sexta-feira, 1 de abril de 2016

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi  de 1675...

         “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 31 de março de 2016

HISTÓRIAS QUE OUVI CONTAR (XV)

Na vida austera dos claustros, um hábito recorrente dos monges é caminhar por alas e galerias em oração e silencioso recolhimento. Neste caminho, as marcas das sandálias traduzem a história e os ciclos da vida humana em novos rumos e momentos, conformando a teia espiritual de homens consagrados a cumprir, nas mínimas coisas, a Santa Vontade de Deus. 

Tomás fazia a sua caminhada habitual naquela manhã, na parte mais erma do mosteiro. Estava recolhido nos seus pensamentos centrados na Paixão do Senhor, inserido na miséria contraditória de Longuino, o soldado que iria perfurar o lado de Jesus, o ressuscitado em Cristo pelo sangue e pela água aspergidos sobre a sua fronte de pecador. Andava em passos decididos e firmes pelo hábito, ainda que lentos, demarcados pelo domínio de idade muito avantajada.

Imerso em suas meditações profundas, só se deu conta da presença do jovem frade, quando este lhe dirigiu, com voz altercada, uma segunda admoestação: 'Meu bom irmão, a meu pedido, o superior deste convento me concedeu a permissão para que eu acompanhasse na oração o primeiro monge que eu encontrasse na parte mais erma do mosteiro. Nesta manhã, só o encontrei fazendo caminhada aqui e, assim, humildemente, solicito que me conceda compartilhar com o senhor não apenas a sua companhia mas também as suas meditações a partir de agora'.

'Que seja, portanto, se isso for do seu agrado e interesse' e, sem mais delongas, convidou o jovem frade a segui-lo, passando a compartilhar com ele, em voz alta, suas orações e devoções. Seguiram juntos pelo trajeto inteiro das alas uma vez e uma vez mais. Entretanto, o jovem frade, um pouco entediado pela lentidão dos passos do monge idoso, aprumou a marcha e começou a andar com mais vigor e pressa. E o monge mais velho passou a segui-lo com igual firmeza e rapidez, sem perder as respostas e o diálogo das orações que faziam juntos.

O jovem frade quis colocar à prova os limites físicos do bom homem e começou a andar cada vez mais depressa, com atitude cada vez mais voltada à sua própria caminhada, aparentando não se dar conta da presença do companheiro de jornada. E, num esforço supremo, o velho monge continuava no seu encalço e repetia os desdobramentos das orações de viva voz. E, submetido a quase uma corrida de obstáculos, parecia voar sobre os mesmos e se mantinha ao lado do frade cada vez mais em desabalada carreira.

Eis que, enfim, o próprio frade se deu conta do seu cansaço e de sua má atitude, refreando os passos e passando a andar em marcha lenta. Admirou-se de ver o velho monge continuar as orações em comum, sem grandes sinais de ofegação ou interrupção. E, somados os atos e os fatos, concluíram ambos aquela maratona contemplativa pelos ermos do mosteiro.

Ao entrarem na galeria interna do claustro, foram recepcionados alegremente pelo superior: 'Meu jovem, que felicidade a sua! Você teve a honra e a graça de caminhar e de orar em companhia de Tomás de Aquino! Quão poucos tiveram essa tão grande honra na vida!' Pálido de espanto, o noviço mal conseguia balbuciar agora meia dúzia de palavras. 'Tomás, Tomás de Aquino?' E olhava boquiaberto para o velho monge ao seu lado. 'Eu mesmo, meu irmão, e lhe agradeço por ter-me feito voltar, nesta manhã, às manhãs da minha mocidade!'

Assustado e, caindo de joelhos, o jovem frade pedia perdão ao velho monge por tê-lo submetido à prova tão despropositada. O superior o recriminou de imediato por atitude tão infeliz, dispensando-o em seguida. Voltando-se, então, para Tomás, o questionou: 'Por que o senhor agiu assim e se submeteu às sandices desse rapaz?' O doutor angélico, apertando suavemente as mãos do superior, respondeu: 'Não se preocupe. Na obediência, encontra-se a perfeição da vida religiosa e, por meio dela, o homem deve se submeter ao homem em nome de Deus, tal como o próprio Deus obedeceu ao homem em favor do homem'*

* 'Quod in obedientia perficitur omnis religio, qua homo homini propter Deum subicit, sicut Deus homini propter hominem obediuit'

quarta-feira, 30 de março de 2016

FOTO DA SEMANA

Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram... (Rm 5,12)

terça-feira, 29 de março de 2016

OS QUATRO CASTELOS DA PAZ


1. Jesus: Filho, vou agora te ensinar o caminho da paz e da verdadeira liberdade.
2. A alma: Fazei, Senhor, o que dizeis, que muito grato me é ouvi-lo.

3. Jesus: Filho, trata de fazer antes a vontade alheia que a tua. Prefere sempre ter menos que mais. Busca sempre o último lugar e sujeita-te a todos. Deseja sempre e roga que se cumpra plenamente em ti a vontade de Deus. O homem que assim procede penetra na região da paz e do descanso.

4. A alma: Senhor, este vosso discurso é breve, mas encerra muita perfeição. Poucas são as palavras; cheias, porém, de sabedoria e de copioso fruto. Se eu as praticasse fielmente, não me deixaria perturbar com tanta facilidade. Pois, todas as vezes que me sinto inquieto e aflito, verifico que me desviei desta doutrina. Vós, porém, que tudo podeis e desejais sempre o progresso da alma, aumentai em mim a graça, para que possa guardar vossos ensinamentos e levar a efeito minha salvação.

Oração contra os maus pensamentos:

5. Senhor, meu Deus, não vos aparteis de mim, meu Deus dignai-vos socorrer-me (1). Pois me invadem vários pensamentos, e grandes temores afligem minha alma. Como escaparei ileso, como poderei vencê-los? 

6. Diante de ti, são palavras vossas, irei eu e humilharei os soberbos da terra (2); abrir-te-ei as portas do cárcere e te revelarei mistérios recônditos.

7. Fazei Senhor, conforme dizeis e dissipe vossa presença todos os maus pensamentos. Esta é a minha única esperança e consolação: a vós recorrer em toda tribulação, em vós confiar, invocar-vos de todo o coração e com paciência aguardar a vossa consolação. Amém.

Oração para pedir o esclarecimento do espírito:

8. Iluminai-me, ó bom Jesus, com a claridade da luz interior e dissipai todas as trevas que reinam em meu coração. Refreai as dissipações nocivas e rebatei as tentações, que me fazem violência. Pelejai valorosamente por mim, e afugentai as más feras, essas traiçoeiras concupiscências, para que se faça a paz por vossa virtude, e ressoe perene louvor no templo santo (3), que é a consciência pura. Mandai aos ventos e às tempestades; dizei ao mar: aplaca-te, e ao tufão: não sopres; e haverá grande bonança.

9. Enviai vossa luz e vossa verdade (4), para que resplandeçam sobre a terra; porque sou terra vazia e estéril, enquanto não me iluminais. Derramai sobre mim vossa graça e banhai o meu coração com o orvalho celestial; abri as fontes de devoção, que reguem a face da terra, para que produza frutos bons e perfeitos. Erguei meu espírito abatido pelo peso dos pecados e dirigi meus desejos paras as coisas do céu, para que, antegozando a doçura da suprema felicidade, me aborreça em pensar nas coisas da terra.

10. Desprendei-me e arrancai-me de toda transitória consolação das criaturas, porque nenhuma coisa criada pode consolar-me plenamente ou satisfazer meus desejos. Uni-me convosco pelo vínculo indissolúvel do amor, porque só vós bastais a quem vos ama, e sem vós tudo o mais é vaidade. Amém.

(1) Salmo lxxi. 12.
(2) Isaías xlv. 2.
(3) Salmo cxxii. 7.
(4) Salmo xliii. 3.

(Excertos da obra 'Imitação de Cristo', de Thomas de Kempis)

segunda-feira, 28 de março de 2016

BÊNÇÃO URBI ET ORBI 2016



O áudio é dividido em três partes e deve ser ouvido até o fim: Mensagem Urbi et Orbi - (intervalo) - Bênção com Indulgência Plenária - (intervalo) - Mensagem Final 

Mensagem Urbi et Orbi (00:10)

Caros irmãos e irmãs, Boa Páscoa!

Jesus Cristo, encarnação da misericórdia de Deus, por amor morreu na cruz e por amor ressuscitou. Por isso, proclamamos hoje: Jesus é o Senhor! A sua Ressurreição realizou plenamente a profecia do salmo: a misericórdia de Deus é eterna, o seu amor é para sempre, não morre jamais. Podemos confiar completamente N’Ele, e damos-Lhe graças porque por nós Ele baixou até ao fundo do abismo.

Diante dos abismos espirituais e morais da humanidade, diante dos vazios que se abrem nos corações e que provocam ódio e morte, prosseguiu o Papa, somente uma infinita misericórdia nos pode dar a salvação. Só Deus pode preencher com o seu amor esses vazios, esses abismos, e evitar-nos de afundar, permitindo-nos de continuar caminhando juntos em direção à Terra da liberdade e da vida.

O anúncio jubiloso da Páscoa: Jesus, o crucificado, não está aqui, ressuscitou oferece-nos, por conseguinte, a certeza consoladora de que o abismo da morte foi vencido e, com isso, foram derrotados o luto, o pranto e a dor. O Senhor, que sofreu o abandono dos seus discípulos, o peso de uma condenação injusta e a vergonha de uma morte infame, faz-nos agora compartilhar a sua vida imortal, e nos oferece o seu olhar de ternura e compaixão para com os famintos e sedentos, com os estrangeiros e prisioneiros, com os marginalizados e descartados, com as vítimas de abuso e violência, recordando que o nosso mundo está cheio de pessoas que sofrem no corpo e no espírito, um mundo no qual as crônicas diárias estão repletas de relatos de crimes brutais, que muitas vezes acontecem dentro das paredes do nosso lar, e de conflitos armados a grande escala submetendo populações inteiras a provas inimagináveis. Eis que Cristo ressuscitado indica portanto, caminhos de esperança para a querida Síria, um País devastado por um longo conflito, com o seu cortejo triste de destruição, morte, de desprezo pelo direito humanitário e desintegração da convivência civil.

Confiamos ao poder do Senhor ressuscitado, as conversações em curso, de modo que, com a boa vontade e a cooperação de todos, seja possível colher os frutos da paz e dar início à construção de uma sociedade fraterna, que respeite a dignidade e os direitos de cada cidadão. A mensagem de vida proclamada pelo anjo junto da pedra rolada do sepulcro, vença a dureza dos corações e promova um encontro fecundo entre povos e culturas nas outras regiões da bacia do Mediterrâneo e do Oriente Médio, particularmente no Iraque, Iêmen e na Líbia.

A imagem do homem novo, que resplandece no rosto de Cristo, favoreça a convivência na Terra Santa entre israelenses e palestinos, bem como a disponibilidade paciente e o esforço diário para trabalhar no sentido de construir as bases de uma paz justa e duradoura através de uma negociação direta e sincera. O Senhor da vida acompanhe também os esforços para alcançar uma solução definitiva para a guerra na Ucrânia, inspirando e apoiando igualmente as iniciativas de ajuda humanitária, entre as quais a libertação de pessoas detidas.

O Senhor Jesus, nossa paz, que ressuscitando derrotou o mal e o pecado, possa favorecer, nesta festa da Páscoa, a nossa proximidade com as vítimas do terrorismo, forma de violência cega e brutal que continua a derramar sangue inocente em diversas partes do mundo, como aconteceu nos ataques recentes na Bélgica, Turquia, Nigéria, Chade, Camarões, Costa do Marfim e Iraque. Possam frutificar os fermentos de esperança e as perspectivas de paz na África; estou pensando particularmente no Burundi, Moçambique, República Democrática do Congo e no Sudão do Sul, marcados por tensões políticas e sociais.

Com as armas do amor, Deus derrotou o egoísmo e a morte; seu Filho Jesus é a porta da misericórdia aberta de par em par para todos. Que a sua mensagem pascal possa resplandecer cada vez mais sobre o povo venezuelano nas difíceis condições em que vive e sobre aqueles que detêm em suas mãos os destinos do país, para que se possa trabalhar em vista do bem comum, buscando espaços de diálogo e colaboração entre todos. Que por todos os lados possam ser tomadas medidas para promover a cultura do encontro, a justiça e o respeito mútuo, únicos elementos capazes de poder garantir o bem-estar espiritual e material dos cidadãos.

Mas também, o Cristo ressuscitado, anúncio de vida para toda a humanidade, ressoa através dos séculos e nos convida não esquecer dos homens e das mulheres em busca de um futuro melhor, grupos cada vez mais numerosos de migrantes e refugiados – entre os quais muitas crianças - que fogem da guerra, da fome, da pobreza e da injustiça social. Esses nossos irmãos e irmãs que nos seus caminhos encontram com demasiada frequência a morte ou a recusa dos que poderiam oferecer-lhes hospitalidade e ajuda. Que a próxima Conferência Mundial sobre a Ajuda Humanitária não deixe de colocar no centro a pessoa humana com a sua dignidade e possa desenvolver políticas capazes de ajudar e proteger as vítimas de conflitos e de outras situações de emergência, especialmente os mais vulneráveis e os que sofrem perseguição por motivos étnicos e religiosos.

Neste dia glorioso, 'delicie também a terra inundada de tanto esplendor', ainda que seja tão abusada e vilipendiada por uma exploração ávida pelo lucro, que altera o equilíbrio da natureza. Penso em particular pelas zonas afetadas pelos efeitos das mudanças climáticas, que muitas vezes causam secas ou violentas inundações, resultando em crises alimentares em diferentes partes do planeta. Recordo os nossos irmãos e irmãs que são perseguidos por causa da sua fé e pela sua lealdade a Cristo para lhes dirigir ainda hoje as palavras consoladoras de Cristo: 'Não tenhais medo! Eu venci o mundo!' Hoje é o dia radiante desta vitória, porque Cristo derrotou a morte e a sua ressurreição fez resplandecer a vida e a imortalidade: 'Nos conduziu da escravidão à liberdade, da tristeza à alegria, do luto à celebração, da obscuridade à luz, da servidão à redenção; por isso, louvamos diante dEle: Aleluia!'

A todos aqueles que, nas nossas sociedades, perderam toda a esperança e alegria de viver, para os idosos oprimidos que na solidão sentem esvanecer as forças, para os jovens aos quais parece não existir o futuro, a todos eu dirijo mais uma vez as palavras do Ressuscitado: 'Eis que faço novas todas as coisas'... a quem tiver sede, eu darei gratuitamente da fonte da água viva'. Esta mensagem consoladora de Jesus, possa ajudar cada um de nós a recomeçar com mais coragem, para assim construir estradas de reconciliação com Deus e com os irmãos, de que temos tanta necessidade!

Bênção Urbi et Orbi (14:47) - favorecida com a Indulgência Plenária neste Domingo de Páscoa

Mensagem Final (19:11)

Queridos irmãos e irmãs:

Desejo renovar os meus melhores desejos de uma Feliz Páscoa a todos vocês, que vieram de Roma e de diferentes países, assim como àqueles que nos ouvem pela televisão, rádio e outros meios de comunicação. Que possa ressoar em seus corações, em suas famílias e comunidades o anúncio da Ressurreição, acompanhado da cálida luz da presença viva de Jesus: presença que ilumina, conforta, perdoa, tranquiliza... Cristo venceu o mal pela raiz: Ele é a Porta da salvação, aberta para que cada um possa encontrar nela misericórdia.

Agradeço a sua presença e a sua alegria neste dia de festa. Um agradecimento particular por este arranjo de flores, que também este ano são oriundas dos Países Baixos. Levem a todos a alegria e a esperança de Jesus Ressuscitado! E, por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço de Páscoa e até logo!

domingo, 27 de março de 2016

PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO

Páginas do Evangelho - Domingo da Páscoa


Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos! A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou. Não morrerei, mas, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor! Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Eis o grande dia do Senhor, em que a vida venceu a morte, a luz iluminou as trevas, a glória de Deus se impôs aos valores do mundo. Jesus veio para fazer novas todas as coisas, abrir o caminho para o Céu, eternizar a glória de Deus na alma humana. Cristo Ressuscitado é a razão suprema de nossa fé, penhor maior de nossa esperança, causa de nossa alegria, plenitude do amor humano. Como filhos da redenção de Cristo, cantamos jubilosos a Páscoa da Ressurreição: 'Tende confiança! Eu venci o mundo' (Jo 16, 33).

O Triunfo de Cristo é o nosso triunfo pois o o Homem Novo tomou o lugar do homem do pecado. Mortos para o mundo, tornamo-nos herdeiros da ressurreição da nova vida em Deus: 'Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus (Cl 3, 1-3).

Entremos com Pedro no sepulcro agora vazio de Jesus: 'Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte' (Jo 20, 6 -7). Este sepulcro vazio é a morte do pecado, a vitória da vida sobre a morte: 'Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?' (1 Cor 15, 55). Jesus ressuscitou! Bendito é o Senhor dos Exércitos que, com a sua Ressurreição, derrotou o mundo e nos fez herdeiros do Céu! Este é o dia da alegria suprema, do triunfo da vida, do gáudio eternos dos justos. Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos! 

Hæc est dies quam fecit Dominus. Exultemus et lætemur in ea!

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO

SOLENIDADE DA RESSURREIÇÃO DE NOSSO SENHOR

'Haec est dies quam fecit Dominus. Exultemus et laetemur in ea
— 
'Esse é o dia que o Senhor fez. Seja para nós dia de alegria e felicidade'
 (Sl 117, 24)

Cristo ressuscitou! Eis a Festa da Páscoa da Ressurreição, a data magna da cristandade. Por causa da ressurreição de Jesus, podemos ter fé e esperança, obter o perdão dos nossos pecados e a salvação de nossas almas. Com a ressurreição de Jesus, a morte foi vencida. E as Portas do Céu foram abertas para toda a eternidade.

'Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está o teu aguilhão?' 
(1 Cor 15, 55)