terça-feira, 11 de agosto de 2020

NO MEIO DE MUITOS CAMINHOS...

A caridade é a mãe de todas as virtudes, assim como a soberba é a raiz de todos os pecados. Sê humilde e pratica a caridade em tudo e com todos os teus irmãos, em todas as situações. Espelha-te no bom samaritano em todos os caminhos de tua vida! 


No meio de muitos caminhos... 

No meio de um caminho / havia um homem caído / Muitos passaram ao largo / sem socorrer o ferido / mas o bom samaritano / cuidou do desconhecido / curou-o, pagou seu repouso / resgatou quem estava perdido... 

No meio de nossos caminhos / há tantas pessoas perdidas / tantos homens que precisam / de curar suas feridas / e tantas pessoas que passam / fingindo-se desapercebidas / passam também pelo mundo / deixando pra trás suas vidas... 

Que eu não seja águas passadas / que não mais movem moinhos / e possa levar minha presença / a tantos que andam sozinhos / e semear ainda a caridade / por entre tantos espinhos / que eu possa ser samaritano / no meio de muitos caminhos... 

(Arcos de Pilares)

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

SOBRE O ANIQUILAMENTO INTERIOR

Quando nos falam de renunciarmos a nós mesmos, de aniquilar-nos; quando nos dizem ser esse o fundo da moral cristã, consistir nisso a adoração em espírito e verdade, tal palavra nos parece dura e até injusta: não queremos ouvi-la e repelimos quem no-lo prega da parte de Deus. Convençamo-nos, uma vez por todas, de que esse preceito nada de injusto encerra e na prática é mais suave do que pensamos. Em seguida, humilhemo-nos se nos faltar coragem para pô-lo em prática e, ao invés de condená-lo condenemos a nós mesmos.

Que nos pede o Senhor, ordenando que nos aniquilemos? Pede fazermos justiça a nós mesmos, colocarmo-nos em nosso lugar e reconhecermo-nos tais quais somos. Quando mesmo tivéssemos nascido e vivido sempre na inocência, quando jamais houvéssemos perdido a graça original, outra coisa não seríamos, por nós mesmos, senão nada; não poderíamos considerar-nos de outro modo sem nos desconhecermos e injustos seríamos pretendendo que diversamente Deus ou os homens nos tratassem. Que se pode dever ao que nada é? Que pode exigir o que nada é? Se a sua própria existência é uma graça, também e com razão maior é tudo quanto tem. Há, portanto, injustiça formal da nossa parte em recusarmos ser tratados e tratar-nos a nós mesmos como verdadeiros nadas.

Diz-se nada custar e ser justa essa confissão em relação a Deus; mas que assim não é a respeito dos homens, porquanto estes, nada sendo, como nós, não têm título algum para obrigar-nos a tal confissão e às suas consequências. A confissão nada custa em relação a Deus, se nos limitamos a fazê-la de boca; porém, quando faz-se mister procedermos de acordo com ela, deixarmos que Ele se arrogue e exerça sobre nós todos os direitos que lhe pertencem, consentirmos em que disponha ao seu talante de nosso coração, de todo o nosso coração, de todo o nosso ser, custa-nos infinitamente e com grande dificuldade não chamamos ser injustiça. Ele, todavia, poupa a nossa fraqueza, não usa dos seus direitos com todo o rigor, jamais nos expõe a certas provas aniquiladoras, sem ter obtido o nosso consentimento.

Quanto aos homens, concordo não terem por si mesmos domínio algum sobre nós e que injusto é da sua parte qualquer desprezo, humilhação ou ultraje. Mas nem por isso temos direito de nos queixarmos dessa injustiça, porque no fundo não é injustiça a nós, que nada somos, a quem nada é devido, mas para com Deus, cujo mandamento violam desprezando-nos, humilhando-nos, ultrajando-nos. É, pois, o Senhor quem deve ressentir-se da injúria que lhe fazem maltratando-nos e não nós, que em tudo quanto nos acontece não devemos ser sensíveis senão à injúria feita a Deus. Meu próximo despreza-me; não tem razão, porque não é mais do que eu e Deus lhe proíbe. Mas não terá ele razão porque eu sou verdadeiramente digno de estima, porque em mim nada há merecedor de desprezo? Não, porque se ele arrebata meus bens, mancha a minha reputação, atenta contra a minha vida, é certamente culpado e muito culpado para com Deus; mas será também para comigo? Estarei autorizado a querer-lhe mal, a vingar-me?

Não; porque tudo quanto possuo, tudo quanto sou, não pertence propriamente a mim; que só tenho de meu o nada e a quem nada se pode tirar. Se assim encarássemos, sempre do lado de Deus e jamais do nosso, tudo que nos acontece, não seríamos tão melindrosos, tão sensíveis e tão sujeitos a nos queixarmos e irritarmos. Toda a desordem vem sempre de supormos que somos alguma coisa, de nos arrogarmos direitos que não temos, de em tudo começarmos sempre por nos considerarmos diretamente e não prestarmos atenção aos direitos e aos interesses de Deus, os únicos lesados no que nos concerne. Confesso que isso é de prática muito difícil e, para consegui-lo, faz-se mister renunciarmos, absoluta e completamente, a nós mesmos. Mas, em suma, é justo e a razão coisa alguma pode opor. Deus, portanto, nada exige de nós que não seja razoável, quando a seu respeito e a respeito do próximo quer que nos portemos como nada sendo, nada tendo, nada pretendendo.

Isto como já se disse, seria justo, quando mesmo tivéssemos conservado a nossa primeira inocência. Mas, se nascemos culpados, se estamos inteiramente cobertos de pecados pessoais, se contraímos infinitas dívidas para com a justiça divina, se merecemos não sei quantas vezes a condenação eterna, não é para nós castigo demasiado brando só sermos tratados como nadas? E não deve o pecador colocar-se infinitamente abaixo do que nada é? Se qual for a provação imposta a ele por Deus, sejam quais forem os maus tratos suportados do próximo, terá direito de se queixar? Poderá acusar de rigor excessivo a Deus ou de injustiça os homens? Não deve, antes, considerar-se muito feliz em resgatar, com alguma pena temporal, tormentos eternos? Se a religião não é uma ilusão, se é verdade o que a fé nos ensina acerca do pecado e dos suplícios que lhe estão reservados, como pode entrar no espírito de um pecador - a quem Deus se dispõe a perdoar - que não merece tudo quanto se possa suportar de males neste mundo, embora dure sua vida milhões de séculos? 

Sim, é injustiça soberana, é monstruosa ingratidão de quem ofendeu a Deus (e quem de nós não O ofendeu?) não aceitar de boa vontade, em reconhecimento, por amor, por dedicação aos interesses de Deus, tudo quanto de sofrimentos, se essas humilhações aprouver à divina bondade enviar-lhe. E que será se tais sofrimentos, se essas humilhações passageiras são, não só a compensação do inferno, mas o preço de uma felicidade eterna, o preço da posse eterna de Deus; se no céu seremos glorificados na proporção do nosso aniquilamento aqui na terra? Teremos ainda horror a nos aniquilarmos? Pensaremos que é nos fazer mal, quando, por sermos pecadores e para emergirmos do nada, exige-se a renúncia completa do nosso eu, com a promessa de uma recompensa que sempre durará?

Acrescento que semelhante forma de aniquilamento, contra a qual a natureza tanto se insurge e clama, ao invés de tão penosa como imaginamos, é até suave, porque antes de tudo Jesus Cristo a declarou tal: 'Tomai sobre vós o meu jugo', disse Ele; 'é doce e leve'. Por mais pesado que seja esse jugo, Deus o suaviza para os que o tomam de boa vontade e consentem em carregá-lo por seu amor. O amor não nos impede de sofrer, mas faz como que amemos o sofrimento e torna-o preferível e a todos os prazeres. A recompensa presente do aniquilamento é a paz do coração, a calma das paixões, a cessação de todas as agitações do espírito, das murmurações, das revoltas interiores.

Vejamos, em pormenores, a prova disto. Qual é o maior mal do sofrimento? Não é a própria dor, é a revolta, a sublevação interior que a acompanha. A alma aniquilada sofreria todos os males imagináveis sem perder o repouso conexo ao seu estado: é fato de experiência. Custa-nos conseguir o nosso aniquilamento, temos que fazer grandes esforços sobre nós mesmos: mas também gozamos da paz na proporção das vitórias alcançadas. O hábito de renunciarmos a nós mesmos, de não atendermos ao nosso eu, torna-se cada dia mais fácil; admiramo-nos de que não nos faça mais sofrer, no fim de certo tempo, aquilo que nos parecia intolerável, assustava a imaginação, sublevava as paixões e punha a natureza em estado violento.

Nos desprezos, nas calúnias e humilhações, o que no-las torna tão duras de suportar é o nosso orgulho; é o nosso desejo de ser estimados, considerados, tratados com certas atenções; é o pavor que temos das zombarias e do desprezo do próximo. Eis o que nos agita e enche de indignação, o que nos torna a vida amarga e insuportável. Trabalhemos com afinco para aniquilar-nos; não demos alimento nenhum ao orgulho, deixemos caírem todos os artifícios de estima e amor próprio, aceitemos interiormente as pequenas mortificações que se apresentarem. Pouco a pouco chegaremos a não mais nos inquietarmos com o que se pensa e diz de nós, nem com o modo pelo qual nos tratam. Um morto nada sente; para ele não há honra nem reputação; os louvores e as injúrias lhe são indiferentes.

A maior parte dos sofrimentos e desgostos por que passamos no serviço de Deus provém de não estarmos bastante aniquilados em sua presença, de conservarmos certa vida própria no meio dos nossos exercícios, de imiscuir-se um secreto orgulho em nossa devoção. E por isso não somos indiferentes às consolações e à sua falta; sofremos quanto Deus parece afastar-se de nós; esgotamo-nos em desejos e esforços tendentes a fazê-lo voltar; ficamos abatidos e desolados, se o afastamento perdura muito. Por isso também temos falsos alarmes a respeito do nosso estado. Afigura-se-nos estarmos mal com Deus, porque Ele nos priva de algumas doçuras sensíveis. Julgamos más as nossas comunhões, porque as fazemos sem gosto, a mesma coisa acontecendo quanto às nossas leituras, orações e outras práticas. 

Sirvamos a Deus com espírito de aniquilamento; sirvamo-lo por Ele e não em atenção a nós; sacrifiquemos os nossos interesses à sua glória e ao seu bel-prazer; então, estaremos sempre contentes com o seu modo de tratar-nos, persuadidos de que nada merecemos e de ser imensa a bondade de sua parte, não digo aceitando, porém suportando os nossos serviços. Nas grandes tentações contra a pureza, a fé, a esperança,o que há de mais penoso para nós não é precisamente o temor de ofender a Deus, senão o medo de perder-nos, ofendendo-o. É o nosso interesse que nos ocupa muito mais do que a sua glória. Eis a razão de ter um confessor tanta dificuldade em tranquilizar-nos e reduzir-nos à obediência. Cremos que ele nos engana, transvia e perde, porque nos obriga a deixar de lado as nossas vãs apreensões. Aniquilemos o nosso conceito; não julguemos por nós mesmos... Encontraremos a paz e paz perfeita, no esquecimento total de nós mesmos. Nada há no céu, na terra, nem do inferno, capaz de perturbar a alma verdadeiramente aniquilada.

(Excertos da obra 'Manual das Almas Interiores', do Pe. Grou, 1932)

domingo, 9 de agosto de 2020

PÁGINAS COMENTADAS DOS EVANGELHOS DOS DOMINGOS


'Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E, depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa. Ouvindo isso, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta(1Rs 19, 11-13a)

sábado, 8 de agosto de 2020

BREVIÁRIO DIGITAL - ILUSTRAÇÕES DE DORÉ (XVI)

PARTE XVI (Mc 1 - Mc 15)

 [João Batista pregando no deserto (Mc 1,4)]

 [Jesus ensinando na sinagoga de Cafarnaum (Mc 1,21)]

  [Os discípulos de Jesus colhem espigas em um sábado (Mc 2, 23)]

  [A barca sob uma grande tormenta no mar (Mc 4,37)]

  [A Transfiguração de Jesus (Mc 9,3)]

  [Jesus abençoa as crianças (Mc 10,14)]

  [A dádiva da pobre viúva no Templo (Mc 12,42-44)]

  [O beijo da traição de Judas (Mc 14, 45)]

  [A flagelação de Jesus (Mc 15,15)]

 [Simão Cireneu é obrigado a levar a cruz (Mc 15,21)]

 [Jesus é descido da cruz (Mc 15, 46)]

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

VISÃO DO INFERNO SEGUNDO SANTA TERESA DE ÁVILA

1. Havia muito tempo que o Senhor me fazia muitas graças já referidas e outras ainda maiores, quando um dia, estando em oração, achei-me subitamente, ao que me parecia, metida corpo e alma no inferno. Entendi que o Senhor queria fazer-me ver o lugar que os demônios aí me haviam preparado, e eu merecera por meus pecados. Durou brevíssimo tempo. Contudo ainda que vivesse muitos anos, acho impossível esquecê-lo. A entrada pareceu-me um túnel longo e estreito, semelhante a um forno muito baixo, escuro e apertado. O chão tinha aparência de uma água, ou antes, de um lodo sujíssimo e de odor pestilencial, cheio de répteis venenosos. No fundo havia uma concavidade aberta numa parede, como um armário, onde me vi, encerrada de maneira muito apertada.

2. O tormento interior é tal, que não há palavras para o definir, nem se entende como é realmente. Na alma senti tal fogo, que não tenho capacidade para o descrever. No corpo eram incomparáveis as dores. Tenho passado nesta vida dores gravíssimas. No dizer dos médicos são as maiores que se podem suportar, como, por exemplo, quando se encolheram todos os meus nervos, e fiquei tolhida. Já não falo de outras muitas dores de diversos gêneros e até algumas causadas pelo demônio. Posso afirmar que tudo foi nada em comparação do que ali experimentei. 

O pior era saber que seria sem fim, sem jamais cessar. Sim, repito, tudo mais pode chamar-se nada em relação ao agonizar da alma: é um aperto, um afogamento, uma aflição tão intensa, e acompanhada de uma tristeza tão desesperada e pungente, que não sei como posso explicar semelhante estado! Compará-lo à sensação de que vos estão sempre a arrancar a alma, é pouco. Em tal caso, seria como se alguém nos acabasse com a vida. Aqui é a própria alma que se despedaça. O fato é que não sei como descrever aquele fogo interior e aquele desespero que se sobrepõem a tão grandes tormentos. Eu não via quem os provocava, mas sentia-me queimar e retalhar. Piores, repito, são aquele fogo e aquele desespero que me consumiam interiormente.

3. Em lugar tão pestilencial, sem esperar consolo, é impossível sentar-se, ou deitar-se, nem há espaço para tal. Puseram-me numa espécie de fenda cavada na muralha. As próprias paredes, espantosas à vista, oprimem, e tudo ali sufoca. Por toda parte trevas escuríssimas. Não há luz. Não entendo como, sem claridade, se enxerga tudo, causando dor nos olhos. Nesta ocasião o Senhor não quis que eu visse mais de tudo aquilo que há no inferno. Em outra visão, vi coisas horripilantes acerca do castigo de alguns vícios. Pareceram muito mais horrorosas à vista. Como não sentia a pena, não me causaram tanto temor como na primeira visão, na qual o Senhor quis que eu verdadeiramente sentisse aquelas torturas e aquela aflição de espírito como se o corpo as estivesse padecendo. Como foi isso, não sei, mas bem entendi ser grande graça do Senhor querer que eu visse, com meus olhos, de onde sua misericórdia me havia livrado. Verdadeiramente é nada ouvir discorrer, ou ainda meditar, sobre a diversidade dos tormentos, como eu de outras vezes havia feito, embora raramente. A feição de minha alma não é ser levada pelo temor. Lia que os demônios atenazam as almas e lhes infligem outros suplícios. Tudo é nada a respeito da verdadeira pena, que é muito diferente. Numa palavra, é tão diferente quanto o esboço o é da realidade. Queimar-se aqui na terra é sofrimento muito leve em comparação com aquele fogo de lá.

4. Fiquei tão aterrorizada, e ainda agora o estou enquanto escrevo, apesar de terem decorrido quase seis anos. De tanto temor, tenho a impressão de ficar gelada. Desde então, ao que me recordo, cada vez que tenho sofrimentos ou dores, tudo o que se pode passar na terra, me parece nada. Penso que em parte nos queixamos sem motivo. Foi esta, repito, uma das maiores graças que o Senhor me fez. Valeu-me imensamente, quer para perder o medo quanto às tribulações e contradições desta vida, quer para me esforçar em padecê-las e a dar graças ao Senhor, por me ter livrado, ao que agora me parece, de males tão perpétuos e terríveis.

(Santa Teresa de Ávila)

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


quinta-feira, 6 de agosto de 2020

ORAÇÃO: LAUDES DIVINAE

Os Louvores Divinos (Laudes Divinae) constituem uma sequência de aclamações de louvor a Deus, a Jesus Cristo, ao Espírito Santo, a Virgem Santíssima, a São José e a todos os anjos e santos, como oração de reparação e desagravo. O texto original é de 1797 (em italiano) e de autoria de Luigi Felici, contendo acréscimos de outras aclamações incorporadas posteriormente em sua concepção atual. Os Louvores Divinos são frequentemente recitados durante as cerimônias da Bênção do Santíssimo Sacramento.


Benedictus Deus. 
Benedictum Nomen Sanctum eius. 
Benedictus Iesus Christus, verus Deus et verus homo. 
Benedictum Nomen Iesu. 
Benedictum Cor eius sacratissimum. 
Benedictus Sanguis eius pretiosissimus. 
Benedictus Iesus in sanctissimo altaris Sacramento.
Benedictus Sanctus Spiritus, Paraclitus. 
Benedicta magna Mater Dei, Maria Sanctissima. 
Benedicta sancta eius et immaculata Conceptio. 
Benedicta eius gloriosa in caelum Assumptio. 
Benedictum nomen Mariae, Virginis et Matris. 
Benedictus sanctus Ioseph, eius castissimus Sponsus. 
Benedictus Deus in Angelis suis et in Sanctis suis. 
Amen.

Bendito seja Deus. 
Bendito seja o seu Santo Nome. 
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. 
Bendito seja o Nome de Jesus. 
Bendito seja o Seu Sacratíssimo Coração. 
Bendito seja o seu preciosíssimo Sangue. 
Bendito seja Jesus no Santíssimo Sacramento do Altar. 
Bendito seja o Espírito Santo, o Paráclito. 
Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima. 
Bendita seja sua Santa e Imaculada Conceição. 
Bendita seja sua Gloriosa Assunção (ao Céu). 
Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe. 
Bendito seja São José, seu castíssimo Esposo. 
Bendito seja Deus nos seus Anjos e nos seus Santos. 
Amém.