quarta-feira, 20 de março de 2013

A PROFECIA DE PALAU

Profecia do bem-aventurado Francisco Palau (nascido em 20 de dezembro de 1811 em Aitona, na província espanhola de Lérida, e falecido em 20 de março de 1872, socorrendo as vítimas de uma epidemia em Tarragona). Fundou em Barcelona a 'Escola da Virtude', modelo de ensino catequético. Em 1860/61, fundou congregações de irmãos e irmãs carmelitanas terceiras, que deram origem posteriormente às congregações de Carmelitas Missionárias Teresianas e às Carmelitas Missionárias. Pregou missões populares, foi eremita (ou ermitão) e difundiu a devoção a Nossa Senhora. Foi beatificado em 24 de abril de 1988.


'Eu vi um cometa, o mesmo cometa*, aquele sinal misterioso, sobre o qual fiz tantas reflexões. Sua cauda tinha forma de espada, de uma espada de fogo que lançava bolas de fogo em direção à terra. Eu fiquei atento olhando para a espada. Horrivelmente fiquei tomado de espanto, porque apareceu uma mão misteriosa que empunhou a espada, e na hora pelo orbe inteiro se ouviram hinos de guerra: guerra no mundo oficial político, guerra entre os reis, guerra por razões de interesse puramente material.

* o mesmo cometa: que vai e retorna à terra seguindo a sua órbita cíclica: o cometa mais famoso é o Halley, que tem um ciclo de 75/76 anos  e passou pela terra, na última vez, em 1986.


Enquanto eu olhava a mão que empunhava a espada de aço voltada contra a cabeça dos reis, saiu do cometa outra cauda*, e apareceu na hora uma outra mão que pegou a cauda do cometa que era toda de fogo e em forma de espada, e entre trovões e relâmpagos a espada jogava raios e faíscas contra o globo terrestre, e as duas espadas, batendo entre elas, acendiam sobre a terra a mais encarniçada guerra que os séculos já viram: na política e na religião: uma guerra universal. (...)

* um cometa apresenta caudas distintas de poeira e gás (ionizada).


O cometa era um sinal colocado no firmamento do mundo espiritual. Ele joga uma luz que ilumina a história presente e vindoura deste mundo material visível onde acontece a atividade humana. (...)

A luz desse cometa ilustra o cumprimento desta profecia: ‘Satanás será solto da prisão. Sairá dela para seduzir as nações dos quatro cantos da terra’ (Apoc. cap. XX, 7-8).

À luz deste cometa se vê a obra de Satanás, aquele mistério de iniquidade que começou a se tramar contra a Igreja, quando Ela estava ainda em seus primórdios. Satanás desencadeado seduziu todos os reis e todos os príncipes da terra; ele voltou suas espadas e cetros contra a Igreja: esta é a sua obra.

O cometa mostra duas mãos e as duas empunham uma espada, e as duas vão contra Cristo e sua Igreja, e anunciam uma guerra igual à dos primeiros séculos, porém mais horrorosa, sem comparação. (...)

Satanás desencadeado consumou sua maldade, porque obteve nesta ordem material política a apostasia de todos os reis e governos.

Eu, o Ermitão, percebendo este fato, peguei dois pedaços de madeira, fiz uma Cruz e escrevi nela Quis ut Deus? [Quem será como Deus?] (...)

O cometa significa e desvenda o desencadeamento e a libertação do diabo e, em consequência, a apostasia predita pelo apóstolo: um reino de trevas e de maldade, uma época de incredulidade e de erros.

O cometa descobre anátema, maldição, morte, guerra, anarquia social, dias de luto e pranto; e quando o Ermitão vir este sinal, quer dizer, o diabo desencadeado, vos dirá, e vos repetirá sempre a mesma coisa, certo de que o tempo confirmará a verdade destes fatos.'

terça-feira, 19 de março de 2013

19 DE MARÇO - SÃO JOSÉ


São José, esposo puríssimo de Maria Santíssima e pai adotivo de Jesus Cristo, era de origem nobre e sua genealogia remonta a David e de David aos Patriarcas do Antigo Testa­mento. Pouquíssimo sabemos da vida de José, além de suas atividades de carpinteiro em Nazaré. Mesmo o seu local de nascimento é ignorado: poderia ser Nazaré ou mesmo Belém, por ter sido a cidade de Davi. Ignora-se igualmente a data e as condições da morte de São José, mas existem fortes razões para afirmar que isso deve ter ocorrido an­tes da vida pública de Jesus. Com certeza, José já teria falecido quando da morte de Jesus, uma vez que não se explicaria, então, a recomendação feita aos cuidados mútuos à mãe e ao filho, dados, da cruz,  por Jesus a Maria e a São João Evangelista.

Não existem quaisquer relíquias de São José e se desconhece o local do seu sepultamento. Muitos pais da Igreja defendiam que, devido à sua missão e santidade, São José, a exemplo de São João Batista, teria sido consagrado antes do nasci­mento e já gozava de corpo e alma da glória de Deus no céu, em com­panhia de Jesus e sua santíssima Esposa. As virtudes e as graças concedidas a São José foram extraordinárias, pela enorme missão a ele confiada pelo Altíssimo. A dig­nidade, humildade, modéstia e pobreza, a amizade íntima com Je­sus e Maria e o papel proeminente no plano da Redenção, são atributos e méritos extraordinários que lhe garantem a influência e o poder junto ao tro­no de Deus. Pedir, portanto, a intercessão de São José, é garantia de ser ouvido no mais alto dos céus. Santa Tereza, ardorosa devota de São José, dizia: 'Não me lembro de ter-me dirigido a São José sem que tivesse obtido tudo que pedira'.

A devoção a São José na Igreja Ca­tólica é antiquíssima. A Igreja do Oriente celebra-lhe a festa, desde o século nono, no domingo depois do Natal. Foram os carmelitas que in­troduziram esta solenidade na Igreja Ocidental; os franciscanos, já em 1399, festejavam a comemoração do Santo Pa­triarca. Xisto IV inseriu-a no bre­viário e no missal; Gregório XV ge­neralizou-a em toda a Igreja. Cle­mente XI compôs o ofício, com os hinos, para a celebração da Festa de São José em 19 de março e colocou as missões na China sob a proteção do Santo. Pio IX introdu­ziu, em 1847, a festa do Patrocínio de São José e, em 1871, declarou-o Pa­droeiro da Igreja; muitos pontífices promoveram solenemente a devoção a São José, por meio de orações, homilias, encíclicas e devoções diversas.


São José, rogai por nós!

HOMILIA A SÃO JOSÉ ADORMECIDO

Queridos irmãs e irmãos:

Há pouco tempo vi em casa de uns amigos uma representação de São José que me fez pensar muito. É um alto-relevo proveniente de um retábulo português da época barroca, em que se mostra a noite da fuga para o Egito. Vê-se uma tenda aberta, e, perto dela, um anjo de pé. Dentro da tenda, José está a dormir, mas vestido com a indumentária própria de um peregrino, calçado com botas altas, necessárias para uma caminhada difícil. Se na primeira impressão parece um pouco ingênuo que o viajante apareça também como adormecido, pensando melhor começamos a perceber o que a imagem nos quer sugerir.


alto-relevo do barroco português: 'São José de Botas'

José dorme, é verdade, mas está simultaneamente disposto a ouvir a voz do anjo (Mt 2,13ss). Parece depreender-se da cena o que o Cântico dos Cânticos tinha proclamado: eu dormia, mas o meu coração estava vigilante (Cânt 5,2). Os sentidos exteriores repousam, mas o fundo da alma pode ser tocado. Nessa tenda aberta temos a representação do homem que, desde o mais profundo do seu ser, pode ouvir o que vibra no seu interior ou lhe é dito desde as alturas, do homem cujo coração está suficientemente aberto para receber aquilo que o Deus vivo e o seu anjo lhe querem comunicar. Nessa profundidade, a alma de qualquer homem pode encontrar-se com Deus. Nessa profundidade, Deus fala a cada um de nós e mostra-nos como está próximo.

Contudo, na maior parte das vezes encontramo-nos invadidos por cuidados, inquietações, expectativas e desejos de toda a espécie, tão repletos de imagens e carências produzidas pela vida de cada dia, que, por muito que vigiemos exteriormente, é-nos pedida a vigilância interior e, com ela, o som das vozes que nos falam desde o mais íntimo da alma. Esta está tão sobrecarregada e são tantas as muralhas erguidas no seu interior, que a voz suave do Deus próximo não consegue fazer-se ouvir. Com a chegada da Idade Moderna, os homens têm vindo a dominar cada vez mais o mundo e a dispor das coisas à medida dos seus desejos; mas estes avanços no nosso domínio sobre as coisas, e no conhecimento do que com elas podemos fazer, limitaram, por outro lado, a nossa sensibilidade, de tal maneira que o nosso universo se tornou unidimensional. Estamos dominados pelas nossas coisas, por todos os objetos que as nossas mãos alcançam, e que servem de instrumentos para produzir outros objetos. No fundo, não vemos outra coisa senão a nossa própria imagem, e estamos incapacitados para ouvir a voz profunda que, desde a Criação, nos fala também hoje da bondade e da beleza de Deus.

Esse José que dorme, mas que ao mesmo tempo está preparado para ouvir o que ecoe no seu íntimo e desde o alto – porque não é outra coisa o que o Evangelho deste dia acaba de nos dizer -, é o homem em que se unem o recolhimento íntimo e a prontidão. A partir da tenda aberta da sua vida, convida a retirarmo-nos um pouco do bulício dos sentidos; para que recuperemos também nós o recolhimento; para que saibamos dirigir o olhar para o interior e para o alto, para que Deus possa tocar a nossa alma e comunicar-lhe a sua palavra. A Quaresma é um tempo especialmente adequado para nos afastarmos das vicissitudes quotidianas, e dirigirmos novamente os nossos passos pelos caminhos do interior.

Passamos ao segundo ponto. Esse José que vemos pronto para se levantar e, como diz o Evangelho, cumprir a vontade de Deus (Mt 1,24; 2,14). Assim toma contato com o núcleo da vida de Maria, a resposta que ela ia dar no momento decisivo da sua existência: Eis aqui a serva do Senhor (Lc 1,38). São José reage assim: Aqui tens o teu servo! Dispõe de mim! A sua resposta coincide com a de Isaías no momento de receber o chamamento: Eis-me aqui, Senhor. Envia-me (Is 6,8, juntamente com 1 Sam 3,8ss). Esse chamamento preencherá toda a sua vida daqui em diante. Mas também há outro texto da Escritura que vem a propósito: o anúncio que Jesus faz a Pedro quando lhe diz: Levar-te-ão onde tu não queiras ir (Jo 21,10). José, com a sua celeridade, tomou-o como regra da sua vida: porque está preparado para se deixar conduzir, embora a direção não seja a que ele quer. Toda a sua vida é uma história desta correspondência.

Começou com a mensagem do anjo sobre o segredo da maternidade divina de Maria, o mistério da vinda do Messias. De repente, a ideia que tinha feito de uma vida discreta, simples e agradável, fica transtornada quando se sente associado à aventura de Deus entre os homens. Tal como sucedera no caso de Moisés perante a sarça-ardente, encontrou-se face a face com um mistério em que lhe cabe ser testemunha e co-participante. Muito brevemente saberá o que isso implica: que o nascimento do Messias não pode acontecer em Nazaré. Tem de partir para Belém, que é a cidade de David; porém, também não acontecerá aí: porque os seus não o receberam (Jo 1,11). Já aponta para a hora da Cruz: porque o Senhor terá de nascer fora de portas, num estábulo. Logo depois, chega a nova mensagem do anjo, a saída do Egito, onde irá sofrer a sorte dos que não têm casa nem pátria: refugiados, estrangeiros, desenraizados que procuram um lugar para se instalar com os seus.

Irá regressar, mas sem terem terminado os perigos. Mais tarde vai sofrer a dolorosa experiência dos três dias durante os quais Jesus está perdido (Lc 2,46), esses três dias que são como um presságio dos que mediarão entre a Cruz e a Ressurreição: dias em que o Senhor desapareceu e se sente o seu vazio. E, do mesmo modo que o Ressuscitado, não irá regressar para viver entre os seus com a familiaridade daqueles dias que terminaram. Pelo contrário, diz: Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai, e poderás estar comigo quando subires também (cf. Jo 20,17). Assim, agora, quando Jesus é encontrado no Templo, reaparece em primeiro plano o mistério de Jesus naquilo que ele tem de distanciamento, de ponderação e de grandeza. José sente-se, de certo modo, posto no seu lugar por Jesus, mas ao mesmo tempo encaminhado para o alto. Eu devia ocupar-me das coisas de meu Pai (Lc 2,19). É como se lhe dissesse: Tu não és meu pai, mas guardião que, ao ser-te confiada esta missão, recebeste o encargo de proteger o mistério da Encarnação.

E, finalmente, José morrerá sem ter visto manifestar-se a missão de Jesus. No seu silêncio ficarão sepultados todos os seus padecimentos e esperanças. A vida deste homem não foi como a daquele que, pretendendo a realização de si próprio, procura somente em si os recursos de que necessita para fazer da sua vida o que quer. Foi o homem que se nega a si mesmo, que se deixa levar para onde não queria ir. Não fez da sua vida coisa própria, mas algo para entregar. Não se deixou guiar por um plano que o seu intelecto tivesse concebido, e a sua vontade decidido, mas, respondendo aos desejos de Deus, renunciou à sua vontade para se entregar à de Outro, à vontade grandiosa do Altíssimo. E é exatamente nesta renúncia total a si próprio que o homem se descobre.

Porque a verdade é assim: somente se soubermos perder-nos, se nos dermos, podemos encontrar-nos. Quando isto sucede, não é a nossa vontade que prevalece, mas a do Pai à qual Jesus se submeteu: não se faça a minha vontade, mas a tua (Lc 22,42). E, tal como então, cumpre-se o que dizemos no Pai-Nosso: Seja feita a tua Vontade assim na terra como no Céu. Por isso S. José, com a sua renúncia, com o seu abandono, que de certo modo adiantava a imitação de Jesus crucificado, nos ensina os caminhos da fidelidade, da ressurreição e da vida.

Falta-nos um terceiro aspeto: olhando para este José, que está vestido como peregrino, compreendemos que, a partir do momento do Mistério, a sua existência seria a de quem está sempre a caminho, num constante peregrinar. A sua vida foi assim uma vida marcada pelo sinal de Abraão: porque a História de Deus entre os homens, que é a história dos seus eleitos, começa com a ordem que o pai desta estirpe recebeu: Sai da tua terra para seres um estrangeiro (Gen 12,1; Heb 9,8ss). E por ter sido uma réplica da vida de Abraão, José aparece-nos como uma antevisão da existência do cristão. Podemos comprová-lo com particular vivacidade na primeira Carta de S. Pedro e na de Paulo aos Hebreus. Como cristãos que somos – dizem-nos os Apóstolos – devemos considerar-nos estrangeiros, peregrinos e hóspedes (1 Ped 1,17; 2,11; Heb 13,14): porque a nossa morada, ou como diz S. Paulo na sua Carta aos Filipenses, a nossa cidadania está nos Céus (Fil 3,20).

Outras pinturas sobre o mesmo tema: 'o sonho de José'

Hoje em dia, estas palavras sobre o Céu soam mal: porque tendemos a acreditar que afastar-nos de cumprir as nossas obrigações na terra nos aliena do nosso mundo. Tendemos a acreditar que a nossa vocação é somente fazer da Terra um Paraíso. Porém, acontece que na realidade, ao comportar-nos desse modo, o que estamos a fazer é precisamente destruir a Criação. Porque, no fundo, os anseios do homem apontam na direção do infinito. Daí que, hoje mais do que nunca, nos demos conta que unicamente Deus consegue saciar o homem por completo. Estamos feitos de tal forma, que as coisas finitas nos deixam sempre insatisfeitos, porque precisamos de muito mais: necessitamos do Amor inesgotável, da Verdade e da Beleza ilimitadas.

Embora esse anseio seja irreprimível, podemos retirá-lo dos nossos horizontes e procurarmos o infinito naquilo que não no-lo pode dar. Querendo ter o Céu já na terra, esperamos e exigimos tudo dela e da atual sociedade. Porém, na sua intenção de extrair do finito o infinito, o homem espezinha a terra e impossibilita uma ordenada convivência social com os outros, porque os vê como ameaça ou obstáculo. Somente quando aprendermos novamente a dirigir o nosso olhar para o Céu, brilhará também a terra em todo o seu esplendor. Só quando dermos vida às grandes esperanças dos nossos ânimos com a ideia de um eterno estar com Deus, e nos sentirmos novamente peregrinos a caminho da Eternidade, em vez de nos apegarmos a esta terra, só então os nossos anseios irradiarão para este mundo para que tenha também ele esperança e paz.

Por tudo isto, demos graças a Deus neste dia porque nos deu esse Santo, que nos fala de recolhimento com Ele; que nos ensina a prontidão e a obediência e a atitude dos caminhantes que se deixam dirigir por Deus; e que, por isso mesmo, nos diz a maneira de servir igualmente a nossa terra. Imploremos a graça para que, mostrando também nós vigilância e prontidão, sejamos um dia recebidos por Deus, que é o nosso autêntico destino de caminhantes.

(Homilia do então Cardeal Joseph Ratzinger, Roma, 19/03/1992)

segunda-feira, 18 de março de 2013

ORAÇÕES A SÃO JOSÉ


I - ORAÇÃO A SÃO JOSÉ (SÃO PIO X)

Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados;
De trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações;
De trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus;
De trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades;
De trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!
Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, ó Patriarca São José!
Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém.

II - ORAÇÃO A SÃO JOSÉ

Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de tomar possíveis as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos. Tomai sob a vossa proteção a causa que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.
Ó Pai muito amado, em vós depositamos toda nossa confiança. Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder.
São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais santa família que jamais houve, sede o pai e protetor da nossa e impetrai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria.
São José do Perpétuo Socorro, rogai por nós que recorremos a vós.

III - ORAÇÃO A SÃO JOSÉ

A vós São José, recorremos na nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio da vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança, solicitamos o vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes para com o Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno à herança que Jesus Cristo conquistou com o seu Sangue, e nos assistais, nas nossas necessidades, com o vosso auxílio e poder.
Protegei, ó guarda providente da Divina Família, a raça escolhida de Jesus Cristo;
Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício; assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e, assim, como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas dos seus inimigos e contra toda a adversidade.
Amparai a cada um de nós, com vosso constante patrocínio, a fim de que a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, piedosamente morrer e obter no Céu a eterna bem-aventurança. Amém.

IV - LADAINHA A SÃO JOSÉ 

São José, pai virginal de Jesus, rogai por nós.
São José esposo virginal de Maria, rogai por nós.
São José, homem justo segundo o coração de Deus, rogai por nós.
São José, custódio fiel da Mãe e do filho de Deus, rogai por nós.
São José, confidente íntimo dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José, fiel imitador das virtudes destes Sagrados Corações, rogai por nós.
São José, modelo de vida oculta e de íntima união com os Sagrados Corações de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José, modelo de generosidade para com os Sagrados Corações de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José, consolado em vossas provas por estes Sagrados Corações, rogai por nós.
São José, que vivestes em Nazaré na paz dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José, revestido de autoridade paternal sobre o Sagrado Coração de Jesus Cristo, rogai por nós.
São José, ardente em amor pelos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José que aprendestes a doçura, a humildade e a misericórdia na escola destes Sagrados Corações, rogai por nós.
São José, instruído na vida interior na escola destes Sagrados Corações, rogai por nós.
São José, que participais no céu das delícias destes Sagrados Corações, rogai por nós.
São José, que ocupais no céu um lugar perto de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José, poderoso protetor da Igreja, rogai por nós.
São José, compassivo advogado da Igreja, rogai por nós.
Adiantai com vossas súplicas o triunfo da Igreja, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Consolai e protegei a nosso Soberano Pontífice, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Cuidai e defendei a nossa amada pátria, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Pedi para nós o amor dos Sagrados Corações, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Rogai por todas as Famílias, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Rogai por todas a Congregações Religiosas, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Rogai pelos Sacerdotes e os Missionários, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Rogai por todos os Apóstolos dos Dois Corações, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Rogai por todos os pecadores e os que estão no erro, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!

Oração


Ó Deus, que ofereceis a São José como modelo da verdadeira devoção aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, e a ele nos dais como patrono em meio das provas que afligem ao mundo e a Igreja! Concedei-nos por sua intercessão a graça de chegar a sermos verdadeiros filhos destes Sagrados Corações. Vós o pedimos pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

O CORDÃO DE SÃO JOSÉ


O Cordão de São José teve origem na Bélgica, na cidade de Anvers, onde se localizava o convento das Agostinianas. Conta-se que Sóror Isabel Sillevorts foi, em determinada ocasião, atacada do 'mal de pedra', sem que todos os recursos da medicina, empregados para curá-la, surtissem qualquer efeito. Devota de São José, Sóror Isabel, animada da mais firme confiança no patrocínio deste Glorioso Santo, conseguiu que um Sacerdote lhe benzesse um cordão, cingindo-o à cintura, em homenagem ao grande Patriarca, abandonando, dessa forma, os recursos da terapêutica e iniciando, com todo o fervor, uma Novena de Súplica ao Esposo puríssimo da Virgem Maria, Mãe de Deus. 

Alguns dias depois, mais precisamente em 10 de junho de 1649, quando, entre fortes dores, fazia ao Santo as mais ardentes súplicas, Sóror Isabel se vê livre de um cálculo de dimensões muito grandes, ficando, assim, completamente curada. A repercussão do milagre foi muito grande e rápida, fazendo com que aumentasse, nos habitantes de Anvers, a devoção a São José, que já não era pequena. Em 1842, na Igreja de São Nicolau, em Verona, por ocasião dos piedosos exercícios do mês de São Paulo, foi esse fato publicado, causando grande repercussão e muitas pessoas enfermas cingiram-se com o cordão bento e experimentaram o valioso auxílio do Glorioso Patriarca, o Santíssimo José.

O uso do Cordão de São José foi crescendo cada vez mais e, hoje, ele não é só procurado para alívio das enfermidades corporais, mas, também, e com igual sucesso, para os perigos da alma. Devemos, também, salientar que, o Cordão de São José é utilizado como uma arma poderosa, contra o demônio da impureza. Devido à sua comprovada eficácia contra os males corporais, espirituais e morais, a Santa Sé autorizou a Devoção do Cordão de São José, permitindo até que fosse usado pública e solenemente. 

Permitiu, também, a Santa Sé a fundação da Confraria e Arquiconfraria do Cordão de São José, elevando uma delas à categoria de primária. Em setembro de 1859, dando provimento a uma petição do Bispo de Verona, a Sagrada Congregação dos Ritos aprovou a fórmula da Bênção do Cordão de São José. O Cordão de São José deve ser confeccionado com linho ou algodão bem alvejado. A pureza e a alvura desses materiais nos hão de indicar a candura e a virginal pureza de São José, castíssimo esposo da Virgem Maria, Mãe de Deus.

Numa das extremidades, o Cordão tem Sete nós que representam as sete tristezas e as sete alegrias do Glorioso São José. Por fim, deve o Cordão de São José ser bento com bênção própria, por sacerdotes outorgados para tais fins. O Cordão de São José, desde que esteja bento, pode ser usado das seguintes formas: cingido à cintura sob a roupa (o cordão maior), no pulso (o cordão menor) ou tê-lo bem guardado para ser usado por ocasião de dores e sofrimentos físicos, aplicando-o com fé na parte enferma do corpo, como costumamos fazer com medalhas do Senhor Jesus e de Nossa Senhora, rezando, então, a São José, sete vezes o Glória ao Pai. 

Pode também ser usado no carro, nos livros escolares, na carteira de documentos, na carteira de motorista, no travesseiro etc. Pode, também, ser colocado na cabeceira do doente e no pulso. As pessoas que usarem, habitualmente, o Cordão de São José terão a graça da boa morte. Aqueles que o trouxerem, constantemente, consigo, terão proteção, especialmente, na guarda e na defesa da sublime virtude da castidade, em qualquer de seus três graus e categorias. O Cordão de São José pode e deve ser usado pelas gestantes que o levarão cingido à cintura, protegendo-as do perigo de aborto, nos partos difíceis, etc, como comprovam centenas de fatos. Deve-se rezar, diariamente, Sete Glórias ao Pai em honra das sete dores e das sete alegrias de São José, ou qualquer outra oração a São José. 

O Papa Pio IX enriqueceu esta fácil e benéfica devoção, com várias indulgências plenárias e parciais, mediante o uso do cordão nos seguintes dias:

Indulgências Plenárias: no dia do recebimento do Cordão; no dia de Natal (25/12); na festa de Nossa Senhora Mãe de Deus (01/01); na festa de Reis (06/01); na festa da Páscoa, na festa da Ascensão, na festa de Pentecostes e na festa de Corpus Christi; na Festa do Sagrado Coração de Jesus; na festa do Imaculado Coração de Maria (22/08); na Festa da Assunção de Nossa Senhora (15/08); na Festa dos Esponsais de São José (23/01); na Festa de São José (19/03); na festa de São José Operário (01/05) e em perigo de morte.

Condições para ganhar as indulgências plenárias: i) Confissão; ii) Comunhão; iii) Rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai, nas intenções do Santo Padre o Papa. 

Deve-se rezar diariamente sete Glórias ao Pai ou a oração própria em honra das sete dores e das sete alegrias de São José (ou ainda qualquer outra oração devota a São José).

(do blog Missa Tridentina em Portugal)


PAIS E DOUTORES DA IGREJA CATÓLICA

PAIS DA IGREJA - GREGOS OU ORIENTAIS

São Anastásio Sinaita (falecido em 700)
São André de Creta (falecido em 740)
Aphraates (falecido no século IV)
São Arquelau (falecido em 282)
São Atanásio (falecido em 373)
Atenágoras (falecido no século II)
São Basílio, o grande (falecido em 379)
São Cesário de Nazianzeno (falecido em 369)
São Clemente da Alexandria (falecido em 215)
São Clemente de Roma (falecido em 97)
São Cirilo da Alexandria (falecido em 444)
São Cirilo de Jerusalem (falecido em 386)
Dídimo, o Cego (falecido em 398)
Diodoro de Társus (falecido em 392)
São Dionísio, o grande (falecido em 264)
São Epifânio (falecido em 403)
Eusébio da Cesareia (falecido em 340)
São Eustáquio da Antioquia (falecido no século IV)
São Firmiliano (falecido em 268)
Genádio de Constantinopla (falecido no século V)
São Germano (falecido em 732)
São Gregório de Nazianzeno (falecido em 390)
São Gregório de Nissa (falecido em 395)
São Gregório Thaumaturgo (falecido em 268)
Hermas (falecido no segundo século)
São Hipólito (falecido em 236)
Santo Inácio da  Antioquia (falecido em 107)
São Isidoro de Pelusium (falecido em 450)
São João Crisóstomo (falecido em 407)
São João Clímaco (falecido em 649)
São João Damasceno (falecido em 749)
São Júlio I (falecido em 352)
São Justino, Mártir (falecido em 165)
São Leôncio de Bizâncio (falecido no sexto século)
São Macarius (falecido em 390)
São Máximus, o confessor (falecido em 662)
São Melito (falecido em 180)
São Methódio de Olympus (falecido em 311)
São Nilo, o Velho (falecido em 430)
Origens (falecido em 254)
São Policarpo (falecido em 155)
São Proclus (falecido em 446)
Pseudo-Dionísio, o Areopagita (falecido no século VI)
São Serapião (falecido em 370)
São Sofrônio (falecido em 638)
Tatiano (falecido no século II)
Theodoro de Mopsuestia (falecido em 428)
Theodoro de Cirrus (falecido em 458)
São Theófilo da Antioquia (falecido no século II)


 PAIS DA IGREJA - LATINOS OU OCIDENTAIS

Santo Ambrósio de Milan (falecido em 397)
Arnóbius (falecido em 330)
Santo Agostinho de Hippo (falecido em 430)
São Benedito de  Núrsia - São Bento (falecido em 550)
São Cesário de Arles (falecido em 542)
São João Cassiano (falecido em 435)
São Celestino I (falecido em 432)
São Cornélio (falecido em 253)
São Cipriano de Cartago (falecido em 258)
São Dâmaso I (falecido em 384)
São Dionísio (falecido em 268)
Santo Enódio (falecido em 521)
São Euchérius de Lyon (falecido em 450)
São Fulgêncio (falecido em 533).
São Gregório de Elvira (falecido em 392)
São Gregório, o magno (falecido em 604)
Santo Hilário de Poitiers (falecido em 367)
São Inocêncio I (falecido em 417)
São Irineu de  Lyon (falecido em 202)
São Isidoro de Sevilha (falecido em 636)
São Jerônimo (falecido em 420)
Lactantius (falecido em 323)
São Leo, o grande (falecido em 461)
Marius Mercator (falecido em 451)
Marius Victorinus (falecido no século IV)
Minucius Felix (falecido no século II)
Novatiano (falecido em 257)
São Optatus (fale
cido no século IV)
São Paciano (fale
cido em 390)
São Pamphilus (fale
cido em 309)
São Paulino de Nola (fale
cido em 431)
São Pedro Crisólogo (falecido em 450)
São Phoebadius de Agen (falecido no Século IV)
Rufino de Aquiléia (falecido em 410)
Salviano (falecido no século V)
São Siricius (falecido em 399)
Tertuliano (falecido em 222)

São Vincente de Lérins (falecido em 450)

 DOUTORES DA IGREJA

01. S. Atanásio – (295 -373), bispo, Alexandria
02. S. Efrém – (306 – 373), diácono, Síria
03. S. Hilário de Poitiers – (310 – 367) – bispo, França
04. S. Cirilo de Jerusalém – (315 – 386) – bispo
05. S. Basílio Magno (330 – 369) – bispo, Itália
06. S. Gregório Nazianzeno – (330 – 379), bispo, Turquia
07. S. Ambrósio – (340 – 397), bispo, Itália
08. S. Jerônimo ( 348 – 420), presbítero, Itália
09. S. João Crisóstomo – (349 – 407), bispo, Constantinopla
10. S. Agostinho – (354 – 430), bispo - África
11. S. Cirilo de Alexandria – (370 – 442), bispo
12. S. Pedro Crisólogo – (380 – 451), bispo, Itália
13. S. Leão Magno – (400 – 461), papa, Toscana, Itália
14. S. Gregório Magno – (540 – 604), papa, Itália
15. S. Isidoro – (560 – 636), bispo, Sevilha, Espanha
16. S. João Damasceno – (650 – 749), sacerdote, Constantinopla
17. S. Beda Venerável – (672 – 735), Newcastle, Inglaterra
18. S. Pedro Damião – ( 1007 – 1072), bispo, Itália
19. S. Anselmo – (1033 – 1109), bispo, Inglaterra
20. S. Bernardo (1090 – 1153), abade – Dijon, França
21. S. Antonio de Pádua – (1195 – 1231), sacerdote, Portugal
22. S. Alberto Magno – ( 1206 – 1280), bispo, Alemanha
23. S. Boaventura – ( 1218 – 1274 ), bispo, Itália
24. S. Tomás de Aquino – (1225 – 1274), sacerdote, Itália
25. S. Catarina de Sena – (1347 – 1380), virgem, Sena , Itália
26. S. Teresa de Ávila – (1515 – 1582) , virgem, Espanha
27. S. Pedro Canísio – (1521 – 1597), presbítero, Itália
28. S. João da Cruz – (1542 – 1591), presbítero, Espanha
29. S. Roberto Belarmino – (1542 – 1621), Itália
30. S. Lourenço de Brindes – (1559 – 1619), Itália
31. S. Francisco de Sales – (1567 – 1655), bispo, França
32. S. Afonso de Ligório – (1696 – 1787), bispo, Itália
33. S. Teresa de Lisieux – (1873 – 1897) , virgem, França
34. S. João D'Ávila (1499 - 1569), sacerdote, Espanha
35. S. Hildegarda de Bingen (1098 - 1179), monja beneditina, Alemanha.


Hoje é dia de São Cirilo de Jerusalém, proclamado doutor da Igreja Católica pelo Papa Leão XIII em 1882.


São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós!

domingo, 17 de março de 2013

JESUS E A MULHER ADÚLTERA


Neste Quinto Domingo da Quaresma, o Evangelho ratifica, mais uma vez, o testamento da misericórdia infinita de Deus. Deus, sendo Amor e Misericórdia infinitos, quer a salvação do homem e espera, com imensos tesouros da graça e paciência, a volta do filho pródigo ou a conversão da mulher adúltera, a floração da figueira ainda estéril, o encontro da dracma perdida ou o reencontro com a ovelha desgarrada.

Jesus está no templo, depois de uma noite de orações no Monte das Oliveiras, pregando sabedoria e misericórdia ao povo reunido à sua volta. E eis que, de repente, é interrompido pela entrada súbita de um bando de fariseus que trazem consigo uma mulher apanhada em adultério. Os fariseus interrogam Jesus, então, com malícia diabólica: 'Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?' (Jo 8, 4-5). O dilema impetrado pela iniquidade era sórdido:  Jesus, condenando a pecadora à morte, violaria a lei romana ou salvando-lhe a vida, desconsideraria a Lei de Moisés. Qualquer que fosse a sua decisão, manifestada publicamente no Templo, Jesus estaria exposto às violações e sanções das leis romanas ou às do Sinédrio.

Diante da investida maliciosa 'Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão' (Jo 8, 6).  Trata-se da única referência a Jesus escrevendo nas Escrituras. O que teria Jesus escrito no chão? Palavras ou uma frase inteira? Os nomes ou a relação dos pecados dos homens à sua volta? Com o dedo no chão...seria o piso de uma das áreas internas do Templo de terra solta ou areia? Num piso de pedra, como entender a escrita do dedo de Jesus? Perguntas sem respostas ecoando pelos tempos.

Mas, certamente, foi algo que lhes dissipou o frêmito. Por que diante ainda de questionamentos de outros e ante a resposta contundente de Jesus: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra' (Jo 8, 7), começaram a sair em silêncio, um a um, a começar dos mais velhos. Não ficou nenhum dos acusadores e a mulher adúltera se viu, então, sozinha diante de Jesus. E Jesus manifesta à mulher pecadora a imensa misericórdia de Deus e a graça do perdão: 'Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais' (Jo 8, 11).

Naquele dia, no templo, os fariseus transtornados de orgulho tornaram-se réus de sua própria malícia e suspeição; a mulher, exposta à execração pública pelo pecado cometido, obteve a graça do perdão. Naquele dia, no templo, não sabemos exatamente o que Jesus escreveu no chão, mas foi algo que marcou indelevelmente o tesouro das graças divinas, numa mensagem gravada a ferro e a fogo no coração humano: 'Quero a misericórdia e não o sacrifício...' (Mt 12, 7).