quinta-feira, 1 de outubro de 2020

01 DE OUTUBRO - SANTA TERESA DE LISIEUX

 


Chamada de ‘maior santa dos tempos modernos’ e recentemente elevada à glória de doutora da Igreja Católica, Teresa de Lisieux transformou-se num dos personagens mais venerados no mundo católico como ‘Santa Teresinha do Menino Jesus’. Feitos extraordinários para uma simples carmelita, que viveu no mais absoluto ostracismo e morreu com apenas 24 anos de idade. Marie Françoise Thérèse Martin nasceu em Alençon, em 02/01/1873, e faleceu em Lisieux, em 30/09/1897. Foi canonizada em 17 de maio de 1925 pelo Papa Pio XI, que posteriormente a declarou ‘Patrona Universal das Missões Católicas’ em 1927. O Papa João Paulo II tornou-a Doutora da Igreja no dia 19 de outubro de 1997. 

Por desígnios divinos, Santa Teresinha foi a preceptora de um particular caminho de santificação: a chamada ‘pequena via’, a via de confiança absoluta à vontade de Deus. Na plena aceitação dos desígnios divinos sobre as almas de cada um de nós, no abandono de nossas vidas nos braços de Jesus Cristo, na entrega total de nossas ações e pensamentos à proteção da Santíssima Virgem: eis aí a pequena via, o caminho da infância espiritual, a gloriosa trilha de santificação para os homens comuns, o espantoso atalho ao Céu, proposto e vivido intensamente pela santa carmelita. Eis a sua pequena via maravilhosa de santificação: basta aceitar a nossa própria pequenez, a imensa fragilidade humana que nos domina, as enormes limitações de viver em plenitude os desígnios de Deus sobre as nossas almas; fazer de tantas imperfeições e fragilidades, não meros obstáculos, mas as próprias pedras do caminho, rejuntadas e consolidadas firmemente num imenso amor e numa confiança sem limites na bondade e misericórdia de Deus. 

Além de cartas e poesias (e outros documentos registrados por suas irmãs do Carmelo), o legado de Santa Teresinha está por inteiro em sua famosa obra ‘História de uma alma’ (publicado originalmente em 1898), que registra, além de seus manuscritos autobiográficos e de suas proposições espirituais, as premissas e os fundamentos do seu caminho da infância espiritual. 

Nesta pequena via, a santificação começa e termina pelo propósito de fazer, de cada dia, mais um passo na peregrinação ao Céu, transformando cada ação diária, cada ato da nossa vida mundana, por mais simples e despojado que seja, em obra de perfeição cristã, compartilhado e vivido para a plena glória do Pai (‘sede perfeitos como vosso Pai do Céu é perfeito’). Nesta pequena via, a santificação é caminho simples e fácil para todos os homens e mulheres dos nossos tempos, e precisa apenas da resolução tão claramente expressa na curta vida da carmelita de Lisieux: ‘nunca distanciar a minha alma do olhar de Jesus’.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

CANTOS DA MISSA TRADICIONAL (X): SANCTUS

Estamos agora na Parte II da Santa Missa, conhecida como Missa dos Fieis. No início do Canon, a parte mais sagrada da Santa Missa, a Igreja reza unida em louvor a Nosso Senhor Jesus cristo entoando o Sanctus.


Sanctus, Sanctus, Sanctus, Dominus Deus
Sabaoth. Pleni sunt cæli et terra gloria tua.
Hosanna in excelsis.
Benedictus, qui venit in nomine Domini.
Hosanna in excelsis.

Santo, Santo, Santo, é o Senhor
Deus dos Exércitos. A Terra e o
Céu estão cheios da Vossa glória.
Hosana no mais alto dos Céus.
Bendito o que vem em nome do
Senhor. Hosana nas alturas!

terça-feira, 29 de setembro de 2020

29 DE SETEMBRO - SÃO MIGUEL ARCANJO

 

(São Miguel com elmo e armadura medieval - Catedral de Bruxelas)

'Houve uma batalha no Céu: Miguel e os seus Anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão batalhou, juntamente com os seus Anjos, mas foi derrotado e não se encontrou mais um lugar para eles no Céu' (Ap 12, 7-8).

'Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande Príncipe, constituído defensor dos filhos do seu povo e será tempo de angústia como jamais houve' (Dn 12, 1).

Assim como Lúcifer é o chefe dos demônios, Miguel é o maior dentre os anjos, Príncipe das milícias celestes, protetor da Santa Igreja e da humanidade contra as forças do inferno. Assim, a designação de arcanjo (oitavo coro dos anjos) tem sentido genérico e nominativo, pois certamente São Miguel, sendo o primeiro dentre os Anjos, é o maior dos serafins. Dentre os vários santuários destinados à devoção ao Arcanjo São Miguel, príncipe das milícias celestes, destaca-se aquele localizado no Monte Saint Michel na França, cuja foto constitui a abertura e o símbolo deste blog.

(Santuário de São Miguel - Monte Saint Michel/França)

São Miguel, rogai por nós!
Intercedei a Deus por nós!

250 DOGMAS DE FÉ DA IGREJA CATÓLICA (III)

 PARTE III - DEUS, O REDENTOR

74. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e é verdadeiro Filho de Deus.

75. Cristo assumiu um corpo real e não um corpo aparente.

76. Cristo assumiu não apenas um corpo, mas também uma alma racional.

77. Cristo foi verdadeiramente gerado e nascido de uma filha do Adão, a Virgem Maria.

78. As naturezas, humana e Divina estão unidas hipostaticamente (união mística) em Cristo, isto é, unida uma a outra numa Pessoa.

79. Na união hipostática, cada uma das duas naturezas de Cristo continua intacta, imutável e independente uma para com a outra.

80. Cada uma das duas naturezas em Cristo possui sua vontade natural e seu próprio modo de operação.

81. A união hipostática da natureza humana de Cristo com o Logos Divino teve lugar no momento da concepção.

82. A união hipostática se efetuou com as Três Pessoas Divinas agindo em comum.

83. Apenas a segunda Pessoa Divina tornou-se Homem.

84. Não apenas como Deus, mas também como homem, Jesus Cristo é o Filho natural de Deus.

85. O Deus-Homem Jesus Cristo deve ser venerado com um único modo de adoração, a adoração absoluta de latria que é devida somente a Deus.

86. As características e atividades divina e humana de Cristo devem ser predicadas do único Verbo Encarnado.

87. Cristo era livre de todo o pecado, tanto do pecado original quanto do pecado pessoal.

88. A natureza humana de Cristo era passável.

89. O Filho de Deus se tornou homem para redimir os homens.

90. O homem caído não pode se redimir.

91. O Deus-Homem Jesus Cristo é um sacerdote régio.

92. Cristo se ofereceu sobre a Cruz como um verdadeiro e distinto sacrifício.

93. Cristo pelo seu sacrifício sobre a Cruz redimiu-nos e reconciliou-nos com Deus.

94. Cristo através da sua paixão e morte mereceu a recompensa de Deus.

95. Após a sua morte, a Alma de Cristo, que foi separada do seu Corpo, desceu à mansão dos mortos.

96. No terceiro dia após a sua morte, Cristo ressuscitou gloriosamente dos mortos.

97. Cristo ascendeu em corpo e alma para o Céu e está sentado à direita do Pai.

PARTE IV - A MÃE DO REDENTOR

98. Maria é verdadeiramente a Mãe de Deus.

99. Maria foi concebida sem nenhuma mancha do pecado original. 

100. Maria concebeu pelo Espírito Santo sem a cooperação do homem.

101. Maria deu à luz o seu Filho sem qualquer violação da sua integridade virginal e, após o nascimento de Jesus, Maria permaneceu Virgem.

102. Maria foi assunta em corpo e alma ao Céu.

(Compilação da obra 'Fundamentos do Dogma Católico', de Ludwig Ott)

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

VERSUS: PAIXÃO DO SENHOR X SANTA MISSA

A Missa é essencialmente o Sacrifício, a Paixão e a Morte de Nosso Senhor na Cruz, mediante o seguinte paralelo das celebrações (o que nos mostra o quanto já perdemos da doutrina autêntica da Fé cristã pela introdução de palmas, gestos e coreografias completamente estranhas ao rito litúrgico original):

 

domingo, 27 de setembro de 2020

PÁGINAS COMENTADAS DOS EVANGELHOS DOS DOMINGOS

 

'Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: "Jesus Cristo é o Senhor!" — para a glória de Deus Pai' (Fl 2, 6 - 11)

PÁGINAS DO EVANGELHO (2019 - 2020) 

27 DE SETEMBRO - SÃO VICENTE DE PAULO


Filho de camponeses, Vicente de Paulo nasceu na pequena aldeia de Pay, região de Bordéus e dos Pirineus, em 24 de abril de 1575. Iniciou seus estudos com os franciscanos em Dax, formando-se mais tarde em teologia em Toulouse, onde tornou-se sacerdote em 23 de setembro de 1600. Forjava-se ali um dos maiores e mais belos exemplos da santificação e de apostolado missionário de toda a história da Igreja. 

Foi o fundador da Companhia da Missão (padres lazaristas) devotada à evangelização dos pobres e co-fundador da Congregação das Filhas da Caridade, cuja primeira superiora foi Santa Luísa de Marillac. Inspirado por seu amor a Deus e aos homens, Vicente de Paulo foi o criador de muitas obras de caridade e de piedade cristãs, às quais devotou toda a sua vida, pautada na missão de levar e viver plenamente o Evangelho de Cristo junto aos pobres, aos doentes, aos renegados, aos presos, aos desvalidos do mundo. O seu exemplo e seus ensinamentos inspiraram, mais tarde, em 1833, a criação das chamadas Conferências Vicentinas, que projetaram o legado da ação e das obras de caridade do santo ao mundo inteiro.




Este grande amigo e benfeitor dos mais necessitados faleceu em 27 de setembro de 1660 e seu corpo foi sepultado na igreja de São Lázaro (ou capela dos Lazaristas) em Paris, sendo encontrado praticamente incorrupto, quando exumado 52 anos após a sua morte. O coração do santo é conservado em um relicário na Capela de Nossa Senhora Milagrosa, também em Paris. Foi canonizado em 1737 pelo Papa Clemente XII e declarado patrono de todas as obras de caridade da Santa Igreja, em 1885, pelo papa Leão XIII.

São Vicente de Paulo, rogai por nós!