quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

20 MOMENTOS DA VIDA DIÁRIA COM DEUS


Ouvimos muitas vezes coisas do tipo 'Deus me abandonou'; 'Deus não me escuta' ou 'Não sei onde Deus está'. Vivemos apressados, imersos na rotina e nas milhares de atividades que o mundo de hoje exige de nós. Tantas coisas podem nos fazer perder nosso senso de vida e, em alguns momentos, podemos nos sentir desorientados ou sozinhos.

Deus, nosso criador, está sempre presente, mesmo que não possamos ouvi-lo. Se prestamos mais atenção e paramos para pensar um pouco, podemos perceber que, de fato, a cada passo que damos, em cada situação em que vivemos, seja positiva ou negativa, Deus está lá, esperando que a gente ouça e se regozije quando nós o encontramos.

Creio que muitos de nós acreditam erroneamente que só podemos encontrar Deus em momentos extraordinários, momentos de profunda oração ou em milagres sobrenaturais. Deus está presente nesses momentos, mas Ele está ao nosso lado, a cada passo nosso, esperando que abramos a porta e ouçamos sua voz, seu cuidado, seus ensinamentos e até seu senso de humor. Aqui estão indicadas 18 situações da vida diária em Deus revela sua presença para nós - 'Eis que estou contigo todos os dias até o fim do mundo' (Mt 28, 20).

1. Quando acordo e elevo o pensamento a Deus

Reflita e reconheça que a vida é um presente do amor infinito de Deus, apesar de todas as provações.

2. Quando me coloco a serviço dos outros.

Deus está presente nos momentos em que, reconhecendo que os dons e habilidades que possuo não são apenas meus, eu os coloco a serviços dos outros, sem esperar gratidão.

3. Quando estou com a minha família.

A família é a primeira igreja, os alicerces da graça divina. Quando estou em casa, com a minha família, Deus está conosco.

4. Quando digo não à imaginação frívola.

A imaginação nos rouba, muitas, vezes, as boas intenções da alma. Dizer não à imaginação solta e curiosa, é viver com Deus na nossa realidade.

5. Quando estou sozinho em oração.

Uma pausa no turbilhão das atividades diárias, para agradecer, para louvar, para pedir graças e consolo, para perseverar até o fim.

6. Quando me sensibilizo com a dor e o sofrimento alheios.

A dor do meu próximo é a minha dor; o sofrimento do meu próximo é o meu sofrimento; o amor por todos os homens, amando-os como Deus os ama, me faz realmente filho de Deus.

7. Quando tenho tempo para admirar as maravilhas da Criação.

No meio do mundo, sou testemunha da obra inteira da criação de Deus e da ordem divina do Universo.

8. Quando me encanta a pureza e a alegria pura das crianças.

Nas crianças, Deus nos revela a sua presença na pequenez da graça.

9. Quando transformo o que faço em oração.

Há muitas formas de oração; a mais fácil é aquela que transforma tudo o que se faz em louvor e glória ao Pai.

10. Quando me arrependo e me penitencio por ter agido mal ou não ter feito o bem.

O arrependimento sincero é uma torrente de graças que conforta a alma e que nos ensina que o pecado pode ser sustado com a contrição.

11. Quando pratico a caridade.

A caridade é  a mãe de todas as virtudes; não há forma maior de amar a Deus do que nos desvestir do orgulho e fartar o próximo com a nossa caridade.

12. Quando recordo as pessoas ausentes.

Como irmãos na fé, somos peregrinos neste mundo e a lembrança daqueles que nos precederam no Céu seja consolação no caminho e certeza de uma herança comum na eternidade.

13. Quando estou diante de pessoas consagradas a Deus.

Nas pessoas consagradas, sacerdotes e religiosos, Deus nos revela a sua presença na solidez da graça.

14 . Quando penso em Deus.

Num momento qualquer, o pensamento de Deus me envolve de surpresa; Ele me lembra que eu preciso lembrar que Ele está em tudo o que eu faço.

15. Quando se compartilha a amizade.

A amizade é um presente maravilhoso de Deus e nos consola em momentos de alegria e de tristeza: 'Ninguém tem maior amor do que este: dar a vida pelos seus amigos' (Jo 15,13).

16. Quando me deparo com a manifestação de fé autêntica de alguém.

Nada é mais belo que a fé autêntica; quando ela se manifesta nos outros, deve ser sinal de regozijo e alegria nas nossas almas, por nos incentivar a buscar a Deus com maior fervor e devoção.

17. Quando a consciência domina os meus momentos de ira e descontrole emocional.

A presença desses atos de consciência é um sinal da presença de Deus junto a mim, que existe algo maior que me sustenta do que a mera fragilidade dos impulsos.

18. Quando acontece alguma coisa 'esquisita'.

Aquela palavra que ajudou tanto; um gesto que, aparentemente despercebido, mudou tudo; a atenção dada naquele momento; a inspiração que contribuiu muito: todas essas coisas 'esquisitas' são sussurros de Deus no cotidiano de nossas vidas. 

19. Quando me conforta o simples olhar da Cruz de Cristo.

Um olhar em direção à Cruz de Cristo me conforta nos momentos de dúvidas e de desespero; Ele carregou naquela Cruz todos os meus pecados e omissões.

20. Quando encontro Deus de verdade.

Na missa, nos sacramentos, nas festas religiosas, nos dias santos e de guarda, nos dias que nunca são apenas dias que passam, Deus presente se faz presente vivo em nós na Sagrada Eucaristia. 

(readaptação de texto original '18 momenti in cui Dio è presente nella nostra vita quotidiana', publicado originalmente no site Aleteia)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

03 DE DEZEMBRO - SÃO FRANCISCO XAVIER


Francisco nasceu no castelo de Xavier, em Navarra, na Espanha, a 7 de abril de 1506. Aos dezoito anos foi para Paris estudar, tornando-se doutor e professor. Ao conhecer Santo Inácio de Loyola, sua conversão profunda o levou a ser cofundador da Companhia de Jesus. Tornando-se sacerdote e empenhado no caminho da santidade, São Francisco Xavier (na verdade, de Xavier) foi designado por Santo Inácio a seguir em missão apostólica ao Oriente, para atender o pedido feito pelo Rei João III de Portugal.

Francisco Xavier tinha 35 anos quando cruzou o oceano para evangelizar os domínios portugueses de ultramar. Nesta missão, chegou à cidade de Goa, capital das possessões portuguesas no Oriente, em 6 de maio de 1542. E ali realizou proezas de evangelização, levando as primícias da fé cristã até ao extremo sul da Índia. Neste zelo apostólico, cruzou terras e oceanos em condições de risco extremo, perfazendo, em pouco mais de uma década, uma das mais extraordinárias ações missionárias da história da Igreja. Pregou a palavra de Cristo em inúmeras incursões a áreas remotas e a diferentes povos das possessões portuguesas, da Índia, das ilhas de Málaca, das Molucas e de várias ilhas vizinhas, chegando até o Japão e, mais tarde, até às costas da China, onde veio a falecer, de febre e exaustão, em 3 de dezembro de 1552, aos 46 anos.

O grande Apóstolo do Oriente realizou naquelas regiões milagres portentosos, que incluem vários episódios de ressurreições e feitos espantosos. Seu corpo incorrupto foi exposto em Goa um ano depois de sua morte e seus olhos negros se mantinham como se estivessem vivos, com um olhar penetrante. Mesmo agora, séculos depois, seu corpo incorrupto ainda pode ser visto em Goa. Foi canonizado pelo papa Gregório XV em 12 de março de 1622, junto com Santo Inácio, Santa Teresa de Jesus, São Felipe Neri e Santo Isidoro de Madri. São Francisco Xavier é proclamado pela Igreja como Patrono Universal das Missões, ao lado de Santa Teresinha do Menino Jesus.

(túmulo do santo na Basílica do Bom Jesus em Goa) 

São Francisco Xavier, rogai por nós!

domingo, 2 de dezembro de 2018

'FICAI ATENTOS PARA FICARDES DE PÉ'

Páginas do Evangelho - Primeiro Domingo do Advento


Hoje começa um novo ano litúrgico da Santa Igreja com o Tempo do Advento, período que os cristãos são conclamados a viver em plenitude as graças da expectativa, da conversão e da esperança, à espera do Senhor Que Vem. O Ano Litúrgico 2018-2019 é o Ano C, no qual os exemplos e ensinamentos de Jesus Cristo são proclamados a cada domingo pelas leituras do Evangelho de São Lucas. 

O Tempo do Advento compõe-se de um período de quatro semanas, representando os séculos de espera da humanidade pela vinda do Redentor. A primeira semana é dedicada aos Novíssimos do homem e à segunda vinda de Nosso Senhor. A segunda e a terceira semanas são dedicadas ao Precursor João Batista e a quarta semana, à preparação para o nascimento já próximo do Salvador (no Natal). Nesse período, a liturgia se reveste de austeridade, utilizando-se de paramentos roxos, retirando as flores de ornamentação das igrejas e omitindo-se o canto do Glória durante a Santa Missa.

Assim, o novo ano litúrgico começa com o anúncio por Jesus de sua Segunda Vinda gloriosa aos homens dos tempos finais: 'eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória' (Lc 21, 27), manifestação que será precedida por eventos portentosos: 'Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas' (Lc 21, 25 - 26). Jesus exorta, então, a todos  os seus discípulos (os Apóstolos e os homens em geral) sobre a necessidade da estrita vigilância, na oração constante e na confiança de uma vida de plenitude cristã, diante das coisas do mundo, que passam e repassam no cotidiano de nossas vidas, mas que não têm valores de eternidade: 'Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra' (Lc 21, 34 - 35).

Vigiar significa essencialmente não pecar, não ofender a Santidade de Deus com as misérias e as fragilidades humanas, não conspurcar a Infinita Pureza da alma, que nos foi legada um dia, com a lama dos prazeres, frivolidades e maldades de uma vida profanada pelos valores do mundo. Porque haverá o dia do juízo, no qual os homens serão levados ou deixados para trás: ''ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem' (Lc 21, 36). Vigiar é viver na confiança absoluta aos ditames de Divina Providência: 'levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima' (Lc 21, 28). Vigiar é estar preparado para que sejam santos todos os dias de nossa vida para que Deus escolha, dentre eles, o mais belo, para receber de volta as almas vigilantes que Ele próprio desenhou para a eternidade.

ANO LITÚRGICO 2018 - 2019

O Ano Litúrgico 2018-2019, de acordo com o rito católico romano, vai desde o primeiro domingo do Advento (02/12/2018) até a última semana do Tempo Comum, durante o qual a Igreja celebra todo o mistério de Cristo, desde o nascimento até a sua segunda vinda. 

O ano litúrgico compreende dois tempos distintos: os chamados tempos fortes que incluem Advento, Natal, Quaresma e Páscoa, durante os quais certos mistérios particulares da obra redentora e salvífica de Cristo são celebrados e o chamado Tempo Comum, no qual celebramos o Mistério de Cristo em sua totalidade, ou seja, encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão do Senhor. 

O Tempo Comum é subdividido em duas partes. A primeira parte começa no dia seguinte à festa do Batismo de Jesus e vai até a terça-feira antes da Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma. A segunda parte do Tempo Comum recomeça na segunda-feira depois de Pentecostes e se estende até o sábado que antecede o primeiro domingo do Advento, quando tem início um novo Ano Litúrgico, compreendendo sempre um período de 33 ou 34 semanas.

sábado, 1 de dezembro de 2018

COROA DO ADVENTO


É uma coroa feita de ramos verdes e de flores, normalmente montada sobre um suporte arredondado, em aro de arame ou madeira, sobre a qual são inseridas quatro velas (uma tradição nomeia estas quatro velas como sendo a vela da Profecia, a vela de Belém, a vela dos Pastores e a vela dos Anjos), que significam as quatro semanas de preparação para o Natal, ou seja, o Advento.  As velas são acesas à medida que avançam os quatro domingos de Advento. Assim, no início da primeira semana de Advento, acende-se a primeira vela. No segundo domingo, a segunda e assim sucessivamente até que, nas vésperas do Natal e no quarto domingo, todas as velas estão acesas  [pode-se colocar uma quinta vela, branca e montada no centro do arranjo, na Noite de Natal: para expressar que a chegada do Natal é ainda mais importante que o próprio Advento; outra alternativa é depositar uma imagem do Menino Jesus dentro da própria coroa de Advento].

É o símbolo cristão por excelência que nos lembra, em meio a tantas manifestações fantasiosas e comerciais, que o Natal  é Luz - a Luz do Cristo que vem para tornar novas todas as coisas e dissipar as trevas de um mundo de pecado. A coroa simboliza a dignidade e a realeza de Cristo. A sua forma circular indica a perfeição, plenitude a que devemos aspirar em nossas vidas de cristãos. O círculo não tem princípio, nem fim, sendo sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim e também símbolo da aliança do nosso amor a Deus e ao nosso próximo que também não pode ter fim. Os ramos verdes significam o poder de Cristo sobre a vida e a natureza, dons de Deus. Deus nos oferece a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. Verde é a cor da vida e da esperança, simbolismo da aproximação gradual que o Advento nos convida à preparação da vinda de Cristo Jesus, Luz e Vida para todos. 

A coroa de Advento pode ser acesa durante as celebrações litúrgicas, durante o canto de entrada, logo no início da celebração após breve introdução, antes do ato penitencial, antes das leituras ou mesmo após a homilia. Em família ou num grupo de catequese, a prática da Coroa do Advento deve ser acompanhada por um simples e piedoso momento de oração. Pode começar por uma estrofe de um canto de Advento, seguida de uma leitura de uma passagem bíblica própria do tempo do Advento, antes ou mesmo depois de se acender a vela. A oração pode ser concluída por alguma meditação complementar, pela oração de um Pai Nosso, Ave-Maria e Glória ou por uma outra estrofe do canto de Advento.

PRIMEIRO SÁBADO DE DEZEMBRO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.