sábado, 30 de junho de 2012

VERSUS: IGREJAS ANTIGAS E MODERNAS


“O ambiente arquitetônico tem a capacidade de influenciar profundamente a pessoa, o modo como ela age e sente, o que ela é. Assim, a arquitetura da igreja afeta o modo mediante o qual o homem pratica o culto; o modo de prestar culto afeta o que ele crê; e o que ele crê afeta não somente sua relação pessoal com Deus, mas o modo como se comporta na vida diária”.
(Michael S. Rose, arquiteto americano, em 'Ugly as Sin' - Feias como o Pecado, referindo-se aos projetos das Igrejas Católicas modernas).



'Feias como o pecado — Por que transformaram nossas igrejas de lugares sagrados em salas de reunião, e como podemos fazê-las voltar atrás' - Michael S. Rose. 

Alguns exemplos de 'Ugly as Sin':



E alguns exemplos de belas exceções de ambientes internos de igrejas católicas modernas:

terça-feira, 26 de junho de 2012

26 DE JUNHO - SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ


São Josemaria Escrivá de Balaguer nasceu em 09 de janeiro de 1902 em Barbastro, Espanha. Em 02 de outubro de 1928, durante um retiro espiritual em Madrid, concebeu e fundou o OPUS DEI, atualmente prelazia pessoal da Igreja Católica. A missão específica do Opus Dei é promover, entre homens e mulheres de todo o âmbito da sociedade, um compromisso pessoal de seguir a Cristo, de amor a Deus e ao próximo e de procura da santidade na vida cotidiana. Faleceu em Roma em 26 de junho de 1975. Foi beatificado em 17 de maio de 1992 e  canonizado, pelo Papa João Paulo II na Praça de São Pedro, em 06 de outubro de 2002. Sua obra mais conhecida é 'Caminho', escrita como orientações espirituais em diferentes parágrafos. Outras obras do autor são Forja, Sulco e É Cristo que Passa.

A CRUZ NÃO É UM CONSOLO FÁCIL

" A doutrina cristã sobre a dor não é um programa de fáceis consolações. Começa logo por ser uma doutrina de aceitação do sofrimento, inseparável de toda a vida humana. Não vos posso esconder - e com alegria pois sempre preguei e procurei viver a verdade de que, onde está a Cruz, está Cristo, o Amor - que a dor apareceu muitas vezes na minha vida; e mais de uma vez tive vontade de chorar. Noutras ocasiões, senti crescer em mim o desgosto pela injustiça e pelo mal. E soube o que era a mágoa de ver que nada podia fazer, que, apesar dos meus desejos e dos meus esforços, não conseguia melhorar aquelas situações iníquas.

Quando vos falo de dor, não vos falo apenas de teorias. Nem me limito a recolher uma experiência de outros, quando vos confirmo que, se sentis, diante da realidade do sofrimento, que a vossa alma vacila algumas vezes, o remédio que tendes é olhar para Cristo. A cena do Calvário proclama a todos que as aflições hão-de ser santificadas, se vivermos unidos à Cruz.



Porque as nossas tribulações, cristãmente vividas, se convertem em reparação, em desagravo, em participação no destino e na vida de Jesus, que voluntariamente experimentou, por amor aos homens, toda a espécie de dores, todo o gênero de tormentos. Nasceu, viveu e morreu pobre; foi atacado, insultado, difamado, caluniado e condenado injustamente; conheceu a traição e o abandono dos discípulos; experimentou a solidão e as amarguras do suplício e da morte. Ainda agora, Cristo continua a sofrer nos seus membros, na Humanidade inteira que povoa a Terra e da qual Ele é Cabeça, Primogênito e Redentor".
                                                                                                                         (É Cristo que Passa)

domingo, 24 de junho de 2012

NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA


Além de Jesus e de Maria, apenas o nascimento de João Batista (24 de junho) é comemorado pela Santa Igreja Católica, glória ímpar para aquele que foi aclamado, pelo próprio Cristo, como "o maior dentre os nascidos de mulher" (Mt 11,11).


Houve um homem mandado por Deus. Seu nome era João… Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz (Jo 1,6-8)

Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente. Ele preparará o teu caminho diante de ti (Mt 11,7).

Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo (Lc 1,41)

Eu sou a voz que clama no deserto: aplainai o caminho do Senhor (Is 40,3)


Eu vos batizo com água, mas vem Aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das sandálias; Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo (Lc 3, 16). 


Cristofano Allori (1577-1621): São João Batista no Deserto (1620)

sábado, 23 de junho de 2012

GLÓRIAS DE MARIA: FESTA DA VISITAÇÃO



MAGNIFICAT

Magnificat anima mea Dominum
et exsultavit spiritus meus in Deo salvatore meo, 
quia respexit humilitatem ancillae suae. 
Ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes, 

quia fecit mihi magna, qui potens est, 
et sanctum nomen eius, 
et misericordia eius in progenies et progenies 
timentibus eum. 

Fecit potentiam in brachio suo, 
dispersit superbos mente cordis sui; 
deposuit potentes de sede
et exaltavit humiles; 
esurientes implevit bonis
et divites dimisit inanes. 

Suscepit Israel puerum suum, 
recordatus misericordiae, 
sicut locutus est ad patres nostros, 
Abraham et semini eius in saecula.


(vídeo: trecho)


A minha alma glorifica o Senhor
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva.
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações,

O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas,
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
Sobre aqueles que o temem.

Manifestou o poder do seu braço
E dispersou os soberbos,
Derrubou os poderosos de seus tronos
E exaltou os humildes;
Aos famintos encheu de bens
E aos ricos despediu de mãos vazias.

Acolheu a Israel, seu servo, 
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais 
A Abraão e à sua descendência para sempre.




DA VIDA ESPIRITUAL (15)

Senhor! Ontem ou talvez não tenha sido ontem, parei por uns momentos minhas atividades de estudo em minha casa e me transportei para um outro lugar e um outro tempo, em uma região qualquer da Galiléia, há quase 2000 anos atrás... E, na minha mente, reconstruí aquela paisagem: a estrada, os vales, as montanhas, a vegetação, as pessoas... E havia ali, uma grande, uma esplêndida multidão! E todos se empurravam, se acotovelavam, na ânsia de buscar uma posição melhor para divisar ao longe a figura do Mestre que se encaminhava para dentro daquela enorme massa humana que, então, ia se fechando às suas costas para o seguir. Estavam ali a mulher “imunda”, o jovem rico, o paralítico, a cananéia... E eu estava ali! Na ânsia de vê-lo, Senhor, buscava um lugar mais alto: subir a uma árvore, a uma pedra, a um monte... Mas, mesmo assim, não era ainda possível contemplá-lo... Era preciso galgar mais alto e mais alto ainda, subir até o cimo da colina... Até que, enfim, pude reconciliar a minha alma com a visão do meu Deus, uma imagem ainda distorcida, efêmera, esmaecida, escultura de luz feita no caleidoscópio da distância... E eu já tinha os meus olhos resumindo todo o meu ser! E, à medida que Tu te aproximavas de mim, com quanto espanto vi que te olhavas nos olhos... E compreendi, Senhor, que Tu já olhavas para mim muito antes de eu estar ali...

terça-feira, 19 de junho de 2012

QUANDO O INFERNO É AQUI...

Eu Vos louvo, ó Pai, pela vida, pelo milagre da vida (vídeo abaixo). Da visão instantânea de Deus na concepção, eis a obra humana em que a terra chega mais perto do Céu.

'Antes mesmo de te formares no ventre materno eu te conheci, antes que saísses do seio materno, eu te consagrei'(Jer 1,5).  


Pai, milhares de vossos filhos são abortados, porque outros vossos filhos se negam criaturas e se fazem  artífices malditos da criação, gestores da vida alheia e árbitros de um crime nefando. O aborto é  a obra humana que torna a terra e o inferno um mesmo lugar. Ou você, que se diz favorável ao aborto, acha mesmo que sejam humanas as expressões, gestos e poses destes homens que não serviram para nascer? 

Atenção: ao clicar 'Mais Informações', você terá acesso a fotos de fetos abortados, o que pode ser ofensivo e inadequado a pessoas sensíveis.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A FÉ EXPLICADA - II


Ao morrer na cruz, Jesus Cristo propiciou a reparação completa dos meus pecados, dos teus pecados, dos pecados de todos os homens de hoje e de todos os tempos, não uma vez, mas vezes sem conta, posto que se realizou na Crucificação a plenitude de Deus no amor à humanidade pecadora. Obra de amor e reparação mais que plena, infinita. Sendo infinita a reparação feita por Jesus Cristo, qualquer penitência humana, por maior que seja sua relevância e excepcionalidade, torna-se meramente figurativa e essencialmente insignificante. E isso se aplicaria integralmente a toda a vida ímpar de caridade de uma Madre Teresa de Calcutá, por exemplo: algo de intrínseco valor humano, mas de completa inutilidade para a glória de Deus. 

Mas Deus é Deus de misericórdia e, por desígnio singular, associa a pequenez humana aos méritos infinitos de Cristo na obra da redenção. Em Cristo, o sofrimento, a doença, esta frustração momentânea, uma pequena contrariedade, tudo se faz penitência de valor infinito. Sim, de infinito valor, porque, nesta partilha, Cristo entra com o mérito infinito e nós, como membros do seu Corpo Místico, com nossas penitências claudicantes e frágeis, que se tornam, entretanto, instrumentos poderosos para a plena satisfação dos nossos pecados e dos pecados dos outros. Em Cristo e por meio Dele, a vida ímpar de caridade de uma Madre Teresa de Calcutá, por exemplo, teve um valor incalculável para a salvação de um número incontável de almas.

Ao longo de uma vida inteira, Deus espera pela sua oração, por uma obra de caridade, pela sua renúncia ao pecado, pelo sofrimento* que você tanto custa a aceitar ou que se revolta por não entender. Que obra de penitência você tem a oferecer no dia de hoje para satisfação a Deus pelos seus pecados de sempre e pelos pecados dos outros? 

* ver as palavras de Santa Maria Madalena de Pazzi em arquivo deste blog.