São José foram extraordinárias, pela enorme missão a ele confiada pelo Altíssimo. A dig­nidade, humildade, modéstia e pobreza, a amizade íntima com Je­sus e Maria e o papel proeminente no plano da Redenção, são atributos e méritos extraordinários que lhe garantem a influência e o poder junto ao tro­no de Deus. Pedir, portanto, a intercessão de São José, é garantia de ser ouvido no mais alto dos céus. Santa Tereza, ardorosa devota de São José, dizia: 'Não me lembro de ter-me dirigido a São José sem que tivesse obtido tudo que pedira'.

A devoção a São José na Igreja Ca­tólica é antiquíssima. A Igreja do Oriente celebra-lhe a festa, desde o século nono, no domingo depois do Natal. Foram os carmelitas que in­troduziram esta solenidade na Igreja Ocidental; os franciscanos, já em 1399, festejavam a comemoração do Santo Pa­triarca. Xisto IV inseriu-a no bre­viário e no missal; Gregório XV ge­neralizou-a em toda a Igreja. Cle­mente XI compôs o ofício, com os hinos, para a celebração da Festa de São José em 19 de março e colocou as missões na China sob a proteção do Santo. Pio IX introdu­ziu, em 1847, a festa do Patrocínio de São José e, em 1871, declarou-o Pa­droeiro da Igreja; muitos pontífices promoveram solenemente a devoção a São José, por meio de orações, homilias, encíclicas e devoções diversas.