domingo, 30 de dezembro de 2012

SAGRADA FAMÍLIA


Este é o Domingo da Sagrada Família. Deus veio ao mundo por meio da família; eis porque a família é a fonte primária da sociedade, síntese da vida cristã autêntica e a primeira igreja. E que modelo de família cristã Deus legou ao mundo: Jesus, Maria e José: Jesus é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade; Maria, a Virgem Mãe de Deus, e São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus. Nesta sagrada família, Jesus 
'crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens' (Lc 2, 52).

Na humilde casa de Nazaré, três pessoas eram pai, mãe e filho, em natureza sobrenatural exatamente inversa à ordem natural: São José, patriarca e pai de família devotado, com direitos naturais legítimos sobre a esposa e o filho, era o menor em perfeição; Nossa Senhora, esposa e mãe, era Mãe de Deus e de todos os homens; Jesus, a criança indefesa e submissa aos pais, é o Deus feito homem para a salvação do mundo. Portentoso mistério que revela a singular santidade da família humana, moldada sobre clara hierarquia divina, moldada por Deus para ser escola de santificação, amor, renúncia e salvação.

Eis o legado maior da Sagrada Família ás famílias cristãs: a oração cotidiana santifica os pais e os filhos numa obra incomensurável do amor de Deus. Sim, que os maridos amem profundamente suas esposas, que as esposas sejam solícitas a seus maridos, que os pais não intimidem os seus filhos, que os filhos sejam obedientes em tudo a seus pais. Mas que rezem juntos! Que vivam juntos a plenitude do amor em família! Que construam juntos, tijolo por tijolo, a felicidade que tem Deus por plenitude! Vida de família é, antes de tudo, vida de oração em comum, em perfeita comunhão com Cristo, em perfeita comunhão com a Sagrada Família! E viver em oração não significa rezar simplesmente o tempo todo, mas transformar cada ato, trabalho e pensamento em oração. 

Amar em plenitude é cumprir à risca a santa vontade de Deus. Que bela obra de santificação se constrói a cada dia, no seio de uma família cristã, os pais e os filhos que vivem, na pequenez de suas lidas e esforços humanos, a enorme glória de servir a Deus em todos e em tudo. Em Nazaré, Deus tornou a família modelo e instrumento de santificação; que em nossas casas e em nossas famílias, a Sagrada Família seja o modelo e instrumento para a nossa vida e para nossa santificação de todos os dias!  

sábado, 29 de dezembro de 2012

29 DE DEZEMBRO - SÃO TOMÁS BECKET

Thomas Becket nasceu em Londres no dia 21 de dezembro de 1117 e tornou-se Arcebispo da Cantuária e Primaz da Inglaterra, no reinado de Henrique II. A defesa da fé levou a continuados conflitos entre ambos, o que culminou com o martírio do santo (canonizado apenas dois anos após a sua morte) em 1170: 


Na noite de 29 de dezembro de 1170, São Thomas (Tomás) Becket dirigiu-se à Catedral de Canterbury, para as cerimônias das Vésperas. Os assassinos, em número de quatro, irromperam no recinto sagrado, gritando: 'Onde está o arcebispo? Onde está o traidor?'. Apoiado em um altar lateral, o arcebispo respondeu: 'Aqui me tendes; sou o arcebispo, mas não um traidor'. Diante da ameaça de morte, recusou-se a fugir e enfrentou o covarde ataque. Com vários golpes de espadas, foi ferido mortalmente e, ao morrer, aos 53 anos de idade e nove de episcopado, dos quais dois terços passados em desterro na França, exclamou: 'Morro voluntariamente pelo nome de Jesus e pela defesa de sua Igreja'. 

(altar lateral da Catedral de Canterbury e local do martírio do santo)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

28 DE DEZEMBRO - SANTOS INOCENTES


Santos Inocentes de Deus,
almas cristalinas,
pousai vossos ternos anelos
nas sombras das colinas;
não inquieteis com vosso pranto
as feras sibilinas,
fitai o esgar dos carrascos
com doces retinas;
que a vida que foge breve,
em  adagas repentinas,
renasça em eternos louvores
nas glórias divinas.

Santos Inocentes de Deus, rogai por nós!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A ERA DOS MÁRTIRES: AS DEZ PERSEGUIÇÕES ROMANAS

PRIMEIRA PERSEGUIÇÃO: ANO 67 

A primeira perseguição da Igreja ocorreu no ano 67 de nossa era, movida por Nero, sexto imperador de Roma, incluindo as mais atrozes barbaridades. Entre outros caprichos diabólicos, ordenou que a cidade de Roma fosse incendiada (incêndio que se delongou por anos), com centenas de mortos. As brutalidades foram refinadas ao extremo cometidas contra os cristãos pelos motivos mais torpes; foi durante esta perseguição que foram martirizados São Pedro e São Paulo. Mártires da Segunda Perseguição: Erasto, tesoureiro de Corinto; Aristarco, o macedônio; Trófimo de Éfeso, convertido por São Paulo e seu colaborador; José, comumente chamado Barsabé e Ananias, bispo de Damasco.

SEGUNDA PERSEGUIÇÃO: ANO 81

A segunda perseguição foi suscitada pelo imperador Domiciano. Entre as suas loucuras, ordenou a execução de todos os descendentes da linhagem de Davi. Entre os numerosos mártires que sofreram durante esta perseguição estavam Simeão, bispo de Jerusalém, que foi crucificado, e São João, que foi fervido em óleo e depois desterrado a Patmos. Mártires da Segunda Perseguição: Dionísio, o areopagita, ateniense de nascimento, bispo de Atenas; Nicodemos; Protásio e Gervásio; Timóteo, o célebre discípulo de São Paulo, bispo de Éfeso, morto a golpes de paus.

TERCEIRA PERSEGUIÇÃO: ANO 108

Iniciada pelo imperador Trajano e continuada pelo seu sucessor, o imperador Adriano. A matança de cristãos era diária e tão brutal, que levou os próprios romanos (como Plínio, o Jovem) a interceder por eles, sem sucesso.  Mártires da Terceira Perseguição: o bem-aventurado mártir Inácio, bispo da Antioquia e sucessor de Pedro; Alexandre, bispo de Roma, e seus dois diáconos;  Quirino e Hermes, com suas famílias; Zeno, um nobre romano; Eustáquio, um valoroso comandante romano convertido; Faustines e Jovitas, irmãos e cidadãos da Bréscia.

QUARTA PERSEGUIÇÃO: ANO 162

A quarta perseguição foi suscitada pelo imperador Marco Aurélio Antonino. Alguns dos mártires eram obrigados a passar, com os pés já feridos, sobre espinhas, pregos, aguçadas conchas, etc., colocados em ponta; outros eram açoitados até a morte. Mártires da Quarta Perseguição: Germânico, entregue às feras; Policarpo, bispo de Esmirna, queimado vivo; Metrodoro e Pionio, também queimados vivos; Agatônica; Felicitate, virtuosa dama romana, junto com os seus sete filhos: Enero, o mais velho, flagelado e prensado; Felix e Felipe, mortos a pauladas;  Silvano, lançado de um precipício; e os três filhos menores, Alexandre, Vital e Marcial, foram decapitados e com a mesma espada a mãe foi depois decapitada; Justino, o célebre filósofo, que, aos trinta anos de idade, se convertera ao cristianismo, açoitado e decapitado. As catacumbas de Roma são um mostruário absurdo das milhares de vítimas destas primeiras perseguições aos cristãos.

QUINTA PERSEGUIÇÃO: ANO 192

Por volta do ano 192 de nossa era, o avanço do cristianismo alarmava os pagãos e reavivou-se a calúnia de se imputar aos cristãos as responsabilidades pelas desgraças eventualmente ocorridas. Mártires da Quinta Perseguição: Vitor, bispo de Roma; Leônidas, pai do célebre Orígenes, decapitado; Plutarco e Sereno, irmãos, outro Sereno, Herón e Heráclides, todos decapitados; Rhais, sua irmã Potainiena e sua mãe Marcela; Basflides, oficial do exército convertido; Irineu, bispo de Lyon; Perpétua, Felicitas, Revocato, Saturnino, Secúndulo e Satur, executados no dia 8 de março do ano 205 d.C.; Esperato e outros doze foram decapitados, mesmo destino de Andrócles, na França. Cecília, uma jovem dama de uma nobre família de Roma, casada com Valeriano, converteu seu marido e irmão e o oficial responsável pela sua execução, todos decapitados; Calixto, bispo de Roma, sofreu martírio em 224 d.C., mas não se tem o registro da forma de sua morte; Urbano, bispo de Roma, em 232 d.C.

SEXTA PERSEGUIÇÃO: ANO 235

No ano 235 começou, sob Maximino, uma nova perseguição. O governador da Capadócia, Sereiano, fez tudo o possível para exterminar os cristãos daquela província. Mártires da Sexta Perseguição: Pontiano, bispo de Roma; Anteros, grego; Pamáquio e Quirito, senadores romanos, junto com suas famílias inteiras; Simplício, também senador; Calepódi, Martina, donzela e Hipólito, prelado cristão morto ao ser arrastado por um cavalo. Em 249 d.C., após a morte de Maximino, irrompeu ainda uma cruenta perseguição na região de Alexandria, mas de caráter local e não instigada pelo seu sucessor.

SÉTIMA PERSEGUIÇÃO: ANO 249

A Sétima Perseguição foi implantada pelo imperador Décio no ano 249, em face dos recentes avanços do cristianismo e apesar das inúmeras dissensões presentes. Mártires da Sétima Perseguição: Fabiano, bispo de Roma, decapitado; Juliano, nativo da Cilícia, enfiado num saco de couro, junto com várias serpentes e escorpiões e lançado ao mar. Pedro, ainda jovem, decapitado; Nicômaco; Denisa, decapitada; André e Paulo, dois companheiros de Nicômaco, sofreram o martírio por lapidação; Alexandre e Epímaco, de Alexandria, queimados e outras quatro mulheres, decapitadas; Luciano e Marciano, pagãos convertidos, foram queimados vivos; Trifão e Respício, queimados e decapitados; Ágata, mártir virgem, resistiu aos assédios de Quintiano, governador da Sicilia, e foi morta a mando dele em 5 de fevereiro de 251; Cirilo, bispo de Gortyna, preso e morto por ordens de Lúcio, governador local. Na Ilha de Creta, as execuções foram sumárias e particularmente violentas: Babylas, bispo de Antioquia, decapitado, junto com três dos seus alunos; Alexandre, bispo de Jerusalém; Juliano e Cronião; Maximiano, Marciano, Joanes, Malco, Dionísio, Seraiáon e Constantino, soldados do próprio imperador, confinados numa caverna; Teodora e Dídimo, decapitados; Cornélio, bispo cristão de Roma, e seu sucessor Lúcio, em 253 (já sob o jugo do imperador Gálio, sucessor de Décio).

OITAVA PERSEGUIÇÃO: ANO 257

Esta perseguição começou sob Valeriano, no mês de abril de 257 d.C. e continuou durante três anos e seis meses. Os mártires que caíram nesta penosa perseguição foram inúmeros, e suas torturas e mortes foram variadas e terríveis. penosas. Mártires da Oitava Perseguição: Rufina e Secunda, irmãs e filhas de um iminente cavaleiro em Roma; Estevão, bispo de Roma, decapitado; Saturnino, bispo ortodoxo de Toulouse, trucidado;  Sixto, sucessor de Estevão como bispo de Roma, morto com seis de seus diáconos; Lourenço, que, ao ser inquirido a apresentar os tesouros da Igreja, ofereceu ao imperador uma legião dos pobres de Deus, foi queimado sobre uma grelha de ferro incandescente. Na África, a perseguição rugiu com uma violência inaudita: Cipriano, bispo de Cartago, foi decapitado em 258 d.C; os discípulos de Cipriano, martirizados nesta perseguição, foram Lúcio, Flaviano, Vitórico, Remo, Montano, Juliano, Primelo e Doniciano; em Utica, trezentos cristãos foram lançados num forno de cozimento de cerâmica; Fructuoso, bispo de Tarragona, na Espanha, e seus dois diáconos, Augúrio e Eulógio, foram queimados; Alexandre, Malco e Prisco,cristãos da Palestina e mais uma mulher foram condenados às feras; Máxima, Donatila e Secunda, três moças de Tuburga, foram duramente flageladas e decapitadas. O imperador Valeriano teve um triste fim: morreu esfolado vivo um dos mais tirânicos imperadores de Roma.

NONA PERSEGUIÇÃO: ANO 274

A Nona Perseguição começou sob o jugo do imperador Aureliano em 274, teve um período de paz e recomeçou com Diocleciano em 284. Mártires da Nona Perseguição:  Felix, bispo de Roma, decapitado; Agapito, jovem cavaleiro, também decapitado (sob Aureliano);  Feliciano e  Primo, irmãos; Marco e Marceliano, irmãos gêmeos e naturais de Roma, foram martirizados em estacas com os pés traspassados por pregos e finalmente mortos por lanças; Zoe, a mulher do carcereiro que teve sob seu cuidado os mártires mencionados, convertida por eles, foi martirizada e teve o corpo lançado num rio; o incrível extermínio de toda a chamada Legião Tebana, constituída por seis mil setecentos e seis homens e tendo Mauricio, Cândido e Exupernio como comandantes, a mando do imperador Maximiano, pela recusa de prestar juramento à ordem de extirpação do cristianismo das Gálias (evento ocorrido em 22 de setembro de 
286); Alban, primeiro mártir britânico, decapitado junto ao seu carrasco, subitamente convertido ao cristianismo; Fé, uma mulher cristã da Aquitânia, queimada em grelha e decapitada; Quintino, cristão natural de Roma, brutalmente martirizado nas Gálias.

DÉCIMA PERSEGUIÇÃO: ANO 303

É a chamada Era dos Mártires, ocasionada em parte pelo aumento no número dos cristãos e pelo ódio da esposa e do filho adotivo de Diocleciano contra o povo cristão. A sangrenta perseguição teve início em 23 de fevereiro de 303 (o dia da Terminalia, em que os cristãos deveriam ser dizimados por completo), com a destruição de igrejas, queima de livros religiosos e martírio de qualquer um que professasse a fé cristã. A perseguição foi estendida a todas as províncias romanas, principalmente as do leste, e durou cerca de dez anos, sendo impossível determinar o número de mártires e as várias formas de martírio. Ao final de tanta matança, o martírio consistiu em manter os cristãos vivos, mas aleijados, torturados e padecentes de toda sorte de sofrimentos. Mártires da Décima Perseguição: Sebastião, nascido em Narbona, nas Gálias e depois oficial da guarda do imperador em Roma, foi executado com flechas, recuperou-se e submetido a novo flagelo até a morte, agora por espancamento brutal; Vito, siciliano de uma família de alta linhagem, foi sacrificado pelo próprio pai Hylas; Vitor, oriundo de Marselha, martirizado por esmagamento; Taraco, Probo e Andrônico, mortos a espada a mando de Máximo, governador da Cilícia; Romano, natural da Palestina e diácono da igreja de Cesaréia, foi flagelado brutalmente de várias formas;  Susana, sobrinha de Caio, bispo de Roma, foi decapitada; Dorotéu e Gorgônio, torturados e estrangulados; Pedro, um eunuco que pertencia ao imperador, foi queimado em grelha incandescente; Cipriano e Justina da Antioquia, decapitados; Eulália, espanhola, queimada viva; Vicente, diácono de Tarragona, martirizado sob tormentos terríveis. A perseguição de Diocleciano tornou-se ainda mais diabólica a partir do ano 304: Saturnino, um sacerdote de Albitina, cidade da África, foi deixado morrer de fome, a exemplo dos seus quatro filhos; Dativas, um nobre senador romano; Telico, um piedoso cristão; Vitória, jovem dama de uma família nobre; Ágape, Quiônia e Irene, irmãs queimadas, quando a perseguição de Diocleciano chegou à Grécia; Agato,  Cassice, Felipa e Eutíquia; Marcelino, bispo de Roma; Vitório, Caorpoforo, Severo e Seveano, irmãos, açoitados até a morte; Timóteo, diácono de Mauritânia, e sua mulher Maura, crucificados; Sabino, bispo de Assis. 

Com a ascensão ao poder de Galério, filho adotivo de Diocleciano, as perseguições aumentaram ainda mais no Império Romano do Oriente, produzindo muitos mártires: Anfiano, discípulo de Eusébio; Julita, mulher licaônia de régia linhagem, foi flagelada bestialmente, vendo a morte do próprio filho diante dela; Hermolaos e Pantaleão; Eustrátio, secretário do governador de Armina, foi lançado num forno de fogo; Nicander e Marciano, dois destacados oficiais militares romanos, decapitados; no reino de Nápoles, foram flagelados Januaries, bispo de Beneventum; Sósio, diácono de Misene; Próculo, que também era diácono; Eutico e Acutio, Festo, diácono, e Desidério, todos decapitados; Quirínio, bispo de Siscia, afogado; Pânfilo, natural de Fenícia; Marcelo, bispo de Roma; Pedro, décimo sexto bispo de Alexandria, foi martirizado em 25 de novembro de 311; Inês, de apenas treze anos, decapitada; São Jorge, o santo patrono da Inglaterra e nascido na Capadócia, torturado e decapitado. As grandes perseguições romanas chegavam ao seu final (em 313 d.C.), com a futura ascensão de Constantino.

Compilação resumida da obra: 'O Livro dos Mártires', de John Fox, escrito originalmente no século XVI (muitos nomes no texto estão grafados erroneamente na tradução brasileira disponível)

 Santo Estêvão, primeiro mártir* da Santa Igreja, rogai por nós!
                                                                                                                                            * morte por apedrejamento

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

FELIZ E SANTO NATAL EM CRISTO!



Desejo a todos os nossos amigos visitantes um Santo e Feliz Natal. 
Deseo a todos los amigos y visitantes Felices Navidades. 
I wish to our friends' visitors an happy and Holy Christmas. 
Je désire à tous nos amis un heureux et joyeux Noel. 
Auguro a tutti gli amici uno Santo ed Felice Natale. 
Ich wunshe to unsere Freude eine Wundabar und Stille Nacht.


IGREJA CATÓLICA: ALMA DO NATAL

(clicar para o vídeo)

AS MAIS BELAS CANÇÕES DE NATAL


(clicar para o vídeo)

Jesus nasceu! e na pequena estrebaria
José apressa-se em fazer a manjedoura
ajunta palha e feno, mudo de alegria,
enquanto a Mãe em êxtase se entesoura

Os animais se aproximam cautelosos
inebriados diante a luz que transfigura
e os pastores de joelhos, jubilosos,
louvam o Criador agora criatura!

Há uma paz imensa nesta noite fria
todos os anjos cantam a doce melodia
que une céu e terra em amor profundo;

É Natal, a Mãe embala seu pequeno filho
e a luz que inunda a gruta tem o brilho
da salvação que libertou o mundo!

                                                                              (Arcos de Pilares)

domingo, 23 de dezembro de 2012

JESUS, ENTRA NA MINHA CASA!

No Quarto Domingo do Advento, o Jesus Esperado chega, através de Maria, à casa de Zacarias e Isabel. Santa e desmedida alegria, que faz João Batista estremecer de júbilo no ventre de sua mãe. Santa e ditosa alegria que faz Isabel inundar-se do Espírito Santo. Santa e materna alegria de Maria em manifestar ao mundo o bendito fruto do seu ventre. Eis Maria na casa de Isabel, testemunhas privilegiadas da revelação do maior dos mistérios divinos: Jesus, o filho de Deus vivo, no meio dos homens!

(A visitação de Domenico Ghirlandaio: 1449 - 1491)

Eis Maria, o portento da fé humana, obra prima da graça do Pai, tangida por um único pensamento: cumprir, com fidelidade absoluta, a vontade de Deus: feita escrava, serva do senhor, é a 'bem aventurada que acreditou' (Lc 1,45) e que, por isso, verá cumprir-se tudo 'o que o Senhor lhe prometeu' (Lc 1,45). Maria leva Jesus à casa de Isabel e revela aos dois anciãos a chegada do Salvador ao mundo; Maria acolhe Jesus em sacrário de tão pura humanidade que faz João Batista estremecer de alegria; na casa de Zacarias e Isabel, toda a humanidade que anseia por Deus, acolhe Jesus como Salvador com santa e ditosa alegria.  

Maria vai apressadamente ao encontro de Isabel, sob o impulso da graça, para cumprir a vontade de Deus, como serva para  ajudar a gravidez avançada da parenta mais velha, como mensageira da esperança cristã, como mãe do Salvador e Redentor da humanidade, para cumprir a sua missão expressa no 'sim' da Anunciação. E é recebida com virtude filial, com alegria extrema, com devoção incontida, com zelo admirável por Isabel, pré-anunciadora dos corações incendidos da graça do Deus que está prestes a chegar ao mundo. Jesus em Maria é o Jesus que vem, para libertar o mundo do pecado, para fazer novas todas as coisas, para a salvação de todos que abrem as portas e janelas de suas casas ao Cristo que chega, que transformam seus corações em humildes manjedouras onde Ele possa renascer.

Como na casa de Zacarias e Isabel, que Jesus possa entrar, com Maria, na minha e na sua casa, neste Santo Natal!

sábado, 22 de dezembro de 2012

SÍMBOLOS DO NATAL CRISTÃO



PRESÉPIO

O presépio, como símbolo máximo do natal católico, deve ser simples, sem adereços e enfeites sofisticados; pelo contrário, a montagem deve ser a mais despojada possível, de forma a lembrar a grande simplicidade e as dificuldades materiais enfrentadas pela Virgem Maria e São José no nascimento de Jesus. A montagem deve incluir os personagens básicos convencionais (gruta, animais, pastores, etc), mas as imagens da Virgem Maria, São José e do Menino Jesus somente devem ser inseridos no presépio na época mais próxima à Noite de Natal.

ÁRVORE DE NATAL

A árvore de Natal representa o símbolo da perseverança e da preparação cristã diante o nascimento do Menino Deus. Perseverança porque é réplica do pinheiro, única árvore que não perde as folhas no inverno e preparação porque deve ser adornada aos poucos, de forma continuada, durante todo o tempo do Advento. Assim, numa primeira etapa, o símbolo deve ficar limitado à própria árvore, sem quaisquer adereços, como expressão da perseverança cristã. Posteriormente (por exemplo, a partir de 17 de dezembro), a árvore deve ir ganhando luzes, cores, enfeites, beleza, para nos recordar a necessidade de uma preparação crescente de cada um diante o Natal em Cristo.

COROA DO ADVENTO 

A coroa do Advento, comumente afixada na porta de entrada das residências, possui forma circular e deve ser feita com ramos verdes. Simboliza a unidade e a perfeição; nasce Jesus, filho do Deus vivo, Deus sem começo e sem fim, na unidade de um tempo firmado pelos homens. Em cada Domingo do Advento, acende-se uma vela  em vigília pelo Natal, que vão sendo somadas nos domingos seguintes, até quatro velas acesas; eis a luz que se difunde e aumenta de intensidade gradualmente no tempo de preparação para o Natal.

Todos estes símbolos são mantidos após o Natal, para celebrar que a mensagem de Cristo avança para além dos tempos dos homens de outrora até o tempo dos homens finais. Na Data de Reis, 06 de janeiro, são, então, desmontados, dando início ao Tempo Comum da Igreja de Deus.