quarta-feira, 12 de abril de 2023

DOUTORES DA IGREJA (VIII)

 8São João Crisóstomo, Bispo (†407)

Doutor da Oratória (chamado 'Boca de Ouro')

Concessão do título: 1568 - Papa Pio V
(como um dos primeiros 4 Grandes Doutores do Oriente)
Celebração: 13 de setembro (Memória Obrigatória)

 Obras e Escritos  

  • Homilia Pascal 
  • Homilias sobre o Gênesis
  • Homilias sobre Isaías
  • Homilias sobre o Evangelho de São Mateus
  • Homilias sobre o Evangelho de São João
  • Homilias sobre I e II Coríntios
  • Homilias sobre os Atos dos Apóstolos
  • Homilias aos Gálatas
  • Homilias aos Efésios
  • Homilias aos Filipenses 
  • Homilias aos Colossenses
  • Homilias aos Tessalonicenses
  • Homilias a Timóteo
  • Homilias a Tito 
  • Homilias a Filêmon
  • Homilias sobre as Estátuas
  • Homilias sobre o Natal
  • Epístola aos Romanos
  • Epístola aos Hebreus
  • Adversus Judaeos - Contra os Judeus
  • Sobre Eutropio
  • Sobre o Sacerdócio
  • Sobre a Vida Monástica
  • Sobre a Incompreensibilidade da Natureza Divina
  • Instruções aos Catecúmenos
  • Cartas à Diaconisa Olímpia
  • Outras Homilias e Sermões

terça-feira, 11 de abril de 2023

'QUANDO JÁ NÃO HÁ NADA PARA SALVAR...'


'Meus amigos, enquanto houver algo para salvar; com calma, com paz, com prudência, com reflexão, com firmeza, implorando a luz divina, há que fazer o necessário para salvá-lo. Quando já não há nada para salvar, sempre e ainda há que salvar a própria alma.

É bem possível que, sob a pressão das pragas que estão a cair sobre o mundo, e dessa nova falsificação do catolicismo que aludi acima, a estrutura da cristandade ocidental continue a se desfazer de tal forma que, em breve, não haverá nada que fazer, para um verdadeiro cristão, na ordem da coisa pública.

Agora a palavra de ordem é ater-se à mensagem essencial do cristianismo: fugir do mundo, crer em Cristo, fazer todo o bem possível, desapegar-se das coisas criadas, guardar-se dos falsos profetas, lembrar da morte. Numa palavra, dar com a vida testemunho da Verdade e desejar a vinda de Cristo.

No meio deste alvoroço, temos que tratar cuidadosamente da nossa salvação, tal como o artista faz a sua obra com os materiais à sua disposição, primeiro dentro de si mesmo. Não há nada que não possa servir, se alguém puder usar como escada, para subir até Deus.

(Excertos da obra 'Decíamos ayer...', do Pe. Leonardo Castellani)

segunda-feira, 10 de abril de 2023

OITAVA DA PÁSCOA

'Jesus Cristo Ressuscitado vive e está no meio de nós'

A Oitava da Páscoa é o período que se estende desde o domingo de Páscoa até o domingo seguinte, chamado domingo da misericórdia ou domingo in albis ['em branco': neste dia, os recém-batizados retiravam as vestes brancas recebidas no dia do batismo]. Este período especial compreende a própria celebração solene da Páscoa, como se cada dia fosse um novo Domingo de Páscoa. 

A Oitava da Páscoa é o início do chamado Tempo Pascal, que compreende os cinquenta dias decorridos entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes ('50 dias', em grego), dia da celebração da festa em que o Espírito Santo foi dado à Igreja como o grande dom do Cristo Glorioso, para ser guia e condutor direto desta mesma Igreja em toda a sua história até o final dos tempos. Neste tempo especial, as celebrações litúrgicas são feitas com o Círio Pascal aceso, representação do Cristo Ressuscitado e da Luz de Cristo. O Círio Pascal, previamente abençoado na Vigília Pascal, permanece aceso até a celebração do domingo de Pentecostes.

TESOURO DE EXEMPLOS (213/216)

 

213. O DOM DA FORTALEZA

Prenderam a virgem Santa Apolônia e, diante de uma fogueira, declararam-lhe que, se não renegasse a Jesus Cristo, seria lançada ao fogo. Vendo a enorme fogueira, ela não só não se espantou, mas mais ainda, movida interiormente pelo Espírito Santo, desembaraçou-se dos soldados, e ela mesma se arrojou às chamas. Foi o efeito do dom da fortaleza.

214. COMO SE CONVERTEU LUÍS VEUILLOT

Este grande escritor católico tinha um filho de muito mau gênio. A mãe dizia a miúdo ao pai: 'Tem paciência: verás como mudará de gênio quando fizer a primeira comunhão'. E assim foi. Tornou-se tão bom, que chegou a conseguir a conversão do pai, até então incrédulo e inimigo de nossa religião.

215. O TRABALHO INÚTIL

Apresentou-se na corte de Henrique IV um homem pedindo ao rei permissão para executar um jogo de muita habilidade, que nunca se vira em nenhuma festa. O rei consentiu e todos foram assistir à façanha. O homem fincou no meio da arena uma estaca de madeira e na ponta colocou uma agulha de coser. Nos olhos de todos notava-se grande curiosidade. 

Eis que o homem, montando em um cavalo arreado, e tendo na mão uma linha muito comprida, passa galopando ao lado da estaca e enfia a linha na agulha, tirando-a pelo lado oposto sem parar. Diante dos calorosos aplausos da multidão, apresenta-se ao rei para receber um prêmio ou um louvor.

➖ Quantos anos empregaste nesse trabalho? - indagou o rei.
➖ Doze anos. Ensaiei, e tornei a ensaiar, trabalhando durante doze anos - respondeu o homem.
➖ Pois bem - replicou o rei - ficarás encarcerado durante doze anos, por teres gasto tanto tempo sem honra para teu rei e sem utilidade para a tua pátria.

Ah! quantos cristãos não terão de ouvir no dia do Juízo: empregastes toda a vida num trabalho que não honrou a Deus nem aproveitou à vossa alma. E é por isso que permanecereis no cárcere do inferno por toda a eternidade.

216. PERDOAR AOS INIMIGOS

Sublime é o exemplo de Santa Joana d'Arc, a jovem singular vinda da Lorena para salvar a França. Depois de haver rompido o cerco de Orleans e de haver levado Carlos VII de triunfo em triunfo até a coroação do mesmo em Reims, foi desprezada, abandonada, atraiçoada. Deus queria indicar-lhe que sua missão terminara e só faltava o supremo sacrifício de sua vida.

Em Compiègne foi feita prisioneira e vendida aos ingleses que a condenaram à fogueira. Apareceu na Praça de Ruão, aos 18 anos de idade, condenada à morte, mas não mostrou nenhum temor. O rei banqueteava-se bem distante dali sem nenhum sentimento de compaixão para com aquela que viera da Lorena para salvar a França.

Quando as chamas envolveram aquele corpo inocente, como numa tormentosa auréola, Joana ergueu os olhos cheios de esperança e exclamou, em alta voz, que perdoava o rei, aos franceses e aos ingleses que a queimavam.

(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos', do Pe. Francisco Alves, 1958; com adaptações)


domingo, 9 de abril de 2023

BÊNÇÃO URBI ET ORBI - PÁSCOA 2023

EVANGELHO DO DOMINGO

   

'Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!' (Sl 117)

Primeira Leitura (At 10,34a.37-43) - Segunda Leitura (Cl 3,1-4)  -  Evangelho (Jo 20, 1-9)

 09/04/2023 - Domingo da Ressurreição

20. PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO


Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos! A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou. Não morrerei, mas, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor! Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Eis o grande dia do Senhor, em que a vida venceu a morte, a luz iluminou as trevas, a glória de Deus se impôs aos valores do mundo. Jesus veio para fazer novas todas as coisas, abrir o caminho para o Céu, eternizar a glória de Deus na alma humana. Cristo Ressuscitado é a razão suprema de nossa fé, penhor maior de nossa esperança, causa de nossa alegria, plenitude do amor humano. Como filhos da redenção de Cristo, cantamos jubilosos a Páscoa da Ressurreição: 'Tende confiança! Eu venci o mundo' (Jo 16, 33).

O Triunfo de Cristo é o nosso triunfo pois o o Homem Novo tomou o lugar do homem do pecado. Mortos para o mundo, tornamo-nos herdeiros da ressurreição da nova vida em Deus: 'Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus (Cl 3, 1-3).

Entremos com Pedro no sepulcro agora vazio de Jesus: 'Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte' (Jo 20, 6 -7). Este sepulcro vazio é a morte do pecado, a vitória da vida sobre a morte: 'Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?' (1 Cor 15, 55). Jesus ressuscitou! Bendito é o Senhor dos Exércitos que, com a sua Ressurreição, derrotou o mundo e nos fez herdeiros do Céu! Este é o dia da alegria suprema, do triunfo da vida, do gáudio eternos dos justos. Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!

Hæc est dies quam fecit Dominus. Exultemus et lætemur in ea!

SEMANA SANTA MAIOR: PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO

  SOLENIDADE DA RESSURREIÇÃO DE NOSSO SENHOR

'Haec est dies quam fecit Dominus. Exultemus et laetemur in ea
— 
'Esse é o dia que o Senhor fez. Seja para nós dia de alegria e felicidade'
 (Sl 117, 24)

Cristo ressuscitou! Eis a Festa da Páscoa da Ressurreição, a data magna da cristandade. Por causa da ressurreição de Jesus, podemos ter fé e esperança, obter o perdão dos nossos pecados e a salvação de nossas almas. Com a ressurreição de Jesus, a morte foi vencida. E as Portas do Céu foram abertas para toda a eternidade.

'Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está o teu aguilhão?' 
(1 Cor 15, 55)