sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
PORQUE É PRECISO JULGAR
É quase uma verdade de fé, para a
esmagadora maioria dos católicos, que não devemos julgar nenhum dos nossos
semelhantes, pois tal julgamento seria premissa absoluta de Deus. Baseados na
citação bíblica do Evangelho de Mateus: ‘Não julgueis e não sereis julgados’
(Mt 7,1), torna-se verdade de fé o que não passa de um corolário da iniquidade.
Pois, então, como considerar estes outros preceitos bíblicos:
‘Não sabeis que julgaremos os anjos?
Quanto mais as pequenas questões desta vida!’ (I Cor 6,3).
‘O Senhor dizia: julgai segundo a
verdadeira justiça; cada um de vós tenha bom coração e seja compassivo para com
o seu irmão’ (Zc 7,9).
“Eles julgarão o povo todo o tempo.’ (Ex
18, 22).
‘Abre tua boca para pronunciar sentenças
justas, faze justiça ao aflito e ao indigente.’ (Prov 31,9)
‘Não julgueis pela aparência, mas julgai
conforme a justiça.’ (Jo 7,24)
Em primeiro lugar, a citação evangélica de
Mateus tem endereço claro e definido: ‘não julgar’ implica essencialmente não formular
julgamentos injustos, desonestos, parciais, temerários, maliciosos, covardes, mentirosos,
simulados, tendenciosos, manipulados. Mas qual a lupa protestante da
livre interpretação, descontextualiza-se a mensagem e impõe-se a versão
falsificada de que não se pode julgar os homens e suas ações.
Isto deveria ser evidente por princípio,
uma vez que é obra de misericórdia corrigir quem se locupleta no erro e uma vez
que tal correção exige a formulação de um julgamento de pessoas e de ações
destas pessoas, pelo que se torna intrínseco a todo católico a prerrogativa de ‘julgar
todas as coisas todo o tempo’, não em função do arbítrio ou do respeito humano,
mas sob a única acepção de servir a Cristo e salvar as almas para Cristo.
Armados de caridade fraterna, escudados nas palavras de vida eterna de Jesus
Ressuscitado, no amor ao próximo e no amor ainda maior à Verdade de Deus,
devemos julgar sempre e muito, pois o erro e a iniquidade se espalham como erva
daninha na humanidade atual.
Deus nos deu, junto com o livre
arbítrio, a graça de julgar e classificar, com zelo e clara distinção, o bem do
mal, a virtude do pecado, a santificação da impiedade. E a ensinar e a difundir
os ensinamentos de Cristo entre os homens, no mundo dos homens, de forma a
corrigir os erros, impedir as injustiças, coibir o mal e combater a iniquidade
em todos os nossos caminhos, a qualquer hora. Ai do católico que não o fizer,
ai do católico que se calar diante do mal e da injustiça dos homens. Julgar,
pois, com o santo julgamento dos justos, não é tarefa insensata à natureza humana,
mas obra definitiva de misericórdia e de salvação.
DA VIDA ESPIRITUAL (34)
Não sei porque, Senhor, a morte deste quase desconhecido passou de repente pela minha vida. Quantas e quantas vezes, isto acontece por acaso, uma circunstância muito especial, um fio de conversa, uma coincidência qualquer... Se passou, Senhor, não foi em vão e é obra de Tua Vontade e, sendo assim, eu coloco no Coração de Vossa Infinita Misericórdia a salvação desta alma.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
A BÍBLIA EXPLICADA (II)
O que são e quantos são os evangelhos canônicos e apócrifos?
Os evangelhos canônicos são aqueles reconhecidos formalmente pela Igreja Católica como subordinados a uma autêntica tradição apostólica e diretamente inspirados por Deus. São os quatro evangelhos transcritos nas Sagradas Escrituras, conforme proposto por Santo Irineu de Leão no final do século II e expressos como dogma de fé pelo Concílio de Trento (1545-1563): Marcos, Mateus, Lucas e João. Os textos destes evangelhos traduzem a própria vivência pessoal dos apóstolos com Jesus, expondo por escrito as obras e os ensinamentos do senhor, já consolidados por uma sólida transmissão oral pregada pelos próprios apóstolos ou por seus discípulos diretos (Marcos foi discípulo de São Pedro e Lucas o foi de São Paulo).
Os evangelhos apócrifos, ao contrário, são aqueles que, embora apresentados sob a autoria de algum dos apóstolos, não são postulados pela Igreja como expressões diretas da autêntica tradição apostólica. Em geral, tratam de referências da vida de Jesus já expostas nos evangelhos canônicos associadas a outras claramente divergentes destes ensinamentos fundamentais (por exemplo, o evangelho apócrifo de Tomé). Em outros casos, estes textos introduzem eventos e fatos não descritos nos evangelhos canônicos (por exemplo, os evangelhos apócrifos sobre a infância de Jesus). Outros ainda são fartamente heréticos, com forte conotação gnóstica ou esotérica (por exemplo, os evangelhos apócrifos procedentes de Nag Hammadi no Egito). São conhecidos mais de 50 evangelhos apócrifos.
O que são os evangelhos apócrifos de Nag Hammadi?
A chamada 'biblioteca de Nag Hammadi' é constituída por uma coleção de doze códices de papiro descobertos em 1945 nas proximidades da cidade de Nag Hammadi, no Egito e atualmente conservados no Museu Copta do Cairo. Estes códices contêm cerca de cinquenta obras escritas na língua copta – a língua egípcia falada pelos cristãos do Egito e escrita com caracteres gregos, sendo todas obras francamente de caráter herético e gnóstico (doutrinas já descritas e intensamente combatidas pelos Padres da Igreja).
A rigor, tais obras não têm nenhuma correlação com os evangelhos propriamente ditos, uma vez que não apresentam textos narrativos sobre a vida de Jesus, mas apenas pseudo-revelações que Jesus teria feito, em caráter sectário e absolutamente secreto, a seus discípulos. Tais revelações incluem inserções de puro misticismo, inclusive de origem essencialmente pagã, envolvendo crenças como a de um deus menor e vingativo chamado Demiurgo e a da figura de Hermes Trimegisto, detentor do conhecimentos de segredos extraordinários.
O que significa 'Gnose'?
O termo 'gnose' vem da palavra grega 'gnosis', que significa conhecimento. Assim, certas verdades mais elevadas não poderiam ser captadas meramente pela inteligência, pelo estudo, pela observação das coisas criadas e nem mesmo pela revelação divina, mas seriam passíveis de domínio apenas por meio de iniciações, e por mecanismos esotéricos (do grego 'interior, secreto'). A salvação, para a gnose, ocorre por meio deste conhecimento de doutrinas secretas, reservadas apenas aos iniciados e envolvendo cerimônias e rituais que permitem o espírito libertar-se da matéria.
Com efeito, para a doutrina gnóstica, a criação seria o resultado de um enorme erro e não de um ato livre de Deus, fruto do seu amor infinito, que desejou que outras criaturas participassem de sua felicidade e de sua glória. Deus teria 'implodido' em partículas divinas, que teriam sido aprisionados na matéria, por uma ação do demônio, inimigo de Deus. A matéria seria má, por princípio, e o homem seria um ser dotado de uma partícula divina, seu espírito, aprisionado em um corpo mau, porque material. A libertação final do homem seria, então, fruto de uma busca permanente deste auto-conhecimento espiritual. Eis aí a essência da gnose, a grande tentação do homem gnóstico: apagar a sua contingência de criatura e aspirar, com desmedido orgulho, ser a sua própria divindade.
(Da obra 'Jesus Cristo e a Igreja' - Universidade de Navarra)
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
EXORTAÇÃO AOS MONGES (SÃO PACÔMIO DE TABENNISI)
Filho
meu, vigia, seja sóbrio, para conhecer aqueles que montam armadilhas
contra ti. O espírito da maldade e da incredulidade teimam em caminhar juntos;
o espírito da mentira e da fraude caminham juntos; o espírito da avareza, da
cobiça e o do perjúrio, da desonestidade e da inveja caminham juntos;
o espírito da vaidade e o da voracidade caminham juntos; o espírito da
fornicação e o da impureza caminham juntos; o espírito da inimizade e o da
tristeza caminham juntos. Desgraçada a pobre alma em que estes
vícios a dominarem!
Filho meu, medita a todo o momento as palavras de Deus, persevera na
fadiga, dê graças em todas as coisas, fuja dos aplausos dos homens, ama a quem
te corrige no temor de Deus. Que todos te sejam de proveito, para que sejas
de proveito a todos. Persevera em tua obra e em palavras de bondade. Não dês um passo adiante e outro
atrás, a fim de que Deus não deixe de amar-te. A coroa, com efeito, será para
quem haja perseverado. Obedece sempre mais a Deus, e ele te salvará.
Filho
meu, seja misericordioso em todas as coisas. Volta-te até Deus como o que
semeia e colhe, e armazenarás em teu silo os bens de Deus. Não ores ostensivamente
como os hipócritas, mas renuncia a teus desejos, trabalha para Deus
obrando assim por tua própria salvação. Se te fere uma paixão: amor pelo
dinheiro, inveja, ódio e outras paixões, vela sobre ti, tenha um coração de
leão, um coração valente, combate as paixões e destrua - as em ti.
Filho meu, fuja da concupiscência,
porque esta escurece a mente e não permite conhecer o mistério de Deus. Cuida-te dos apetites do
ventre, que te fazem alheio aos bens do paraíso. Cuida-te da impureza: ela
provoca a ira de Deus e de seus anjos. Foge das
comodidades deste mundo, para estardes na alegria do mundo futuro; não te aflijas quando fores ultrajado pelos homens, e sim
aflija-te e suspira quando pecardes - este é o verdadeiro ultraje – e quando
sejas persuadido por teus pecados.
Filho meu, vigia com toda a solicitude teu corpo e teu coração. Busca a paz e a pureza, que estão unidas entre si, e
verás a Deus. Não tenhas disputas com nada, porque quem está em alguma disputa com
seu irmão, é inimigo de Deus e quem está em paz com seu irmão está em paz com
Deus. Não aprendeste agora que nada é maior que a paz que conduz ao amor mútuo? Se sentes em teu coração ódio ou inimizade, onde está tua pureza? Assim, quem odeia a seu irmão caminha nas trevas e não
conhece a Deus. O ódio e a inimizade, com efeito, cegaram seus olhos e não vê a
imagem de Deus. O Senhor nos mandou amar a nossos inimigos, abençoar aos que
nos maldizem e fazer o bem aos que nos perseguem.
sábado, 10 de novembro de 2012
ORAÇÃO: VENI SANCTE SPIRITUS
'Veni Sancte Spiritus' é um hino medieval prescrito para a Missa de Pentecostes na liturgia romana. A sequência tem sido atribuída a três diferentes autores: Roberto II, o Piedoso, rei da França (970-1031); Papa Inocêncio III (1161 - 1216) e Cardeal Stephen Langton (1150–1228), arcebispo de Cantuária e primaz da Inglaterra, o autor mais provável, que a teria composto por volta do ano 1200.
'Veni Sancte Spiritus' ('Vinde, Espírito Santo')
Vinde, Espírito Santo e enviai do céu um raio de Vossa luz.
Veni pater pauperum, veni dator munerum, veni lumen cordium.
Vinde, pai dos pobres, vinde dispensador dos dons, vinde luz dos corações.
Consolator optime, dulcis hospes animæ, dulce refrigerium.
Consolador por excelência, hóspede da alma, nosso doce refrigério.
In labore requies, in æstu temperies, in fletu solatium.
No trabalho, sois repouso; no ardor, sois calma; no pranto, consolo.
O lux beatissima, reple cordis intima, tuorum fidelium.
Ó luz beatíssima, penetrai até o fundo do coração dos que vos são fiéis.
Sine tuo numine, nihil est in homine, nihil est innoxium.
Sem vossa graça, nada há no homem, nada que não lhe seja nocivo.
Lava quod est sordidum, rega quod est aridum, sana quod est saucium.
Lavai o que é impuro, fecundai o que é estéril, ao que está ferido curai.
Flecte quod est rigidum, fove quod est frigidum, rege quod est devium.
Dobrai o rígido, aquecei o que é frio e o que se extraviou, guiai.
Da tuis fidelibus, in te confidentibus, sacrum septenarium.
Dai aos que vos são fiéis e em vós confiam, os sete dons sagrados.
Da virtutis meritum, da salutis exitum, da perenne gaudium. Amen.
Dai-lhes o mérito da virtude, a salvação no termo da vida, a eterna felicidade. Amém.
PORQUE NOSSA SENHORA CHORA...
MENSAGEM DE AKITA - 13 DE OUTUBRO DE 1973
"Se os homens não se arrependerem e não melhorarem, o Pai infligirá um terrível castigo para a humanidade. Será uma punição maior do que o dilúvio, nunca vista antes".
"Fogo cairá do céu e destruirá grande parte da humanidade, tanto os bons quanto os maus, não poupando nem sequer aos sacerdotes ou fiéis. Os sobreviventes se acharão de tal maneira desolados que terão inveja dos mortos".
"As únicas armas que restarão serão o Rosário e o Sinal deixado pelo meu Filho. Todo dia recite as orações do Rosário. Com o Rosário, reze pelo Papa, pelos bispos e padres".
"A obra do demônio se infiltrará até mesmo dentro da Igreja de tal modo que veremos cardeais se opondo a cardeais, bispos contra bispos".
"Os padres que Me veneram serão escarnecidos, menosprezados e combatidos pelos seus confrades".
"Igrejas e altares serão pilhados".
"A Igreja estará cheia daqueles que aceitam compromissos e o demônio afligirá muitos padres e almas consagradas a deixarem o serviço do Senhor".
"O demônio será particularmente implacável contra as almas consagradas a Deus. A ideia da perda de tantas almas é a causa de minha tristeza".
"Se os pecados aumentarem em número e gravidade, em breve não haverá perdão para eles".
"Reze muito as orações do Rosário. Só eu poderei salvá-los das calamidades que se aproximam".
"Aqueles que colocam a sua confiança em Mim serão salvos".
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