domingo, 14 de outubro de 2012

MÚSICAS CATÓLICAS (I)



Jesus está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro,
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
Deus está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
Jesus está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro,
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
O Espírito está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro,
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
A Trindade está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro,
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
Deus está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.



Pelos prados e campinas verdejantes eu vou
É o Senhor que me leva a descansar
Junto às fontes de águas puras repousantes eu vou
Minhas forças o Senhor vai animar
Tu és, Senhor, o meu pastor
Por isso nada em minha vida faltará
Tu és, Senhor, o meu pastor
Por isso nada em minha vida faltará.

Nos caminhos mais seguros junto d'Ele eu vou
E pra sempre o Seu nome eu honrarei
Se eu encontro mil abismos nos caminhos eu vou
Segurança sempre tenho em suas mãos.
Num banquete em sua casa muito alegre eu vou
Um lugar em Sua mesa me preparou
Ele unge minha fronte e me faz ser feliz
E transborda a minha taça em Seu amor.
Bem à frente do inimigo, confiante eu vou

Tenho sempre o Senhor junto de mim
Seu cajado me protege e eu jamais temerei
Sempre junto do Senhor eu estarei.
(Com alegria e esperança caminhando eu vou
Minha vida está sempre em suas mãos
E na casa do Senhor eu irei habitar
E este canto para sempre irei cantar).




Senhor, eu sei que tu me sondas, sei também que me conheces
Se me assento ou me levanto, conheces meus pensamentos
Quer deitado ou quer andando
Sabes todos os meus passos
E antes que haja em mim palavras, sei que em tudo me conheces

Senhor, eu sei que tu me sondas...
Senhor, eu sei que tu me sondas...
Senhor, eu sei que tu me sondas...
Senhor, eu sei que tu me sondas.

Deus, tu me cercas em volta
Tuas mãos em mim repousam
Tal ciência é grandiosa, não alcanço de tão alta
Se eu subo até o céu, sei que ali também te encontro
Se no abismo está minh'alma, sei que aí também me ama
Senhor, eu sei que tu me sondas...
Senhor, eu sei que tu me amas...

DA VIDA ESPIRITUAL (30)

Eu tenho te pedido insistentemente atos de caridade, particularmente com teus irmãos que não esperam mais gestos de fraternidade de ninguém; quanto mais pobres de atenção e mais abandonados forem aqueles que recebam de ti uma palavra de conforto ou um gesto de carinho, menos humano e mais divino torna-se o teu coração, transformado em bela e simples manjedoura para o renascimento de Cristo entre os homens! Fé e caridade num coração que ama verdadeiramente seus irmãos: Cristo vivo e presente na alma deste coração!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

GLÓRIAS DE MARIA: NOSSA SENHORA APARECIDA, PADROEIRA DO BRASIL

A história é bem conhecida: em 1717, Dom Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos (Conde de Assumar), efetivado como governador das Capitanias de São Paulo e Minas Gerais, viajou de navio de Portugal a Santos, com grande comitiva. Tomando posse do governo em São Paulo, seguiu rumo às minas de ouro em Minas Gerais, fazendo uma longa parada em Guaratinguetá, no período de 17 a 30 de outubro. Para a recepção do ilustre viajante, foram-lhe servidos os melhores pratos da culinária local, incluindo os saborosos pescados do Rio Paraíba do Sul.

Para a nobre tarefa de pescar uma grande quantidade de peixes, foram convocados os pescadores Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, cunhado de Domingos, entre outros. Entretanto, mesmo com o conhecimento enorme que tinham dos melhores pontos de pesca, não conseguiam nada. Mas algo extraordinário estava para ocorrer. Na rede lançada, surgiu primeiro uma pequena imagem em terracota de Nossa Senhora da Conceição, sem a cabeça, que foi recolhida e guardada com zelo pelos pescadores no fundo do barco. E eis que, numa nova investida, mais abaixo no rio, sem nada de peixe, veio a cabeça da imagem. Um objeto de dimensões tão reduzidas coletado do leito largo e vigoroso do Paraíba do Sul! E, surpresa ainda maior, novas investidas da rede trouxeram agora cardumes de peixes, em tão grande quantidade, repetindo-se, no largo do Porto de Itaguaçu, o milagre de Cristo no Mar da Galileia.


Cientes dos fatos extraordinários ocorridos, os pescadores locais recuperaram a imagem e passaram a venerá-la em suas casas, como imagem peregrina, até que a mesma foi colocada em pequeno oratório na casa de Atanásio Pedroso, filho de Felipe, e depois, com o culto já generalizado na ‘Nossa Senhora Aparecida’, erigiu-se uma pequena capela de sua devoção em Itaguaçu, com o apoio do Padre José Alves Vilela, pároco da Igreja de Santo Antônio de Guaratinguetá. Sob a sua coordenação, a devoção recebeu a aprovação episcopal e foi construída, então, a Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no chamado Morro dos Coqueiros, inaugurada em 1745, apenas 28 anos após o achado da imagem. Em torno da igreja, implantou-se rapidamente uma comunidade que constitui hoje a cidade de Aparecida. A igreja tornou-se de imediato centro de romarias e de devoções marianas de toda a natureza.


Com a intensa participação popular e, pela ausência de sacerdotes no Brasil, optou-se pela solicitação de auxílio junto a comunidades religiosas europeias. Em 1894, com a chegada dos padres redendoristas alemães, as atividades religiosas, os cultos e as romarias tornaram-se muito mais organizados, favorecendo muito a rápida difusão da evangelização e a consolidação da igreja como santuário de frequente peregrinação. Tais eventos culminaram com a solene coroação da imagem de Nossa Senhora Aparecida em 8 de setembro de 1904 (com manto azul e coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, ofertados pela Princesa Isabel em visita ao santuário em 6 de novembro de 1888) e com a elevação do santuário à condição de Basílica Menor em 29 de abril de 1908. Em 16 de julho de 1930, o Papa Pio XI outorgou o título de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do BrasilEm 1967, ano da comemoração do jubileu dos 250 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o Papa Paulo VI ofertou ao Santuário Nacional da Padroeira do Brasil uma Rosa de Ouro, ato repetido pelo Papa Bento XVI em 2007. O dia da Padroeira do Brasil é celebrado em 12 de outubro, feriado nacional. 

As enormes e crescentes manifestações populares exigiram a construção de uma nova basílica, com dimensões e infraestrutura compatíveis com o maior centro de peregrinação espiritual do Brasil que se tornou Aparecida. Desta forma, entre 1955 e 1980, foi construída a atual Basílica, inaugurada a 04 de julho de 1980 pelo Papa João Paulo II e elevada a Santuário Nacional em 1984. Que continua a receber milhares de peregrinos, infindáveis romarias, em agradecimento, louvor e veneração à Virgem Padroeira do Brasil. Na Sala das Promessas, em meio a milhares de ex-votos, tem-se uma ideia da admirável senda de prodígios e milagres alcançados por tantos romeiros e fieis, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida.


Em Aparecida, ao contrário de tantos outros centros de peregrinação mariana, a Virgem fez-se aparecer apenas sob a forma de uma pobre e pequena imagem de terracota de 38cm de altura, sem quaisquer visões, mensagens ou prodígios sobrenaturais, para falar aos simples, aos humildes, aos fracos, aos desvalidos, que as almas simples, despojadas de valores intrinsecamente humanos e entregues somente à confiança e à misericórdia de Deus por Maria, são as glórias dos Céus.


ORAÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA

Ó Senhora da Conceição Aparecida, que fizestes tantos milagres que comprovam vossa poderosa intercessão junto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, obtende para nossas famílias as graças de que tanto necessitam. Defendei-nos da violência, das doenças, do desemprego e, sobretudo, do pecado, que nos afasta de Vós. Protegei nossos filhos de tantos fatores de deformação da juventude. E concedei a todos os membros de nossas famílias a graça de poderem trilhar o caminho de perfeição e de paz ensinado por Vosso Divino Filho, que afirmou: "Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em Mim. Haveis de ter aflições no mundo; mas tende confiança, Eu venci o mundo!" Amém.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

GALERIA DE ARTE SACRA - II

Há pouco, encerrou-se no Brasil, a maior exposição já ocorrida na América Latina de obras do artista italiano Michelangelo Merisi de Caravaggio, realizada em Belo Horizonte e em São Paulo. Caravaggio (1571-1610) foi um grande representante do estilo barroco e  pintou temas religiosos com a chamada técnica do tenebrismo, efeito que usa o chiaroscuro de forma extrema. Com o título Caravaggio e Seus Seguidores, a exposição apresentou seis telas de Caravaggio e mais 14 trabalhos dos chamados ‘pintores caravaggescos’, como são chamados os artistas influenciados pelo italiano, que incluem artistas do porte de Artemisia Gentileschi, Bartolomeo Cavarozzi, Giovanni Baglione, Hendrick van Somer e Jusepe di Ribera. A galeria de arte sacra desta postagem mostra algumas das obras máximas de Caravaggio.

(O sacrifício de Isaac - Galleria degli Uffizi, Florença)

(A inspiração de São Mateus - San Luigi dei Francesi, Roma)

(A incredulidade de São Tomé - Neues Palais, Potsdam)

(A crucificação de São Pedro - Santa Maria del Popolo, Roma)


(Ceia em Emaús - National Gallery, Londres)

A TORRE DE BABEL

Durante o primeiro século da humanidade, viveu um grande guerreiro chamado Nemrod ou Nimrod (descendente de Cuch, filho de Cam, filho de Noé), que reinou sobre uma grande cidade. Por causa de seu poder, força e habilidade como caçador de animais selvagens, ele se tornou um herói e líder político entre o povo de sua tribo (Gn 10, 8-9). Sob a proteção de Nemrod e seus guerreiros, o povo habitante da região de Senaar (na antiga Babilônia) migrou quase que totalmente para a vila dominada por ele, concentrando-se ali as comunidades locais e promovendo, assim, um rápido crescimento da cidade, mais intenso ainda após a construção de uma muralha em torno da mesma. Tal lugar tornou-se, então, a primeira grande cidade a ser construída sobre a terra depois do dilúvio. E, com tal domínio e poder, Nemrod abandonou a Deus e passou a fazer vanglória de si mesmo e a honrar falsos deuses como o sol, serpentes e outros tipos de coisas (Rm 1,21-23).

(construção da Torre de Babel)

Tanto poder e glória levou Nemrod à ideia de construir uma torre, ‘cujo ápice penetre os céus’ (Gn 11,4), para ser o símbolo da fama e da unidade do seu povo e, assim, manter todos sob seu controle absoluto, provocando temor e admiração aos seus vassalos. Pretendia ele construir o maior templo já construído pelo homem, um monumento ao deus-sol, fundamento de um centro de governo mundial. Milhares de servos se dedicaram, então, trabalhando dia e noite como escravos, à construção da torre gigantesca que foi construída, mais do que meramente de tijolos e de betume como argamassa, com o mais duro orgulho humano.


E, então, Deus interveio. E os fez confundir em suas linguagens de tal sorte que ninguém mais era capaz de entender uns aos outros. O desentendimento gerou discussões e conflitos de tal ordem que a construção da torre teve de ser paralisada (Gn 11, 8). E foi por essa razão que se deu o nome de Babel à construção, que significa ‘confusão’. E, na babel de tantas e diferentes linguagens, incompreensíveis para os demais, cada grupo se dispersou da grande cidade para diferentes lugares da região do Sinaar e por toda a terra.

A grande cidade perdeu toda a pompa e glória de outrora, mas a Bíblia não esclarece o destino final de Nemrod. Mas, com certeza, foi ele o primeiro a promover o paganismo e a adoração do deus-sol (Ishtar ou Astarte), sob influência direta do demônio.  Ao longo da história da humanidade, as forças do mal continuaram e continuam a maquinar, mais que uma mera torre física, a construção de uma pseudo-religião universal e de uma nova ordem mundial, destinada à plena superação do orgulho humano sobre os desígnios de Deus. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

DOS 'MANUSCRITOS DO PURGATÓRIO'

No Purgatório, nossa única consolação, nossa única esperança, é Deus... aqui, todas as almas estão abismadas em Deus, na vontade divina e só Deus pode aliviar a dor que padecem...Todas as almas são torturadas, cada uma segundo a culpa que têm, mas todas têm uma dor comum que ultrapassa todas as outras: a ausência de Jesus, que é nosso alimento, nossa vida, nosso tudo! E estamos separados Dele por nossa própria culpa.

... Deus ama muito as almas simples. É preciso ir a Ele com grande simplicidade... deveis proceder para com Jesus como uma criancinha com a sua mãe, confiando na bondade Dele, entregando nas mãos divinas todos os vossos interesses espirituais e corporais... procurá-Lo sempre em tudo, agradá-Lo em tudo sem vos preocupardes com qualquer outra coisa.

Deus não olha tanto as grandes ações ou os atos heroicos, mas as ações simples, pequenos sacrifícios, desde que estas ações sejam feitas com amor. Quantas vezes um pequeno sacrifício, conhecido somente por Deus e pela alma que o praticou, torna-se muito mais meritório que outro que foi aplaudido! É mister sermos bem interiores, para não tomarmos para nós os elogios que nos fazem!

Deus procura almas vazias de si mesmas, para enchê-las de seu divino amor. Encontra muito poucas, porque o amor próprio não deixa lugar para Jesus. Não deixeis passar nenhuma ocasião sem vos mortificar... Nunca compreendereis bem a bondade de Deus; se alguém refletisse bem sobre isso algumas vezes, tornar-se-ia santo, mas não se conhecem bem a misericórdia e a bondade do Coração de Jesus neste mundo! Cada um as mede segundo o seu modo de ver... e, por isso, se reza tão mal.  

Sim, poucas pessoas sabem rezar como Jesus o quisera. Falta-se à confiança e, no entanto, Jesus só nos ouve depois do ardor dos nossos desejos e na medida do nosso amor. Eis porque muitas das graças que se pedem ficam sem efeito. É preciso ver tudo como provindo da bondade de Jesus: o que aflige como o que consola. É o Amor que tudo faz para o nosso bem...Deus quer de nós o nosso amor apenas.

(O Manuscrito do Purgatório: revelações de uma alma do Purgatório - tradução do francês pelo Mons. Ascânio Brandão, Edições Paulinas, 1953). 

DA VIDA ESPIRITUAL (29)




Deveis temer mais um único pecado do que todos os demônios do inferno: o pecado é a ferida de morte que coloca a tua alma a mercê de todos eles.