domingo, 2 de novembro de 2014

ALMA DO PURGATÓRIO


Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que vive agora a pena do fogo purificador,
à espera de ir ao encontro de Deus:
imploro a Misericórdia do Pai para aliviar vossa agonia
e o sofrimento de vossa alma ainda sem Deus.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que anseia encontrar quem já vos encontrou,
na plenitude de todos os tempos:
imploro que o Sangue e Água do Coração de Jesus
lavem as vossas imperfeições e vossos pecados.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que tateia nas trevas ansiando a Luz
que esteve perdida em tantas manhãs de sol:
imploro ao Espírito Santo Consolador,
que seja abreviado vosso tempo para a Plena Visão.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que lamenta as penitências não feitas
e o cálice das dores não provadas:
imploro à Santa Virgem Maria, mãe de Deus e nossa,
lançar o Santo Rosário em vosso socorro.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que geme e agoniza desvarios e pecados
na tremenda dor que inteira vos devora:
imploro a todos os Santos e Santas
que intercedam por vós diante do Altíssimo.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que tem dívidas a pagar em penas
por tantas graças que não foram recebidas: 
imploro aos coros de anjos e arcanjos,
que movam sem descanso suas asas sobre vós.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
imploro a vós, quando na Infinita Glória,
cercada por muitos a quem imploro agora:
Reze pela minha alma com tanta graça e zelo 
que um dia Deus não tenha que esperar por mim
no Purgatório.
(Arcos de Pilares)


DAS INDULGÊNCIAS AOS FIÉIS DEFUNTOS

Lembrem-se das indulgências especiais que podem ser concedidas às almas do purgatório, particularmente nestes dias:

Indulgência Parcial: concedida apenas às almas do purgatório e dada por meio do fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos.

Indulgência Plenária: concedida apenas às almas do purgatório e dada por meio do fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos, no período de 1 a 8 de novembro de cada ano.

sábado, 1 de novembro de 2014

01 DE NOVEMBRO - DIA DE TODOS OS SANTOS


"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão."

LADAINHA DE TODOS OS SANTOS

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós. 
Senhor, tende piedade de nós. 
Jesus Cristo, ouvi-nos. 
Jesus Cristo, atendei-nos. 
Deus pai do céu, tende piedade de nós.
Deus filho, redentor do mundo, tende piedade de nós. 
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós. 
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós. 
Santa Maria, rogai por nós. 
Santa Mãe de Deus, rogai por nós. 
Santa Virgem das virgens, rogai por nós. 
São Miguel, rogai por nós. 
São Gabriel, rogai por nós. 
São Rafael, rogai por nós. 
Todos os santos Anjos e Arcanjos, rogai por nós. 
Todos as santas ordens de Espíritos bem-aventurados, rogai por nós. 
São João Batista, rogai por nós. 
São José, rogai por nós. 
Todos os santos patriarcas e profetas, rogai por nós. 


São Pedro, rogai por nós. 
São Paulo, rogai por nós. 
Santo André, rogai por nós. 
São Thiago (Maior), rogai por nós.


São João, rogai por nós. 
São Tomé, rogai por nós. 
São Thiago (Menor), rogai por nós. 
São Felipe, rogai por nós. 


São Bartolomeu, rogai por nós. 
São Mateus, rogai por nós. 
São Simão, rogai por nós. 
São Tadeu, rogai por nós. 


São Matias, rogai por nós. 
São Barnabé, rogai por nós. 
São Lucas, rogai por nós. 
São Marcos, rogai por nós. 

Todos os santos apóstolos e evangelistas, rogai por nós. 
Todos os santos discípulos do Senhor, rogai por nós. 
Todos os santos inocentes, rogai por nós. 


Santo Estêvão, rogai por nós. 
São Lourenço, rogai por nós. 

São Vicente, rogai por nós. 
Santos Fabiano e Sebastião, rogai por nós. 
Santos João e Paulo, rogai por nós.
Santos Cosme e Damião, rogai por nós. 
Santos Gervásio e Protásio, rogai por nós. 
Todos os santos Mártires, rogai por nós. 


São Silvestre, rogai por nós. 
São Gregório, rogai por nós. 
Santo Ambrósio, rogai por nós.
Santo Agostinho, rogai por nós. 

São Jerônimo, rogai por nós. 
São Martim, rogai por nós. 
São Nicolau, rogai por nós. 
Todos os santos pontífices e confessores, rogai por nós. 
Todos os santos doutores, rogai por nós. 
Santo Antônio, rogai por nós. 
São Bento, rogai por nós. 
São Bernardo, rogai por nós. 
São Domingos, rogai por nós. 
São Francisco, rogai por nós.
Todos os santos sacerdotes e levitas, rogai por nós. 
Todos os santos Monges e eremitas, rogai por nós. 
Santa Maria Madalena, rogai por nós. 


Santa Águeda, rogai por nós. 
Santa Lúcia, rogai por nós. 
Santa Inês, rogai por nós. 
Santa Cecília, rogai por nós. 
Santa Anastásia, rogai por nós. 

Todas as santas virgens e viúvas, rogai por nós. 
Todos os santos e santas de Deus, intercedei por nós. 
Sêde propício, perdoai-nos Senhor. 
Sêde propício, ouvi-nos Senhor. 
De todo o mal, livrai-nos Senhor. 
De todo o pecado, livrai-nos Senhor. 
De vossa ira, livrai-nos Senhor. 
Da morte repentina e imprevista, livrai-nos Senhor. 
Das ciladas do demônio, livrai-nos Senhor. 
De toda a ira, ódio e má vontade, livrai-nos Senhor. 
Do espírito da fornicação, livrai-nos Senhor. 
Do raio e da tempestade, livrai-nos Senhor. 
Do flagelo do terremoto, livrai-nos Senhor. 
Da peste da fome e da guerra, livrai-nos Senhor. 
Da morte eterna, livrai-nos Senhor. 
Pelo mistério de vossa santa encarnação, livrai-nos Senhor. 
Pela vossa vinda, livrai-nos Senhor. 
Pelo vosso nascimento, livrai-nos Senhor. 
Por vosso batismo e santo jejum, livrai-nos Senhor. 
Por vossa cruz e paixão, livrai-nos Senhor.
Por vossa morte e sepultura, livrai-nos Senhor. 
Por vossa santa ressurreição, livrai-nos Senhor. 
Por vossa admirável ascensão, livrai-nos Senhor. 
Pela vinda do Espírito Santo Consolador, livrai-nos Senhor. 
No dia do juízo, livrai-nos Senhor. 
Pecadores que somos, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos perdoeis, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que useis de indulgência conosco, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis conduzir-nos à verdadeira penitência, nós vos rogamos: ouvi-nos.
Que nos digneis reagir e conservar a vossa santa igreja, nós vos rogamos: ouvi-nos.
Que nos digneis conservar a vossa santa religião, o Sumo Pontífice e a todos as ordens da hierarquia eclesiástica, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis humilhar os inimigos da igreja, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis conceder a verdadeira paz e concórdia entre os reis e príncipes cristãos, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis conceder a paz e a união a todo o povo cristão, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis chamar à unidade da Igreja, a todos os que estão alheios a ela, para iluminar todos os infiéis com a luz do Evangelho, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que vos digneis confortar-nos e conservar-nos em vosso santo serviço, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que levanteis nossos corações a desejar as coisas celestiais, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis retribuir, com os bens eternos a todos os nossos benfeitores, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que livreis da morte eterna nossas almas e as de nossos irmãos, parentes e benfeitores, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis dar e conservar os frutos da terra, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Que nos digneis conceder o eterno descanso a todos os fiéis defuntos, nós vos rogamos: ouvi-nos.
Que nos digneis atender-nos, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Filho de Deus, nós vos rogamos: ouvi-nos. 
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor. 
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor. 
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós. 
Jesus Cristo, ouvi-nos. 
Jesus Cristo, atendei-nos. 
Senhor, tende piedade de nós. 
Jesus Cristo, tende piedade de nós. 
Senhor, tende piedade de nós. 
Pai nosso (silêncio) 
E não nos deixeis cair em tentação. Mas livrai-nos do mal. Amém.

PRIMEIRO SÁBADO DE NOVEMBRO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

NOSSA SENHORA DE TODOS OS NOMES (1)

1. NOSSA SENHORA DESATADORA DOS NÓS



A origem desse estranho título de Nossa Senhora - Maria Knotenlöserin (Maria Desatadora dos Nós) - está em uma pintura do artista alemão Johann Schmittdner, de 1700, que se encontra na capela de St. Peter am Perlach em Augsburg, na Alemanha e que retrata a Virgem desatando uma longa linha de nós, que lhe é entregue por um anjo, enquanto um segundo anjo recolhe a fita já com os nós desfeitos. 

A provável referência da pintura está numa frase atribuída a São Irineu que, meditando sobre a desobediência dos nossos primeiros pais, diz que Eva teria amarrado o homem a toda sorte de pecados (representados pela terra imersa em trevas, na parte inferior da pintura) e que Nossa Senhora, pela virtude da obediência perfeita aos desígnios divinos, libertaria o homem do pecado desatando todos estes nós. Trata-se de devoção particularmente difundida no Brasil e em toda a América do Sul e, aparentemente, pouco conhecida na própria Alemanha.


(capela de St. Peter am Perlach) 


(altar da capela com a pintura original) 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A FÉ EXPLICADA (XVI)


P. – A eternidade das penas do inferno se contrapõe à justiça de Deus. É injusto castigar eternamente um pecado que durou apenas alguns momentos.

R. – Nenhum crime se castiga pelo tempo que se leva para cometê-lo, e sim, pela gravidade intrínseca que ele contém. A justiça humana não condena às vezes à prisão perpétua e mesmo à pena capital ao malfeitor que cometeu um crime num instante? Pois levando-se em conta que o pecado - sobretudo o pecado cometido contra Deus com plena vontade e maldade obstinada - encerra uma malícia de certo modo infinita, em função da distância que separa o ofensor do ofendido, torna-se justo que seja castigado também com uma pena infinita. Não sendo possível tal pena em intensidade, tem que ser pelo menos em extensão. Assim pois, a eternidade das penas do inferno não somente não se contrapõe à justiça de Deus, como é um exigência e uma consequência elementar da mesma.

P. – Parece-me muito difícil conceber a malícia infinita do pecado, pois uma criatura não pode realizar um ato infinito.

R. – O caráter infinito do pecado não procede do ato em si mesmo, objetivamente considerado, mas da infinita distância existente entre Deus e o pecador. Ao pecar, livre e voluntariamente, o pecador assume uma condição que o alija e o separa de Deus. E esta separação possui, de fato, uma dimensão infinita e naturalmente irreparável.
   
P. – O pecador não comete seu pecado prevendo e ratificando essa projeção eterna. A grande maioria dos homens peca provisoriamente, 'por um tempinho', esperando arrepender depois.

R. – Essa esperança de um futuro arrependimento é uma ilusão vã e imoral. Vã, porque o pecador não poderá deixar o seu pecado sem a graça do arrependimento, que Deus não está obrigado a lhe dar e que pode mesmo negar-lhe em castigo por tanta ingratidão. Quem se arrisca a descer em um poço que não pode sair sem que alguém de fora lhe estenda um cabo tende a ficar lá eternamente se alguém de fora - que não tem a obrigação de ajudá-lo em sua louca temeridade - não se dispor a fazê-lo. E é imoral porque se apoia precisamente na misericórdia de Deus para ofendê-lO com maior tranquilidade. 

P. – De qualquer forma, o pecador peca num tempo, por que castigá-lo pela eternidade?

R. – Desde o momento em que o pecador coloca seu propósito de vida em uma criatura, ato absolutamente incompatível e que constitui a própria renúncia ao seu fim último sobrenatural, demonstra claramente que se entregaria a esse pecado ainda com maior vigor se pudesse gozar eternamente do prazer que o mesmo lhe oferece agora. Se, por um instante que seja, fugaz e passageiro, aceita a possibilidade de perder a eternidade junto de Deus, quanto mais não se aprazaria em cometer tal pecado se nele pudesse permanecer impunemente por toda a eternidade! Neste sentido, São Tomás dizia, com profunda percepção, que o pecador, ao separar de Deus, peca em sua eternidade subjetiva. Assim sendo, se o pecador ofende a Deus em sua eternidade, é muito justo que Deus o castigue pela sua, como diz Santo Agostinho. 

P. – Mas a malícia subjetiva do pecado não depende do grau de conhecimento e voluntariedade com que procedeu o pecador?

R. – Certamente que sim.

P. - E que pecador se dá conta, ao cometer um pecado, do alcance e da transcendência do seu ato? Seria preciso que ele tivesse uma ideia bastante clara da grandeza de Deus e da dimensão incomensurável da eternidade.

R. – O pecado cometido nessas condições teria uma malícia verdadeiramente diabólica. Esse foi o pecado dos anjos rebeldes, cuja malícia era tal que Deus negou para sempre o benefício da redenção que é oferecido, no entanto, ao homem pecador. 

P. –  Então vós mesmo confessais que o pecado do homem não possui a malícia satânica dos demônios e, portanto ...

R. – Portanto, Deus se compadeceu dele e lhe ofereceu o benefício da redenção, que negou aos anjos rebeldes. Mas, precisamente por causa dessa recorrência voluntária do homem em pecar, mesmo depois de ter sido derramado o sangue do Filho de Deus encarnado para redimi-lo, implica maior ingratidão e também maior malícia subjetiva. E isso é o bastante para que esse pecado, cometido livre e voluntariamente, tenha a força suficiente para afastar o pecador para sempre de Deus como fim último sobrenatural.

P. – Mas por que Deus cria aqueles que sabe que serão condenados?

R. – Entre outras razões que transcendem infinitamente a pobre inteligência humana, há que se dizer que, caso contrário, ter-se-ia uma grande imoralidade, a qual contradiz a santidade infinita de Deus. De fato, se Deus, levado por sua infinita misericórdia, não criasse mais os que não haveriam de salvar-se, resultaria que o homem poderia zombar impunemente de Deus, violando um por um todos os mandamentos da lei divina. Nem sequer precisariam se arrepender de seus pecados, uma vez que Deus teria que os perdoar forçosamente, mais cedo ou mais tarde. Pelo que se poderia ter o caso de um pecador, que depois de sofrer na vida uma pena temporal ainda que bastante longa, eventualmente, entraria no céu sem se arrepender de seus pecados e sem ter pedido perdão a Deus. Quem não percebe que tal coisa seria uma monstruosidade ultrajante, mil vezes mais inconcebível que o fato de Deus criar aqueles que virão a ser condenados? 

Por outro lado, uma coisa está bastante clara na teologia da salvação, qualquer que seja a escola teológica a que se pertença: Deus não cria nem criará jamais ninguém para ser condenado por princípio (punição positiva), embora possa prever que alguém possa querer se condenar voluntariamente (punição negativa, em castigo pelo pecado voluntariamente cometido). De quem é a culpa, pois, se o pecador é condenado? Seria o cúmulo da imoralidade pedir contas a Deus por punir com justiça um crime que somente o pecador, por perversão, tem por culpa livre e voluntária.

P. - Mas, por que a pena do pecado deve ser eterna? Não seria suficiente uma pena temporal - ainda que longuíssima - para satisfazer as exigências da justiça divina?

R. – De forma alguma. A obstinação do pecador, perpetuamente agarrado ao seu pecado, obriga a uma manutenção eterna da pena. O pecador não se arrepende nem se arrependerá jamais. Nessas condições, a pena terá de ser necessariamente eterna. Enquanto se estiver em falta, há que perdurar o castigo. Nas palavras de São Tomás: 'A culpa permanece para sempre, porque não pode existir remissão sem a graça, que o homem não pode mais adquirir depois da morte. Portanto, a pena não pode cessar enquanto permanecer a culpa' (Supl. 99, 1).

(Excertos da obra 'Teología de la Salvación', do Pe. A. Royo Marín, tradução do autor do blog)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

TIPOS DE CRUZES (I)

1. CRUZ LATINA

É a mais comum de todas as cruzes. Ela era um instrumento de condenação à morte nos tempos de Jesus. Ela nos lembra o supremo sacrifício que Jesus ofereceu pelos pecados de todo o mundo. Tradicionalmente ela simboliza a crucificação e, como está vazia, também nos lembra a ressurreição e a esperança da vida eterna.


2. CRUZ LATINA (VARIANTE)









3. CRUZ LATINA COM INSCRIÇÃO


As letras latinas apostas sobre a cruz representam a inscrição que Pilatos ordenou que fosse colocada sobre a cruz de Jesus, que consiste nas iniciais da frase 'Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus'. 


4. CRUZ DE SÃO PEDRO


Segundo a Tradição, o apóstolo Pedro teria sido crucificado de cabeça para baixo, numa cruz como esta. 




5. CRUZ ÍNDIA







6. CRUZ GREGA OU QUADRADA



Um antigo tipo de cruz com braços de igual extensão; dessa cruz e da cruz latina derivam a maioria das cruzes utilizadas em heráldica.



7. CRUZ DE SANTO ANDRÉ


De acordo com a tradição, Santo André sentiu-se indigno de ser crucificado como o seu Senhor. Desta forma, ele suplicou que a sua cruz fosse diferente. Esta cruz é um símbolo da humildade e do sofrimento e foi utilizada pelos romanos para marcar as fronteiras de seu território.

8. CRUZ EM FORMA DE TAU


Chamada Tau por sua aparência com a letra grega de mesmo nome. Tradicionalmente, esta cruz representa o sinal de sangue do cordeiro, usado pelos israelitas sobre as portas na noite de Páscoa, antes da saída do Egito. Ela também representa o bastão que Moisés converteu em serpente no deserto. Chamada também de cruz da profecia, cruz do Antigo Testamento ou cruz de Santo Antônio.


9. CRUZ DA GLÓRIA ETERNA


Alfa e Ômega, primeira e última letras do alfabeto grego, sob os braços da Cruz, recordam que Deus é o princípio e o final de todas as coisas, a glória eterna, e também, que nossa vida terrena tem começo e fim. É chamada também cruz alfa e ômega.



10. CRUZ BIZANTINA


Cruz de bordas estilizadas que era utilizada pela Igreja Ortodoxa Grega.





11. CRUZ DA TRINDADE

Cruz latina cujas extremidades são arrematados por três círculos interseccionados que representam a Trindade.




12. CRUZ DE POMOS

Cruz latina (ou quadrada) cujas extremidades são arrematados por pomos (esferas) ou maçãs, fruta que simboliza a fé cristã. Foram usadas sobre os báculos pastorais como símbolo de autoridade e, por isso, é chamada também cruz dos bispos.


13. CRUZ DA PAIXÃO



Cruz latina cujas extremidades são arrematadas com espadas, simbolizando o sofrimento de Jesus Cristo na sua crucifixão.





14. CRUZ RADIANTE OU IRRADIADA









15. CRUZ DE PENITÊNCIA


Cruz latina com o braço horizontal envolvido por um tecido (sudário) de cores diferentes e extremidades assimétricas.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

PALAVRAS DE SALVAÇÃO

'Caríssimos, revesti-vos com a veste nupcial, os que ainda não a usais. Eis irmãos, que entrais naquele sagrado banquete (o mistério do altar e a salvação), mas ainda não usais a veste adequada em honra ao Esposo (Jesus Cristo), pois ainda procurai vossos interesses e não os interesses do Cristo vosso salvador e Senhor. Conheceis a esposa: é a Santa Igreja (pura, sem mácula, ruga ou coisa semelhante, mas pura e irrepreensível). Prestai homenagem à Ela, pois assim homenageareis também ao Esposo Sagrado, amai pois ao Senhor e logo aprendereis a amar-vos uns aos outros no temor de Deus. Quando revestidos da veste, souberdes amar a Deus, ao próximo, amar a verdade e rejeitar o erro, cultivar a fé, sabereis amar a vós mesmos'.

(Santo Agostinho, Sermão XC)