sábado, 8 de dezembro de 2012

GLÓRIAS DE MARIA: IMACULADA CONCEIÇÃO


'Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina de que a Bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em atenção aos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de culpa original; essa doutrina foi revelada por Deus, e deve ser, portanto, firme e constantemente crida por todos os fiéis'.

(Beato Papa Pio IX, na proclamação do dogma da Imaculada Conceição, em 08 de dezembro de 1854)

Nossa Senhora, criatura superior a tudo quanto já foi criado, e inferior somente à humanidade santíssima de Nosso Senhor Jesus Cristo, recebeu de Deus o privilégio incomparável da Imaculada Conceição. Desta forma, Maria foi preservada de qualquer pecado desde que foi concebida, porque recebeu naquele instante o Espírito Santo de Deus. O 'sim' de sua entrega incondicional à vontade de Deus não teria sido possível se, mesmo livre de qualquer  pecado durante toda a sua vida, Maria tivesse, a exemplo de toda a humanidade, a mancha do pecado original. Deus, ao cumular Maria de tantas graças extraordinárias, não permitiu que ela estivesse separada dele em nenhum segundo de sua existência e, assim, Maria não conheceu o pecado desde a sua concepção.

A Santa Igreja ensina que Maria Santíssima foi preservada do pecado original, em previsão aos futuros méritos da Vida, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo que, assim, a pré-redimiu desde o primeiro instante da sua existência. Sendo concebida sem pecado original, Maria ficou também preservada de qualquer tendência para o mal decorrente do pecado original. Não é crível que Deus Pai onipotente, podendo criar um ser em perfeita santidade e na plenitude de inocência, não fizesse uso de seu poder a favor da Mãe de seu Divino Filho. Como explicitou, de forma definitiva, o beato franciscano João Duns Scoto (1265-1308), em sua exposição quando da defesa da Imaculada Conceição na Universidade de Paris: 'Potuit, decuit, ergo fecit' (Deus podia fazê-lo, convinha que o fizesse, logo o fez).

O fundamento deste privilégio mariano está na absoluta oposição existente entre Deus e o pecado. Ao homem concebido no pecado, contrapõe-se Maria, concebida sem pecado. A confirmação do dogma, a partir de manifestações que remontam os primeiros Padres da Igreja, foi ratificada muitas vezes pela própria Mãe de Deus, em várias aparições:

'Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!' foi a mensagem que Nossa Senhora pediu que fosse inscrita na Medalha Milagrosa,  mediante recomendação expressa a Santa Catarina Labouré em 1830 (24 anos antes da promulgação formal do dogma pela Igreja).

'Eu sou a Imaculada Conceição!' assim Nossa Senhora se apresenta à pequena vidente Bernadette Soubirous em Lourdes, no dia 25 de março de 1858 (apenas 4 anos depois da promulgação formal do dogma pela Igreja).

'Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!mensagem de Nossa Senhora em Fátima sobre a devoção ao seu Coração Imaculado.

Excertos da Bula INEFFABILIS DEUS de Pio IX
                       Pio IX
1. Misericórdia e verdade são os caminhos do Deus inefável; onipotente é sua vontade, e sua sabedoria se estende poderosamente de uma extremidade a outra, dispondo todas as coisas com suavidade (Sb 8, 1). Desde os dias da eternidade previu Deus a mais dolorosa ruína de todo o humano gênero, que resultaria do pecado de Adão. Por isso, num mistério escondido nos séculos, determinou Ele completar a primeira obra de sua bondade, num mistério ainda mais esconso, pela Encarnação do Verbo, para que o homem, induzido ao pecado pela ardilosa perversidade do demônio, não perecesse, contrariamente ao seu desígnio cheio de clemência; e assim, o que estava em iminência de ser frustrado no primeiro Adão fosse restituído, com maior felicidade, no Segundo Adão.
Escolha da Santíssima Mãe

2. Em vista disso, desde todos os tempos, escolheu Deus e predestinou uma mãe para o seu Unigênito Filho, na qual se encarnaria e viria ao mundo, quando a abençoada plenitude dos tempos houvesse chegado. E a ela dispensou Deus mais amor que a todas as outras criaturas, e nela somente achava agrado, com a mais afetuosa complacência. Por isso a cumulou, de maneira tão admirável, da abundância dos bens celestes do tesouro de sua divindade, mais que a todos os outros espíritos angélicos e todos os santos, de tal forma que ficaria absolutamente isenta de toda e qualquer mancha de pecado, podendo, assim, toda bela e perfeita, ostentar uma inocência e santidade tão abundantes, quais outras não se conhecem abaixo de Deus, e que pessoa alguma, além de Deus, jamais alcançaria, nem em espírito.

Com efeito, era conveniente que tão venerável Mãe brilhasse sempre aureolada do esplendor da mais perfeita santidade, e que fosse de todo isenta até da própria mácula do pecado original, alcançando, assim, o mais completo triunfo sobre a antiga Serpente (Gn 3, 15). E tudo isto por ser ela a criatura a quem Deus Pai quis dar seu Filho Único, o qual gerou de seu próprio coração, igual a Si e a quem Ele ama como a Si mesmo. Deu-Lho, de forma que Ele é, por natureza, um e o mesmo Filho de Deus Pai e da Virgem. Ela é, também, o ser que o próprio Filho escolheu e fez real e verdadeiramente sua Mãe. Ela é, enfim, a criatura de quem o Espírito Santo quis que o Filho, do qual procede, fosse concebido e nascido por obra sua. [...]
Pedidos para a Definição

33. Aqui a razão por que, desde os tempos remotos, os bispos da Igreja, eclesiásticos, ordens religiosas e até imperadores e reis dirigiram fervorosos memoriais à Sé Apostólica, em prol da definição da Imaculada Conceição da Virgem Mãe de Deus como dogma da fé católica. Mesmo em nossos dias, reiteraram-se estas petições. Foram elas dirigidas, de modo especial, à atenção de Nosso antecessor Gregório XVI, de saudosa memória, e a Nós mesmo, não só por bispos, mas também pelo clero secular, comunidades religiosas, por legisladores de nações e pelos fiéis. [...]
O Consistório

39. Após estes acontecimentos, desejando proceder de modo conveniente e reto, a exemplo de Nossos antecessores anunciamos e celebramos um Consistório, no qual Nos dirigimos a Nossos Irmãos, os Cardeais da Santa Igreja Romana. Foi para Nós a maior alegria espiritual ao ouvi-los suplicarem promulgássemos a definição do dogma da Conceição Imaculada da Virgem Mãe de Deus.

40. Por isso, tendo plena confiança no Senhor de que já chegou o tempo oportuno para a definição da Imaculada Conceição da Virgem Maria, Mãe de Deus, que as Divinas Escrituras, a veneranda Tradição, o desejo incessante da Igreja, o singular consentimento dos Bispos católicos e dos fiéis, e os atos e constituições assinalados dos Nossos antecessores ilustram e proclamam; havendo considerado diligentemente todos os acontecimentos e tendo dirigido a Deus solícitas e sinceras preces, Nós  julgamos não devermos fazer tardar por mais tempo a ratificação e definição, por Nossa autoridade suprema, da Imaculada Conceição da Virgem, satisfazendo, assim, os mais santos desejos do Orbe Católico e de Nossa própria devoção para com a Santíssima Virgem; e honrando, na Virgem, sempre mais o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, Senhor Nosso, visto que toda honra e louvor votados à Mãe revertem para o Filho.
A Definição Infalível

41. Pelo que, em oração e jejum, não cessamos de oferecer a Deus Pai, por seu Filho, Nossas preces particulares e as de todos os filhos da Igreja, para que se dignasse dirigir e fortalecer Nossa inteligência com a força do Espírito Santo. Imploramos, ainda, a ajuda de toda a milícia celeste e, com verdadeiros anelos do coração, invocamos o Paráclito. Portanto, por sua inspiração, para honra da Santa e Indivisa Trindade, para glória e adorno da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da Fé Católica e para a propagação da Religião Católica, com a autoridade de Jesus Cristo, Senhor Nosso, dos Bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e Nossa, declaramos, promulgamos e definimos que a Bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, foi preservada de toda mancha de pecado original, por singular graça e privilégio do Deus Onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador dos homens, e que esta doutrina está contida na Revelação Divina, devendo, por conseguinte, ser crida firme e inabalavelmente por todos os fiéis.

42. Em conseqüência, se alguém ousar – o que Deus não permita – pensar contrariamente ao que definimos, saiba e esteja ciente de que ipso facto  incidiu em anátema, de que naufragou na fé e apostatou da unidade da Igreja; além disso, por sua própria causa incorre nas penalidades estabelecidas por lei, caso se atreva a manifestar, por palavras ou por escrito, ou por  outros quaisquer meios externos, sua opinião íntima.
Frutos da Imaculada Medianeira

43. Nossa língua transborda de alegria e nosso coração rejubila. Rendemos e não cessaremos de render os mais humildes e sinceros agradecimentos a Cristo Jesus, Senhor Nosso, por Nos ter concedido, embora indigno, por singular favor seu, decretar e oferecer esta honra, glória e louvor à Santíssima Mãe. Ela, toda pura e imaculada, esmagou a cabeça envenenada do mais cruel dragão, trazendo ao mundo a salvação; Ela é a glória dos Profetas e dos Apóstolos, a honra dos Mártires, a coroa e delícia dos Santos; o refúgio mais seguro, o mais valioso amparo de quantos se acham em perigos. Com o seu Unigênito Filho, Ela é a mais poderosa Mediadora e Consoladora no mundo universo. Ela é a suma glória e ornamento, a fortaleza inexpugnável da Santa Igreja. Pois Ela destruiu todas as heresias e livrou os povos e nações fiéis de todas as calamidades gravíssimas. Também a Nós livrou-Nos de tantos perigos que nos assediavam. Temos, pois, confiança e esperança absolutas e totais de que a Bem-aventurada Virgem, por seu patrocínio valiosíssimo, fará com que todas as dificuldades sejam removidas e todos os erros dissipados, a fim de que Nossa Santa Madre Igreja Católica possa florescer, sempre mais, entre todas as nações e povos e possa espalhar seu reino “de mar a mar, do rio até aos confins da terra” (Sl 71, 8), e desfrute de perfeita paz, tranqüilidade e liberalidade. Ela obterá, também, perdão aos pecadores, saúde aos doentes, alento aos fracos, consolo aos aflitos, amparo aos que estão em perigo. Ela há de apagar a cegueira espiritual dos que erram, para que possam voltar às sendas da verdade e da justiça, e para que haja um só rebanho e um só pastor.

44. Que todos os filhos da Igreja Católica, tão caros ao Nosso coração, ouçam estas Nossas palavras. Continuem, com um zelo ainda mais ardente de piedade, de religião e amor, a cultuar, invocar e orar à Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, concebida sem pecado original. Recorram com inteira confiança a esta Mãe dulcíssima de clemência e de graça nos perigos, dificuldades, necessidades, dúvidas e temores. Pois, sob sua égide, seu patrocínio, sua proteção, não há receios e nem desesperanças. Porque, enquanto Nos dedica uma afeição verdadeiramente maternal e zela pela obra de Nossa salvação, Ela se mostra solícita para com todo o gênero humano. E, desde que foi designada por Deus para ser a Rainha do Céu e da Terra e exaltada acima de todos os coros angélicos e de todos os Santos, Ela assentada à direita de seu Unigênito Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, apresenta nossos rogos da maneira mais eficiente, e alcança o que pede, pois sempre é atendida.[...]
Publicação da Definição

45. Para que, finalmente, esta Nossa definição da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria seja conhecida de toda a Igreja, desejamos que esta Nossa Carta Apostólica se torne um memorial perpétuo; ordenamos, também, que os transcritos e publicações que vierem a ser feitos e postos à venda ou ao público, contenham a mesma autenticidade do original. Tais traslados e cópias, contudo, devem ser subscritos por um notário e autenticados pela censura de uma pessoa da ordem eclesiástica. Por isso, que ninguém infrinja este documento de Nossa declaração, promulgação e definição, nem se oponha ou contradite temerária e atrevidamente. Se alguém se der a liberdade de intentar tal, saiba que incorrrerá na cólera do Deus Onipotente e dos Bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo.

Dada em Roma, junto de São Pedro, aos 8 do mês de Dezembro do ano de 1854 da Encarnação de Nosso Senhor, 9º ano de Nosso Pontificado.




    Pio IX, PAPA

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DE DEZEMBRO

Terceira Sexta-Feira da Devoção

Eu te prometo, na excessiva misericórdia de meu coração, que meu amor onipotente concederá a todos os que comunguem nas primeiras sextas-feiras de mês, durante nove meses consecutivos, a graça da penitência final, e que não morram em minha desgraça, nem sem receber os Santos Sacramentos, assegurando-lhes minha assistência na hora final. 

Ó bom Jesus, que prometestes assistir em vida, e especialmente na hora da morte, a quem invoque com confiança vosso Divino Coração! Eu vos ofereço a comunhão do presente dia, a fim de obter, por intercessão de Maria Santíssima, vossa Mãe, a graça de poder fazer as minhas nove primeiras sextas-feiras, de modo a alcançar uma santa morte e a merecer a glória do céu. Amém.




Oração Final

Meu Jesus, eu vos dou meu coração, consagro-vos toda minha vida e em vossas mãos ponho a eterna sorte de minha alma. Eu vos peço a graça especial de fazer as minhas nove primeiras sextas-feiras com todas as disposições necessárias para ser participante da maior de vossas promessas, a fim de, um dia, estar convosco por toda a eternidade no céu. Amém.

ATO DE CONSAGRAÇÃO DAS FAMÍLIAS
AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

SAGRADO CORAÇÃO de Jesus, que manifestastes a Santa Margarida Maria o desejo de reinar sobre as famílias cristãs, nós vimos hoje proclamar vossa realeza absoluta sobre a nossa família. Queremos, de agora em diante, viver a vossa vida; queremos que floresçam, em nosso meio, as virtudes às quais prometestes, já neste mundo, a paz. 

Queremos banir para longe de nós o espírito mundano que amaldiçoastes. Vós reinareis em nossas inteligências pela simplicidade de nossa fé; em nossos corações pelo amor sem reservas de que estamos abrasados para convosco, e cuja chama entreteremos pela recepção freqüente de vossa divina Eucaristia. 

Dignai-Vos, Coração divino, presidir as nossas reuniões, abençoar as nossas empresas espirituais e temporais, afastar de nós as aflições, santificar as nossas alegrias, aliviar as nossas penas. 

Se, alguma vez, algum de nós tiver a infelicidade de Vos ofender, lembrai-Vos, ó Coração de Jesus, que sois bom e misericordioso para com o pecador arrependido. E quando soar a hora da separação, nós todos, os que partem e os que ficam, seremos submissos aos vossos eternos desígnios. Consolar-nos-emos com o pensamento de que há de vir um dia em que toda a família, reunida no Céu, poderá cantar para sempre a vossa glória e os vossos benefícios. 

Digne-se o Coração Imaculado de Maria, digne-se o glorioso Patriarca São José apresentar-Vos esta consagração e no-la lembrar todos os dias de nossa vida. Viva o Coração de Jesus, nosso Rei e nosso Pai.

                                                  Texto aprovado pelo Papa São Pio X em 1908.

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS



A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque  durante a oitava da festa de Corpus Christi  de 1675...

         “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.

... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

    Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

    Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

    De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

    Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

    Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número de almas possível.

    Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

MANUAL DAS INDULGÊNCIAS (VI)


51. Salve, Rainha
Indulgência parcial: rezar com piedosa devoção a oração abaixo

Salve, Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas! Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre! Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. 

52. Santa Maria, socorrei os pobres
Indulgência parcial: rezar com piedosa devoção a oração abaixo

Santa Maria, socorrei os pobres, ajudai os fracos, consolai os tristes, rogai pelo povo, auxiliai o clero, intercedei por todas as mulheres: sintam todos a vossa ajuda, todos os que celebram a vossa memória.

53. Santos Apóstolos Pedro e Paulo
Indulgência parcial: rezar com piedosa devoção a oração abaixo

Santos Apóstolos Pedro e Paulo, intercedei por nós. Protegei, Senhor, o vosso povo, que confia na proteção dos vossos Apóstolos Pedro e Paulo, e conservai-o com a vossa contínua defesa. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

54. O culto aos Santos
Indulgência parcial: concede-se indulgência parcial ao fiel que, no dia da celebração litúrgica de qualquer Santo, recitar em sua honra a oração tomada do Missal ou outra aprovada pela autoridade eclesiástica.

55. Sinal da cruz
Indulgência parcial: concede-se indulgência parcial ao fiel que faça devotamente o sinal da cruz, proferindo as palavras costumeiras: 'Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.'

56. Visita às igrejas estacionais
Indulgência parcial: concede-se indulgência parcial ao fiel que visitar com devoção a igreja estacional em seu dia próprio;
Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar com devoção a igreja estacional em seu dia próprio e se, além disso, assistir às sagradas funções que pela manhã ou à tarde se celebram na mesma.

57. À vossa proteção
Indulgência parcial: rezar com piedosa devoção a oração abaixo

À vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.

58. Sínodo diocesano
Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária uma só vez ao fiel que, no tempo do sínodo diocesano, visitar piedosamente a igreja em que o sínodo se reúne e aí recitar o Pai-nosso e o Credo.

59. Tão sublime sacramento
Indulgência parcial: rezar com piedosa devoção a oração abaixo

Tão sublime sacramento
vamos todos adorar,
pois um Novo testamento
vem o antigo suplantar!
Seja a fé nosso argumento
se o sentido nos faltar.
Ao eterno Pai cantemos
e a Jesus, o Salvador,
igual honra tributemos,
ao Espírito de amor.
Nossos hinos cantaremos,
chegue ao céus nosso louvor.
Amém.
Do céu lhes deste o pão,
Que contém todo o sabor.
Oremos: Senhor Jesus Cristo, neste admirável Sacramento, nos deixastes o memorial da vossa Paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o  mistério do vosso corpo e do vosso sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós que viveis e reinais para sempre.
Amém. 

Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária ao fiel que recitar com piedade estas oração na quinta-feira da semana santa depois da missa da Ceia do Senhor, e na ação litúrgica da solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.

60. Te Deum (A vós, ó Deus)
Indulgência parcial: concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar com piedosa devoção o hino Te Deum (A vós, ó Deus) em ação de graças.


A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, eterno Pai,
adora toda a terra.
A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo,
Santo, Senhor, Deus do universo!
Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos.
Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos mártires.
A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade.
E adora juntamente
o vosso Filho Único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.
Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.
Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.
Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.
Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.
Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.

(parte que pode ser omitida, se for oportuno)

Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.
Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.
Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.
Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.
Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!

Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária ao fiel que recitar o hino Te Deum (A vós, ó Deus) em ação de graças, quando recitado em público no último dia do ano.

61. Veni Creator (Ó vinde, Espírito Criador)
Indulgência parcial: concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar com piedosa devoção o hino Veni Creator (Ó Vinde, Espírito Criador). 

Ó, vinde Espírito Criador,
as nossas almas visitai
e enchei os nossos corações
com vossos dons celestiais.
Vós sois chamado o Intercessor
do Deus excelso o dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor,
a unção divina e salutar.
Sois doador dos sete dons,
e sais poder na mão do Pai,
por ele prometido a nós,
por nós seus feitos proclamai.
A nossa mente iluminai,
os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai,
qual força eterna e protetor.
Nosso inimigo repeli,
e concede i-nos vossa paz;
se pela graça nos guiais,
o mal deixamos para trás.
Ao Pai e ao Filho Salvador
por vós possamos conhecer.
Que procedeis do seu amor
fazei-nos sempre firmes crer.

Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária ao fiel que recitar com piedosa devoção o hino Veni Creator (Ó Vinde, Espírito Criador), quando recitado em público no dia primeiro de janeiro e na solenidade de Pentecostes.

62. Vinde, Espírito Santo
Indulgência parcial: rezar com piedosa devoção a oração abaixo

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.

63. Via-sacra
Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária ao fiel que fizer com piedosa devoção o exercício da via-sacra, nas seguintes condições:
1. O piedoso exercício deve ser realizado diante das estações da via-sacra, legitimamente instaladas;
2. são necessárias quatorze cruzes para o exercício da via-sacra; junto com as cruzes, costuma-se colocar outras tantas imagens ou quadros que representam as estações de Jerusalém.
3. Conforme o costume mais comum, o piedoso exercício consta de quatorze leituras devotas, a que se acrescentam algumas orações vocais. Requer-se piedosa meditação só da Paixão e Morte do Senhor, sem ser necessária a consideração do mistério de cada estação.
4. Exige-se o movimento de uma para a outra estação. Mas se a via-sacra é feita publicamente e não se pode fazer o movimento de todos os presentes ordenadamente, basta que o dirigente se mova para cada uma das estações, enquanto os outros ficam em seus lugares.
5. Os legitimamente impedidos poderão ganhar a indulgência com uma piedosa leitura e meditação da Paixão e Morte do Senhor ao menos por algum tempo, por exemplo, um quarto de hora.
6. Assemelham-se ao piedoso exercício da via-sacra, também quanto à aquisição da indulgência, outros piedosos exercícios, aprovados pela competente autoridade: neles será feita a memória da Paixão e Morte do Senhor, determinando-se também quatorze estações para devoção
7. Entre os orientais, onde não houver uso deste exercício, os Patriarcas poderão determinar, para lucrar esta indulgência, outro piedoso exercício em lembrança da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

64. Visitai, Senhor
Indulgência parcial: rezar com piedosa devoção a oração abaixo

Visitai, Senhor, esta casa, e afastai as ciladas do inimigo; nela habitem vossos santos Anjos, para nos guardar na paz, e a vossa bênção fique sempre conosco. Por Cristo, nosso Senhor. Amém. 

65. Visita à igreja paroquial
Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar com piedosa devoção a igreja paroquial na festa do seu titular ou no dia 2 de agosto de cada ano, data da chamada 'indulgência da Porciúncula', ou em outra data marcada pela autoridade eclesiástica competente e lá rezar o Pai-nosso e o Credo. Tal indulgência aplica-se também às igrejas catedrais e às igrejas concatedrais (ainda que não sejam paroquiais) e também às igrejas quase-paroquiais.
(Tais indulgências estão incluídas na Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, norma 15).

66. Visita à igreja ou altar no dia da dedicação
Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar a igreja ou o altar no próprio dia da dedicação e aí piedosamente rezar o Pai-nosso e o Credo.

67. Visita à igreja ou oratório na comemoração de todos os fiéis defuntos
Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária, aplicável somente às almas do purgatório, aos fiéis que, no dia da comemoração de todos os fiéis defuntos, visitarem piedosamente uma igreja ou um oratório e lá rezar o Pai-nosso e o Credo (esta indulgência poderá ser alcançada, desde que por determinação da autoridade eclesiástica competente, no domingo antecedente ou subseqüente ao da solenidade de Todos os Santos).
(Tais indulgências estão incluídas na Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, norma 15).

68. Visita à igreja ou oratório de religiosos na festa do fundador
Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar piedosamente uma igreja ou um oratório de religiosos na festa de seu fundador e aí rezar o Pai-nosso e o Credo.

69. Visita pastoral
Indulgência parcial: concede-se indulgência parcial ao fiel que visitar piedosamente uma igreja ou um oratório, quando de uma visita pastoral;
Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar piedosamente uma igreja ou um oratório, quando de uma visita pastoral e assistir a uma função sagrada na mesma, presidida pelo visitador.

70. Renovação das promessas do batismo
Indulgência parcial: concede-se indulgência parcial ao fiel que renovar as promessas do batismo em qualquer fórmula de uso; 
Indulgência plenária: concede-se indulgência plenária ao fiel que renovar as promessas do batismo em qualquer fórmula de uso, por ocasião da celebração da Vigília Pascal ou no aniversário do seu batismo.

domingo, 2 de dezembro de 2012

AS GRANDES HERESIAS: EVOCAÇÃO DOS MORTOS

'Quem vos ouve a mim me ouve, quem vos despreza a mim me despreza, e quem me despreza, despreza Aquele que me enviou' (Lc, 10, 16): assim Jesus manifestou aos apóstolos o repositório definitivo da Igreja na missão salvífica do gênero humano. A começar pelo batismo: 'Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado' (Mc 16,16), passando pelos demais sacramentos, pela Santa Missa e eucaristia e pelas demais prescrições dos Evangelhos, Deus fez conhecer aos homens a sã doutrina cristã para a santificação e a salvação dos homens. E o plano da revelação é sobejamente expresso, de forma cristalina e recorrente: depois de Moisés e dos Profetas, coube a Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo, e somente a Ele, a plena revelação dos mistérios de Deus: 'Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida' (Jo, 8, 12). A Verdade absoluta de Cristo é explicitada definitiva e  sistematicamente: 'Eu sou o caminho, a verdade e a vida' (Jo, 14,6).

Deste plano da revelação divina, estão definitivamente excluídos outros atores, sejam os anjos, sejam os homens, falecidos ou não. Por esta razão, a Igreja não impõe ao católico acreditar em aparições e revelações de natureza particular, ainda que consubstanciadas por frutos louváveis e generosos (o antigo Código Canônico (cânones 1399 e 2318) proibia inclusive a edição e a divulgação de tais revelações), possui uma cautela extrema na ratificação das mesmas e, ainda assim, entendidas no domínio explícito de complementações dos ensinamentos basilares da moral cristã, expressos pelas mensagens bíblicas e pela tradição da Santa Igreja. 

Foge desmedidamente deste contexto as práticas de magia, adivinhações e evocações dos falecidos. E, assim, impõe-se a condenação explícita de toda e qualquer prática do Espiritismo. Estas práticas não são nada recentes e foram proibidas e rejeitadas severamente por Deus desde os tempos do Antigo Tetamento: 'Que em teu meio não se encontre alguém que queime o seu filho ou sua filha, nem que faça presságio, oráculo, adivinhação ou magia, ou que pratique encantamentos, que interrogue espíritos ou adivinhos, ou ainda que invoque os mortos; pois quem pratica estas coisas é abominável a Iahweh, e é por causa destas abominações que Iahweh teu Deus os desalojará em teu favor. Tu serás íntegro para com Iahweh teu Deus. Eis que as nações que vais conquistar ouvem oráculos e adivinhos. Quanto a ti, isso não te é permitido por Iahweh teu Deus.' (Deut 18, 10-14). 

Mas a rigorosa interdição da evocação dos mortos é exposta pelo próprio Jesus na parábola do pobre Lázaro e do rico epulão (Lc 16, 19-31). Lázaro, 'coberto de úlceras', jazia à porta do 'homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino', desejando saciar das migalhas 'do que caía da mesa do rico'. Ambos morreram, Lázaro para a glória eterna, o rico para a danação eterna. No inferno, o rico implora que Lázaro possa molhar a ponta do dedo para lhe refrescar a língua, em meio aos tormentos das chamas. '... entre vós e nós, existe um grande abismo, de modo que aqueles que quiserem passar daqui para junto de vós não o podem, nem tampouco atravessarem os de lá até nós', é a resposta incisiva do Céu. O rico condenado suplica, então, para que Lázaro vá prevenir os seus outros cinco irmãos de tão terrível destino eterno. 'Eles têm Moisés e os profetas, que os ouçam' é, outra vez, a resposta incisiva do Céu. O rico insiste no seu desvario: 'Não, pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for procurá-los, eles se converterão.' E  a resposta final do Céu é definitiva: 'Se não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão'.  Eis aí, mais do que explícita, a rejeição ao Espiritismo e às suas práticas que são  'abomináveis' diante de Deus.

A Igreja Católica não nega a interação das almas dos falecidos conosco. Esta é a base da invocação dos mortos, um bom e salutar ato cristão, centrado no dogma da comunhão dos santos. O que é definitivamente revogado é a evocação de espíritos falecidos (ou de qualquer outro espírito), com o pretexto de se receber mensagens específicas ou algum tipo de auxílio. A revelação divina está centrada integralmente em Cristo e somente poderá ter novos cenários ou verdades quando da sua Segunda Vinda. Não há uma 'terceira via' das revelações nem nos oráculos do passado, nem nos fenômenos mediúnicos do espiritismo moderno. Uns e outros são os mesmos reflexos de práticas abomináveis diante de Deus e aqueles que os praticam serão 'desalojados' da glória eterna. 

sábado, 1 de dezembro de 2012

PRIMEIRO SÁBADO DE DEZEMBRO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

Em 10 de dezembro de 1925, logo depois do jantar, a jovem postulante Lúcia, então com 18 anos, voltou à sua cela e aí recebeu a visita de Nossa Senhora e do Menino Jesus. A Santíssima Virgem pousou a mão no ombro de Lúcia e mostrou-lhe um Coração cercado de espinhos que tinha na outra mão. Neste momento, assim falou o Menino Jesus:
‘Tem pena do Coração de tua Mãe Santíssima, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar’.
Em seguida, a Santíssima Virgem revelou a Lúcia a grande promessa da Devoção dos Cinco Primeiros Sábados:
‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

Cinco Sábados para Reparação Contra:

1 – as blasfêmias contra a imaculada conceição da Virgem Maria;
2 – as blasfêmias contra sua virgindade;
3 – as blasfêmias contra sua maternidade divina, recusando ao mesmo tempo reconhecê-la como mãe dos homens;
4 – as blasfêmias daqueles que procuram publicamente por no coração das crianças a indiferença ou o desprezo, ou mesmo o ódio em relação a esta Mãe imaculada;
5 – as ofensas dos que a ultrajem diretamente nas suas santas imagens. 



ATO DE DESAGRAVO
AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

TERCEIRO SÁBADO - reparação contra as blasfêmias cometidas contra a maternidade divina de Nossa Senhora

Ó Coração Doloroso e Imaculado de Maria, transpassado de dor pelas injúrias com que os pecadores ultrajam vosso santo nome e vossas excelsas prerrogativas; eis prostrado aos vossos pés vosso indigno filho, que, oprimido pelo peso das próprias culpas, vem arrependido vos oferecer este ato de reparação contra as injúrias, blasfêmias, indiferenças e injustiças cometidas contra vós pela impiedade dos homens que não vos conhecem.


Neste Terceiro Sábado, ó Coração Doloroso e Imaculado de Maria, desejo reparar particularmente as blasfêmias contra a vossa Maternidade Divina. Virgem Maria, mãe de Deus e mãe dos homens, que trouxestes em vosso sagrado seio virginal Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo; por vós, exultam os céus, alegram-se os anjos e os arcanjos e a terra inteira. E contra este tesouro de graças, homens ímpios ousam vos blasfemar... Feliz, porém, aquele que Vos ama, ó Maria, Mãe Santíssima, e possa proclamar as bem-aventuranças do vosso Santo Nome nos confins de toda a terra. Que este meu pequeno ato de puro amor e devoção seja depositado no repositório de graças da Santa Igreja em desagravo e reparação às blasfêmias e ofensas cometidas contra a vossa Maternidade Divina. 

E que meu ato de amor seja também um ato de  esperança e de súplica à vossa misericordiosa mediação: concedei-me, ó Imaculado e Doloroso Coração de Maria, o firme propósito de vos ser fiel todos os dias de minha vida, de defender a vossa honra de todos os ultrajes, de propagar com entusiasmo vosso culto e vossas glórias a todos os homens, de amar Vosso Filho de todo o meu coração  e a graça suprema de estar convosco e com Jesus no Céu por toda a eternidade. Amém. 

(rezar 3 Ave Marias em desagravo ao Imaculado Coração de Maria pelas blasfêmias cometidas contra a Maternidade Divina de Nossa Senhora).