quinta-feira, 29 de novembro de 2012
MANUAL DAS INDULGÊNCIAS (V)
31.
Maria, ó Mãe da graça
Indulgência Parcial:
rezar
com piedosa devoção a oração abaixo
Maria, ó Mãe da graça,
ó Mãe da misericórdia,
do inimigo defendei-me,
na hora da morte acolhei-me!
32.
Lembrai-vos
Indulgência Parcial:
rezar
com piedosa devoção a oração abaixo
Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se
ouviu dizer que algum daqueles que recorreram à vossa proteção, imploraram
vossa assistência, reclamaram vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado
eu, pois, com igual confiança, a vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe
recorro; de vós me valho e, gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro aos vossos
pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas
dignaivos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém.
33.
Miserere (Tende piedade)
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial ao fiel que, em espírito de penitência, recitar o salmo Miserere
Tende piedade, ó meu Deus!
- Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! *
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
- Do meu pecado, todo inteiro, me lavai, *
e apagai completamente a minha culpa!
- Eu reconheço toda a minha iniqüidade, *
o meu pecado está sempre à minha frente.
- Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, *
e pratiquei o que é mau aos vossos olhos
- Mostrais assim quanto sois justo na sentença, *
e quanto é reto o julgamento que fazeis.
- Vede, Senhor, que eu nasci na iniquidade *
e em pecado minha mãe me concebeu.
- Mas vós amais os corações que são sinceros, *
na intimidade me ensinais a sabedoria.
- Aspergi-me e serei puro do pecado, *
e mais branco do que a neve ficarei.
- Fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria, *
e exultarão estes meus ossos que esmagastes.
- Desviai o vosso olhar dos meus pecados *
e apagai todas as minhas transgressões!
- Criai em mim um coração que seja puro, *
dai-me de novo um espírito decidido.
- Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, *
nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
- Dai-me de novo a alegria de ser salvo·
e confirmai-me com espírito generoso!
- Ensinarei vosso caminho aos pecadores, *
e para vós se voltarão os transviados.
- Da morte como pena, libertai-me , *
e minha língua exaltará vossa justiça!
- Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, *
e minha boca anunciará vosso louvor!
- Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, *
e, se oferta um holocausto, o rejeitais.
- Meu sacrifício é minha alma penitente, *
não desprezeis um coração arrependido!
- Sede benigno com Sião, por vossa graça, *
reconstruí Jerusalém e os seus muros!
- E aceitareis o verdadeiro sacrifício, *
os holocaustos e oblações em vosso altar!
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
34.
Novenas
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial ao fiel que assistir devotamente às novenas públicas que se
fazem antes das solenidades do Natal, de Pentecostes e da Imaculada Conceição.
35.
Uso de objetos de piedade
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial ao fiel que usar devotamente objetos de piedade, como crucifixo
ou cruz, terço, escapulário, medalha, bentos ritualmente por qualquer sacerdote
ou diácono.
Indulgência Plenária:
concede-se
indulgência plenária ao fiel que usar devotamente objetos de piedade, bentos
ritualmente pelo Sumo Pontífice ou por um Bispo, na solenidade dos Apóstolos
São Pedro e São Paulo, acrescentando uma profissão de fé com qualquer fórmula
aprovada.
(concessão prescrita na Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, normas 16 e
18).
36.
Ofícios breves
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial são enriquecidos os ofícios breves da Paixão de Nosso
Senhor Jesus Cristo, do Sagrado Coração de Jesus, da Santíssima Virgem Maria,
da Imaculada Conceição e de São José.
37.
Oração pelas vocações sacerdotais e religiosas
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial ao fiel que recitar alguma oração pelas vocações
sacerdotais e religiosas, aprovada por autoridade eclesiástica.
38.
Oração mental
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial ao fiel que se entrega à oração mental com piedosa devoção.
39.
Oremos pelo Pontífice
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial ao fiel que rezar pelo Pontífice, segundo a fórmula abaixo.
Oremos pelo nosso Pontífice (... nome)
O Senhor o conserve, o anime, e o torne feliz na
terra, e não o entregue ao poder dos seus inimigos.
40.
Ó sagrado banquete
Indulgência Parcial:
rezar
com piedosa devoção a oração abaixo
Ó sagrado banquete de que somos os convivas, no qual
recebemos o Cristo em comunhão! Nele se recorda a sua paixão, o nosso coração
se enche de graça e nos é dado o penhor da glória que há de vir. (Ritual Romano,
Sagrada Comunhão, n. 65.)
41.
Participação na sagrada pregação
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial ao fiel que assistir atenta e devotamente à sagrada
pregação da palavra de Deus.
Indulgência Plenária:
concede-se
indulgência plenária ao fiel que, no tempo das santas missões, ouvir algumas pregações
e participar, além disso, do solene encerramento destas mesmas missões.
42.
Primeira comunhão
Indulgência Plenária:
concede-se
indulgência plenária ao fiel que participa pela primeira vez da sagrada comunhão
e aos fiéis que assistem a esta primeira
participação da comunhão por outros.
43.
Primeira missa do neo-sacerdote
Indulgência Plenária:
concede-se
indulgência plenária ao sacerdote que, em dia marcado, celebra sua primeira missa,
diante do povo, e aos fiéis que
devotamente que participam da mesma.
44.
Prece pela unidade dos cristãos
Indulgência Parcial:
rezar
com piedosa devoção a oração abaixo
Ó Deus todo-poderoso e cheio de misericórdia, que por vosso Filho quisestes reunir a diversidade das nações num só povo, concedei aos que
se gloriam do nome de cristãos rejeitarem toda a divisão e se unirem na verdade
e na caridade, e assim todos os homens, iluminados pela luz da verdadeira fé,
se reúnam em comunhão fraterna numa só Igreja. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
45. Recolhimento mensal
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial ao fiel que participar de recolhimento mensal.
46. Dai-lhes, Senhor
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial às almas do purgatório (e somente aplicável a elas)
mediante a reza piedosa da oração abaixo
Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno, e brilhe para
eles a vossa luz. Descansem em paz! Amém.
(cf. Rito das Exéquias).
47.
Retribuí, Senhor
Indulgência Parcial:
rezar
com piedosa devoção a oração abaixo
Retribuí, Senhor, a vida eterna a todos os que nos
fazem o bem, por causa do vosso nome.
48.
Reza do Rosário de Nossa Senhora
Indulgência Plenária:
concede-se
indulgência plenária ao fiel que rezar o Rosário na igreja, oratório ou em
família, na comunidade religiosa ou em piedosa associação. Para a indulgência plenária, determina-se o seguinte:
1. Basta rezar a terça parte do Rosário, com as cinco dezenas sendo recitadas juntas;
2. Piedosa meditação deve acompanhar a oração vocal;
3. Na recitação pública, devem-se anunciar os mistérios, conforme o costume aprovado do lugar; na recitação privada, basta que o fiel ajunte a meditação dos mistérios à oração vocal.
Obs.: Entre os orientais, onde não existe a prática desta devoção, os Patriarcas poderão determinar outras orações em honra da santíssima Virgem Maria (por exemplo, entre os bizantinos o hino "Akathistos" ou o ofício "Paraclisis"), que gozarão das mesmas indulgências.
Indulgência Parcial:
reza
parcial do Rosário em outras circunstâncias.
49.
Jubileus de ordenação sacerdotal
Indulgência Plenária:
concede-se
indulgência plenária ao sacerdote que, aos 25, 50, 60 anos de sua ordenação sacerdotal,
renova diante de Deus o propósito de fidelidade aos deveres de sua vocação e aos fiéis que assistirem à missa jubilar
do sacerdote com piedosa devoção.
50.
Leitura espiritual da Sagrada Escritura
Indulgência Parcial:
concede-se
indulgência parcial ao fiel que ler a Sagrada Escritura, com a veneração devida
à palavra divina, a modo de leitura espiritual.
Indulgência Plenária:
concede-se
indulgência plenária ao fiel que ler a Sagrada Escritura, com a veneração
devida à palavra divina, a modo de leitura espiritual, pelo prazo de meia hora
pelo menos.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
26 DE NOVEMBRO - SÃO LEONARDO DE PORTO MAURÍCIO
(São Leonardo de Porto Maurício: 1676 - 1751)
São Leonardo, o grande missionário do século XVIII proclamado
pelo Papa Pio XI patrono dos sacerdotes consagrados às missões católicas, nasceu
em Porto Maurício, perto de Gênova na Itália, a 20 de dezembro de 1676. Entrou
para a Ordem Franciscana, no Convento de São Boaventura, ordenando-se padre aos
26 anos, dedicando, então, toda a sua vida, à salvação das almas por meio de pureza
singular, penitências, orações e extremada caridade. Foi um grande
apóstolo da ação missionária e do santo exercício da Via-Sacra, destacando-se
ainda por ser um exímio pregador e autor de uma grande coleção de escritos
católicos. São Leonardo de Porto Maurício faleceu no mesmo Convento de São
Boaventura, em Roma, em 26 de novembro de 1751. Foi canonizado pelo Papa Pio IX em 29 de junho de 1867.
EXCERTO DA OBRA 'AS EXCELÊNCIAS DA SANTA MISSA' DE SÃO LEONARDO DE PORTO MAURÍCIO
(conforme a edição romana de 1737, dedicada ao Papa Clemente XII)
Sabeis o que é, na realidade, a Santa Missa? É o sol da cristandade, a alma da Fé, o centro da religião Católica apostólica com a sede em Roma, a que tendem todos os seus ritos, todas as suas cerimônias, todos os seus sacramentos. É, em uma palavra, a essência de tudo o que há de bom e de belo na Igreja de Deus.
Só o Sacrifício que temos em nossa santa religião, que é a Santa Missa, é um sacrifício santo, perfeito, e, em todo sentido, completo: por ele, cada fiel honra dignamente a Deus, reconhecendo, ao mesmo tempo, o próprio nada e o supremo domínio de Deus. Davi o chama: Sacrifício de Justiça ('sacrificium justitiae'); tanto porque contém o Justo dos justos e o Santo dos santos, ou, melhor a própria Justiça e Santidade, como porque santifica as almas pela infusão das graças e abundância dos dons que lhes confere.
A principal excelência do santo Sacrifício da Missa consiste em que se deve considerá-lo como essencialmente o mesmo oferecido no Calvário sobre a Cruz, com esta única diferença: que o sacrifício da Cruz foi sangrento e só se realizou uma vez e que, nessa única oblação, Jesus Cristo satisfez plenamente por todos os pecados do Mundo; enquanto que o sacrifício do altar é um sacrifício incruento, que se pode renovar uma infinidade de vezes, e que foi instituído para nos aplicar especialmente esta expiação universal que Jesus por nós cumpriu no Calvário.
Assim o sacrifício cruento foi o meio de nossa redenção e o sacrifício incruento nos proporciona as graças da nossa redenção. Um abre-nos os tesouros dos méritos de Cristo Nosso Senhor, o outro no-los dá para os utilizarmos. Notai, portanto, que na Missa não se faz apenas uma representação, uma simples memória da Paixão e Morte do nosso Salvador; mas, num sentido realíssimo, o mesmo que se realizou outrora no Calvário aqui se realiza novamente: tanto que se pode dizer, a rigor, que em cada Santa Missa nosso Redentor morre por nós misticamente, sem morrer na realidade, estando ao mesmo tempo vivo e como imolado.
No santo dia de Natal, a Igreja nos lembra o nascimento do Salvador, mas não é verdade que Ele nasça, ainda, nesse dia. Nos dias da Ascensão e Pentecostes, comemoramos a subida do Senhor Jesus ao Céu e a vinda do Espírito Santo, sem que, de modo algum, nesses dias, o Senhor suba ainda ao Céu ou o Espírito Santo desça visivelmente à Terra. A mesma coisa, porém, não se pode dizer do mistério da Santa Missa, pois aí não é uma simples representação que se faz, mas, sim, o mesmo sacrifício oferecido sobre a Cruz, com efusão de sangue, e que se renova de modo incruento: é o mesmo corpo, o mesmo sangue, o mesmo Jesus, que se imola hoje na Santa Missa.
Ora, dizei-me sinceramente se, quando ides à Igreja para assistir a Santa Missa, pensásseis bem que ides ao Calvário assistir à morte do Redentor, que diria alguém que vos visse ai chegar numa atitude tão pouco modesta? Se Maria Madalena fosse ao Calvário e se prostrasse aos pés da Cruz vestida, perfumada e ataviada como em seus tempos de desordem, quanto não seria censurada! E que se dirá de vós que ides à Santa Missa como se fôsseis a uma festa mundana? Que aconteceria, sobretudo se profanásseis este ato tão santo, com gestos, risadas, cochichos, encontros sacrílegos? Digo que, em qualquer tempo e lugar, a iniquidade não tem cabimento; mas os pecados que se cometem na hora da Santa Missa e na proximidade do altar, são pecados que atraem a maldição de Deus.
Se não houvesse o Sol, que seria da Terra? Oh! Tudo seria trevas, horror, esterilidade e desolação. E se o Mundo não tivesse a Santa Missa, que seria de nós? Infelizes! Ficaríamos privados de todos os bens sobrecarregados de todos os males. Estaríamos expostos a todos os raios da cólera de Deus. Alguns há que se admiram, e acham que, de certo modo Deus mudou a sua maneira de governar. Antigamente Ele se nomeava de Deus dos exércitos, e falava ao povo do meio das nuvens, manejando o trovão; e de fato, era com todo o rigor da justiça que castigava os pecados. Por um único adultério, mandou passar a fio de espada vinte e cinco mil homens da tribo de Benjamim (Juiz 20,46). Por um leve pecado de orgulho de Davi em computar o povo, enviou Ele uma peste tão terrível que, em poucas horas pereceram setenta mil pessoas (II Sam. 24,15). Por um só olhar curioso e desrespeitoso dos betsamitas, fez com que cinqüenta mil deles perecessem (I Sam. 6, 19).
E agora suporta, com paciência, não só vaidades e irreverências, mas adultérios, os mais vergonhosos, escândalos gravíssimos, e tantas blasfêmias horríveis que muitos cristãos vomitam contra Seu Nome Santíssimo. Por que assim acontece? Por que tão grande mudança de conduta? Serão as ingratidões dos homens mais escusáveis hoje do que outrora? Bem ao contrário, são muito mais culpáveis, já que os imensos benefícios de Deus se multiplicam a cada dia.
A verdadeira razão desta clemência espantosa é a Santa Missa, pela qual esta grande Vítima, que se chama Jesus, se oferece ao Eterno Pai. Eis aí o sol da Santa Igreja que dissipa as nuvens e torna sereno o céu. Eis aí o arco-íris que detém os raios da Divina Justiça. Creio para mim que, não fosse a Santa Missa, o Mundo estaria já no abismo, incapaz de suportar o imenso fardo de suas iniquidades. A Santa Missa é o poderoso sustentáculo que lhe permite subsistir. Conclui-se, de tudo isto, quanto este divino Sacrifício é necessário; assim então, sabei aproveitá-lo o máximo que for possível. Para isto, quando participamos da Santa Missa, devemos imitar Afonso de Albuquerque. Achando-se, com sua frota, em perigo de naufragar numa horrível tempestade, teve uma inspiração: tomou nos braços uma criança que viajava em sua nau, e, elevando-a ao alto, exclamou: “Se todos somos pecadores, esta criaturinha é certamente sem mácula, Ah! Senhor por amor deste inocente compadecei-vos dos culpados!” Acreditareis? A vista dessa criança inocente agradou tanto a Deus, que Ele acalmou o mar e devolveu a alegria àqueles infelizes, gelados já pelo terror da morte certa.
Ainda que a excelência e a necessidade da Santa Missa não fossem para vós bastante ponderáveis, como poderíeis deixar de apreciar a magna utilidade que ela proporciona aos vivos e falecidos, aos justos e aos pecadores, para a vida e para a morte, e mesmo para depois da morte? Imaginai que sois aquele devedor do Evangelho, cuja dívida se elevara à enorme quantia de dez mil talentos. Chamado a prestar contas humilha-se, implora e pede adiamento para satisfazer completamente o débito: 'Tem paciência comigo, que tudo de pagarei' (Mt 18, 26). Aí está o que deveis fazer, vós que tendes com a Justiça divina não uma, mas mil dívidas. Deveis humilhar-vos e suplicar tempo bastante para assistir à Santa Missa; e ficai certos de que estas Santas Missas saldarão completamente todas as vossas obrigações.
São Tomás de Aquino, o Doutor angélico, nos ensina quais são as dívidas que temos com Deus. Ele diz que há especialmente quatro. Todas as quatro ilimitadas. A primeira é de adorar, louvar e honrar este Deus de majestade infinita e digno de infinitos louvores e homenagens. A segunda é dar-Lhe satisfação pelos pecados que cometemos. A terceira, render-Lhe graças pelos benefícios recebidos. A quarta, implorar-Lhe, como fonte de todas as graças. Ora, como é possível que pobres criaturas como nós, que nada possuímos, nem mesmo o ar que respiramos, possam jamais satisfazer obrigações tão grandes? Consolemo-nos, pois aqui está um meio facílimo. Façamos o possível para participar de muitas Missas e com a máxima devoção; mandemos celebrá-la também o mais que pudermos: e, se bem que nossas dívidas sejam enormes e inumeráveis, não há dúvida de que, com o tesouro contido na Santa Missa, poderemos solvê-las inteiramente.
São Leonardo de Porto Maurício, rogai por nós!
Só o Sacrifício que temos em nossa santa religião, que é a Santa Missa, é um sacrifício santo, perfeito, e, em todo sentido, completo: por ele, cada fiel honra dignamente a Deus, reconhecendo, ao mesmo tempo, o próprio nada e o supremo domínio de Deus. Davi o chama: Sacrifício de Justiça ('sacrificium justitiae'); tanto porque contém o Justo dos justos e o Santo dos santos, ou, melhor a própria Justiça e Santidade, como porque santifica as almas pela infusão das graças e abundância dos dons que lhes confere.
A principal excelência do santo Sacrifício da Missa consiste em que se deve considerá-lo como essencialmente o mesmo oferecido no Calvário sobre a Cruz, com esta única diferença: que o sacrifício da Cruz foi sangrento e só se realizou uma vez e que, nessa única oblação, Jesus Cristo satisfez plenamente por todos os pecados do Mundo; enquanto que o sacrifício do altar é um sacrifício incruento, que se pode renovar uma infinidade de vezes, e que foi instituído para nos aplicar especialmente esta expiação universal que Jesus por nós cumpriu no Calvário.
Assim o sacrifício cruento foi o meio de nossa redenção e o sacrifício incruento nos proporciona as graças da nossa redenção. Um abre-nos os tesouros dos méritos de Cristo Nosso Senhor, o outro no-los dá para os utilizarmos. Notai, portanto, que na Missa não se faz apenas uma representação, uma simples memória da Paixão e Morte do nosso Salvador; mas, num sentido realíssimo, o mesmo que se realizou outrora no Calvário aqui se realiza novamente: tanto que se pode dizer, a rigor, que em cada Santa Missa nosso Redentor morre por nós misticamente, sem morrer na realidade, estando ao mesmo tempo vivo e como imolado.
No santo dia de Natal, a Igreja nos lembra o nascimento do Salvador, mas não é verdade que Ele nasça, ainda, nesse dia. Nos dias da Ascensão e Pentecostes, comemoramos a subida do Senhor Jesus ao Céu e a vinda do Espírito Santo, sem que, de modo algum, nesses dias, o Senhor suba ainda ao Céu ou o Espírito Santo desça visivelmente à Terra. A mesma coisa, porém, não se pode dizer do mistério da Santa Missa, pois aí não é uma simples representação que se faz, mas, sim, o mesmo sacrifício oferecido sobre a Cruz, com efusão de sangue, e que se renova de modo incruento: é o mesmo corpo, o mesmo sangue, o mesmo Jesus, que se imola hoje na Santa Missa.
Ora, dizei-me sinceramente se, quando ides à Igreja para assistir a Santa Missa, pensásseis bem que ides ao Calvário assistir à morte do Redentor, que diria alguém que vos visse ai chegar numa atitude tão pouco modesta? Se Maria Madalena fosse ao Calvário e se prostrasse aos pés da Cruz vestida, perfumada e ataviada como em seus tempos de desordem, quanto não seria censurada! E que se dirá de vós que ides à Santa Missa como se fôsseis a uma festa mundana? Que aconteceria, sobretudo se profanásseis este ato tão santo, com gestos, risadas, cochichos, encontros sacrílegos? Digo que, em qualquer tempo e lugar, a iniquidade não tem cabimento; mas os pecados que se cometem na hora da Santa Missa e na proximidade do altar, são pecados que atraem a maldição de Deus.
Se não houvesse o Sol, que seria da Terra? Oh! Tudo seria trevas, horror, esterilidade e desolação. E se o Mundo não tivesse a Santa Missa, que seria de nós? Infelizes! Ficaríamos privados de todos os bens sobrecarregados de todos os males. Estaríamos expostos a todos os raios da cólera de Deus. Alguns há que se admiram, e acham que, de certo modo Deus mudou a sua maneira de governar. Antigamente Ele se nomeava de Deus dos exércitos, e falava ao povo do meio das nuvens, manejando o trovão; e de fato, era com todo o rigor da justiça que castigava os pecados. Por um único adultério, mandou passar a fio de espada vinte e cinco mil homens da tribo de Benjamim (Juiz 20,46). Por um leve pecado de orgulho de Davi em computar o povo, enviou Ele uma peste tão terrível que, em poucas horas pereceram setenta mil pessoas (II Sam. 24,15). Por um só olhar curioso e desrespeitoso dos betsamitas, fez com que cinqüenta mil deles perecessem (I Sam. 6, 19).
E agora suporta, com paciência, não só vaidades e irreverências, mas adultérios, os mais vergonhosos, escândalos gravíssimos, e tantas blasfêmias horríveis que muitos cristãos vomitam contra Seu Nome Santíssimo. Por que assim acontece? Por que tão grande mudança de conduta? Serão as ingratidões dos homens mais escusáveis hoje do que outrora? Bem ao contrário, são muito mais culpáveis, já que os imensos benefícios de Deus se multiplicam a cada dia.
A verdadeira razão desta clemência espantosa é a Santa Missa, pela qual esta grande Vítima, que se chama Jesus, se oferece ao Eterno Pai. Eis aí o sol da Santa Igreja que dissipa as nuvens e torna sereno o céu. Eis aí o arco-íris que detém os raios da Divina Justiça. Creio para mim que, não fosse a Santa Missa, o Mundo estaria já no abismo, incapaz de suportar o imenso fardo de suas iniquidades. A Santa Missa é o poderoso sustentáculo que lhe permite subsistir. Conclui-se, de tudo isto, quanto este divino Sacrifício é necessário; assim então, sabei aproveitá-lo o máximo que for possível. Para isto, quando participamos da Santa Missa, devemos imitar Afonso de Albuquerque. Achando-se, com sua frota, em perigo de naufragar numa horrível tempestade, teve uma inspiração: tomou nos braços uma criança que viajava em sua nau, e, elevando-a ao alto, exclamou: “Se todos somos pecadores, esta criaturinha é certamente sem mácula, Ah! Senhor por amor deste inocente compadecei-vos dos culpados!” Acreditareis? A vista dessa criança inocente agradou tanto a Deus, que Ele acalmou o mar e devolveu a alegria àqueles infelizes, gelados já pelo terror da morte certa.
Ainda que a excelência e a necessidade da Santa Missa não fossem para vós bastante ponderáveis, como poderíeis deixar de apreciar a magna utilidade que ela proporciona aos vivos e falecidos, aos justos e aos pecadores, para a vida e para a morte, e mesmo para depois da morte? Imaginai que sois aquele devedor do Evangelho, cuja dívida se elevara à enorme quantia de dez mil talentos. Chamado a prestar contas humilha-se, implora e pede adiamento para satisfazer completamente o débito: 'Tem paciência comigo, que tudo de pagarei' (Mt 18, 26). Aí está o que deveis fazer, vós que tendes com a Justiça divina não uma, mas mil dívidas. Deveis humilhar-vos e suplicar tempo bastante para assistir à Santa Missa; e ficai certos de que estas Santas Missas saldarão completamente todas as vossas obrigações.
São Tomás de Aquino, o Doutor angélico, nos ensina quais são as dívidas que temos com Deus. Ele diz que há especialmente quatro. Todas as quatro ilimitadas. A primeira é de adorar, louvar e honrar este Deus de majestade infinita e digno de infinitos louvores e homenagens. A segunda é dar-Lhe satisfação pelos pecados que cometemos. A terceira, render-Lhe graças pelos benefícios recebidos. A quarta, implorar-Lhe, como fonte de todas as graças. Ora, como é possível que pobres criaturas como nós, que nada possuímos, nem mesmo o ar que respiramos, possam jamais satisfazer obrigações tão grandes? Consolemo-nos, pois aqui está um meio facílimo. Façamos o possível para participar de muitas Missas e com a máxima devoção; mandemos celebrá-la também o mais que pudermos: e, se bem que nossas dívidas sejam enormes e inumeráveis, não há dúvida de que, com o tesouro contido na Santa Missa, poderemos solvê-las inteiramente.
São Leonardo de Porto Maurício, rogai por nós!
domingo, 25 de novembro de 2012
25 DE NOVEMBRO - SOLENIDADE DE CRISTO REI
ÍNDOLE DA REALEZA DE CRISTO
(Da Encíclica QUAS PRIMAS de Pio XI, de 11/12/1925)
A CRISTO-REI CABE O PODER LEGISLATIVO, JUDICIAL, EXECUTIVO
11. Para dizer, em poucas palavras, a importância e índole desta realeza, será apenas necessário asserir que abrange um tríplice poder constitutivo, essencial de toda realeza verdadeira. Provam-no de sobejo os testemunhos de toda a Escritura no tocante à dominação universal de nosso Redentor, e é artigo de fé católica: Cristo Jesus foi dado aos homens não só como Redentor, que lhes merece toda confiança, mas também como Legislador, a quem devemos prestar obediência (Conc. Trid., Sess. 6, can. 21). E, com efeito, não dizem os Evangelhos tão só que promulgou leis, mas no-lo representam no ato de promulgar as leis. A quantos observarem os seus preceitos, declara o Divino Mestre, em várias ocasiões e de diversos modos, que com isto mesmo Lhe hão de provar o seu amor e permanecer em sua caridade (Jo 14, 15); 15, 10). — Quanto ao 'poder judicial', declara o próprio Jesus havê-lo recebido de seu Pai, em resposta aos judeus, que o haviam acusado de violar o descanso do sábado, curando milagrosamente, neste dia, a um paralítico. 'O Pai, disse-lhes o Salvador, não julga a ninguém, mas deu todo juízo ao Filho' (Jo 5, 22). Esse poder judicial igualmente inclui o 'direito', — que se não pode dele separar, — de 'premiar' e 'punir' aos homens, mesmo durante a vida. — A Cristo compete o 'poder executivo', porquanto devem todos sujeitar-se ao seu domínio, e quem for rebelde não poderá evitar a condenação e os suplícios, que Jesus prenunciou.
REALEZA ESPIRITUAL
12. Esta realeza, porém, é principalmente interna e respeita sobretudo a ordem espiritual. Provam-no com toda evidência as palavras da Escritura acima referidas, e, em muitas circunstâncias, o proceder do próprio Salvador. Quando os judeus, e até os Apóstolos, erradamente imaginavam que o Messias libertaria seu povo para restaurar o reino de Israel, Jesus desfez o erro e dissipou a ilusória esperança. Quando, tomada de entusiasmo, a turba, que O cerca O quer proclamar rei, com a fuga furta-se o Senhor a estas honras, e oculta-se. Mais tarde, perante o governador romano, declara que seu reino 'não é deste mundo'. Neste reino, tal como no-lo descreve o Evangelho, é pela penitência que devem os homens entrar. Ninguém, com efeito, pode nele ser admitido sem a fé e o batismo; mas o batismo, conquanto seja um rito exterior, figura e realiza uma regeneração interna. Este reino opõe-se ao reino de Satanás e ao poder das trevas; de seus adeptos exige o desprendimento não só das riquezas e dos bens terrestres, como ainda a mansidão, a fome e sede da justiça, a abnegação de si mesmo, para carregar com a cruz. Foi para adquirir a Igreja que Cristo, enquanto 'Redentor', verteu o seu sangue; para isto é, que, enquanto 'Sacerdote', se ofereceu e de contínuo se oferece como vítima. Quem não vê, em conseqüência, que sua realeza deve ser de índole toda espiritual, e participar da natureza deste seu duplo ofício?
13. Todavia, fora erro grosseiro denegar a Cristo Homem a soberania sobre as coisas temporais todas, sejam quais forem. Do Pai recebeu Jesus o mais absoluto domínio das criaturas, que Lhe permite dispor delas todas como Lhe aprouver. Contudo, enquanto viveu sobre a Terra, absteve-se totalmente de exercer este domínio temporal, e desprezou a posse e regimento das coisas humanas, que deixou — e deixa ainda — ao arbítrio e domínio dos homens. Verdade graciosamente expressa no conhecido verso: 'Não arrebata diademas terrestres, quem distribui coroas celestes. — Non eripit mortalia, qui regna dat caelestia' (Hino Crudelis Herodes, of. da Epif.).
REALEZA UNIVERSAL
14. Assim, pois, a realeza do nosso Redentor abraça a totalidade dos homens. Sobre este ponto, de muito bom grado fazemos nossas as palavras seguintes de Nosso Predecessor Leão XIII, de imortal memória: 'Seu império não abrange tão só as nações católicas ou os cristãos batizados, que juridicamente pertencem à Igreja, ainda quando dela separados por opiniões errôneas ou pelo cisma: estende-se igualmente e sem exceções aos homens todos, mesmo alheios à fé cristã, de modo que o império de Cristo Jesus abarca, em todo rigor da verdade, o gênero humano inteiro' (Encícl. Annum Sacrum, 25 de Maio de 1899). E, neste particular, não cabe fazer distinção entre os indivíduos, as famílias e os estados; pois os homens não estão menos sujeitos à autoridade de Cristo em sua vida coletiva do que na vida individual. Cristo é fonte única de salvação para as nações como para os indivíduos. 'Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do Céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual nós devamos ser salvos' (At 4, 12). Dele provêm ao estado como ao cidadão toda prosperidade e bem-estar verdadeiro. 'Uma e única é a fonte da ventura, assim para as nações como para os indivíduos, pois outra coisa não é a cidade mais que uma multidão concorde de indivíduos' (S. Aug., Epist. ad Macedonium, c. 3). Não podem, pois, os homens de governo recusar à soberania de Cristo, em seu nome pessoal e no de seus povos, públicas homenagens de respeito e submissão. Com isto, sobre estearem o próprio poder, hão de promover e aumentar a prosperidade nacional.
HOJE É DIA DA INDULGÊNCIA PLENÁRIA DE CRISTO REI
Hoje, dia da solenidade de Cristo Rei, recebe Indulgência Plenária todo fiel* que recitar, publicamente e com piedosa devoção, o ato de consagração do gênero humano a Jesus Cristo Rei:
Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai sobre nós que humildemente estamos prostrados na vossa presença, os vossos olhares. Nós somos e queremos ser vossos; e, a fim de podermos viver mais intimamente unidos a vós, cada um de nós se consagra, espontaneamente, neste dia, ao vosso sacratíssimo Coração. Muitos há que nunca vos conheceram; muitos, desprezando os vossos mandamentos, vos renegaram.
Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração. Senhor, sede rei não somente dos fiéis, que nunca de vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos, que vos abandonaram; fazei que estes tornem, quanto antes, à casa paterna, para não perecerem de miséria e de fome. Sede rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que, em breve, haja um só rebanho e um só pastor.
Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que, de um polo a outro do mundo, ressoe uma só voz: louvado seja o coração divino, que nos trouxe a salvação; honra e glória a ele, por todos os séculos. Amém.
*Para que alguém seja capaz de lucrar indulgências, deve ser batizado, não estar excomungado e encontrar-se em estado de graça, pelo menos no fim das obras prescritas. O fiel deve também ter intenção, ao menos geral, de ganhar a indulgência e cumprir as ações prescritas, no tempo determinado e no modo devido, segundo o teor da concessão. A indulgência plenária só se pode ganhar uma vez ao dia.
Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que, de um polo a outro do mundo, ressoe uma só voz: louvado seja o coração divino, que nos trouxe a salvação; honra e glória a ele, por todos os séculos. Amém.
*Para que alguém seja capaz de lucrar indulgências, deve ser batizado, não estar excomungado e encontrar-se em estado de graça, pelo menos no fim das obras prescritas. O fiel deve também ter intenção, ao menos geral, de ganhar a indulgência e cumprir as ações prescritas, no tempo determinado e no modo devido, segundo o teor da concessão. A indulgência plenária só se pode ganhar uma vez ao dia.
MANUAL DAS INDULGÊNCIAS (IV)
11.
Visita às basílicas patriarcais de Roma
Indulgência Plenária
Concede-se
indulgência plenária ao fiel que visitar com devoção uma das quatro basílicas patriarcais
de Roma e aí recitar o Pai-nosso e o Creio:
(i)
no dia da festa do titular;
(ii)
em qualquer festa de preceito;
(iii)
uma vez no ano, em dia à escolha do fiel.
12.
Bênção papal
Indulgência Plenária
Ganha
indulgência plenária o fiel que recebe com piedade e devoção a bênção dada pelo
Sumo Pontífice a Roma e ao mundo, ou dada pelo Bispo aos fiéis confiados ao seu
cuidado, conforme a norma 10 da parte I deste manual, ainda que a bênção se
receba por rádio ou televisão.
13.
Visita ao cemitério
Indulgência Parcial: concedida apenas
às almas do purgatório e dada por meio do fiel que visitar devotamente um
cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos.
Indulgência Plenária: concedida apenas
às almas do purgatório e dada por meio do fiel que visitar devotamente um
cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos, no período de 1 a 8 de
novembro de cada ano.
14.
Visita a cemitério de antigos cristãos ou "catacumba"
Indulgência Parcial: concedida ao fiel
que visitar devotamente um cemitério de antigos cristãos ou ‘catacumba’.
15.
Comunhão espiritual
Indulgência Parcial: concedida
ao fiel que realizar qualquer fórmula piedosa de comunhão espiritual. Por exemplo:
Comunhão
espiritual (Santo Afonso de Ligório)
Meu Jesus, eu creio que estais presente
no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as coisas e minha alma suspira
por vós. Mas como não posso receber-vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde,
ao menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis
comigo: uno-me convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me
de vós! Ó Jesus, sumo bem e doce amor meu, vulnerai e inflamai o meu coração, a
fim de que esteja abrasado em vosso amor para sempre. Amém.
16.
Creio
Indulgência Parcial: concede-se
indulgência parcial ao fiel que recitar piedosamente este símbolo apostólico ou
o símbolo niceno-constantinopolitano.
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador
do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único filho, nosso Senhor; que foi
concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob
Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai
todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito
Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos
pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.
17.
Adoração da Cruz
Indulgência Plenária: concede-se
indulgência plenária ao fiel que, na sexta-feira da Paixão e Morte do Senhor, toma
parte piedosamente na adoração da Cruz da solene ação litúrgica.
18.
Oficio dos defuntos
Indulgência Parcial: concede-se
indulgência parcial ao fiel que devotamente recitar laudes ou vésperas do ofício
dos defuntos.
19.
Das profundezas
Indulgência Parcial: concede-se indulgência
parcial ao fiel que recitar piedosamente o Salmo das Profundezas (Salmo 129).
Das profundezas eu clamo
- Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,*
escutai a minha voz!
- Vossos ouvidos estejam bem atentos, *
ao clamor da minha prece.
- Se levardes em conta nossas faltas, *
quem haverá de subsistir?
- Mas em vós se encontra o perdão, *
eu vos temo e em vós espero.
- No Senhor ponho a minha esperança, *
espero em sua palavra,
- A minh’alma espera no Senhor·*
mais que o vigia pela aurora.
- Espere Israel pelo Senhor *
mais que o vigia pela aurora!
- Pois no Senhor se encontra toda graça
*
e copiosa redenção.
- Ele vem libertar a Israel *
de toda a sua culpa.
- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito
Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre.
Amém.
20.
Doutrina cristã
Indulgência Parcial: concede-se indulgência
parcial ao fiel que se dedica a ensinar ou a aprender a doutrina cristã.
21.
Senhor Deus todo-poderoso
Indulgência Parcial: rezar com piedosa
devoção a oração abaixo
Senhor Deus todo-poderoso, que nos
fizestes chegar ao princípio deste dia, salvai-nos hoje por vosso poder, de
sorte que não nos deixemos arrastar a pecado algum neste dia, mas nossas palavras,
nossos pensamentos e obras tendam sempre só ao cumprimento da vossa justiça.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
22.
Eis-me aqui, ó bom e dulcíssimo Jesus
Indulgência Parcial: rezar com piedosa
devoção a oração abaixo
Indulgência Plenária: rezar com piedosa
devoção a oração abaixo nas sextas-feiras da Quaresma, diante de uma imagem de
Jesus crucificado e depois da comunhão.
Eis-me aqui, ó bom e dulcíssimo Jesus!
De joelhos me prostro em vossa presença e vos suplico com todo o fervor de minha alma
que vos digneis gravar no meu coração os mais vivos sentimentos de fé,
esperança e caridade, verdadeiro arrependimento de meus pecados e firme propósito
ele emenda, enquanto vou considerando com vivo afeto e dor as vossas cinco
chagas, tendo diante dos olhos aquilo que o profeta Davi já nos fazia dizer, Ó
bom Jesus: ‘Transpassaram minhas mãos e meus pés e contaram todos os meus ossos’.
(SI 21,17; cf. Missal Romano, ação de
graças depois da missa).
23.
Congresso eucarístico
Indulgência Plenária: concede-se
indulgência plenária ao fiel que participar com devoção do solene rito que costuma
encerrar um congresso eucarístico.
24.
Ouvi-nos
Indulgência Parcial: rezar com piedosa
devoção a oração abaixo
Ouvi-nos, Senhor santo, Pai
todo-poderoso, Deus eterno, e dignai-vos mandar do céu o vosso santo anjo, para que ele guarde,
assista, proteja, visite e defenda todos os que moram nesta casa. Por Cristo,
nosso Senhor. Amém.
25.
Exercícios espirituais
Indulgência Plenária: concede-se indulgência
plenária ao fiel que fizer exercícios espirituais por, pelo menos, três dias.
26.
Dulcíssimo Jesus
Indulgência Parcial: rezar com piedosa
devoção a oração abaixo (ato de reparação)
Indulgência Plenária recitar
publicamente com piedosa devoção a oração abaixo (ato de reparação) na solenidade
do Sagrado Coração de Jesus.
Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade
para com os homens é por eles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas
e desprezos, eis-nos aqui prostrados na vossa presença, para vos desagravarmos, com
especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias
com que é, de toda a parte, alvejado o vosso amorosíssimo Coração.
Reconhecendo, porém, com a mais profunda
dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós,
em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as
próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da
salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e
guia, ou, conculcando as promessas do batismo, sacudiram o suavíssimo jugo da
vossa santa lei.
De todos estes tão deploráveis crimes,
Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas, particularmente, da licença elos
costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à
inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra
vós e vossos Santos, dos insultos ao vosso Vigário e a todo o vosso Clero, do
desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino amor,
e, enfim, dos atentados e rebeldias das nações contra os direitos e o
magistério da vossa Igreja.
Oh! se pudéssemos lavar, com o próprio
sangue, tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada,
vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os
Santos e almas. piedosas, aquela infinita satisfação, que vós oferecestes ao
Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar, todos os dias, sobre nossos altares.
Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da
vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da
fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade
evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nosso próximo,
impedir, por todos os meios, novas injúrias de vossa divina Majestade e atrair
ao vosso serviço o maior número de almas possíveis.
Recebei, ó benigníssimo Jesus, pelas
mãos de Maria santíssima reparadora, a espontânea homenagem deste nosso
desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes, até à
morte, no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para
que possamos chegar todos à pátria bem-aventurada, onde vós com o Pai e o
Espírito Santo viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.
27.
Dulcíssimo Jesus, Redentor
Indulgência Parcial: rezar com piedosa
devoção a oração abaixo (ato de consagração do gênero humano a Jesus Cristo Rei).
Indulgência Plenária: recitar
publicamente com piedosa devoção a oração abaixo (ato de consagração do gênero
humano a Jesus Cristo Rei) na solenidade de Jesus Cristo Rei.
Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero
humano, lançai sobre nós que humildemente estamos prostrados na vossa presença,
os vossos olhares. Nós somos e queremos ser vossos; e a fim de podermos viver
mais intimamente unidos a vós, cada um de nós se consagra, espontaneamente,
neste dia, ao vosso sacratíssimo Coração. Muitos há que nunca vos conheceram;
muitos, desprezando os vossos mandamentos, vos renegaram.
Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns
e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração.Senhor, sede rei não
somente dos fiéis, que nunca de vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos, que vos
abandonaram; fazei que estes tornem, quanto antes, à casa paterna, para não
perecerem de miséria e de fome. Sede rei dos que vivem iludidos no erro, ou
separados de vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da
fé, a fim de que, em breve, haja um só rebanho e um só pastor.
Senhor, conservai incólume a vossa
Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a
todos os povos; fazei que, de um polo a outro do mundo ressoe uma só voz: louvado
seja o coração divino, que nos trouxe a salvação; honra e glória a ele, por
todos os séculos. Amém.
28.
Indulgência na hora da morte
Indulgência Plenária: concede-se a bênção
apostólica com a indulgência plenária por meio do sacerdote que administra os
sacramentos ao fiel em perigo de vida; se não houver sacerdote, a Igreja, mãe
compassiva, concede benignamente a mesma indulgência ao cristão bem disposto
para ganhá-la na hora da morte, se durante a vida habitualmente tiver recitado
para isso algumas orações (esta condição supre as três condições requeridas
para ganhar a indulgência plenária). Para
alcançar esta indulgência plenária louvavelmente se rezam tais orações fazendo uso
de um crucifixo ou de uma simples cruz. A mesma indulgência plenária em artigo
de morte, pode ganhá-la o fiel que no mesmo dia já tenha ganho outra
indulgência plenária (esta concessão vem assinalada na norma 18 da constituição
apostólica Indulgentiarum Doctrina).
29.
Ladainhas
Indulgência Parcial: concede-se indulgência parcial ao fiel
que rezar devotamente as ladainhas
aprovadas pela autoridade, com destaque para as seguintes: ladainha do
santíssimo Nome de Jesus, do Sagrado Coração de Jesus, do preciosíssimo Sangue
de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santíssima Virgem Maria, de São José e de
Todos os Santos.
30.
Magnificat
Indulgência Parcial: concede-se indulgência parcial ao fiel
que recitar piedosamente o Magnificat: A
alegria da alma no Senhor
- A minh'alma engrandece o Senhor *
e exulta meu espírito em Deus, meu
Salvador;
- Porque olhou para a humildade de sua
serva, *
doravante as gerações hão de chamar-me
de bendita.
- O Poderoso fez em mim maravilhas, *
e Santo é o seu nome!
- Seu amor para sempre se estende *
sobre aqueles que o temem;
- Manifesta o poder de seu braço, *
dispersa os soberbos;
- Derruba os poderosos de seus tronos *
e eleva os humildes;
- Sacia de bens os famintos, *
despede os ricos sem nada.
- Acolhe Israel, seu servidor, *
fiel ao seu amor,
- Como havia prometido a nossos pais, *
em favor de Abraão e de seus filhos para
sempre.
- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito
Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre.
Amém.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
GALERIA DE ARTE SACRA (III)
PINTURAS DE ANJOS
Leonardo da Vinci - Anunciação (Galeria Uffizi - Florença)
Beato Angelico - Anunciação (Santa Maria delle Grazie - San Giovanni Valdardo)
Rembrant - O Sacrifício de Isaac (Holanda)
Rafael - Anjos (detalhe da Madonna Sistina - Gemaldegalerie, Dresden)
Caravaggio - São Francisco em Êxtase (Wadsworth Atheneum, Connecticut, EUA)
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