A racionalidade dos homens utiliza como critério de nossa eternidade a imagem de uma balança em que Deus pondera, em cada prato, as boas e más ações de cada ser humano... No céu, Deus não brinca com balanças. No espelho de sua Infinita Sabedoria, Ele nos permite um olhar de toda uma vida para dentro de nós mesmos e nos deixa decidir se queremos refletir a nossa imagem de filhos no Coração de sua Infinita Misericórdia ou no Coração de sua Infinita Justiça...
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
FELIZ E SANTO NATAL EM CRISTO!
Desejo a todos os nossos amigos visitantes um Santo e Feliz Natal.
Deseo a todos los amigos y visitantes Felices Navidades.
I wish to our friends' visitors an happy and Holy Christmas.
Je désire à tous nos amis un heureux et joyeux Noel.
Auguro a tutti gli amici uno Santo ed Felice Natale.
Ich wunshe to unsere Freude eine Wundabar und Stille Nacht.
IGREJA CATÓLICA: ALMA DO NATAL
(clicar para o vídeo)
AS MAIS BELAS CANÇÕES DE NATAL
AS MAIS BELAS CANÇÕES DE NATAL
(clicar para o vídeo)
NATAL
Jesus nasceu! e na pequena estrebaria
José apressa-se em fazer a manjedoura
ajunta palha e feno, mudo de alegria,
enquanto a Mãe em êxtase se entesoura
Os animais se aproximam cautelosos
inebriados diante a luz que transfigura
e os pastores de joelhos, jubilosos,
louvam o Criador agora criatura!
Há uma paz imensa nesta noite fria
todos os anjos cantam a doce melodia
que une céu e terra em amor profundo;
É Natal, a Mãe embala seu pequeno filho
e a luz que inunda a gruta tem o brilho
da salvação que libertou o mundo!
(Arcos de Pilares)
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
O NASCIMENTO DE JESUS
Maria sentiu um leve estremecimento no ventre. Estremecimento e não dor. Percebera-o nitidamente em meio ao movimento harmônico do trote do burrico pela estrada poeirenta. No recolhimento de sua oração profunda, sua mão busca tocar levemente o ventre como uma resposta imediata da Mãe ao sinal enviado pelo Filho: a longa preparação do Tempo dos Profetas há de ser realidade em breve naquele tempo da história e Deus feito homem vai nascer no mundo. É o primeiro sinal. Suave estremecimento, perceptivel apenas por Maria, naquele momento da longa travessia que perpassa agora os campos abertos que levam mais adiante à Belém de todas as profecias.
José, puxando o burrico, olha para trás e se preocupa. O vento começa a soprar mais forte e mais frio e a jornada agora é mais lenta e penosa, nos declives mais acentuados da estrada que serpenteia pelo vale e pelos contrafortes de formações rochosas. E há muitas pessoas e alarido em torno deles. De tempos em tempos, são obrigados a parar e dar passagem a outros viajantes em marcha mais apressada ou para superarem com extremo cuidado os trechos mais íngremes. Quase todos os peregrinos têm o mesmo destino e o mesmo objetivo: apresentarem-se às autoridades em Belém e cumprirem as normas do novo recenseamento imposto pelas autoridades romanas.
Em meio a um acontecimento regional e específico da história humana, está prestes a ocorrer o mais extraordinário evento da humanidade. Em meio ao burburinho e à agitação de toda aquela gente, Maria recebeu o primeiro sinal da manifestação da vinda do Messias prometido. Um murmúrio de humanidade no sagrado ventre consubstancia em definitivo o Mistério da Anunciação. Um leve estremecimento acaba de prenunciar o nascimento de Deus.
As ruas estreitas se consomem de tanta gente. Há um cenário de mercado livre por toda a Belém daqueles dias. Eles acabaram de cumprir os registros formais do recenseamento e agora buscam ansiosamente uma pousada para o pernoite. Não é apenas o albergue principal da cidade que está com a lotação esgotada; as casas se transformaram em emaranhados de pessoas e utensílios, num entra e sai sem fim de gente ruidosa e apressada. Há o burburinho comum das crianças e o festim grotesco das ofertas gritadas e dos negócios de ocasião. No vaivém das ruas apinhadas e confusas, Maria e José buscam refúgio fora da cidade, além das casas mais ermas e mais afastadas. Aqui e ali ainda se veem acampamentos rústicos, improvisados, à guisa de refúgio de grupos mais ou menos numerosos. Além, mais além, as formações calcárias formam reintrâncias e cavernas, que muitas vezes são utilizadas como estrebarias pelos mercadores das grandes rotas até Jerusalém.
José leva o burrico na direção destas cavernas. Ele não sente no rosto o vento frio da tarde que se desvanece, nem o cansaço da longa jornada. Seu pensamento é todo, totalmente por Maria. A preocupação em encontrar um lugar digno para ela o consome por completo. A ânsia de dar descanso e refúgio a Maria tolhe todos os seus sentidos e atividades. A dimensão do mistério insondável o atordoa e o aniquila: a humanidade de José sente o peso incomensurável dos desígnios da Providência.
Passa adiante da primeira entrada, que não passa de um buraco estreito e irregular na rocha. A seguinte é pouco melhor do que isso. As demais mostram-se maiores e limpas, mas já estão todas ocupadas. As pessoas amontoam-se nos espaços exíguos em silêncio, homens na sua grande maioria, cercados por animais, feno e capim. São estrebarias que agora acomodam pessoas. José se inquieta ainda mais. Não há possibilidade aparente de privacidade para o nascimento de Jesus, não há lugar nenhum para um abrigo ainda que provisório.
Avançado o paredão rochoso, José agora se depara com um cinturão de amendoeiras que margeiam o caminho adiante, que se abre, então, para campos e vales ao longe. Bem distante, na encosta suave do outro lado do vale, consegue divisar um pastor empurrando o seu rebanho. Nesse momento, sente os ombros dolorosamente pesados e seu andar vacilante. Seu olhar havia percorrido cada entrada rochosa e cada rosto humano em busca de recepção e de um gesto de boa vontade. E nada. Agora volve o seu olhar para Maria, como que pedindo perdão pela sua incapacidade e incerteza daquele momento. A humanidade inteira geme as suas ânsias pelo olhar desconsolado de José.
Ao passar pela terceira gruta, Maria sentiu, como uma vibração percorrendo todo o seu corpo, o sopro do Espírito de Deus. Desde o primeiro sinal, recolhera-se, ainda com maior devoção, à oração de dar glórias ao Pai pelo que estava prestes a acontecer. Como serva da Anunciação, era agora a mesma serva como Mãe de Deus. E, nesse momento, pressentira o segundo sinal. A Divina Promessa iria dispensar a Redenção em breve à humanidade pecadora. Ao olhar para José, compreendendo a sua aflição e seu desapontamento, fitou-o com os olhos da perseverança e da fé inquebrantáveis e o brilho deste olhar emanava a própria luz de Deus.
Diante do olhar de Maria, a humanidade de José se detém e suas dúvidas se dissipam. Então, ele avança mais vinte, mais cinquenta metros, contorna as árvores e avista a gruta que emerge da continuação do maciço rochoso à esquerda. É e será sempre a visão do paraíso. Não é exatamente uma gruta, mas uma escavação que avança em profundidade na rocha e é protegida por uma murada frontal de pedras mal alinhadas, trançadas com restos de vigas de madeira, espalhados em desordenada profusão, que fecham de maneira irregular a entrada do lugar, protegendo-o dos ventos e das intempéries. Escondida, erma, isolada, bendita seja a gruta de Belém!
Ela está suja, úmida, mal cuidada, mas não de todo desconhecida ou abandonada, porque um boi ali se encontra, com bastante feno e água. Há sujeira e palha solta em todos os lugares. Num canto, um arranjo de pedras enegrecidas indica o lugar de costume de se acender o fogo. Aliviado e feliz, José se consome nos arranjos práticos do refúgio improvisado. Ajuda Maria a entrar na gruta e se apressa a alimentá-la e a acomodá-la o melhor possível; dá feno e água ao burrico que é levado para junto do boi, monta um tablado de feno no chão, dispondo cuidadosamente os fardos; com paus e pedras, faz um arremedo de cercado em torno da Maria e o cobre com a sua manta grossa de viagem; empilha num canto os troncos e os pedaços de madeira espalhados; limpa as pedras e o chão com feixes de palhas e, com gravetos e pedaços de madeira seca, acende o fogo. A pequena luz se espalha pela escondida, erma, isolada, bendita gruta de Belém!
O silêncio da gruta é quebrado apenas pelo crepitar das últimas chamas. O fogo aqueceu o espaço limitado e agora existe mais penumbra do que claridade. O fogo emoldura em repentes luminosos o rosto de José enquanto, pelas aberturas das muradas de pedras, o luar desenha feixes de luzes prateadas que cortam a escuridão que envolve toda a gruta. De repente, Maria põe-se de joelhos em contrita oração. Prostra-se com o rosto no chão e José percebe, apesar de toda a escuridão, o que está para acontecer. Coloca-se também de joelhos, também em fervorosa oração, louvando a Deus por ser testemunha e personagem de mistério tão extraordinário. Em muda expectativa, contempla o perfil de Maria apenas esboçado na escuridão da gruta.
A princípio, supõe ver os feixes de luar convergirem para o rosto de Maria ou auréolas de luz provenientes do fogo a envolverem completamente. Mas sabe que é muito mais que isso: uma luz, de claridade e brilho espantosos, nasce, emana e flui dela, enchendo a gruta de uma tal iridescência, que todas as coisas perdem a forma, o volume e a natureza material. Maria não se transfigura em luz, ela é a própria luz! O rosto de Maria é luz, as vestes de Maria são luz, as mãos de Maria são luz. Mas não é uma luz deste mundo, nem o brilho do cristal mais polido, nem o resplendor do diamante mais lapidado, nem a etérea luminosidade dos átomos em fissão; tudo isso seria uma mera pátina de luz. Maria torna-se um espelho do próprio Deus, da qual emana a luz do Céu!
José se transfigura neste redemoinho de luz sem ser a luz. Seus olhos puderam contemplar o terceiro e definitivo sinal da Natividade de Deus. E trêmulo, mudo, pasmado, contempla o recém-nascido acolhido entre os braços de Maria, recebendo o primeiro carinho e o primeiro beijo da Mãe Imaculada. Pressuroso e em êxtase, prepara a humilde manjedoura, o primeiro altar de Jesus na terra. O Filho do Deus Vivo já habita entre nós!
domingo, 21 de dezembro de 2014
A ANUNCIAÇÃO
Páginas do Evangelho - Quarto Domingo do Advento
'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!' (Lc 1, 28). A saudação do Anjo Gabriel é dirigida àquela que levou à perfeição nesta terra o amor de Deus. Cheia de graça Maria está desde a sua concepção, cheia de graça Maria passou cada momento de sua vida, cheia de graça Maria praticou cada ação ou pensamento nesta terra. Cheia de graça está, portanto, Maria diante a saudação do Anjo, como templo de santidade e da ciência infusa de todas as virtudes, dons e graças possíveis e imagináveis à natureza humana.
E Maria de todas as graças perturbou-se. As revelações do Anjo, provavelmente muito mais detalhadas que as palavras transcritas nos textos bíblicos, colocava Maria no centro de todas as profecias messiânicas que ela tanto conhecia e em nome das quais tantas orações e súplicas já teria feito a Deus. Num relance, percebeu a extraordinária manifestação daquela revelação angélica, que descortinava séculos de profecias, que inseria naquele lugar e naquele tempo a Natividade de Deus, que a tornava a co-redentora da humanidade, a bendita entre todas as mulheres, a Mãe de Deus: 'Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi' (Lc 1, 31 - 32).
E Maria de todas as graças perturbou-se. Diante do extraordinário mistério da graça e dos desígnios extremos da Providência, a Virgem de toda pureza e castidade e obra prima do Espírito Santo, se inquieta: 'Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?' (Lc 1, 34). A virgindade de Maria é o relicário de Deus. No imaculado corpo de Maria, o Espírito de Deus há de projetar a sua luz, cuja sombra faz nascer o Verbo encarnado. E o Anjo, mensageiro das coisas impossíveis e triviais para Deus, revela ainda a Maria a graça da gravidez tardia de Isabel, no 'sexto mês daquela que era considerada estéril' (Lc 1, 36).
E a Virgem de Nazaré, antes de ser a Mãe, oferece-se como serva e escrava do seu Senhor e do seu Deus: 'Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!' (Lc 1, 38). O Céu e a terra, as miríades dos anjos e dos homens de todos os tempos, hão de bendizer e louvar a glória daquele dia e a consumação daquele 'Fiat!' Sim, porque naquele momento, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus Verdadeiro de Deus Verdadeiro se fez, então, carne na carne de Maria e se fez carne a Nossa Salvação.
sábado, 20 de dezembro de 2014
SÍMBOLOS DO NATAL CRISTÃO
O presépio, como símbolo máximo do natal católico, deve ser simples, sem adereços e enfeites sofisticados; pelo contrário, a montagem deve ser a mais despojada possível, de forma a lembrar a grande simplicidade e as dificuldades materiais enfrentadas pela Virgem Maria e São José no nascimento de Jesus. A montagem deve incluir os personagens básicos convencionais (gruta, animais, pastores, etc), mas as imagens da Virgem Maria, São José e do Menino Jesus somente devem ser inseridos no presépio na época mais próxima à Noite de Natal.
ÁRVORE DE NATAL
A árvore de Natal representa o símbolo da perseverança e da preparação cristã diante o nascimento do Menino Deus. Perseverança porque é réplica do pinheiro, única árvore que não perde as folhas no inverno e preparação porque deve ser adornada aos poucos, de forma continuada, durante todo o tempo do Advento. Assim, numa primeira etapa, o símbolo deve ficar limitado à própria árvore, sem quaisquer adereços, como expressão da perseverança cristã. Posteriormente (por exemplo, a partir de 17 de dezembro), a árvore deve ir ganhando luzes, cores, enfeites, beleza, para nos recordar a necessidade de uma preparação crescente de cada um diante o Natal em Cristo.
COROA DO ADVENTO
A coroa do Advento, comumente afixada na porta de entrada das residências, possui forma circular e deve ser feita com ramos verdes. Simboliza a unidade e a perfeição; nasce Jesus, filho do Deus vivo, Deus sem começo e sem fim, na unidade de um tempo firmado pelos homens. Em cada Domingo do Advento, acende-se uma vela em vigília pelo Natal, que vão sendo somadas nos domingos seguintes, até quatro velas acesas; eis a luz que se difunde e aumenta de intensidade gradualmente no tempo de preparação para o Natal.
Todos estes símbolos são mantidos após o Natal, para celebrar que a mensagem de Cristo avança para além dos tempos dos homens de outrora até o tempo dos homens finais. Na Data de Reis, 6 de janeiro, são, então, desmontados, dando início ao Tempo Comum da Igreja de Deus.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
AS NOVE JORNADAS DO ADVENTO
Procissão: passagem do andor em frente a uma casa, segundo trajeto pré-estabelecido, durante nove jornadas consecutivas.
Início: Sinal da Cruz, Credo, Pai Nosso.
Canto Inicial (livre)
Kyrie eleison
Christe eleison
Kyrie eleison
Canto
O Andor é colocado diante da porta da casa, no caminho da procissão. Os participantes dividem-se em dois grupos: dentro e fora da casa, agora de portas fechadas, e tem início o canto em que o grupo de fora pede pousada para o grupo de dentro.
(Grupo de Fora)
Em nome do Céu
vos peço pousada
porque já não pode andar
minha esposa amada.
(Grupo de Dentro)
Aqui não é pousada
sigam adiante
não vamos abrir:
podeis ser um farsante!
(Grupo de Fora)
Não sejais desumanos
tende piedade
que o Deus do Céu
vos recompensará de verdade.
(Grupo de Dentro)
Sigam em frente
sem mais nos molestar
porque se insistirem estamos prontos
a vos fazer calar.
(Grupo de Fora)
Temos muito viajado
desde Nazaré
Eu sou um carpinteiro
meu nome é José.
(Grupo de Dentro)
Não nos importa o vosso nome
Deixai-nos dormir
porque já vos dissemos
que não vamos abrir!
(Grupo de Fora)
Escutai, ouvi isso,
quem vos pedis pousada
é a rainha do Céu
em terrena jornada.
(Grupo de Dentro)
então quem quer abrigo
por acaso é rainha;
como pode uma soberana
viajar assim sozinha?
(Grupo de Fora)
Sim, é a Rainha do Céu,
que tem por nome Maria
Que será a Mãe de Deus
antes de romper o dia.
Todos: Maria de Nazaré!
(Grupo de Dentro)
Que entre pois em minha casa,
a Virgem Imaculada
que passa à minha porta
pedindo pousada.
(Grupo de Fora)
Que Deus vos console
por tal caridade
E que o Céu seja vosso
por toda eternidade.
(Grupo de Dentro)
Ditosa é a morada
e bendito é o seu senhor
que nesta noite dá pousada
à Mãe do Salvador!
Todos: Mãe do Salvador!
(São abertas as portas da casa e todos cantam, com o andor posto à frente)
Abram-se as portas, rasguem-se os véus,
vamos receber a Rainha dos Céus
Venham os esposos e filhos deste lar
receber Maria; deixá-la entrar.
Venham todos os que se encontram neste lugar
receber José; deixá-lo entrar.
Que os santos peregrinos
terminem a jornada
fazendo de nossas almas
a sua morada!
Ato de contrição
Prostrado em vossa presença, ó adorável Trindade, vos bendigo e vos dou graças pelo inefável mistério da Encarnação, no ventre da mais pura das virgens, vitima propícia da Divina Justiça pelo mundo pecador. Eis-me aqui, o mais ingrato dos pecadores... confundido e envergonhado, reconheço o vosso amor infinito e vossa ardentíssima caridade; adoro, bendigo e glorifico a vós que, desde o ventre puríssimo de Maria, vos entregastes aos padecimentos, desprezos e provações, mesmo inocente e que fixais em mim olhos de misericórdia; em mim, o mais indigno de vosso perdão, por haver ultrajado a vossa santidade e grandeza em troca dos inumeráveis benefícios que me haveis outorgado.
Ó Salvador que me redimistes da escravidão do demônio! Ó Pai que, esquecendo minha insensatez e desvarios, me busca, me chama e me oferece, em troca de tanta ingratidão, amor e bem-aventurança eterna! Pequei e me pesa na alma haver-vos ofendido. Aumentai em mim, meu Deus, o arrependimento e dai-me a força eficaz para odiar o pecado e perseverar em vosso santo serviço até o fim da minha vida. Amém.
Oração de Cada Dia (Nove Jornadas)
Primeira Jornada
'Ó Inocente e Puríssima Virgem Maria que, para cumprir o mandato de um soberano da terra, obrigada tivestes de partir, em companhia de vosso castíssimo esposo José, de Nazaré até Belém, para fazer cumprir o edito do César, que se apresentasse toda pessoa residente em seu império declarando o lugar de origem para pagar futuros tributos; por vosso exemplo, ó tão humilde Rainha, vos rogo reanimeis minha fé para que também, submisso e obediente, possa cumprir com o mandato de nosso Soberano do céu. Amém'.
Segunda Jornada
'Ó Virgem Santíssima, assim como vós sofrestes os rigores das intempéries levando em vosso ventre virginal ao Divino Jesus feito homem; eu, vos louvo e vos rogo que me ensineis a suportar as misérias, contratempos, desprezos e provações e que minha esperança se fortaleça em seguir vossos passos nas jornadas da virtude. Amém'.
Terceira Jornada
'Ó Rainha dos anjos, comunicai à minha alma, ó Imaculada Conceição, a fortaleza com que suportastes as provações da vossa terceira jornada, tendo por companhia vosso esposo José e o coro dos anjos celestes que cantavam e bendiziam ao Filho de vossas puríssimas entranhas, para que convosco possa continuar minha peregrinação nesta terra. Amém'.
Quarta Jornada
'Ó Minha Mãe, assim como vós suportastes miséria, provações e desdenhosas negativas quando, sem desanimar, imploravas pousada nesta jornada, transmiti-nos, ó Virgem Santíssima, essa mesma submissão e humildade vossa, para que o meu coração somente possa dar abrigo a um amor puro, piedoso e sincero como o da vossa Sagrada Família. Amém'.
Quinta Jornada
'Ó Cândida Pomba, Mãe e Rainha celestial que, à vossa chegada a Belém em busca de abrigo, pressurosa vos empenhastes em cumprir o mandato que aí vos levava; com este exemplo de submissão que me dais, ensinai-me também no caminho da obediência e submetei-me à vontade do vosso Filho para que se fortaleça o meu espírito e avive o fogo do meu amor; e não permitis, Minha Mãe, que vacile a minha fé. Amém'.
Sexta Jornada
'Ó Rainha soberana, que suportastes as duras fatigas de tão cruel jornada de Nazaré a Belém, de porta em porta pedindo pousada, que todos vos negavam, sem haver encontrado humilde asilo afinal; por que não hei de suportar as provações da vida para alcançar a graça de seguir pelo caminho da virtude e conseguir contemplar-vos eternamente na Glória? Amém'.
Sétima Jornada
'Ó Rosa Mística e puríssima de aroma celestial que, nesta jornada em busca de pousada, com abnegação inefável, submissa aceitastes por asilo a solícita oferta de vosso santo esposo que somente pôde conduzir-vos a uma gruta, morada e refúgio eventual de pastores que aí, com seus rebanhos, se abrigavam contra as chuvas e as inclemências do tempo. Vós, que tudo isto suportastes, dai-me paciência para suportar também as amarguras terrenas. Amém'.
Oitava Jornada
'Ó Santíssima Virgem, ó Rainha Imaculada, aproxima-se o feliz momento em que, com resignação sem igual, dareis a luz ao Redentor do mundo; considerai que, apesar do sofrimento, ainda solícita ajudastes ao vosso casto esposo limpar as imundícias do lugar que não era propício nem para os animais; façais, Virgem Santa, que eu possa alcançar a eterna ventura de ser vosso digno servo. Amém'.
Nona Jornada
'Por fim, Mãe gloriosa, é chegado o ansiado momento em que destes a luz ao menino mais lindo, sábio e adorável, cuja presença o estábulo embelezou. Com o Castíssimo Patriarca, celebrais a glória com os hosanas de anjos, arcanjos e querubins e com todo o orbe cristão e o júbilo de milhões de fieis que adoram o Vosso Filho e cantam 'Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade'; até os animais se aproximam lentamente para dar calor e alento ao desnudo corpinho do nosso Redentor. Assome neste momento a aurora do cristianismo, a luz divina que exalta o fraco e o oprimido, que iguala o rico ao mendigo. Ó Maria, por este feliz momento em que recebestes a homenagem dos mais humildes, vos pedimos, com a mesma humildade, que nos ajudeis a viver sempre na Santa Vontade do Vosso Divino Filho. Amém'.
Rezam-se Nove Ave Marias (em memória aos nove meses de gravidez de Nossa Senhora), antecipadas com o seguinte Oferecimento:
Nós vos oferecemos estas Nove Ave Marias, ó castíssima Virgem e Mãe de Deus, em memória de vossa gloriosa maternidade e por todas as virtudes com que o Altíssimo adornou vossa alma. Rogamo-vos que não olheis a miséria e a indignidade que nos revestem, mas atendei-nos somente pelo honrosíssimo titulo de Mãe de Deus. Por este titulo, cheios de regozijo e consolo, infunde-nos a esperança de que, na hora final, velareis por nós, esquecendo-se de nossas ingratidões, e recordando, como Mãe do Salvador, quem, em sua agonia, vos fez depositária de sua misericórdia para com os pecadores. Suplicantes imploraremos a vossa assistência, cuja memória nos bastará, pois sabemos que nunca quem vosso auxilio implora será desamparado e, assim, confiamos obter a graça de receber no coração o vosso divino Menino Jesus Sacramentado, graça que será o sinal de nosso perdão e prenda segura da vida eterna. Amém.
Canto final (livre)
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
ANTÍFONAS DO Ó
As Antífonas do Ó são sete orações especialmente cantadas durante o tempo do Advento, particularmente ao longo da semana que antecede o Natal. A autoria das antífonas, que remontam aos séculos VII e VIII, tem sido comumente atribuída ao papa Gregório Magno. São sete orações extremamente curtas, sempre iniciadas pela interjeiição Ó, correspondendo a sete diferentes súplicas manifestadas a Jesus Cristo, na expectativa do nascimento do Menino - Deus entre os homens, que é invocado sob sete diferentes títulos messiânicos tomados do Antigo Testamento.
17 de dezembro
O Sapientia
quæ ex ore Altissimi prodisti,
attingens a fine usque ad finem,
fortiter suaviter disponens omnia:
Veni ad docendum nos viam prudentiae
Ó Sabedoria
que saístes da boca do altíssimo
atingindo de uma a outra extremidade
e tudo dispondo com força e suavidade:
Vinde ensinar-nos o caminho da prudência
18 de dezembro
O Adonai
et Dux domus Israel,
qui Moysi in igne flammæ rubi apparuisti
et ei in Sina legem dedisti:
Veni ad redimendum nos in brachio extento
Ó Adonai
guia da casa de Israel,
que aparecestes a Moisés na chama do fogo
no meio da sarça ardente e lhe deste a lei no Sinai
Vinde resgatar-nos pelo poder do Vosso braço.
19 de dezembro
O Radix Jesse
qui stas in signum populorum,
super quem continebunt reges os suum,
quem gentes deprecabuntur:
Veni ad liberandum nos; jam noli tardare
Ó Raiz de Jessé
erguida como estandarte dos povos,
em cuja presença os reis se calarão
e a quem as nações invocarão,
Vinde libertar-nos; não tardeis jamais.
20 de dezembro
O Clavis David
et sceptrum domus Israel:
qui aperis, et nemo claudit;
claudis et nemo aperit:
Veni, et educ vinctum de domo carceris,
sedentem in tenebris et umbra mortis
Ó Chave de Davi
o cetro da casa de Israel
que abris e ninguém fecha;
fechais e ninguém abre:
Vinde e libertai da prisão o cativo
assentado nas trevas e à sombra da morte.
21 de dezembro
O Oriens
splendor lucis æternæ, et sol justitiæ
Veni et illumina sedentes in tenebris
et umbra mortis.
Ó Oriente
esplendor da luz eterna e sol da justiça
Vinde e iluminai os que estão sentados
nas trevas e à sombra da morte.
22 de dezembro
O Rex gentium
et desideratus earum
lapisque angularis,
qui facis utraque unum:
Veni et salva hominem quem de limo formasti
Ó Rei das nações
e objeto de seus desejos,
pedra angular
que reunis em vós judeus e gentios:
Vinde e salvai o homem que do limo formastes.
23 de dezembro
O Emmanuel,
Rex et legifer noster,
exspectatio gentium,
et Salvador earum:
Veni ad salvandum nos, Domine Deus noster
Ó Emanuel,
nosso rei e legislador,
esperança e salvador das nações,
Vinde salvar-nos,
Senhor nosso Deus.
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