segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

SUMA TEOLÓGICA EM FORMA DE CATECISMO (XXVI)

XXIII

 PECADOS DE PALAVRA CONTRA A VIRTUDE DA JUSTIÇA — PECADOS DOS ENCARREGADOS DE ADMINISTRAR A JUSTIÇA: POR PARTE DO JUIZ, DO ATO DO JUIZ, DO ACUSADOR, DO ACUSADO, DAS TESTEMUNHAS E DO ADVOGADO 

Além dos pecados de obras, cometem-se também contra o próximo pecados de palavra? 
Sim, Senhor; e dividem-se em duas categorias: uns, em que se incorre no ato de administrar justiça e outros nas ações correntes e ordinárias da vida (LXVII-LXXVI)*. 

Qual é o primeiro pecado na administração da justiça ?
A do Juiz que não julga ou que decide em desacordo com a razão e a equidade natural (LXVII). 

Que qualidades necessita possuir o Juiz para estar à altura do seu cargo? 
Precisa ser uma como uma personificação da Justiça, encarregado pela sociedade de reconhecer e amparar, em seu nome, os direitos daqueles que, achando-se prejudicados, recorrem à sua autoridade (Ibid). 

Logo, a que normas deve ater-se para cumprir dignamente o seu ofício? 
Às seguintes: Não pode conhecer de causas que não sejam de sua jurisdição e incumbência; está obrigado a fundamentar a sentença nos fatos e dados que resultem juridicamente comprovados no processo e tais como as partes os expõem; não deve intervir, se ninguém se queixa, nem reclama justiça; porém, quando interpõe a sua autoridade, deve administrá-la íntegra e imparcial, sem mal entendida compaixão com os delinquentes, quaisquer que sejam as penas que haja de impor-lhes, em conformidade ao direito, quer seja divino quer humano (LXVII, 2,4). 

Qual é o segundo pecado contra a Justiça no ato do Juízo? 
O pecado dos que faltam à obrigação de denunciar, ou acusam injustamente (LXVIII). 

Que entendeis por obrigação de denunciar? 
A que tem todo cidadão que conhece algum ato prejudicial à sociedade de por o autor nas mãos do Juiz, para que aplique a devida sanção. Só a impossibilidade de provar juridicamente o fato o excusa deste dever (LXVIII, 1). 

Quando dizeis que é injusta a acusação? 
Quando maliciosamente se imputa a alguém um crime que não cometeu e também quando não se persegue, como a Justiça requer, o crime, quer entendendo-se fraudulentamente com a parte contrária, quer desistindo, sem motivo, da acusação (LXVIII, 3). 

Qual é o terceiro pecado contra a Justiça, no ato do Juízo? 
O do acusado que não conforma o seu proceder com as normas do direito (LXIX). 

Quais são as normas do direito a que deve ajustar-se o acusado, sob pena de pecar contra a Justiça? 
Tem obrigação de dizer a verdade quando o Juiz, no uso das suas atribuições, lhe perguntar e a de não empregar em sua defesa meios reprováveis (LXIX, 1,2). 

Pode o acusado apelar da sentença condenatória? 
Já que nenhum acusado tem direito de defender-se empregando meios ilícitos, não pode apelar de uma sentença justa com o fim exclusivo de ganhar tempo e retardar a execução; quando, porém, for vítima de uma injustiça manifesta e, sempre dentro dos limites que a lei lhe faculta, pode apelar da sentença condenatória (LXIX, 3). 

Pode um condenado à morte resistir à execução da sentença? 
Se a condenação é injusta, pode resistir, usando, se for preciso, astúcia e violência, contanto que evite o escândalo. Se a sentença é justa, tem o dever de sofrer a execução sem opor resistência. Pode, apesar disso, fugir, se achar ocasião propícia, pois ninguém é obrigado a cooperar para a sua própria morte (LXIX, 4). 

Qual é o quarto pecado que pode cometer-se contra a justiça, no ato do Juízo? 
O das testemunhas que faltam ao seu dever (LXX). 

De quantas maneiras podem faltar as testemunhas à sua obrigação? 
Abstendo-se de declarar, não só quando lhes requer a autoridade judicial a que estão obrigados a obedecer no concernente à administração da justiça, mas também quando seja necessária a sua declaração para evitar dano de terceiro e, com maior razão, quando prestam declarações falsas (LXX, 1.4). 

A declaração judicial falsa é sempre pecado mortal? 
Sim, Senhor; porque ainda que, pela razão da parvidade da matéria, possa ser venial em determinadas ocasiões, é sempre mortal em atenção ao perjúrio e também à injustiça quando atenta contra alguma causa justa (LXX, 4). 

Que outros pecados se cometem contra a Justiça no ato do Juízo? 
Os dos advogados, quando se negam a patrocinar uma causa justa e não é possível recorrer a outro; quando defendem causa injusta, especialmente em assuntos cíveis e quando exigem por seu trabalho retribuição excessiva (LXX, 1, 3, 4). 

XXIV 

PECADOS DE PALAVRA NOS ATOS ORDINÁRIOS DA VIDA: INJÚRIA, DIFAMAÇÃO (MALEDICÊNCIA E CALÚNIA), MURMURAÇÃO, IRRISÃO E MALDIÇÃO 

Quais são as injustiças de palavra que na vida se cometem contra o próximo? 
São as de injúria, difamação, murmuração, irrisão e maldição (LXXII - LXXVI). 

Que entendeis por injúria? 
Entendem-se por injúria, insulto, ultraje e, às vezes, por menosprezo, censura e repreensão, as palavras que se usam para qualificar excessos ou injustiças, o fato de afrontar a alguém por palavra ou obra, agravando-o tanto na honra, como no respeito e consideração que se lhe merece (LXXII, 1). 

A injúria é pecado mortal? 
Quando as palavras ou fatos constituem por sua natureza ultraje grave e existe intenção formal de ofender, sim, Senhor; porém, será venial, apesar do exposto, quando a honra do ofendido não fica seriamente comprometida ou falta no agressor intenção de injuriar (LXXII, 2). 

Têm todos os homens obrigação estrita de justiça de tratar os outros, quaisquer que sejam, com a devida consideração e respeito? 
Sim, Senhor; visto que este respeito mútuo é de grande importância para a boa harmonia nas relações sociais (LXXII, 1-3). 

Em que se funda e qual é a importância desta obrigação? 
Funda-se em ser a honra um dos bens que os homens têm em maior estima, e, por consequência, há obrigação de tratar com as devidas considerações até os mais humildes e pequenos, sempre em harmonia com a sua condição; afrontá-los, deprimi-los, humilhá-los com olhares, gestos e palavras é mortificá-los naquilo que mais amam (Ibid).

Logo, estamos obrigados a evitar em presença de outros, qualquer palavra ou fato que possa mortificá-los, humilhá-los ou entristecê-los? 
Sim, Senhor (Ibid). 

A ninguém é permitido afastar-se desta regra?
A ninguém, exceto aos superiores, com o fim exclusivo de corrigir os seus súbditos, quando realmente o mereçam, ainda que, neste caso, jamais devem fazê-lo alucinados pela paixão, nem com formas e modos arrebatados ou indiscretos (LXXII, 2 ad 2). 

Como devemos portar-nos com os que nos injuriam e ofendem? 
A caridade e a mesma justiça podem exigir que não deixemos impunes os atentados diretos ou indiretos contra a nossa honra ou de outras pessoas que nos estão confiadas. Porém, ao reprimir a audácia do ofensor, devemos guardar a circunspecção precisa e sobretudo o modo de não devolver novo agravo ou injustiça (LXXII, 3). 

Que entendeis por difamação? 
No sentido estrito, consiste em atentar por meio de palavras contra a reputação e bom nome do nosso próximo, ou em fazer-lhe perder, total ou parcialmente, e sem razão nem motivo justificado, a estima e consideração dos outros (LXXIII, 1). 

É a difamação um pecado muito grave? 
Sim, Senhor; porque arrebata ao próximo bens mais estimáveis que a riqueza, objeto do pecado do roubo (LXXIII, 2, 3). 

Quantas classes há de difamação? 
Quatro diretas: imputar ao próximo culpa ou delito que não cometeu; exagerar os seus defeitos, divulgar segredos que lhes sejam desfavoráveis e atribuir-lhe intenções e propósitos torcidos ou. ao menos, suspeitos, nas suas melhores ações (LXXIII, 1. ad 3). 

Existe alguma outra maneira de difamar o próximo? 
Há outra, indireta, que consiste em negar-lhe as suas boas qualidades ou silenciá-las com malícia ou diminuí-las dissimuladamente (Ibid). 

Que entendeis por murmurar ou semear cizânia? 
O pecado do que diretamente se propõe, por meio de frases ambíguas e pérfidas insinuações, introduzir a discórdia entre os que se acham unidos com laços de amizade e mútua confiança (LXXIV, 1). 

É pecado muito grave? 
É o mais grave, odioso e digno de reprovação perante Deus e os homens, de quantos de palavra se cometem contra o próximo (LXXXIV, 2). 

Que entendeis por irrisão? 
A irrisão, zombaria ou chacota injuriosa é um pecado da palavra contra a justiça e consiste em ridicularizar o próximo em sua presença, encontrando nele defeitos e torpezas que lhe façam perder o domínio de si mesmo, nas relações com os outros (LXXV, 1). 

É um pecado grave?
Sim, Senhor; porque envolve desprezo da pessoa e o desestimar e ter em pouco a outrem é ato detestável e digno de reprovação (LXXV, 2). 

Confunde-se a ironia com o pecado de irrisão e tem a mesma gravidade? 
Pode a ironia ser falta venial, quando, com ela, a modo de diversão, se criticam defeitos leves, sem desdenhar, nem ofender as pessoas. Pode acontecer que não seja falta quando não passa de travessura e passatempo inocente e nem haja perigo de mortificar, nem contrariar a quem dela é alvo. De qualquer modo, é um sistema de diversão muito delicado e melindroso e convém usá-lo com extrema prudência (LXXV, 1 ad 1). 

Pode ser a ironia, em alguma ocasião, ato de virtude? 
Manejada com habilidade e delicadeza, é um meio de que pode utilizar-se o superior para admoestar e repreender os súditos e também pode empregar-se entre iguais, a modo de caritativa correção fraterna. 

Que precauções devem tomar-se nestes casos? 
Antes de tudo, deve usar-se com grande tato e discrição, porque, se bem que às vezes pode ser útil abater até limites justos, a vã opinião que de si mesmo têm os propensos à jactância, é preciso também não destruir a segurança e confiança legítima que cada um deve ter em si mesmo, sem a qual se paralisa toda iniciativa e espontaneidade, convertendo a vítima da ironia em um ser tímido e irresoluto, degradado e envilecido aos seus próprios olhos. 

Que relações têm a injúria, a difamação, a murmuração e a irrisão com o hábito vicioso de mal dizer? 
Tem de comum estes vícios o serem pecados de palavra contra o próximo e diferenciam-se em que os quatro primeiros consistem em proposição ou enunciados com que se imputam males ou se negam bens, e a maldição em invocar o mal para que caia sobre os nossos semelhantes. 

É a maldição ou praga ato essencialmente mau? 
Sim, Senhor; porque é desejar o mal pelo mal; por consequência, é sempre por sua natureza, falta grave (LXXVI, 3).

referências aos artigos da obra original

('A Suma Teológica de São Tomás de Aquino em Forma de Catecismo', de R.P. Tomás Pègues, tradução de um sacerdote secular)

domingo, 24 de fevereiro de 2019

'AMAI OS VOSSOS INIMIGOS'

Páginas do Evangelho - Sétimo Domingo do Tempo Comum


Nas santas palavras do Evangelho deste domingo, Jesus enuncia aos homens daquele tempo as máximas da caridade divina, não uma, mas duas vezes: 'amai os vossos inimigos' (Lc 6,27 e Lc 6,35). Sim, amai os vossos inimigos uma primeira vez: desejando-lhes todo bem; e amai os vossos inimigos uma segunda vez: fazendo todo bem a eles. Eis a chave de ouro para aqueles que se pretendem 'filhos do Altíssimo' (Lc 6, 35).

Para cumprir estes mandamentos da caridade, Jesus nos apresenta imediatamente três opções concretas: 'fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam e rezai por aqueles que vos caluniam' (Lc 6, 27-28). Se Deus não nos pede o impossível, também não nos pede o que é fácil: amar nossos inimigos implica um dom extremado da graça e, para alcançá-lo, Jesus nos propõe violentarmos a tibieza da alma e apagar o fogo do egoísmo e do orgulho incandescentes com as águas abundantes da mansidão e da misericórdia: 'Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso' (Lc 6, 36).

No Coração de Deus impera o amor por todos os homens. Pelos justos e pelos injustos, pelos bons e também pelos ingratos e maus. A caridade nasce do amor sem medidas e se detém diante da medida imposta: 'com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos' (Lc 6,38). Ao impor tais limites ao nosso amor humano, amando apenas aqueles que nos amam ou fazendo o bem somente àqueles que nos interessam, nos tornamos reféns de igual julgamento e abortamos as graças da prática de uma verdadeira caridade cristã. Deus não nos impõe regras impossíveis ou obstáculos intransponíveis para alcançarmos as eternas recompensas, mas os frutos da graça não se encontram nas Vinhas do Senhor simplesmente espalhados pelo chão.

Mas como amar aqueles que nos desejam o mal? Como entregar a túnica ao que nos arranca o manto? Como oferecer a outra face à bofetada indigna? Amparados pelas reservas humanas, nada disso seria pertinente ou verossímil e, quase sempre, seria a intempestiva resposta dos instintos. Para torná-las possíveis e, sábias mais que possíveis, o instinto deve ser submerso pelo perdão: 'perdoai e sereis perdoados' (Lc 6, 37). Pelo perdão que Jesus extrapola aos limites mais insondáveis da misericórdia infinita de Deus; com o perdão verdadeiro, nascido e pautado como reflexo da misericórdia que não impõe contenção de medidas e marco limite algum.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

23 DE FEVEREIRO - SÃO POLICARPO DE ESMIRNA



São Policarpo nasceu no ano de 69 em Esmirna, cidade grega situada no litoral da Ásia Menor (hoje Izmir, na Turquia). Teve contato direto com alguns dos primeiros apóstolos de Jesus e foi discípulo de São João Evangelista, que o nomeou pessoalmente como bispo de Esmirna, função na qual se destacou como um defensor incansável da unidade da Igreja Primitiva, contra inúmeras heresias da época, as quais combateu duramente, envolvendo-se em várias questões teológicas polêmicas. 

Por ocasião da quarta grande perseguição romana, nos tempos do imperador Marco Aurélio, o Cristianismo foi duramente atacado na Ásia Menor e São Policarpo foi perseguido, preso e conduzido ao martírio pelo fogo. Milagrosamente, porém, o fogo não lhe consumiu as carnes, fazendo um arco em torno do corpo do santo que foi, então, morto a espada. O martírio de São Policarpo foi descrito um ano depois de sua morte, em uma carta datada de 23 de fevereiro de 156, enviada pela igreja de Esmirna, e este documento constitui o registro mais antigo do martirológio cristão existente. Os fatos da sua morte e os eventos milagrosos que se sucederam foram posteriormente ratificados pelos escritos de Santo Irineu de Lyon, o maior dos discípulos deste grande santo da Igreja Primitiva.

22 DE FEVEREIRO - A CÁTEDRA DE PEDRO

A celebração da festa litúrgica da Cátedra de São Pedro no dia 22 de fevereiro tem origem muito antiga e está documentada por sua inclusão num calendário do ano 354 e no Martyrologium Hieronymianum, o mais antigo da Igreja Latina, composto entre 431 e 450. Na pessoa de São Pedro (e de todos os seus sucessores), insere-se o fundamento visível da unidade da Igreja, nascida de Deus e glória de Deus até os confins dos séculos 'porque as portas do inferno não prevalecerão contra ela' (Mt 16,18).

'O chamado de Pedro' (Giorgio Vasari, sem data)

'Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus' (Mt 16, 17-19)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

O HOMEM QUE CONSTRUIU SOZINHO UMA CATEDRAL

Um ex-monge espanhol, forçado a abandonar a ordem monástica por problemas de tuberculose, encenou, então, uma tarefa hercúlea e inacreditável: construir sozinho uma imensa catedral dedicada a Nossa Senhora do Pilar, na localidade de Mejorada del Campo, nas cercanias de Madrid.

Justo Gallego Martínez (nascido em 1925) é um agricultor e nunca possuiu formação especializada em arquitetura e construção civil. Ainda assim, praticamente sozinho (com eventual ajuda de alguns voluntários), desde 1963 e por mais de 50 anos, tem dedicado a sua vida exclusivamente à construção do templo, num terreno recebido como herança de família. 

Com a venda e aluguel de outros bens herdados e com a ajuda de doações particulares, adquiriu os materiais de construção e pagou a consulta de especialistas em questões mais complexas da obra (o zimbório da catedral, por exemplo, tem cerca de 40m de altura). Atualmente, com mais de 90 anos de idade, continua firme em sua cruzada particular, consciente de que não terá tempo para concluir a obra monumental, cuja finalização coloca, então, 'nas mãos de Deus'.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

REGRAS PARA BEM ASSISTIR A SANTA MISSA

I. Desde o princípio até que o sacerdote chegue ao altar, deves fazer com ele a preparação, que consiste em te pores na presença de Deus, reconhecer a tua indignidade, e pedir perdão das tuas faltas.

II. Desde que o sacerdote sobe ao altar até ao Evangelho, considera a vinda e a vida de Nosso Senhor neste mundo, fazendo uma consideração simples e geral.

III. Desde o Evangelho até depois do Credo, considera a pregação do Nosso Salvador, protesta querer viver e morrer na fé e na obediência a sua santa palavra e em união com a santa Igreja Católica.

IV. Desde o Credo até ao Pai Nosso, concentra o teu coração nos mistérios da morte e Paixão do nosso Redentor, que são atual e essencialmente representados neste santo Sacrifício que, com o sacerdote e com o resto do povo, oferecerás a Deus Pai, em sua honra e para tua salvação.

V. Desde o Pai Nosso até à Comunhão, esforça-te por despertar em teu coração muitos desejos, almejando ardentemente estar sempre junto e unido a Nosso Senhor com um amor eterno.

VI. Desde a Comunhão até o fim, dá graças à sua divina Majestade pela sua Encarnação, vida, morte e Paixão, e pelo amor de que te dá provas neste santo Sacrifício, pedindo-lhe encarecidamente que por este te seja sempre propício, aos teus parentes, aos teus amigos, e à toda a Igreja. Humilhando-te de todo o coração, recebe devotamente a bênção divina, que Nosso Senhor te dá por meio do seu ministro.

Mas, se queres durante a Missa fazer a tua meditação sobre os mistérios que vais seguindo dia-a-dia, não será preciso que te distraias a fazer estes atos particulares, mas bastará que, no princípio, formes a intenção de querer adorar e oferecer este santo sacrifício pelo exercício da tua meditação e oração, pois que em toda a meditação se encontram os referidos atos, ou expressamente, ou implícita e virtualmente.

(São Francisco de Sales)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

FOTO DA SEMANA

'Porque está próximo o dia, está próximo o dia do Senhor, dia carregado de nuvens, dia marcado para as nações' (Ez 30, 3)