terça-feira, 2 de novembro de 2021

ALMA DO PURGATÓRIO

  

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que vive agora a pena do fogo purificador,
à espera de ir ao encontro de Deus:
imploro a Misericórdia do Pai para aliviar vossa agonia
e o sofrimento de vossa alma ainda sem Deus.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que anseia encontrar quem já vos encontrou,
na plenitude de todos os tempos:
imploro que o Sangue e Água do Coração de Jesus
lavem as vossas imperfeições e vossos pecados.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que tateia nas trevas ansiando a Luz
que esteve perdida em tantas manhãs de sol:
imploro ao Espírito Santo Consolador,
que seja abreviado vosso tempo para a Plena Visão.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que lamenta as penitências não feitas
e o cálice das dores não provadas:
imploro à Santa Virgem Maria, mãe de Deus e nossa,
lançar o Santo Rosário em vosso socorro.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que geme e agoniza desvarios e pecados
na tremenda dor que inteira vos devora:
imploro a todos os Santos e Santas
que intercedam por vós diante do Altíssimo.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que tem dívidas a pagar em penas
por tantas graças que não foram recebidas: 
imploro aos coros de anjos e arcanjos,
que movam sem descanso suas asas sobre vós.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
imploro a vós, quando na Infinita Glória,
cercada por muitos a quem imploro agora:
Reze pela minha alma com tanta graça e zelo 
que um dia Deus não tenha que esperar por mim
no Purgatório.
(Arcos de Pilares)


DAS INDULGÊNCIAS AOS FIÉIS DEFUNTOS

Lembrem-se das indulgências especiais que podem ser concedidas às almas do purgatório, particularmente nestes dias:

Indulgência Parcial: concedida apenas às almas do purgatório e dada por meio do fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos.

Indulgência Plenária: concedida apenas às almas do purgatório e dada por meio do fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos, no período de 1 a 8 de novembro de cada ano*.


* período estendido este ano, por concessão especial da Igreja devido à pandemia, para todo o mês de novembro.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

01 DE NOVEMBRO - DIA DE TODOS OS SANTOS

  

'Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão'

LADAINHA DE TODOS OS SANTOS

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós. 
Senhor, tende piedade de nós. 
Jesus Cristo, ouvi-nos. 
Jesus Cristo, atendei-nos. 
Deus pai do céu, tende piedade de nós.
Deus filho, redentor do mundo, tende piedade de nós. 
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós. 
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós. 
Santa Maria, rogai por nós. 
Santa Mãe de Deus, rogai por nós. 
Santa Virgem das virgens, rogai por nós. 
São Miguel, rogai por nós. 
São Gabriel, rogai por nós. 
São Rafael, rogai por nós. 
Todos os santos Anjos e Arcanjos, rogai por nós. 
Todos as santas ordens de Espíritos bem-aventurados, rogai por nós. 
São João Batista, rogai por nós. 
São José, rogai por nós. 
Todos os santos patriarcas e profetas, rogai por nós. 


São Pedro, rogai por nós. 
São Paulo, rogai por nós. 
Santo André, rogai por nós. 
São Thiago (Maior), rogai por nós.


São João, rogai por nós. 
São Tomé, rogai por nós. 
São Thiago (Menor), rogai por nós. 
São Felipe, rogai por nós. 


São Bartolomeu, rogai por nós. 
São Mateus, rogai por nós. 
São Simão, rogai por nós. 
São Tadeu, rogai por nós. 


São Matias, rogai por nós. 
São Barnabé, rogai por nós. 
São Lucas, rogai por nós. 
São Marcos, rogai por nós. 

Todos os santos apóstolos e evangelistas, rogai por nós. 
Todos os santos discípulos do Senhor, rogai por nós. 
Todos os santos inocentes, rogai por nós. 


Santo Estêvão, rogai por nós. 
São Lourenço, rogai por nós. 

São Vicente, rogai por nós. 
Santos Fabiano e Sebastião, rogai por nós. 
Santos João e Paulo, rogai por nós.
Santos Cosme e Damião, rogai por nós. 
Santos Gervásio e Protásio, rogai por nós. 
Todos os santos Mártires, rogai por nós. 


São Silvestre, rogai por nós. 
São Gregório, rogai por nós. 
Santo Ambrósio, rogai por nós.
Santo Agostinho, rogai por nós. 

São Jerônimo, rogai por nós. 
São Martim, rogai por nós. 
São Nicolau, rogai por nós. 
Todos os santos pontífices e confessores, rogai por nós. 
Todos os santos doutores, rogai por nós. 
Santo Antônio, rogai por nós. 
São Bento, rogai por nós. 
São Bernardo, rogai por nós. 
São Domingos, rogai por nós. 
São Francisco, rogai por nós.
Todos os santos sacerdotes e levitas, rogai por nós. 
Todos os santos Monges e eremitas, rogai por nós. 
Santa Maria Madalena, rogai por nós. 


Santa Águeda, rogai por nós. 
Santa Lúcia, rogai por nós. 
Santa Inês, rogai por nós. 
Santa Cecília, rogai por nós. 
Santa Anastásia, rogai por nós. 

Todas as santas virgens e viúvas, rogai por nós. 
Todos os santos e santas de Deus, intercedei por nós. 
Sêde propício, perdoai-nos Senhor. 
Sêde propício, ouvi-nos Senhor. 
De todo o mal, livrai-nos Senhor. 
De todo o pecado, livrai-nos Senhor. 
De vossa ira, livrai-nos Senhor. 
Da morte repentina e imprevista, livrai-nos Senhor. 
Das ciladas do demônio, livrai-nos Senhor. 
De toda a ira, ódio e má vontade, livrai-nos Senhor. 
Do espírito da fornicação, livrai-nos Senhor. 
Do raio e da tempestade, livrai-nos Senhor. 
Do flagelo do terremoto, livrai-nos Senhor. 
Da peste da fome e da guerra, livrai-nos Senhor. 
Da morte eterna, livrai-nos Senhor. 
Pelo mistério de vossa santa encarnação, livrai-nos Senhor. 
Pela vossa vinda, livrai-nos Senhor. 
Pelo vosso nascimento, livrai-nos Senhor. 
Por vosso batismo e santo jejum, livrai-nos Senhor. 
Por vossa cruz e paixão, livrai-nos Senhor.
Por vossa morte e sepultura, livrai-nos Senhor. 
Por vossa santa ressurreição, livrai-nos Senhor. 
Por vossa admirável ascensão, livrai-nos Senhor. 
Pela vinda do Espírito Santo Consolador, livrai-nos Senhor. 
No dia do juízo, livrai-nos Senhor. 

Pecadores que somos, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos perdoeis, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que useis de indulgência conosco, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis conduzir-nos à verdadeira penitência, nós vos rogamos: ouvi-nos.
Que nos digneis reagir e conservar a vossa santa igreja, nós vos rogamos: ouvi-nos.
Que nos digneis conservar a vossa santa religião, o Sumo Pontífice e a todos as ordens da hierarquia eclesiástica, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis humilhar os inimigos da igreja, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis conceder a verdadeira paz e concórdia entre os reis e príncipes cristãos, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis conceder a paz e a união a todo o povo cristão, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis chamar à unidade da Igreja, a todos os que estão alheios a ela, para iluminar todos os infiéis com a luz do Evangelho, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que vos digneis confortar-nos e conservar-nos em vosso santo serviço, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que levanteis nossos corações a desejar as coisas celestiais, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis retribuir, com os bens eternos a todos os nossos benfeitores, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que livreis da morte eterna nossas almas e as de nossos irmãos, parentes e benfeitores, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis dar e conservar os frutos da terra, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis conceder o eterno descanso a todos os fiéis defuntos, nós vos rogamos: ouvi-nos.
Que nos digneis atender-nos, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Filho de Deus, nós vos rogamos: ouvi-nos. 

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor. 
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor. 
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós. 
Jesus Cristo, ouvi-nos. 
Jesus Cristo, atendei-nos. 
Senhor, tende piedade de nós. 
Jesus Cristo, tende piedade de nós. 
Senhor, tende piedade de nós. 

Pai nosso... (silêncio) 
E não nos deixeis cair em tentação. Mas livrai-nos do mal. Amém.

domingo, 31 de outubro de 2021

EVANGELHO DO DOMINGO

'Eu Vos amo, ó Senhor, porque sois minha força!' (Sl 17)

 31/10/2021 - Trigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum

49. OS DOIS GRANDES MANDAMENTOS


Houve um triste tempo em que os fariseus se aproximaram de Jesus cheios de malícia e dissimulação. Cientes das manifestações anteriores das sábias palavras do Senhor e testemunhas de suas respostas demolidoras diante da perfídia e tentativas de manipulação dos saduceus, era preciso adotar desta vez estratégias mais elaboradas e mais ardilosas para induzir Jesus à contradição ou à suspeição da sua observância a algum preceito fundamental da lei judaica.

E, cingidos de todos os cuidados, reuniram-se em grupo, definiram-se pela pergunta mais ardilosa e escolheram um deles para fazê-la a Jesus, provavelmente aquele que fosse capaz de apresentar a questão aparentemente de forma mais sincera e espontânea possível: 'Qual é o primeiro de todos os mandamentos?' (Mc 12, 28). E, diante a insincera indagação do homem fragilizado pelo pecado, a sabedoria divina vai pronunciar que, é no amor a Deus, traduzido em dois grandes mandamentos, que está contida toda a Lei e toda glória humana.

'Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força!' (Mc 12, 30). O amor de Deus não contempla divisões, parcelas, frações... impõe-se como a perfeição do todo, na manifestação plena de todos os sentidos e de todos os afetos humanos; não permite partilhas ou ressalvas, é o todo em tudo que fazemos, é tudo em todas as coisas que possuímos. De todo coração, de toda a alma, de todo o entendimento e com toda a força: esta constitui a percepção da plenitude sem concessões de natureza alguma, a síntese de que o amor de Deus só pode ser emanado a partir de todas as forças da vontade humana, de toda a potência da alma entregue e disposta a cumprir, como meta única e definitiva, a Santa Vontade de Deus.

O pleno cumprimento da Vontade de Deus exige o amor incondicional ao próximo, essência do segundo mandamento: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’ (Mc 12, 31). Amor ao próximo no amor de Deus: a face do irmão refletida no espelho de nossa alma, pois o amor sem medidas tem como princípio a caridade. Nas palavras de Jesus ao mestre da Lei, afloram os dois grandes mandamentos que constituem a síntese da perfeição do amor que, nascido do coração humano, eleva-se sem máculas e em plenitude até o Coração de Deus.

sábado, 30 de outubro de 2021

ET SEPARABUNT...

Sairão pois os anjos; vede que ansiedade e que tremor será o dos corações dos homens naquela hora. Sairão os anjos e irão primeiramente ao lugar dos papas: Et separabunt (faz horror só imaginar, que em uma dignidade tão divina e em homens eleitos pelo Espírito Santo há de haver também que separar)... Et separabunt malos de medio justorum [e separarão os maus do meio dos justos (Mt 13, 49)]. E separarão os pontífices maus dentre os pontífices bons. Eu bem creio que serão muito raros os que se hão de condenar, mas haver de dar conta a Deus de todas as almas do mundo, é um peso tão imenso que não será maravilha que, sendo homens, levasse alguns à perdição. Todos nesta vida foram chamados a ser sacerdotes santos; mas o dia do Juízo mostrará que a santidade não consiste no nome, mas em obras. Nesta vida beatíssimos, na outra mal-aventurados: ó que grande miséria!

Sairão após estes outros anjos e irão ao lugar dos bispos e arcebispos: Et separabunt malos de medio justorum. Lá vai aquele porque não deu esmolas; aquele porque enriqueceu os parentes com o patrimônio de Cristo; aquele porque, tendo uma esposa, procurou outra melhor dotada; aquele porque faltou com o pastoreio da doutrina às suas ovelhas; aquele porque na sua diocese morreram tantas almas sem sacramentos; aquele por simonias; aquele por irregularidades; aquele por falta de exemplos da vida e também algum por falta de ciência necessária, empregando o tempo e o estudo em divertimentos, da corte e não de um prelado ou do campo e não de um pastor. 

Valha-me Deus, que confusão tão grande será! Mas que alegres e que satisfeitos estarão neste passo, um São Bernardino de Sena, um São Boaventura, um São Domingos, um São Bernardo, e muitos outros varões santos e sisudos que, quando lhes ofereceram as mitras, não quiseram subir à alteza da dignidade, porque reconheceram a do precipício. 

Por outro lado, que tais levarão os corações aqueles miseráveis condenados? Dirão: 'Maldito seja o dia em que nos elegeram, e maldito quem nos elegeu; maldito seja o dia em que nos confirmaram, e maldito quem nos confirmou'. Se um homem mal pode dar conta de sua alma, como poderá dar conta de tantas? Se este peso prostrou por terra os maiores gigantes da Igreja, quem não temerá e tenderá a fugir dele?

(Excertos dos Sermões do Pe. Antônio Vieira)

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

AS CORES DAS VESTES LITÚRGICAS


Nos primeiros séculos, a liturgia cristã foi muito despojada por duas razões principais: primeiro, para não imitar a liturgia judaica e nem os cultos pagãos, cujos cerimoniais eram muito pomposos; segundo, para não expor demasiado a Igreja às perseguições que acompanharam a sua implantação no vasto mundo romano. Assim, maior simplicidade implicava menor exposição e, neste sentido, em termos das cores das vestes, não se tinha distinção além da utilização de cores mais alegres para as celebrações festivas e de cores mais sombrias para os períodos de penitência.

A cor branca é a única que aparecia referenciada nos ritos batismais, como cor própria dos novos vocacionados. No século V, os bispos celebravam trajados de vestes brancas de linho e, aparentemente, vestes litúrgicas de cores alternativas só foram introduzidas na liturgia da Igreja a partir do século VIII. No Missal de São Pio V (1570), são mencionadas cinco cores distintas para as vestes litúrgicas: branca, vermelha, preta, verde e roxa.

O contexto das diferentes cores expressa o vínculo peculiar dos mistérios da fé e o sentido progressivo da vida cristã ao longo do ano litúrgico. Assim, a cor branca expressa alegria, pureza e  luz, sendo aplicada no Tempo Pascal, no Natal e em outras festas de celebração do Senhor (exceto Paixão) e também nas festas litúrgicas de Nossa Senhora, dos Anjos e dos Santos não mártires, nas solenidades de Todos os Santos e de São João Batista e nas festas de São João Evangelista, Cátedra de São Pedro e da Conversão de São Paulo.

Usamos a cor vermelha no Domingo de Ramos, na Sexta-Feira Santa, no Domingo do Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas natalícias dos Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos Mártires (neste contexto, a cor vermelha expressa o sacrifício destes homens e mulheres como testemunhas da morte de Cristo).

A cor verde, símbolo da vida e da esperança, é aquela que se usa mais vezes durante o ano, nos domingos e dias feriais do Tempo Comum. Usa-se a cor roxa, símbolo da dor e da penitência, no Tempo do Advento e da Quaresma, podendo também usar-se nas missas de defuntos em substituição à cor preta, característica destes eventos. 

No III Domingo do Advento e no IV Domingo da Quaresma, podem ser utilizadas vestes cor-de-rosa, símbolo do alívio do roxo e, em datas especialmente solenes, podem ser trajados paramentos festivos ou mais nobres, ainda que não sejam da cor do dia, tipicamente incluindo ornamentos ou tecidos dourados, à guisa de ouro. Variantes destes regramentos gerais ou mesmo a utilização de cores não tradicionais em eventos especiais (por exemplo, vestes azuis na Solenidade de Nossa Senhora da Conceição), podem ser aplicadas, mas sempre como concessões especiais das respectivas conferências episcopais.

(texto adaptado do Secretariado Nacional de Liturgia, de Portugal)

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

ORAÇÃO PARA PEDIR A SABEDORIA


Concede-me, Deus misericordioso, que deseje com ardor o que Tu aprovas, que o procure com prudência, que o reconheça em verdade, que o cumpra na perfeição, para louvor e glória do Teu nome.

Põe ordem na minha vida, ó meu Deus, e permite-me que conheça o que Tu queres que eu faça, e que o cumpra como é necessário e útil para a minha alma. Que eu chegue a Ti, Senhor, por um caminho seguro e reto; caminho que não se desvie nem na prosperidade nem na adversidade, de tal forma que Te dê graças nas horas prósperas e nas adversas conserve a paciência, não me deixando exaltar pelas primeiras nem me abater pelas segundas.

Que nada me alegre ou entristeça, exceto o que me conduza a Ti ou de Ti me separe. Que eu não deseje agradar nem receie desagradar senão a Ti. Tudo o que passa torne-se desprezível aos meus olhos por Tua causa, Senhor, e tudo o que Te diz respeito me seja caro, mas Tu, meu Deus, mais do que o resto. Que eu nada deseje fora de Ti.

Concede-me, Senhor meu Deus, uma inteligência que Te conheça, uma vontade que Te busque, uma sabedoria que Te encontre, uma vida que Te agrade, uma perseverança que Te espere com confiança e uma confiança que te possua enfim. Concede-me ser atormentado com as Tuas dores pela penitência, recorrer no caminho aos Teus benefícios pela graça, gozar das Tuas eternas alegrias sobretudo na pátria pela glória. Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.

(São Tomás de Aquino)

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

O NASCIMENTO DE JOÃO PAULO II

 
(Karol Wojtyla com os seus pais Karol e Emilia Wojtyla)

João Paulo II nasceu em 18 de maio de 1920, em Wadowice, na Polônia. O que não se sabe comumente é que o futuro papa nasceu de uma gravidez difícil e de alto risco, e que a sua mãe foi aconselhada pelo seu médico à época para fazer o aborto.

A mãe de João Paulo II - Emilia Wojtyla - ficou bastante deprimida com a recomendação do seu médico particular - o Dr. Jan Moskała - para abortar, pois correria sérios riscos de morte durante o parto.  Além de não optar pelo aborto, Emilia buscou a orientação de um segundo médico - Dr. Samuel Taub, um médico judeu de Cracóvia, que havia se mudado para Wadowice após a Primeira Guerra Mundial. Este segundo médico reconheceu e manifestou à gestante os riscos inerentes à gravidez em curso mas, em momento algum, sugeriu a interrupção da mesma.

E realmente a gravidez transcorreu com dificuldades: Emilia ficava a maior parte do tempo em repouso absoluto, com alimentação controlada e sentindo-se muito prostrada. No dia do nascimento de Karol Wojtyla, enquanto a mãe passava pelos últimos procedimentos para o parto no apartamento da família e sob a supervisão de uma parteira, o seu marido e o filho Edmund, de 13 anos, saíram de casa por volta das 17h, para rezar o Ofício Divino na igreja paroquial que ficava bem em frente à casa, do outro lado da rua.

No momento em que era entoada a Ladainha de Loreto em honra a Nossa Senhora, Emilia pediu à parteira que abrisse a janela, para que o primeiro som que seu filho pudesse ouvir fosse um cântico de louvor a Nossa Senhora. Emília Wojtyla deu à luz o seu filho, ouvindo a canção da Ladainha de Loreto. João Paulo II, muitos anos depois, afirmou ao seu secretário particular - Pe. Stanislaw Dziwisz - que ele nasceu ao som da ladainha em honra da Mãe de Deus e que havia sido eleito papa na mesma hora do dia em que nasceu.

Emilia Wojtyla morreu de ataque cardíaco e insuficiência hepática em 1929, quando o jovem Karol Wojtyla estava a um mês de seu nono aniversário. As causas de santidade em favor dos pais de São João Paulo II já foram formalmente abertas na Polônia. Karol, um tenente do exército polonês, e Emilia, uma professora escolar, casaram-se em Cracóvia em 10 de fevereiro de 1906. O casal católico deu à luz três filhos: Edmund em 1906; Olga, que morreu logo após o seu nascimento; e Karol em 1920.