Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás amado mais do que um homem generoso. Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade e assim encontrarás graça diante do Senhor (Eclo 3, 19-20)
domingo, 25 de agosto de 2019
sábado, 24 de agosto de 2019
28 DE AGOSTO: SANTO AGOSTINHO DE HIPONA
Dia 28 de agosto é a festa de um dos grandes santos da Igreja, um dos fundadores da chamada Patrística (a fase inicial da formação da Teologia Cristã e seus dogmas). Santo Agostinho nasceu a 13 de novembro de 354, na pequena cidade de Tagaste, perto de Hipona, na Numídia (atual Argélia), filho de Patrício e Mônica (santa da Igreja Católica, cuja festa é celebrada em 27 de agosto). Da vida promíscua ao desvario da sua inclusão em seitas maniqueístas, Santo Agostinho experimentou desde a indiferença até a descrença completa nas coisas de Deus. A resposta da sua mãe, profundamente dolorosa diante a perspectiva da perda eterna da alma do filho amado, foi sempre a mesma: oração, oração, oração!
E a conversão de Agostinho foi lenta e profunda: no ano de 382, em Milão, então com 32 anos de idade, o santo foi finalmente batizado, junto com um amigo e o seu filho Adeodato (que morreria pouco tempo depois) por Santo Ambrósio. E que conversão! Sobre o tapete dos pecados passados, da vida desregrada da juventude (que descreveria com imenso desgosto em sua obra máxima ‘Confissões’), nasceria um santo dedicado por inteiro à glória de Deus, pregando como sacerdote e, mais tarde, como bispo de Hipona, que a verdadeira fonte da santidade nasce, renasce e se fortalece na humildade. Combateu com tal veemência as diversas frentes de heresias do seu tempo, incluindo o arianismo e o maniqueísmo, que foi alcunhado de Escudo da Fé e Martelo dos Hereges. Santo Agostinho, Doutor da Igreja e Defensor da Graça, morreu em 28 de agosto de 430, aos 76 anos de idade.
Excertos da Obra: 'Confissões', de Santo Agostinho:
E a conversão de Agostinho foi lenta e profunda: no ano de 382, em Milão, então com 32 anos de idade, o santo foi finalmente batizado, junto com um amigo e o seu filho Adeodato (que morreria pouco tempo depois) por Santo Ambrósio. E que conversão! Sobre o tapete dos pecados passados, da vida desregrada da juventude (que descreveria com imenso desgosto em sua obra máxima ‘Confissões’), nasceria um santo dedicado por inteiro à glória de Deus, pregando como sacerdote e, mais tarde, como bispo de Hipona, que a verdadeira fonte da santidade nasce, renasce e se fortalece na humildade. Combateu com tal veemência as diversas frentes de heresias do seu tempo, incluindo o arianismo e o maniqueísmo, que foi alcunhado de Escudo da Fé e Martelo dos Hereges. Santo Agostinho, Doutor da Igreja e Defensor da Graça, morreu em 28 de agosto de 430, aos 76 anos de idade.
Excertos da Obra: 'Confissões', de Santo Agostinho:
'Amo-te, Senhor, com uma consciência não vacilante, mas firme. Feriste o meu coração com a tua palavra, e eu amei-te. Mas eis que o céu, e a terra, e todas as coisas que neles existem me dizem a mim, por toda a parte, que te ame, e não cessam de o dizer a todos os homens, de tal modo que eles não têm desculpa. Tu, porém, compadecer-te-ás mais profundamente de quem te compadeceres,e concederás a tua misericórdia àquele para quem fores misericordioso: de outra forma, é para surdos que o céu e a terra entoam os teus louvores. Mas que amo eu, quando te amo? Não a beleza do corpo, nem a glória do tempo, nem esta claridade da luz, tão amável a meus olhos, não as doces melodias de todo o gênero de canções, não a fragrância das flores, e dos perfumes, e dos aromas, não o maná e o mel, não os membros agradáveis aos abraços da carne. Não é isto o que eu amo, quando amo o meu Deus, E, no entanto, amo uma certa luz, e uma certa voz, e um certo perfume, e um certo alimento, e um certo abraço, quando amo o meu Deus, luz, voz, perfume, alimento, abraço do homem interior que há em mim, onde brilha para a minha alma o que não ocupa lugar, e onde ressoa o que o tempo não rouba, e onde exala perfume o que o vento não dissipa, e onde dá sabor o que a sofreguidão não diminui, e onde se une o que o que a saciedade não separa. Isto é o que eu amo, quando amo o meu Deus'.
'Aterrorizado com os meus pecados e com o peso da minha miséria, tinha considerado e meditado no meu coração fugir para a solidão, mas tu proibiste-me e encorajaste-me, dizendo: Cristo morreu por todos, a fim de que os que vivem já não vivam para si, mas para aquele que morreu por eles. Eis, Senhor, que eu lanço em ti a minha inquietação, a fim de que viva, e considerarei as maravilhas da tua Lei. Tu conheces a minha incapacidade e a minha fragilidade: ensina-me e cura-me. O teu Unigênito, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência, redimiu-me com o seu sangue. Não me caluniem os soberbos, porque penso no preço da minha redenção, e como, e bebo, e distribuo, e, pobre, desejo saciar-me dele entre aqueles que dele se alimentam e saciam: e louvam o Senhor aqueles que o procuram'.
ORAÇÃO: UBI CARITAS
Ubi Caritas é uma oração intimamente associada à Comunhão Eucarística, sendo parte integrante das antífonas comumente cantadas durante as cerimônias de exposição pública do Santíssimo Sacramento e, particularmente, da cerimônia de Lava-Pés na Quinta-feira Santa. A tradição recente alterou a primeira linha da oração original de Ubi caritas est vera ('onde a caridade é verdadeira') para Ubi caritas et amor ('onde a caridade e o amor').
Ubi caritas et amor, Deus ibi est.
Congregavit nos in unum Christi amor.
Exultemus, et in ipso iucundemur.
Timeamus, et amemus Deum vivum.
Et ex corde diligamus nos sincero.
Ubi caritas et amor, Deus ibi est.
Simul ergo cum in unum congregamur:
Ne nos mente dividamur, caveamus.
Cessent iurgia maligna, cessent lites.
Et in medio nostri sit Christus Deus.
Ubi caritas et amor, Deus ibi est.
Simul quoque cum beatis videamus,
Glorianter vultum tuum, Christe Deus:
Gaudium quod est immensum, atque probum,
Saecula per infinita saeculorum. Amen.
***********************
Onde o amor e a caridade, Deus aí está.
Congregou-nos num só corpo, o amor de Cristo.
Exultemos, pois e nele jubilemos.
Ao Deus vivo nós temamos, mas amemos
E sinceros, uns aos outros, nos queiramos.
Onde o amor e a caridade, Deus aí está.
Todos juntos, num só corpo congregados,
pela mente não sejamos separados.
Cessem rixas. cessem lutas, divisões,
E esteja, em nosso meio, Cristo Deus.
Onde o amor e a caridade, Deus aí está.
Junto, um dia, com os eleitos nós vejamos
Tua face gloriosa, Cristo Deus:
Gáudio puro que é imenso e que ainda vem,
Pelos séculos dos séculos. Amém.
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
DA PRÁTICA DA CARIDADE PELO EXEMPLO E ORAÇÃO
1. O melhor exercício de caridade é ter zelo pelo bem espiritual do próximo. Quanto a alma é superior ao corpo, tanto a caridade que se exerce com a alma do próximo vale mais diante de Deus do que a que se exerce com o corpo. Esta caridade se exerce em primeiro lugar pela correção daqueles que pecam. Quem converte um pecador, salva não só o seu irmão, senão também a si mesmo porque Deus, por essa caridade, lhe perdoará todos os pecados, como escreve São Tiago.
Pelo contrário, diz Santo Agostinho, que aquele que vê seu próximo se perder, irando-se contra seu irmão ou maltratando-o com injúrias, e deixa de adverti-lo, com seu silêncio torna-se pior do que o outro com suas afrontas. Não vos escuseis por falta de capacidade. Para corrigir, vos responde São João Crisóstomo, é mais necessária a caridade do que a sabedoria. Fazei a correção no tempo oportuno com caridade e doçura, e vos saireis bem. Se sois superiora [o texto foi dirigido originalmente à orientação espiritual de religiosas], estais obrigada a fazê-la por ofício; se o não sois, estais obrigada por caridade, sempre que houver esperança de bom resultado. Quem visse um cego caminhar para um precipício, não seria cruel, se o não avisasse para livrá-lo da morte temporal?
Muito mais cruel é quem, podendo livrar sua irmã da morte eterna, por negligência deixa de fazê-lo. Quando pois julgardes prudentemente que a vossa correção será inútil, procurai, ao menos, advertir secretamente a superiora ou outra que possa remediar o caso. Não insteis em dizer: 'Este não é o meu ofício, não quero ser intrometida'. Esta foi a resposta de Caim, que assim dizia: 'Sou eu, pois, guarda de meu irmão?' Cada um está obrigado a impedir a ruína do próximo, quando pode; pois diz o Sábio: Deus encarregou a cada homem de zelar pelo bem de seu próximo (Ecl 17, 12).
2. São Filipe Nery diz que, quando se trata de socorrer o próximo, principalmente nas suas necessidades espirituais, Deus se compraz de ver-nos, se preciso for, deixar a oração. Um dia, Santa Gertrudes desejava entreter-se em orar, quando tinha que fazer uma obra de caridade; e o Senhor lhe disse: 'Dize-me Gertrudes, que coisa quereis? Quereis que eu te sirva ou queres me servir?' Dizia São Gregório: 'Se quereis ir ter com Deus, não vos apresenteis sós diante dele'. O mesmo dizia Santo Agostinho: 'Se amais a Deus, atrai todos os homens ao seu amor'.
Se, pois, amais a Nosso Senhor, deveis esforçar-vos para não ser a única a amá-lo, mas procurai arrastar ao seu amor todas as criaturas, os vossos parentes, as pessoas com quem tratais, e sobretudo as vossas irmãs. Ah! uma santa religiosa pode santificar um convento todo, com suas palavras e com seus exemplos, fazendo nesta intenção todos os seus atos de piedade, e induzindo as outras a fazer o mesmo que ela. Com isto, não tenhais escrúpulo de vanglória: essas ações que nada têm de extraordinário, mas convêm a toda religiosa que se aplica à perfeição, como é obrigada, devem fazer-se também no intuito de dar bom exemplo e atrair mais a Deus as irmãs; pois ensinou Jesus Cristo: 'A vossa luz brilhe diante dos homens, para que vejam as vossas boas ações e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus (Mt 5, 16). Assim comungar frequentemente, mostrar-se piedosa, mortificada, exata na observância das regras, aplicada à oração, para dar bom exemplo às outras, não é ato de vaidade mas de caridade muito agradável a Deus.
3. Procurai, portanto, auxiliar a todos, quanto for possível, com palavras, obras, e sobretudo com as vossas orações. Todas as esposas de Jesus Cristo devem zelar a sua honra, como ele mesmo exigiu de Santa Teresa, quando a constituiu sua esposa. Se uma Esposa de Jesus Cristo não toma a peito os interesses de sua glória, quem o fará? Todos conhecem a promessa feita por Nosso Senhor de ouvir a quem pedir qualquer coisa a seu Eterno Pai em seu nome (Jo 16, 23). Muitos doutores, apoiados na autoridade de São Basílio, ensinam que essa promessa vale também para todas as pessoas por quem se pede, contanto que elas não ponham nenhum óbice positivo ao efeito da oração. Sendo assim nas orações comuns, nas ações de graças depois da comunhão e nas visitas ao Santíssimo Sacramento, nunca deixeis de recomendar a Deus os pobres pecadores, os infiéis, os hereges e todos os outros que vivem afastados de Deus.
Ó quanto agrada a Jesus Cristo ser rogado por suas esposas pelos pecadores! Ele mesmo disse um dia à venerável Soror Serafina de Capri: 'Ajuda-me, filha, a salvar almas com tuas orações'. De modo semelhante, disse um dia a Santa Maria Madalena de Pazzi: 'Vês, Madalena, como os cristãos estão de braços com o demônio? Se os meus eleitos os não livrassem com suas orações, seriam devorados'. Pelo que a santa assim falava às suas monjas: 'Irmãs, Deus nos separou do mundo não só para que cuidássemos do nosso bem espiritual, senão também para que trabalhássemos pelos pecadores'. Outra vez, lhes dizia: 'Minhas irmãs, nós temos de dar contas por tantas almas perdidas'.
4. Não vos esqueçais de orar também pelas almas do purgatório. A caridade nos aconselha e até nos obriga, como diz um douto autor, a orar por essas almas santas que tanto precisam de nossas orações. São Tomás ensina que a caridade cristã se estende não só aos vivos, mas também a quantos morreram em estado de graça. Assim como somos obrigados a socorrer o nosso próximo durante a vida, quando tem necessidade do nosso auxílio, assim também devemos socorrer aquelas almas prisioneiras. As penas que elas padecem, acrescenta o doutor angélico, ultrapassam a todas as penas desta vida; e necessitam do nosso adjutório, porque por si mesmas não se podem ajudar.
Assim o declarou um monge da Ordem de Cister que, aparecendo, depois da morte, ao sacristão do seu mosteiro, lhe disse: 'Socorre-me com tuas orações, porque por mim mesmo nada posso obter'. Ora, se todos os fiéis estão obrigados a orar pelas almas do purgatório, tanto mais devem socorrê-las com suas orações as religiosas recolhidas por Deus aos mosteiros, que todos são casa de oração. Não deixeis, pois, passar nenhum dia, sem recomendar a Deus em todas as vossas orações às benditas almas, esposas de Nosso Senhor que pedem o vosso auxílio. Sede generosas com elas, oferecendo-lhes alguns jejuns e outras mortificações. Sobretudo aplicai-lhes as missas que ouvirdes, pois este é o grande sufrágio por essas santas almas, que não sabem ser ingratas. Ainda que do fundo do seu cárcere, alcançarão a Deus para vós grandes graças e, quando entrarem no paraíso, ainda maiores.
(Excertos da obra 'A Verdadeira Esposa de Jesus Cristo', de Santo Afonso Maria de Ligório)
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
PARA VIVER BEM O TEMPO DE UMA VIDA
Viva um tempo para TRABALHAR. É a sua herança transformada em obras.
Viva um tempo para PENSAR. É a base do equilíbrio interior.
Viva um tempo para BRINCAR. É o segredo da eterna juventude.
Viva um tempo para CONTEMPLAR a natureza. É a via mais fácil de ter em si a presença de Deus.
Viva um tempo para LER. É a fonte da sabedoria.
Viva um tempo para AMAR e SER AMADO. É o maior privilégio dado por Deus aos homens.
Viva um tempo para RIR. É o seu instrumento para tocar a música da alma.
Viva um tempo para DOAR-SE ao próximo. É o seu caminho para a felicidade.
Viva um tempo para REZAR. É a forma de se falar com Deus.
Viva um tempo para PRATICAR a caridade. É a sua chave para o Céu.
(texto de autor desconhecido e adaptado pelo autor do blog)
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
21 DE AGOSTO - SÃO PIO X
No início do Século XX, inúmeras heresias associadas ao Modernismo (movimento precursor do atual Progressismo Católico) tentavam minar a Igreja. Neste quadro de graves dificuldades, a Providência Divina legou à cristandade um Papa Santo, até muito recentemente o único papa canonizado do Século XX. Em 04 de agosto de 1903, o Cardeal Giusepe Sarto de Veneza foi eleito como Pio X, 259º sucessor de São Pedro, sucedendo a Leão XIII, sendo coroado para o Sumo Pontificado cinco dias depois. No seu pontificado de apenas 11 anos (faleceu em 20/08/1914), Pio X promoveu uma guerra sem tréguas às heresias do Modernismo (que condenou por inteiro na Encíclica Pascendi Dominici Gregis, de 8 de setembro de 1907), coordenou a compilação de um novo Código Canônico, restaurou as bases da música sacra e promulgou várias ações e documentos relacionados a uma melhor e mais perfeita devoção aos sacramentos eucarísticos. Foi canonizado pelo Papa Pio XII em 03/09/1954. Celebra-se a sua festa de santidade em 21 de agosto.
Excertos da Encíclica Pascendi Dominici Gregis - 08/08/1907 (de São Pio X): condenação explícita do Movimento Modernista na Igreja Católica
Não se afastará, portanto, da verdade quem os tiver como os mais perigosos inimigos da Igreja. Estes, em verdade, como dissemos, não já fora, mas dentro da Igreja, tramam seus perniciosos conselhos; e por isto, é por assim dizer nas próprias veias e entranhas dela que se acha o perigo, tanto mais ruinoso quanto mais intimamente eles a conhecem. Além de que, não sobre as ramagens e os brotos, mas sobre as mesmas raízes que são a fé e suas fibras mais vitais, é que meneiam eles o machado.
Batida pois esta raiz da imortalidade, continuam a derramar o vírus por toda a árvore, de sorte que coisa alguma poupam da verdade católica, nenhuma verdade há que não intentem contaminar. E ainda vão mais longe; pois pondo em obra o sem número de seus maléficos ardis, não há quem os vença em manhas e astúcias: porquanto, fazem promiscuamente o papel ora de racionalistas, ora de católicos, e isto com tal dissimulação que arrastam sem dificuldade ao erro qualquer incauto; e sendo ousados como os que mais o são, não há consequências de que se amedrontem e que não aceitem com obstinação e sem escrúpulos. Acrescente-se-lhes ainda, coisa aptíssima para enganar o ânimo alheio, uma operosidade incansável, uma assídua e vigorosa aplicação a todo o ramo de estudos e, o mais das vezes, a fama de uma vida austera. Finalmente, e é isto o que faz desvanecer toda esperança de cura, pelas suas mesmas doutrinas são formadas numa escola de desprezo a toda autoridade e a todo freio; e, confiados em uma consciência falsa, persuadem-se de que é amor de verdade o que não passa de soberba e obstinação.
Efetivamente, o orgulho fá-los confiar tanto em si que se julgam e dão a si mesmos como regra dos outros. Por orgulho loucamente se gloriam de ser os únicos que possuem o saber e, dizem desvanecidos e inchados: nós cá não somos como os outros homens. E, de fato, para o não serem, abraçam e devaneiam toda a sorte de novidades, até das mais absurdas. Por orgulho repelem toda a sujeição, e afirmam que a autoridade deve aliar-se com a liberdade. Por orgulho, esquecidos de si mesmos, pensam unicamente em reformar os outros, sem respeitarem nisto qualquer posição, nem mesmo a suprema autoridade. Para se chegar ao modernismo não há, com efeito, caminho mais direto do que o orgulho. Se algum leigo ou também algum sacerdote católico esquecer o preceito da vida cristã, que nos manda negarmos a nós mesmos para podermos seguir a Cristo, e se não afastar de seu coração o orgulho, ninguém mais do ele se acha naturalmente disposto a abraçar o modernismo!
Nada, portanto, Veneráveis Irmãos, se pode dizer estável ou imutável na Igreja, segundo o modo de agir e de pensar dos modernistas. Para o que também não lhes faltaram precursores, esses de quem o nosso predecessor Pio IX escreveu: 'estes inimigos da revelação divina, que exaltam com os maiores louvores o progresso humano desejariam, com temerário e sacrílego atrevimento, introduzi-lo na religião católica, como se a mesma não fosse obra de Deus, mas obra dos homens, ou algum sistema filosófico, que se possa aperfeiçoar por meios humanos' (Encíclica Qui pluribus, de 9 de novembro de 1846).
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