quinta-feira, 10 de maio de 2018

VERSUS: PADRES LOBOS X PADRES SANTOS

'Rezemos muito pelos sacerdotes; as suas almas precisam ser mais lúcidas e mais puras do que o cristal'
(Santa Terezinha do Menino Jesus)

'Um padre santo faz o povo santo e um padre que não é santo, podemos chamá-lo não inútil, mas muito perigoso para o próximo'
(São Pio X)




'O maior sinal da ira de Deus sobre um povo e a mais terrível punição que sobre ele pode descarregar neste mundo é permitir que, em castigo dos seus crimes, venha a cair nas mãos de pastores que mais o são de nome do que de fato, que mais exercitam contra ele a crueldade de lobos famintos que a caridade de solícitos pastores, e que, em lugar de o alimentar cuidadosamente, o dilacera e devora com crueldade; que, em vez de levar o povo a Deus, o vende a Satanás; que em lugar de o encaminhar para o Céu, o arrasta com eles para o inferno; e, em vez de serem o sal da terra e a luz do mundo, são o seu veneno e as suas trevas.

Porque nós, sacerdotes e pastores, disse São Gregório, o grande, seremos condenados diante de Deus como 'assassinos das almas que, todos os dias, vão para a morte eterna pelo nosso silêncio e nossa negligência'. Diz também este mesmo Santo: 'Nada há que tanto ultraje a Nosso Senhor (e, por conseguinte, que mais provoque a Sua ira e atraia mais maldições sobre os pastores e sobre o rebanho, sobre os sacerdotes e sobre o povo) como os exemplos de uma vida depravada dados por quem Ele estabeleceu para correção dos demais; quando pecam os que devem reprimir pecados'; quando os sacerdotes não cuidam da salvação das almas, quando não se preocupam mais do que em satisfazer as suas inclinações, quando todas as suas afeições terminam em coisas da terra; quando se alimentam com avidez da vã estima dos homens; quando para satisfazerem as suas ambições abandonam os trabalhos de Deus para se entregarem aos do mundo; quando, ocupando um lugar de santidade, se ocupam de questões terrenas e profanas e não mais pregam a verdadeira fé, a única que indica o Caminho, a Verdade e a Vida.

Quando Deus permite que isto suceda é prova muito certa de que está encolerizado contra o seu povo, sendo este o maior castigo que lhe pode enviar neste mundo. Por isso Nosso Senhor diz incessantemente a todos os católicos: 'Convertei-vos a Mim e dar-vos-ei pastores segundo o Meu Coração'. O maior efeito da misericórdia de Deus dirigido ao seu povo e a mais preciosa graça que pode outorgar-lhe é dar-lhe sacerdotes segundo o seu Coração, que não buscam mais do que a sua glória e a eterna salvação das almas'.
(São João Eudes)

quarta-feira, 9 de maio de 2018

FOTO DA SEMANA

'A duração da vida humana é quando muito cem anos. No dia da eternidade esses breves anos serão contados como uma gota de água do mar, como um grão de areia' (Ec 18,8)

terça-feira, 8 de maio de 2018

CATECISMO MAIOR DE PIO X (VI)

Os hebreus no deserto

48. Após a passagem do Mar Vermelho, os hebreus entraram no deserto, e em curto espaço de tempo poderiam ter chegado à terra prometida, a Palestina, se fossem obedientes à lei divina e às ordens de seu líder Moisés; mas havendo prevaricado e rebelando-se muitas vezes, Deus os entreteve quarenta anos no deserto, deixando morrer ali todos os que haviam saído do Egito, menos dois: Caleb e Josué. Durante todo esse tempo Deus os proveu para sua manutenção com uma espécie de geada branca em pequenos grãos, chamada maná, que todas as noites cobria a terra e de madrugada a recolhiam. Mas na noite anterior ao sábado, dia festivo para os judeus, o maná não caía, pelo qual recolhiam em dobro na madrugada de sábado. Para beber, Deus proveu-lhes de água, que muitas vezes brotou milagrosamente das rochas feridas pelo cajado de Moisés. Uma grande nuvem, que de dia os defendia dos raios do sol e de noite, transformando-se em coluna de fogo, iluminava e mostrava o caminho, acompanhava-os na viagem.

Os dez mandamentos da lei de Deus

49. No terceiro mês de sua saída do Egito, os hebreus chegaram ao pé do Monte Sinai. Foi lá, entre relâmpagos e trovões, que Deus falou e promulgou sua lei em dez mandamentos, escritos em duas tábuas de pedra, que entregou a Moisés no alto da montanha.

50. Mas quando desceu, depois de quarenta dias, falando com o Senhor, Moisés viu que os hebreus tinham caído em idolatria e adoravam um bezerro de ouro. Abrasado de santo zelo por tamanha ingratidão e impiedade, ele quebrou as tábuas da lei, reduziu o bezerro a pó e castigou com a morte os principais instigadores de tão grave pecado. Voltando a subir a montanha, ele implorou o perdão do Senhor, recebeu outras tábuas da lei, e quando desceu o povo caiu atônito ao ver que de seu rosto resplandeciam raios de luz que a transfiguravam de glória e esplendor.

O Tabernáculo e a Arca

51. Ao pé do Sinai, Moisés construiu, por ordem de Deus, e de acordo com as divinas prescrições, o Tabernáculo e a Arca. O Tabernáculo era uma grande tenda na forma de templo, que se erguia no meio do campo, quando os hebreus acampavam. A arca era um cofre de madeira preciosíssima, guarnecido por dentro e por fora de ouro puríssimo, onde foram colocados posteriormente as tábuas da lei, um vaso de maná do deserto e a vara florida de Aarão.

52. Muitas vezes os hebreus no deserto, por murmurações contra Moisés e contra o Senhor, atraíram para si graves castigos. Notável entre estes foi o das cobras venenosas, por cuja picada pereceu grande parte do povo; muitos, arrependidos depois, sararam das mordeduras mirando uma serpente de metal que, levantada por Moisés em uma haste, apresentava a figura da cruz. A virtude deste emblema era símbolo da virtude que havia de ter a Santa Cruz para curar as chagas do pecado. 

Josué e a entrada na terra da promissão

53. Depois de os haver detido por quarenta anos no deserto, Deus introduziu os homens na terra da promissão. Moisés viu de longe, mas não entrou, Josué lhe sucedeu no governo do povo.

54. Precedidos pela Arca, atravessaram o rio Jordão, cujas águas tinham parado para deixar livre a passagem pelo rio: tomaram a cidade de Jericó, subjugaram os povos que habitavam a terra de Canaã e a dividiram em doze partes, segundo o número de tribos. Então, Deus castigou por meio de seu povo os gravíssimos delitos daquelas nações. Estas tribos tomaram o nome de Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom, Dã, Naftali, Gade, Aser, Benjamim, filhos de Jacó, e Efraim e Manassés, filhos de José. Mas a tribo de Levi não tinha outro território. Deus a chamou ao ofício sacerdotal e quis ser Ele mesmo sua porção e sua herança. Da tribo de Judá, segundo profetizara Jacó na hora da morte, nasceria mais tarde o Redentor do mundo.


55. Por aqueles tempos vivia na Idumeia um príncipe muito rico e justo, por nome Jó, o qual temia Deus e guardava-se de praticar o mal. Quis o Senhor fazer dele um modelo de paciência nas maiores dificuldades da vida, permitindo que Satanás o tentasse com tribulações sem precedentes. Em poucos dias lhe arrebataram suas imensas posses, a morte o privou de sua numerosa família e ele mesmo viu-se ferido em todo o corpo de úlceras malignas. Jó atribulado com tantas desgraças, não pecou por impaciência; caiu com a face por terra, adorou o Senhor, e disse: 'O Senhor me deu, o Senhor me tomou; bendito seja o nome do Senhor'. Deus, em recompensa à sua submissão, abençoou-o e devolveu-lhe a saúde, dando-lhe mais prosperidades do que antes. Tudo isso é descrito luminosamente em um dos livros sagrados intitulados Jó.

(Do Catecismo Maior de Pio X)

domingo, 6 de maio de 2018

'PERMANECEI NO MEU AMOR'

Páginas do Evangelho - Sexto Domingo da Páscoa


Neste Sexto Domingo da Páscoa, somos chamados a vivenciar em plenitude o amor de Deus. Jesus encontra-se no Cenáculo, pouco antes de sua ida até o Horto das Oliveiras e da sua prisão e morte na cruz. E acaba de revelar aos seus discípulos amados, mais uma vez, a identidade do amor divino entre o Pai e o Filho: 'Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor' (Jo 15, 9). 'Permanecei no meu amor'; sim, porque o Amor precisa ser amado e é na reciprocidade deste amor que procede do Pai e do Filho, por intermédio do Espírito Santo, que se vive em plenitude a graça de sermos Filhos de Deus. E a posse dessa graça suprema se dá no despojamento do eu e na estrita observância aos mandamentos do Senhor: 'Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor' (Jo 15, 10).

O maior tributo da graça divina é o mandamento do amor. 'Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei' (Jo 15, 12). Sim, como Cristo nos amou. Na nossa impossibilidade humana de amar como Cristo nos ama, isso significa amar sem rodeios, amar sem vanglória, amar sem zelos de gratidão, amar de forma despojada e sincera aos que nos amam e aos que não nos amam, a quem não conhecemos, a quem apenas tangenciamos por um momento na vida, a todos os homem criados pelos desígnios imensuráveis do intelecto divino, à sombra e imersos na dimensão do infinito amor de Cristo por nós.

Ainda que na nossa proposição distorcida e acanhada do amor divino, o amor humano se projeta a alturas inimagináveis de santificação, quando expressa a sua identificação de forma incisiva no projeto de redenção de Cristo: 'Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos.' (Jo 15, 13). Eis aí a essência do novo mandamento: amar, com igual despojamento, toda a dimensão da humanidade pecadora, a exemplo de um Deus que se entregou à morte de cruz para nos redimir da morte e mostrar que o verdadeiro amor não tem limites nem medida alguma.

O mandamento do amor é fundamentado num conceito inteiramente novo, cujo significado vai muito além dos sentimentos efêmeros deste mundo e que exclui quaisquer padrões de interesses desordenados e subterfúgios: a amizade sincera com Jesus. Neste amor, já não somos servos, mas amigos do Senhor e co-participantes de sua glória, escolhidos desde toda a eternidade: 'Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça' (Jo 15, 15 - 16). Eis o princípio fundamental do mandamento do amor: amar ao próximo como se ama a Cristo, e sermos frutos de salvação para muitos e arrastar conosco almas, muitas almas, às moradas eternas do Pai, como instrumentos silentes e perfeitos do puro amor de Deus.

sábado, 5 de maio de 2018

VÍDEOS CATÓLICOS: A SANTIDADE À FLOR DA PELE

A santidade é um longo caminho que, lançada como semente de graça por Deus, precisa brotar, crescer e gerar frutos por uma escolha pessoal, pela prática perseverante das virtudes. Em algumas almas privilegiadas, a santidade está estampada de todas as formas no próprio rosto; almas escolhidas em que o olhar humano reflete com mais vigor e intensidade o próprio olhar de Cristo. O rosto torna-se, então, espelho da alma. Um exemplo magnífico disso é o rosto e a expressão de Bernadette Soubirous, a vidente de Lourdes, que traduzem uma força, uma harmonia, uma fortaleza, um fogo da graça divina que somente é possível nos domínios mais profundos da santidade ...

PRIMEIRO SÁBADO DE MAIO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.