quarta-feira, 23 de setembro de 2020

250 DOGMAS DE FÉ DA IGREJA CATÓLICA (II)

 PARTE II - DEUS, O CRIADOR


45. Tudo que existe fora de Deus foi, na sua total substância, produzido do nada por Deus.


46. Deus, ao criar o mundo, foi movido pela Sua bondade.


47. O Universo foi criado para a glorificação de Deus.


48. As Três Pessoas Divinas são o único princípio comum da criação.


49. Deus criou nosso mundo livre da compulsão exterior e necessidade interior.


50. Deus criou um mundo bom.


51. O mundo teve um começo no tempo.


52. Só Deus criou o mundo.


52. Deus mantém todas as coisas criadas na existência.


54. Deus, através da Sua Providência, protege e guia tudo que Ele criou.


55. O primeiro homem foi criado por Deus.


56. O homem consiste de duas partes essenciais – o corpo material e a alma espiritual.


57. A alma racional de per si é a forma essencial do corpo.


58. Cada ser humano possui uma alma individual.


59. Deus confere ao homem um destino sobrenatural.


60. Os nossos primeiros pais, antes da queda, eram dotados da graça santificante.


61. Em acréscimo à graça santificante, os nossos primeiros pais eram dotados com o dom preternatural da imortalidade corporal.


62. Os nossos primeiros pais no Paraíso pecaram gravemente através da transgressão do mandamento probatório Divino.


63. Através do pecado, os nossos primeiros pais perderam a graça santificante e provocaram a ira e a indignação de Deus.


64. Os nossos primeiros pais tornaram-se sujeitos à morte e à dominação do mal.


65. O pecado de Adão é transmitido a sua posteridade, não pela imitação, mas pela descendência.


66. O pecado original é transmitido pela geração natural.


67. No estado de pecado original, o homem é desprovido da graça santificante e tudo que isto implica, assim como os dons sobrenaturais da integridade.


68. As almas que partem desta vida no estado de pecado original são excluídas da Visão Beatífica de Deus.


69. No começo do tempo Deus criou as essências espirituais (anjos) do nada.


70. A natureza dos anjos é espiritual.


71. Os espíritos maus (demônios) foram criados bons por Deus; eles se tornaram perversos através das suas próprias faltas.


72. A tarefa secundária dos anjos bons é a proteção dos homens e o cuidado da sua salvação.


73. O mal possui certo domínio sobre a humanidade por causa do pecado do Adão.


(Compilação da obra 'Fundamentos do Dogma Católico', de Ludwig Ott)

terça-feira, 22 de setembro de 2020

BREVIÁRIO DIGITAL - ILUSTRAÇÕES DE DORÉ (XVII)

PARTE XVII (Lc 1 - Lc 12)

[A Anunciação do Anjo (Lc 1, 26-27)]

[Os pastores diante o nascimento de Jesus (Lc 2, 16)]

[Jesus entre os doutores da Lei (Lc 2, 46)]

[A tentação de Jesus no alto de um monte (Lc 4,5)]

[Jesus expulsa um demônio de um possesso (Lc 4,35)]

[A pregação de Jesus feita sobre uma barca em Genesaré (Lc 5,3)]

[A pecadora arrependida é perdoada (Lc 7,47)]

[Jesus ressuscita a filha de Jairo (Lc 8, 54-55)]

[O bom samaritano acolhe um homem ferido na estrada (Lc 10, 33)]

[O bom samaritano leva o homem ferido a uma pousada (Lc 10, 34)]

[Jesus na casa de Marta e Maria (Lc 10, 41-42)]

[Jesus pregando diante uma grande multidão (Lc 12, 1-59)]

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

PALAVRAS DE SALVAÇÃO

'A união com Cristo é a nossa bem-aventurança e o aprofundamento dessa união com Ele traz-nos a felicidade terrena. Portanto, o amor à cruz não está, de forma nenhuma, em contradição com a alegria de sermos filhos de Deus. Ajudar a levar a cruz de Cristo dá uma alegria forte e pura aos que são chamados e são capazes de o fazer. Dessa forma, os verdadeiros filhos de Deus participam na edificação do seu Reino. Assim, a predileção pelo caminho da cruz também não significa que nos desagrade ver ultrapassada a sexta-feira santa e cumprida a obra da redenção. Só os resgatados, só os filhos da graça podem verdadeiramente carregar a cruz de Cristo. Só através da união com a divina Cabeça é que o sofrimento humano adquire a sua potencialidade redentora. Sofrer e sentir-se bem-aventurado no sofrimento, permanecer firme de pé, seguir pelos caminhos poeirentos e pedregosos desta terra e estar ao mesmo tempo sentado com Cristo à direita do Pai, rir-se e chorar com as crianças deste mundo sem deixar de cantar com os coros angélicos os louvores de Deus, eis a vida do cristão, até que rompa a aurora da eternidade.

(Santa Teresa Benedita da Cruz)

domingo, 20 de setembro de 2020

PÁGINAS COMENTADAS DOS EVANGELHOS DOS DOMINGOS


'Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão. Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra' (Is 55 6 - 9)

PÁGINAS DO EVANGELHO (2019 - 2020) 

sábado, 19 de setembro de 2020

250 DOGMAS DE FÉ DA IGREJA CATÓLICA (I)

 PARTE I - A UNIDADE E A TRINDADE DE DEUS

1. Deus, nosso Criador e Senhor, pode ser conhecido, com absoluta certeza, pela luz natural da razão das coisas criadas.

2. A existência de Deus não é meramente um objeto de conhecimento racional, mas também um objeto da fé sobrenatural.

3. A Natureza de Deus é incompreensível para os homens.

4. Os bem-aventurados no Céu possuem um conhecimento intuitivo imediato da Essência Divina.

5. A visão imediata de Deus transcende a força natural da percepção da alma humana e é, portanto, sobrenatural.

6. A alma requer a luz da glória para a visão imediata de Deus.

7. A Essência de Deus é igualmente incompreensível para o bem-aventurado no Céu.

8. Os atributos divinos são realmente idênticos entre si e com a Divina Essência.

9. Deus é absolutamente perfeito.

10. Deus é verdadeiramente infinito em toda a perfeição.

11. Deus é absolutamente simples.

12. Há somente um Deus.

13. O Deus único é, no sentido ontológico, o verdadeiro Deus.

14. Deus possui um poder infinito de percepção.

15. Deus é verdade absoluta.

16. Deus é absolutamente fiel.

17. Deus é absoluta bondade ontológica Nele mesmo e em relação aos outros.

18. Deus é absoluta bondade moral ou santidade.

19. Deus é absoluta benignidade.

20. Deus é absolutamente imutável.

21. Deus é eterno.

22. Deus é imenso ou absolutamente imensurável.

23. Deus está presente em todo o lugar no espaço criado.

24. O conhecimento de Deus é infinito.

25. O conhecimento de Deus é pura e simplesmente atual e verdadeiro.

26. O conhecimento de Deus é subsistente.

27. Deus conhece tudo que é meramente possível pelo conhecimento da inteligência simples.

28. Deus conhece todas as coisas reais do passado, presente e futuro.

29. Pelo conhecimento da visão, Deus também prevê as futuras ações livres das criaturas racionais com a certeza infalível.

30. A Vontade Divina de Deus é infinita.

31. Deus Se ama pela necessidade, mas ama e deseja a criação de coisas extra-divinas, por sua vez, com liberdade.

32. Deus é Todo-Poderoso.

33. Deus é o Senhor dos céus e da terra.

34. Deus é infinitamente justo.

35. Deus é infinitamente misericordioso.

36. Em Deus há três Pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Cada uma das três Pessoas possui uma Divina Essência (numérica).

37. Em Deus há duas procissões divinas internas.

38. As Pessoas Divinas, não a Divina Natureza, são os sujeitos das procissões divinas internas (no sentido ativo e passivo).

39. A Segunda Pessoa Divina procede da Primeira Pessoa Divina pela geração e, portanto, é relacionada a Ele como Filho para o Pai.

40. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho como de um único princípio através de uma única inspiração.

41. O Espírito Santo não procede através da geração, mas através da inspiração.

42. As relações em Deus são realmente idênticas com a Natureza Divina.

43. As Três Pessoas Divinas estão um em outro.

44. Todas as atividades ad extra de Deus são comuns para as Três Pessoas.

(Compilação da obra 'Fundamentos do Dogma Católico', de Ludwig Ott)

'TOMA A TUA CRUZ...'


Por que temes levar a cruz, pela qual se vai ao Reino? Na cruz está a salvação; na cruz, a vida; na cruz, a proteção dos inimigos; na cruz se derrama toda a suavidade do alto; na cruz, a força do espírito; na cruz, a alegria da alma; na cruz, a suprema virtude; na cruz, a perfeição da santidade. Não há salvação da alma nem esperança da vida eterna senão na cruz. Pega, pois, na tua cruz e segue-o: caminharás para a vida eterna. Se morreres com Ele, também com Ele viverás (Rm 6,8). E, se fores seu companheiro no sofrimento, também o serás na glória.

Eis que tudo consiste na cruz; não há outro caminho para a vida e para a verdadeira paz interior. Anda por onde quiseres, procura o que desejares, não encontrarás mais elevado caminho no alto, nem mais seguro cá em baixo, do que o caminho da santa cruz.

Dispõe e ordena tudo segundo o que queres e vês; não encontrarás nada onde não haja que sofrer, voluntária ou necessariamente, e assim sempre encontrarás a cruz. Ou sofrerás dores no corpo ou encontrarás tribulações na alma. Umas vezes serás abandonado por Deus, outras serás afligido pelo próximo e, pior ainda, muitas vezes pesar-te-ás a ti mesmo; e não poderás ser libertado ou aliviado com qualquer remédio ou consolação. Deus quer que aprendas a suportar o sofrimento sem consolações, que te submetas a Ele totalmente e te tornes mais humilde pela tribulação. E é necessário que tenhas paciência, se queres possuir a paz interior e merecer a coroa imortal.

(Da Imitação de Cristo)

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

CANTOS DA MISSA TRADICIONAL (IX): CREDO

O canto (ou recitação) do Credo está inserido no contexto de louvor e adoração que caracterizam a primeira parte da Santa Missa ou Missa dos Catecúmenos. Não se trata apena de uma simples oração ou meditação, mas o símbolo triunfante da fé cristã em plenitude. Na versão niceno-constantinopolitana, constitui os fundamentos da nossa fé católica promulgados pelos Concílios de Niceia (325) e Constantinopla (381).



Credo in unum Deum. Patrem omnipotentem, factorem coeli et terræ, visibilium omnium et invisibilium. Et in unum Dominum Jesum Christum, Filium Dei unigenitum. Et ex Patre natum ante omnia sæcula. Deum de Deo, lumen de lumine, Deum verum de Deo vero. Genitum, non factum, consubstantialem Patri: per quem omnia facta sunt. Qui propter nos homines, et propter nostram salutem descendit de coelis. Et Incarnatus est de Spiritu Sancto ex Maria Virgine et homo factus est. Crucifixus etiam pro nobis: sub Pontio Pilato passus, et sepultus est. Et resurrexit tertia die, secundum Scripturas. Et ascendit in coelum: sedet ad dexteram Patris. Et iterum venturus est cum gloria judicare vivos et mortuos: cujus regni non erit finis. Et in Spiritum Sanctum. Dominum et vivificantem: qui ex Patre, Filioque procedit. Qui cum Patre, et Filio simul adoratur et conglorificatur: qui locutus est per prophetas. Et unam, sanctam, catholicam et apostolicam Ecclesiam. Confiteor unum baptisma in remissionem peccatorum. Et exspecto resurrectionem mortuorum. Et vitam venturi sæculi. Amen.

Creio em um só Deus. Pai, todo poderoso, criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus. Nascido do Pai, antes de todos os séculos. Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Gerado, não feito, consubstancial ao Pai, por meio de quem foram feitas todas as coisas. Que por nós, homens, e por causa de nossa salvação desceu dos Céus. E se encarnou pelo Espírito Santo em Maria Virgem e se fez homem. Também por amor de nós foi crucificado, sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras. Subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. Donde virá de novo, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos e cujo reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho. Que com o Pai e com o Filho é igualmente adorado e glorificado: ele o que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo, para a remissão dos pecados. Espero a ressurreição dos mortos e a vida do século futuro. Amém.