domingo, 25 de novembro de 2018

INDULGÊNCIA PLENÁRIA DO DOMINGO DE CRISTO REI

Hoje, dia da solenidade de Cristo Rei, recebe Indulgência Plenária todo fiel* que recitar, publicamente e com piedosa devoção, o ato de consagração do gênero humano a Jesus Cristo Rei:

   Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai sobre nós que humildemente estamos prostrados na vossa presença, os vossos olhares. Nós somos e queremos ser vossos; e, a fim de podermos viver mais intimamente unidos a vós, cada um de nós se consagra, espontaneamente, neste dia, ao vosso sacratíssimo Coração. Muitos há que nunca vos conheceram; muitos, desprezando os vossos mandamentos, vos renegaram.

   Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração. Senhor, sede rei não somente dos fiéis, que nunca de vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos, que vos abandonaram; fazei que estes tornem, quanto antes, à casa paterna, para não perecerem de miséria e de fome. Sede rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que, em breve, haja um só rebanho e um só pastor.

    Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que, de um polo a outro do mundo, ressoe uma só voz: louvado seja o coração divino, que nos trouxe a salvação; honra e glória a ele, por todos os séculos. Amém.

*Para que alguém seja capaz de lucrar indulgências, deve ser batizado, não estar excomungado e encontrar-se em estado de graça, pelo menos no fim das obras prescritas. O fiel deve também ter intenção, ao menos geral, de ganhar a indulgência e cumprir as ações prescritas, no tempo determinado e no modo devido, segundo o teor da concessãoA indulgência plenária só se pode ganhar uma vez ao dia. 

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

SANTO INÁCIO, TRIGO DE CRISTO

No martirológio romano, dentre a série imensa de milhares que deram a sua vida por Cristo, encontramos o seguinte relato: 'Em Roma, Santo Inácio, bispo e mártir, foi o segundo sucessor do Apóstolo São Pedro na Cátedra de Antioquia; durante a perseguição de Trajano foi condenado a ser devorado pelas feras e levado algemado para Roma. Ali, por ordem de Trajano, foi submetido perante o Senado aos castigos mais cruéis e depois jogado aos leões. Devorado pelas feras, foi uma vítima pelo Cristo'.

Assim são os mártires do cristianismo. As crueldades não lhe causam temor, suportam os maiores castigos e se gloriam de serem dignos de morrer por Cristo. O martírio para eles é vida, e derramar o sangue pela fé é recompensa que vem coroar uma vida de heroísmo. Enumerando algumas figuras heroicas da gesta dos Mártires Cristãos, evocamos e engrandecemos a multidão das outras não menos heroicas, mesmo as mais anônimas, as mais obscuras, desde as mais altas figuras dos bispos e dos padres, até o menor do escravos, que com a mesma firmeza e ânsia pela glória do céu se deixaram martirizar.

Santo Inácio, bispo de Antioquia, se coloca entre os heróis da primitiva Igreja. Governando a Igreja de Antioquia, onde a semente cristã se desenvolvera de maneia admirável, foi Inácio vítima do ódio anticristão que se manifestara violento nas perseguições oficiais do Império Romano. Natural da Síria, é uma das grandes figuras dos tempos apostólicos, tendo sido discípulo dos Apóstolos e mais tarde sucessor de São Pedro em Antioquia, que, depois de Roma, era a mais importante cidade do velho mundo.

Governava Roma o Imperador Trajano, soldado garboso, de porte varonil, que, inimigo do luxo, fizera a pé sua entrada na capital romana, sob os entusiásticos aplausos do povo que o sabia capaz de continuar a grandeza do Império. Grande administrador, defensor do direito e da justiça, mareou, porém, o brilho de sua glória, maculou sua memória pelo desregramento dos costumes e a perseguição que moveu contra os cristãos, seus melhores súditos. 

A Plínio, legado imperial da Bitínia, que pessoalmente examinou a conduta dos cristãos e escrevera ao Imperador, comunicando-lhe nenhuma falta neles encontrar, responde o Imperador com palavras que bem assinalam o seu caráter: 'Não convém dar buscas aos cristãos, mas acusados e examinados, devem ser condenados à morte, caso não abandonem o cristianismo'. 'Sentença estranha', vai dizer Tertuliano, 'proíbe procurar os cristãos, reconhecendo implicitamente sua inocência, e por outro lado ordena que sejam punidos por simples denúncia'. Este é o amor de justiça dos príncipes mais decantados da Roma pagã.

Acusado e condenado em Antioquia, foi Inácio levado a Roma, escoltado por soldados. Sua viagem foi um caminho para o martírio, e por onde passava, era festivamente recebido pelos cristãos. Escreve
durante a viagem as sete cartas, a Esmirna, a Filadélfia, a Policarpo, aos efésios, magnesianos, tralianos e romanos. Nelas expande o seu amor a Cristo, o seu desejo de ser unido a ele e seu zelo pela salvação das almas. São suas cartas um dos mais preciosos documentos da Igreja antiga, em que se manifesta conhecedor da sua constituição, grande administrador e notável místico com admiráveis meditações sobre Cristo e a vida espiritual. A carta aos romanos em que demonstra seu intenso desejo de morrer por Cristo, é no dizer de Renan 'uma das jóias da literatura primitiva cristã'.

Não precisam os documentos a data de seu martírio. Certamente, quando das comemorações da vitória de Trajano sobre os dácios. Em todo o esplendor do ouro e do mármore já se levantara o Coliseu. Festas estrondosas se realizavam em Roma. Durante vários dias os anfiteatros regurgitavam e mais de dez mil gladiadores foram sacrificados e com eles umas onze mil feras. Das províncias vieram os atletas. Os governadores de países longínquos enviaram feras, prisioneiros e criminosos para a metrópole, onde nas disputas na arena representavam dantescos espetáculos aos olhos dos vaidosos espectadores que constituíam a corrupta sociedade romana.

Ao penetrar o santo homem na capital do império, olhares sedentos de sangue se digiram a ele e pedem a sua morte. É o pastor que dá a vida pelas suas ovelhas, que morre, para que as ovelhas tenham vida. Ei-lo na arena do majestoso Coliseu. Abrem-se os gradis e as feras se lançam sequiosas de sangue sobre os milhares que se espalham na arena. Os olhos de Inácio se voltam para Deus, tranquilos. Ao ouvir o rugido dos leões, exclama: 'Eu sou o trigo do Cristo; pelos dentes das feras hei de ser triturado, para me tornar pão purificado'.

A sociedade romana, ébria de poder, riquezas e prazeres, sacia seus olhares no anfiteatro, onde um pobre velho é atirado às feras. Momentos após, poucos vestígios de sangue na branca areia marcaram o lugar, onde o mártir expirou, e donde sua alma se elevou para o reino da glória. Alguns cristãos penetram na arena do anfiteatro, agora deserta, para retirar e guardar alguns poucos pedaços de ossos, que constituem as santas relíquias do Bispo de Antioquia.

Dele se conservam estas santas relíquias e as mais belas lições de vida e virtudes. Em suas cartas exorta os fiéis à vida de concórdia, união e obediência na comunidade cristã: 'onde está o bispo', escreveu ele, 'deve estar o povo, da mesma forma que se diz: onde está Cristo, está a Igreja'. De suas cartas extraímos trechos encantadores: 'Só há um Jesus Cristo e não existe ninguém melhor do que Ele' (Carta aos Magnesianos, Cap.7); 'Um cristão não tem direito ilimitado sobre si mesmo; seu tempo pertence a Deus' (a São Policarpo, cap. 7); 'É belo morrer a este mundo para Deus, para ressurgir para Ele' (aos Romanos, cap. 12).

A história deste bispo, herói do cristianismo, mártir de sua fé, empolga pela bravura e coragem de um gigante da fé e do amor de Deus, que tomba na arena do dever, triturado antes pelas feras que macularam a história do Império Romano do que pelas feras selvagens que o abateram na arena do Coliseu, glória da arte de Roma, e orgulho dos milhares de mártires que aí tombaram pela Igreja e por Cristo.

(Excertos da obra 'As Mais Belas Histórias do Cristianismo', do Cônego Paulo Dilascio)

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

22 DE NOVEMBRO - SANTA CECÍLIA


Cecília, virgem e mártir romana do século III sob o império de Marco Aurélio, foi a primeira santa da Igreja exumada com corpo incorrupto, muitos séculos após a sua morte, fato que a tornou de imediato uma das santas mais veneradas da Idade Média e que levou o seu nome a figurar no próprio Cânon da Missa.

Os poucos dados disponíveis de sua vida foram relatados na obra 'Paixão de Santa Cecília', do século V. Sabe-se que, desde muito cedo, Cecília perdeu os pais e ofereceu-se a Deus como Esposa de Cristo. Contra as suas pretensões, foi prometida pelos seus parentes em casamento a Valeriano, um jovem nobre romano. Como esposa de Valeriano, conseguiu a conversão do marido e a sua aceitação a uma vida conjugal como irmãos. Mais tarde, Tibúrcio, irmão de Valeriano, também abraçou plenamente a fé cristã.

Em função da perseguição romana aos que professavam a fé cristã e, uma vez denunciados, Valeriano e Tibúrcio foram decapitados. Quanto a Cecília, foi condenada inicialmente à morte por asfixia em uma câmara úmida sob elevadas temperaturas. Ilesa diante dessa condenação, Cecília foi levada a um templo para ser decapitada e, mesmo mortalmente ferida, agonizou ainda por muito tempo. Seu corpo foi sepultado, na mesma posição de sua morte, nas catacumbas romanas.

Em 1599, o túmulo de Santa Cecília foi encontrado e, uma vez aberto, revelou o corpo intacto da santa em uma posição de suave repouso, imagem que foi reproduzida e ratificada em uma célebre escultura de puro mármore feita pelo artista Stefano Maderno (1566-1636). É considerada a padroeira da música sacra e dos músicos, sendo comumente representada com um instrumento musical porque, durante os festejos do seu casamento, durante músicas e canções festivas, teria elevado o pensamento a Deus em piedosa aspiração: 'Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que eu não seja confundida'. 

(decapitação de Santa Cecília)

(estátua em mármore de Santa Cecília)


Santa Cecília, rogai por nós!

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

FOTO DA SEMANA

Em verdade vos digo: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus' (Mt 18, 3)

'Quem não tem Maria por Mãe, não tem Deus por Pai'

(São Luis Maria Grignion de Montfort)

terça-feira, 20 de novembro de 2018

CARTA SOBRE A HUMILDADE

Meu bem-amado no Senhor:

Quando desejardes dar alguma resposta, deves por em tua boca a humildade, antes de mais nada, uma vez que sabes muito bem que por ela todo o poder do inimigo se reduz a nada. Tu conheces a bondade do teu Mestre, que foi blasfemado e como Ele se fez humilde e obediente inclusive até a morte. 

Filho meu, trabalha por ti mesmo para firmar a humildade em tua boca, em teu coração e em tua mente, pois há um mandamento que a exige. Lembra-te de Davi, que vangloriava-se por sua humildade e disse: 'Porque me humilho, o Senhor me libertou e me abençoou' (Sl 29, 8-12). Filho meu, apega-te à humildade e farás com que as virtudes de Deus te acompanhem. E se permanecerdes no estado de humildade, nenhuma paixão, qualquer que seja, poderá dominar-te. 

Não existe medida para a beleza do homem que é humilde. Não há paixão, qualquer que seja, capaz de dominar o homem humilde; e não há medida para a sua beleza. O homem humilde é um sacrifício a Deus. O coração de Deus e de seus anjos descansam naquele que é humilde. Mais ainda: quando os anjos o glorificam, é porque houve uma razão para ele obter todas as virtudes; porém, aquele que se revestiu da humildade não necessita de nenhuma razão além de se ter sido humilde.

Filho meu, estas são as virtudes da humildade. Filho meu, conserva a paz, pois está escrito: 'Aquele que é sábio, nesse momento conservará a paz' (Am 5, 13). Mantém a paz até que te questionem. E quando te questionarem, fale usando palavras humildes; comporta-te também de maneira humilde. Não lamentes. Se a pergunta exigir extensa resposta, senta-te. Nunca fales enquanto os outros estiverem usando palavras de desprezo; mas, alegremente, não esqueças que teus pensamentos devem ser estes: 'não escutei [as palavras de desprezo]'.

Prestai tua máxima atenção, porém, a toda palavra valiosa, pois está escrito: 'Se tu deixas passar a palavra e não a escuta, te enganas a ti mesmo, filho meu no Senhor'. Te dei mandamentos desde o princípio; guarda-os desde a juventude. Examina o que diz Paulo: 'Desde o tempo em que eras um menino, conhecias a Santa Escritura, que tem o poder para te salvar' (2Tm 3,15). Aprende toda regra dos preceitos do monge, e faz-te querido em todos os teus trabalhos. Se tu, que sois jovem, vais para o deserto e te estabeleces em um local muito grande para ti e vês que Deus ali está, não deixes esse lugar para ir para outro, porque estais descontente. Deixa que o deserto em que te estabeleceste te seja suficiente, não deixeis que Ele se ofenda, pois está escrito: 'Não é uma pequena coisa contrária que provocará a ira nos homens'.

No deserto em que te estabeleceste mantém esta maneira de agir e não fujas de um lugar para outro. Não te dirija à morada de ninguém para lamentar no que crês, muito menos por causa dos desejos do teu estômago. Não estejas em companhia do homem agitado e problemático, mas assegura-te em continuar com tua vida silenciosa; não estejas também na boca dos teus irmãos. Te suplico, meu amado no Senhor, que deixeis que tua meta principal seja aprender; escutar com atenção (ou obedecer) te dará a paz, pois está escrito: 'O proveito da instrução não é a prata?'. Cuida-te para jamais deixar de escutar (ou desobedecer). Que a palavra de Saul não se realize em ti, nem em tua geração, pois Deus é mais facilmente persuadido pela obediência do que pelo sacrifício (1 Sm 15, 22).

(Santo Efrém da Síria)

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

NOVENA PELAS ALMAS DO PURGATÓRIO (X/Final)


NOVENA PELAS ALMAS  DO PURGATÓRIO 

Uma Pequena Peregrinação pelo Purgatório em Companhia 
do Sagrado Coração [Nove Dias]


NONO DIA – SEGUNDA-FEIRA

Atos Preparatórios (para todos os dias: ver Postagem I)

Colóquio

De que te arrependes, santa alma do Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?

— 'Arrependo-me da vida materialista que levei. Quando ainda estava na terra, vivia esquecido do meu último fim. Criado para servir a Deus, e assim ganhar a felicidade do Céu, procurava demasiadamente o bem estar do corpo, os divertimentos, as comodidades. 

Ouvia os avisos e os ensinamentos dos sacerdotes, mas não lhes dava importância. Sufocava a voz de minha consciência, e continuava numa vida de tédio espiritual. E ainda que evitasse o pecado mortal, não procurava Deus, meu sumo Bem; não enriquecia-me com as graças divinas pela frequência dos Sacramentos; não me alimentava constantemente com o Pão dos Anjos na santa Comunhão. 

A minha vida foi uma vida mundana, em que a vida da graça definhava cada vez mais. Hoje vejo, como foi vã esta vida. Tu, que ainda estás na terra, aprendes de mim! Dirige tua vida conscientemente ao fim para que foste criada! Procura a glória de Deus, também quando custa sacrifícios. Domina os desejos do corpo para que a tua alma não venha a sofrer no Purgatório.

Práticas Piedosas 

ResoluçãoSocorrer hoje, por todos os meios ao nosso alcance, as almas do Purgatório, especialmente as que vieram de nossa própria Pátria, pois temos obrigações especiais para com elas.

Ramalhete Espiritual: Lembrai-vos, Senhor, dos servos e das servas que foram em nossa frente com o sinal da fé e dormem o sono da paz (Canon da Missa).

Sufrágio: Uma visita ao Santíssimo Sacramento, pelas almas.

Intenção Particular: Rogar pelas almas dos nossos compatriotas.

Motivo: Viveram na mesma terra, trabalharam para seu progresso material e espiritual e somos por isso seus devedores.

Oração do Dia

Ó Deus, que perdoais os pecados e que amais a salvação das almas; invocamos a vossa clemência, para que façais chegar à participação da eterna felicidade as almas de nossos irmãos, parentes e benfeitores, pela intercessão de Maria sempre Virgem e de todos os Santos. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

Orações Finais

Pai-Nosso, Ave-Maria

Salmo De profundis:

De profundis clamavi ad te Domine 
Do fundo do abismo, clamo a vós, Senhor! 
Domine exaudi vocem meam fiant aures tuae intendentes in vocem deprecationis meae
Senhor, ouvi minha oração; que vossos ouvidos estejam atentos à voz de minha súplica.
Si iniquitates observabis Domine: Domine, quis sustinebit?
Se levardes em conta nossos pecados, Senhor, quem poderá permanecer diante de vós? 
Quia apud te propitiatio est propter legem tuam sustinui te Domine sustinuit anima mea in verbum eius
Mas em vós se encontra o perdão dos pecados, para que, reverentes, o sirvamos. Ponho a minha esperança no Senhor. Minha alma tem confiança em sua palavra.
Speravit anima mea in Domino
Minha alma espera pelo Senhor.
A custodia matutina usque ad noctem speret Israel in Domino
Mais do que os vigias aguardam a manhã, Espere Israel pelo Senhor.
Quia apud Dominum misericordia et copiosa apud eum redemptio
Porque junto dele se acha a misericórdia; encontra-se nele copiosa redenção.
Et ipse redimet Israel ex omnibus iniquitatibus eius
Ele mesmo há de remir Israel de todas as suas iniquidades.

Versículos

Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno.
E brilhe para eles a vossa luz.
Descansem em paz. Amém.

Oração Jaculatória

Pela infinita misericórdia do Vosso Sagrado Coração, chamai para Vós as almas do Purgatório, Senhor!

(Novena pelas Almas do Purgatório, pelo Pe. Vitor Jouet, Fundador da Associação do Sagrado Coração para alívio e libertação das Almas do Purgatório)

domingo, 18 de novembro de 2018

NOVENA PELAS ALMAS DO PURGATÓRIO (IX)


NOVENA PELAS ALMAS  DO PURGATÓRIO 

Uma Pequena Peregrinação pelo Purgatório em Companhia 
do Sagrado Coração [Nove Dias]


OITAVO DIA – DOMINGO

Atos Preparatórios (para todos os dias: ver Postagem I)

Colóquio

De que te arrependes, santa alma do Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?

— 'Arrependo-me dos pecados de omissão, especialmente de não ter assistido bem a santa Missa. Não apreciava bem o valor da santa Missa, renovação do santo sacrifício de Jesus no Calvário.

Como é importante assistir bem e frequentemente a santa Missa. Morreu Jesus para salvar as almas e, cotidianamente, renova-se esta morte de modo incruento no santo Sacrifício da Missa. E eu não a estimava bastante. Não ia buscar aos pés do altar remissão dos meus pecados pelo preciosíssimo Sangue de Jesus. Não ia buscar as forças necessárias para resistir às tentações; não vivia em constante união com Deus dos nossos altares. Por isso, estou agora aqui e sofro. Sofro com paciência, e merecidamente; mas podia ter sido de outra maneira. O santo Sacrifício da Missa é de um valor infinito, e eu podia ter aproveitado. Se o tivesse feito, agora já estaria no Céu, perto de Jesus.

Se na terra tivesse recorrido mais às graças que emanam do Sagrado Coração de Jesus na hora da Santa Missa! Quão grande seria agora a minha santidade! Que tesouro de graças teria tido na minha alma na hora da morte! Como estaria agora perto do trono de Deus! Se pudesse voltar... Mas pelo menos tu, alma devota, que ainda vives na terra, tu podes assistir frequentemente a santa Missa, enriquecer-te com as graças divinas, aplicá-las também a nós, pobres almas do Purgatório'.

Práticas Piedosas 

ResoluçãoParticipar mais frequentemente e intensamente da Santa Missa, recebendo a Santa Comunhão também pelas almas do Purgatório.

Ramalhete Espiritual: 'Quem comer a minha Carne e beber o meu Sangue, terá a vida eterna, e eu o ressuscitarei no derradeiro dia' (Jo 6).

Sufrágio: Assistir também a santa Missa em dias de semana, quando puder.

Intenção Particular: Rezar pelas almas mais abandonadas.

Motivo: As almas do Purgatório nada podem fazer para si mesmas. O tempo de merecimentos próprios passou para elas. Devemos ajudar principalmente aquelas almas das quais ninguém se lembra.

Oração do Dia

Ó Senhor, Deus onipotente, que todos os dias no santo Sacrifício da Missa vos ofereceis ao Pai celestial para expiação dos nossos pecados, lançai um olhar benigno sobre as almas do Purgatório, especialmente as mais abandonadas, e dizei-lhes a mesma palavra que dissestes ao bom ladrão: 'Hoje estareis comigo no paraíso'.

Orações Finais

Pai-Nosso, Ave-Maria

Salmo De profundis:

De profundis clamavi ad te Domine 
Do fundo do abismo, clamo a vós, Senhor! 
Domine exaudi vocem meam fiant aures tuae intendentes in vocem deprecationis meae
Senhor, ouvi minha oração; que vossos ouvidos estejam atentos à voz de minha súplica.
Si iniquitates observabis Domine: Domine, quis sustinebit?
Se levardes em conta nossos pecados, Senhor, quem poderá permanecer diante de vós? 
Quia apud te propitiatio est propter legem tuam sustinui te Domine sustinuit anima mea in verbum eius
Mas em vós se encontra o perdão dos pecados, para que, reverentes, o sirvamos. Ponho a minha esperança no Senhor. Minha alma tem confiança em sua palavra.
Speravit anima mea in Domino
Minha alma espera pelo Senhor.
A custodia matutina usque ad noctem speret Israel in Domino
Mais do que os vigias aguardam a manhã, Espere Israel pelo Senhor.
Quia apud Dominum misericordia et copiosa apud eum redemptio
Porque junto dele se acha a misericórdia; encontra-se nele copiosa redenção.
Et ipse redimet Israel ex omnibus iniquitatibus eius
Ele mesmo há de remir Israel de todas as suas iniquidades.

Versículos

Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno.
E brilhe para eles a vossa luz.
Descansem em paz. Amém.

Oração Jaculatória

Pela renovação incruenta do vosso Sacrifício da cruz, livrai as almas mais abandonadas, meu Jesus!    

(Novena pelas Almas do Purgatório, pelo Pe. Vitor Jouet, Fundador da Associação do Sagrado Coração para alívio e libertação das Almas do Purgatório)