Um gigantesco incêndio florestal devora atualmente a região central de Portugal, e já destruiu uma área de mais de 300 quilômetros quadrados, vitimando até agora 63 pessoas. Os focos de incêndio começaram no sábado, em meio a uma intensa onda de calor, com temperaturas superando os 40°C em algumas áreas, além de uma sequência de raios e trovões. Grande parte das vítimas morreram carbonizadas em seus próprios veículos, quando uma muralha de fogo engoliu por completo uma rodovia nacional por onde trafegavam. Em Portugal, mais do que nunca, o inferno é aqui...
terça-feira, 20 de junho de 2017
segunda-feira, 19 de junho de 2017
domingo, 18 de junho de 2017
O SENHOR DA MESSE
Páginas do Evangelho - Décimo Primeiro Domingo do Tempo Comum
'Naquele tempo', tempo de graça inimaginável quando o Senhor esteve neste mundo, Jesus se compadeceu das multidões, 'porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas sem pastor' (Mt 9, 36). E Jesus não via apenas a multidão diante dele, mas as multidões dos homens de todos os tempos, atribulados pelas vicissitudes e aparências deste mundo, nas águas revoltas do cotidiano de tantas vidas atribuladas e insensíveis aos bens que não passam.
Eis a missão a ser cumprida, missão extremada, desafio universal: é preciso levar a Boa Nova do Reino de Deus a todas as criaturas; é preciso anunciar o Evangelho de Cristo ao mundo inteiro. E, diante realidade tão portentosa, o Senhor nos ensina a orar sempre pelas vocações missionárias, sejam elas religiosas ou leigas: 'a Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!' (Mt 9, 37 - 38). Que a nossa oração sincera seja semente profícua que faça brotar novos apóstolos e novos missionários no Coração do Senhor da Messe!
Jesus deu início a esta missão chamando os doze Apóstolos. E lhes deu recomendações expressas: 'Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios' (Mt 10,8). E ainda mais: 'De graça recebestes, de graça deveis dar!' (Mt 10, 8). Ser missionário é se fazer apóstolo, é assumir a mesma missão que constitui as marcas de identidade de um cristão no mundo. De todos os cristãos: os primeiros doze apóstolos, os outros setenta e dois, os cristãos de todos os tempos, eu e você. Como cordeiros entre lobos, como emissários da paz entre promotores das guerras, os cristãos estão no mundo para torná-lo um mundo cristão.
O apostolado começa com o bom exemplo, expande-se com o amor ao próximo, multiplica-se pela caridade. É imperioso o serviço da vocação; os frutos pertencem aos ditames da Providência. O reino de Deus deve ser proclamado para todos, em todos os lugares, mas a Boa Nova será recebida com jubilosa gratidão num lugar ou indiferença profunda em outro; aqui vai gerar frutos de salvação, mais além será pedra de tropeço. Como operários da grande messe do Senhor, Deus nos quer valorosos combatentes da fé, pregadores perseverantes da Verdade Plena. E ainda que sejamos capazes de domar a natureza e realizar prodígios, a felicidade cristã não está nos eventos temporais aqui na terra, mas na Eterna Glória daqueles que souberam combater o bom combate: 'nós nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo' (Rm 5, 11).
sábado, 17 de junho de 2017
OS GRANDES MÍSTICOS DA IGREJA (I)
TERESA NEUMANN
Thérèse Neumann (pronuncia-se 'nóiman' em alemão) nasceu em Konnersereuth, na Baviera, em 9 de abril de 1898, numa sexta-feira da Paixão, de uma família pobre e muito católica. Desde nova, fizera a opção por se tornar uma religiosa franciscana e atuar fora da Alemanha, mas um acidente aos 20 anos mudou radicalmente a sua vida.
Em 1918, no intuito de ajudar a apagar as chamas de um violento incêndio ocorrido em uma propriedade vizinha, carregando baldes de água, sofreu uma gravíssima lesão na medula espinal, que lhe provocou a paralisia das pernas e a cegueira total. Prostrada numa cama por vários anos, cega e sem poder se locomover, encheu-se de feridas por todo o corpo. Conformada e submissa à vontade de Deus, ofereceu os seus sofrimentos pela conversão dos pecadores.
Em 1923, a mística de Konnersereuth teve a visão de uma grande luz e a locução de Santa Teresa de Lisieux, que lhe revelou que ela seria curada mas que iria assumir sofrimentos muito maiores, desde que ela assim o aceitasse; respondeu placidamente que aceitava e que se cumprisse nela apenas a Santa Vontade de Deus. A sua cura ocorreu em dois momentos distintos: a recuperação milagrosa da visão deu-se em 29 de abril de 1923, data da beatificação de Santa Teresa de Lisieux e a cura definitiva da paralisia e das feridas do corpo ocorreu em 17 de maio de 1925, data da canonização da santa. Em novembro de 1925, Teresa passou a sentir dores fortíssimas e foi diagnosticada com apendicite e, novamente, após outra visão e a ratificação de sua vontade à vontade de Deus, foi milagrosamente curada mais uma vez.
A partir de 1926, tiveram início os impressionantes carismas que a acompanharam até a sua morte em 1962, que incluíram, visões, êxtases (quando a hóstia desaparecia instantaneamente assim que era colocada sobre a sua língua, sem necessidade de nenhum movimento de deglutição), bilocações, conhecimento interior das almas e, particularmente, os estigmas, chagas permanentes que lhe apareceram nos pés, nas mãos e nas costas, resistentes a todas as curas possíveis e que não se infeccionavam nunca.
Em 5 de março de 1926, primeira Sexta-Feira da Quaresma, uma chaga surgiu acima de seu coração e Teresa teve uma visão de Nosso Senhor Jesus Cristo no Monte das Oliveiras, acompanhado de três dos seus Apóstolos. Na sexta-feira seguinte, dia 12 de março, uma outra visão: desta vez viu Nosso Senhor no Monte das Oliveiras, coroado de espinhos e a ferida acima do coração tornou a aparecer, fato que se repetiu na sexta-feira seguinte. Em 26 de março, além da chaga no peito, uma segunda chaga surgiu em sua mão esquerda e, neste dia, Teresa viu Nosso Senhor carregando a Cruz. A presença de sangue já era intensa na sua roupa e, desta forma, os fenômenos místicos deixaram de ser um segredo dela. No Domingo de Páscoa, ela teve a visão da Ressurreição de Cristo. Em 05 de novembro de 1926, apareceram feridas adicionais na cabeça, nas costas e nos ombros.
Estas chagas e os fluxos de sangue iriam acompanhá-la então por toda a vida. E o mais extraordinário de tudo, Teresa iria viver em plenitude o fenômeno eucarístico: durante 36 anos não se alimentou mais de quaisquer alimentos sólidos ou líquidos, que ficaram restritos a um pequeno gole de água para facilitar a sua comunhão diária e, mesmo revivendo nos seus estigmas a Paixão de Cristo a cada semana (desde quinta-feira até a manhã do domingo) e mesmo vertendo litros de sangue nestas ocasiões, recuperava rapidamente o seu peso corporal de 55 kg sem padecer de nenhuma fraqueza ou debilidade física como consequência.
Isto não a livraria, porém, de inúmeros sofrimentos que padecia durante a cena rediviva do Calvário a cada semana, e oferecia estes sofrimentos a Deus pela conversão dos pecadores. Esta foi a sua missão extraordinária, cumprir no limite a Santa Vontade de Deus e se fartar única e exclusivamente do pão do Céu. O Padre Josef Naber, que acompanhou a vida da estigmatizada e lhe dava a comunhão diária, disse que em Teresa se manifestaram em plenitude as palavras de Cristo: 'a minha carne é verdadeiro alimento e o meu sangue é verdadeira bebida'. Teresa Neumann morreu em 18 de setembro de 1962, de um ataque cardíaco.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
AS SETE COLUNAS DA IGREJA DOMÉSTICA (V)
'A Sabedoria edificou sua casa, talhou sete colunas' (Pv 9, 1)
QUINTA COLUNA: A SANTA MISSA
Uma peça de admirável suntuosidade, uma coluna de pedras preciosas, atravessada por veios de ouro, mostra-nos a santa fé. Daí se reflete por toda a casa luz e beleza. É a Santa Missa. Não é apenas um crucifixo sem vida; não! É o próprio Salvador que se torna presente, sacrificando-se por nós na cruz, Ele consuma de novo o sangrento sacrifício da cruz. É o mais importante acontecimento do mundo, o sacrifício do Gólgota, que se renova na Igreja! O altar torna-se um monte Calvário.
Lá se encontra o mesmo Salvador, o mesmo amor, a mesma imolação como outrora na primeira sangrenta Sexta-feira da Paixão! E quão de perto se tocam a ideia do sacrifício divino do Gólgota e a da vida de sacrifício no matrimônio! A vida matrimonial significa vida de sacrifício. O matrimônio, conscienciosamente compreendido, é até um grande e contínuo sacrifício, que por vezes se eleva até o heroísmo. A renúncia e a paciência no sofrimento podem, às vezes, exigir algo de sobre-humano; onde iriam os cônjuges buscar força para isso, de onde lhes provêm maior consolo e mais fortaleza que ao pé da cruz, do altar, onde dia após dia se consuma o mais doloroso sacrifício?
A esposa e mãe sente particularmente no Santo Sacrifício da cruz e do altar ressoar cordas afins! Ela também precisa de maior força. Toda a sua vida, toda a sua condição é propriamente apenas de dedicação, de abnegação, de sacrifício; é viver e consumir-se pelos outros. Se não se aproxima do altar, em companhia da Mãe Dolorosa e sob a Cruz do Filho de Deus, então não sei de onde lhe virá a alegria no espírito de sacrifício e a corajosa força de vontade para a sua vida de renúncia.
Grandiosa e bela como o brilho do sol, brilha a Santa Missa, iluminando a família. Mas ainda não é essa toda sua bênção. Nela sussurra também misteriosamente sobre nossos altares uma fonte de felicidade. No lago de Achen encontrei, há muitos anos, uma nobre senhora protestante de Würzburg, que um domingo me acompanhou à Santa Missa. Desde a moléstia do marido, frequentava a Igreja Católica. Então, dizia ela, sentia a necessidade de orar pelo esposo mortalmente enfermo. Como as suas igrejas estavam todas fechadas durante o dia, tinha ido ao templo católico. Lá se rezava tão bem que recebera muitas bênçãos e, por fim, a conversão à Igreja Católica se devia à frequência assídua à Santa Missa. Nada ela lamentava mais do que ter Lutero fechado para tantas almas esta fonte de bênçãos. Tinha razão.
Imaginamos que viesse hoje alguém e alta noite derramasse ouro num lugar dificilmente acessível. Todos poderiam ir buscá-lo, quando quisessem. Quem deixaria de ir? Ninguém: na Santa Missa, dia após dia, não somente aos domingos, se derrama coisa de maior valor ainda. Na consagração corre de novo sobre nossos altares o precioso Sangue do Salvador, como outrora na cruz. De novo se lhe abre o amoroso Coração para derramar, juntamente com torrentes de seu Sangue sagrado, as bênçãos de suas graças sobre a terra sequiosa. Cada gotinha desse Sangue preciosíssimo vale mais que um mundo inteiro, cheio de ouro e pedras preciosas. Comodamente podes hauri-lo. Não é uma hora impossível; quase a todas as horas da manhã mana a fonte, abre-se misteriosamente a torrente de graças para cada um que vem. É preciso muitas vezes apenas um pouquinho mais de compreensão para o tesouro supremo de nossa Igreja, e alguma boa vontade.
E se vós mesmos não podeis, mandai então ao menos vossos filhos. Assim era no tempo antigo, quando ainda se pensava catolicamente e se apreciavam as graças da Igreja: alguém da família devia também nos dias de trabalho ir à Santa Missa. Este era o portador de bênçãos para todos os outros membros da família. Procedes acaso prudentemente deixando de ir? Convencestes que perdes assim ocasião de buscar a felicidade tua e dos teus filhos?
(Excertos da obra 'As colunas de tua Casa - um Plano para a Felicidade da Família', do Vigário José Sommer, 1938, com revisão do texto pelo autor do blog)
quinta-feira, 15 de junho de 2017
CORPUS CHRISTI 2017
O pão é pão e o vinho é vinho
como frutos do homem em oração;
é o que trazemos, é tudo o que temos,
como oferendas da nossa devoção.
Não é mais pão, nem é mais vinho
quando espécies na consagração;
alma e divindade que se reconciliam
a cada missa, em cada comunhão.
Aparente pão, aparente vinho,
é mais que vinho, muito mais que pão;
o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo
é o alimento da nossa salvação.
(Arcos de Pilares)
CORPUS CHRISTI
Anima Christi
Anima Christi, sanctifica me.
Corpus Christi, salva me.
Sanguis Christi, inebria me.
Aqua lateris Christi, lava me.
Passio Christi, conforta me.
O bone Iesu, exaudi me.
Intra tua vulnera absconde me.
Ne permittas me separari a te.
Ab hoste maligno defende me.
In hora mortis meæ voca me.
Et iube me venire ad te,
ut cum Sanctis tuis laudem te
in sæcula sæculorum.
Amen.
Tantum Ergo
Tantum ergo Sacramentum
Veneremur cernui:
Et antiquum documentum
Novo cedat ritui:
Praestet fides supplementum
Sensuum defectui.
Genitori, Genitoque
Laus et iubilatio,
Salus, honor, virtus quoque
Sit et benedictio:
Procedenti ab utroque
Compar sit laudatio.
Amen.
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