Mostrando postagens com marcador Jesus Cristo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jesus Cristo. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

FELIZ E SANTO NATAL EM CRISTO!

Desejo a todos os nossos amigos e visitantes um Santo e Feliz Natal! 

CÂNTICO DE NATAL

Ó meu Menino Jesus, 
sede a minha esperança!
Que na gruta da vossa Belém 
eu possa renascer também
como uma outra criança!  

Ó meu Menino Jesus,  
sede minha santa alegria!
Que o meu presépio se faça 
banhando minha alma na graça
de uma pobre estrebaria!

Ó meu Menino Jesus, 
sede minha força e minha fé!
Que a mãe que me vela agora
seja a mesma Nossa Senhora 
da família de Nazaré!

Ó meu Menino Jesus, 
sede farol e minha luz!
Que este Natal de abraços,
se faça caminho de passos
que passam diante da Cruz! 

Ó meu Menino Jesus, 
sede a alma do meu viver!
Que este Natal me converta
em dom, partilha e oferta
para os que vão renascer!
E em dom, oferta e partilha,
onde ainda hoje não brilha
a luz do vosso nascer! 

Ó meu Menino Jesus, 
sede minha paz e todo bem!
Que eu viva a bem aventurança 
de adorar Deus feito criança
numa gruta de Belém!

(Arcos de Pilares)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

PROPÓSITO PARA A QUARTA SEMANA DO ADVENTO


Jesus e Maria estão de fato tão unidos que quem vê Jesus vê Maria, quem ama Jesus ama Maria e quem é devoto de Jesus também é devoto de Maria. Jesus e Maria são os dois primeiros fundamentos da religião cristã, as duas fontes vivas de todas as nossas bênçãos, os dois termos de nossa devoção e os dois pontos de referência para os quais devemos olhar em todas as nossas ações e exercícios. 

Não é verdadeiro cristão quem não tem devoção à Mãe de Jesus Cristo e de todos os cristãos. Portanto, Santo Anselmo e São Boaventura afirmam que não é possível que aqueles que não são amados por sua Santa Mãe sejam acolhidos por Jesus Cristo, assim como aqueles a quem ela dirige seu olhar benevolente não podem perecer.

Em Maria, devemos olhar e adorar o seu Filho: olhar e adorá-lo apenas a ele. Assim, de fato, ela quer ser honrada, sabendo muito bem que sozinha ela não é nada, mas que seu Filho Jesus é tudo nela: ele é seu ser, sua vida, sua santidade, sua glória, seu poder e sua grandeza. Devemos agradecer a Jesus a glória que desejava receber nela e por ela. Devemo-nos oferecer a ele e pedir-lhe que nos dê a Maria e disponha tudo para que nossa vida e nossas ações sejam consagradas para honrar a sua vida e as suas ações. Devemos pedir-lhe que compartilhe o amor que tinha por ela e suas outras virtudes. Devemos pedir a ele que nos use para honrá-la, ou melhor, para se honrar nela, da maneira que ele quiser.

Que, nesta Quarta Semana do Advento, em recolhimento anterior, possamos reconhecer e honrar Maria como Mãe de nosso Deus e depois como nossa Mãe e Soberana; agradecer-lhe por honrar, glorificar e servir a Jesus Cristo seu Filho e nosso Senhor; depender dela e pedir-lhe que nos guie em tudo o que diz respeito à nossa vida; dar-nos a ela e submeter-se a ela como escravos, implorando-lhe que tome pleno poder sobre nós, disponha de nós segundo sua boa vontade para a glória de seu Filho, e nos una a todo o amor e louvor que ela lhe tributou e lhe oferece novamente por toda a eternidade.

(São João Eudes, excertos e texto adaptado, Ouevres Complètes)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

PROPÓSITO PARA A TERCEIRA SEMANA DO ADVENTO


'Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!' (Mt 11,6)

A vigilância perseverante e a conversão sincera nos convidam a viver em plenitude a alegria cristã. Não aquela feita das frivolidades do mundo, superficial e passageira, mas aquela que nos inunda a alma de esperança e de confiança na certeza de que o Senhor está prestes a chegar. Uma alegria que nos ilumina interiormente pela presença salvadora de Deus que vem ao nosso encontro.

Felizes somos nós que cremos, que esperamos, que amamos e adoramos o Senhor da vida. Que nos desapegamos dos risos fáceis e vazios e nos rejubilamos em Cristo; preparando o coração com simplicidade e confiança, aprendemos a reconhecer que o Natal não é apenas uma data a celebrar, mas um mistério a acolher: Deus que vem para permanecer conosco.

A alegria cristã pressupõe a santa alegria da comunidade cristã e, assim, o retrato mais fiel da aleria cristã é a caridade. São João Batista, figura central deste tempo litúrgico, exorta-nos a preparar os caminhos do Senhor com gestos reais de justiça, partilha e humildade. A verdadeira alegria cristã se revela quando o coração se desapega do egoísmo e se abre ao amor.

Maria, Mãe do Advento, infundi em nossos corações a alegria que vivenciastes quando o Filho de Deus estava prestes a habitar entre nós, uma alegria bela e santa, enraizada na fé, sustentada pela esperança e compartilhada no amor ao próximo.

E que, nesta Terceira Semana do Advento, tenhamos o firme propósito de viver em plenitude a virtude da feliz caridade para com nossos irmãos. Um gesto de perdão, uma palavra de consolo, uma ação concreta em aliviar o sofrimento alheio ou um tempo dedicado aos mais necessitados tornam-se sinais concretos de que a alegria cristã, que antecede a vinda do Salvador do mundo, já habita entre nós.

CARTÕES DE NATAL (I)

 
Prostrado diante de vós, ó Maria, 
eu adoro Jesus Cristo oculto no vosso ventre!

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

PROPÓSITO PARA A SEGUNDA SEMANA DO ADVENTO


'Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo' (Mt 3,2)

O pecado é um estado de noite espiritual. O pecador vive nas trevas, e suas obras são obras das trevas. Mas, assim que uma verdadeira conversão do coração abre o caminho para Jesus na alma obscurecida, as sombras da escuridão espiritual desaparecem e a luz difunde ali seu esplendor radiante. Subitamente, torna-se dia; a alma começa a conhecer a si mesma, a compreender a miséria de sua existência anterior e a ver o que significa uma mudança de coração, uma mudança permanente, como a que o Senhor exige dela.

O significado das palavras de Cristo: 'Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?' torna-se imediatamente claro para o pecador arrependido; ele vê quão vã é toda a luta e busca por fortuna, honra e prazer, com as quais os filhos do mundo se esforçam para satisfazer os desejos de seus corações. As escamas caem de seus olhos. Ele decide seguir a Cristo e trilhar o caminho que leva à salvação. Ele olha para o seu modelo e ouve a sua promessa: 'Sou Eu!' Sim, é Ele. Foi somente Ele, a Luz do mundo, quem pôde despertar e iluminar uma alma que dormiu e sonhou por tantos anos na noite e na escuridão do pecado.

Mas agora, cristão, faça a si mesmo a seguinte pergunta: você está verdadeiramente convertido? Você não viveu, talvez por muitos anos, em estado de pecado? Você, cegado pelas seduções e pela falsa luz deste mundo, esqueceu o céu pela terra e, com as verdades eternas do Evangelho ressoando em seus ouvidos, preocupou-se apenas em desfrutar dos bens, honras e prazeres desta vida? Feliz você é, de fato, se o dia já amanheceu para você! Em gratidão por este dom inestimável da conversão, caminhe daqui em diante como um filho da luz e pratique, com zelo redobrado, as obras da graça. Eis agora o tempo de conversão!

Maria, Mãe de misericórdia, refúgio dos pecadores, rogai para que Deus nos conceda a graça de uma firme conversão e que, por nossa vida reformada, possamos provar e viver em plenitude a nossa reconciliação com Deus!  

Que, nesta Segunda Semana do Advento, possamos responder com firme confiança à pergunta: 'Em que estado se encontra minha alma? Sou eu, talvez, como um junco? Sou constante no serviço a Deus?' Que a nossa pronta resposta de constância e perseverança no estado da graça nos tornem dignos de sermos filhos de Deus, herdeiros das moradas eternas e da vida eterna com Deus!

(excertos adaptados dos sermões do Pe. Francisco Xavier Weninger, 1877)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

BREVIÁRIO DIGITAL - ICONOLOGIA CRISTÃ (X)

Dentre os ícones marianos, no âmbito da tradição bizantina, destacam-se aqueles que representam suas grandes festas: a Natividade da Mãe de Deus (8 de setembro), sua Apresentação no Templo (21 de novembro), a Anunciação (25 de março) e a Dormição da Theotokos (15 de agosto). Maria também é comumente representada nos ícones das duas festas que ela compartilha diretamente com seu Filho: a Natividade de Cristo (25 de dezembro) e a Apresentação do Senhor no Templo (2 de fevereiro).


A Koimesis (ou Kemesis) é o ícone da Dormição, ou seja, do adormecer de Maria. O ícone representa Maria deitada num leito coberto com o mesmo tecido vermelho do presépio, rodeada pelos apóstolos. Logo atrás dela, Cristo segura uma criança vestida de branco, simbolizando a alma de Maria.

Na representação abaixo, podemos explicitar melhor a riqueza dos simbolismos. O ícone, com tons dourados predominantes, mostra Maria em seu leito de morte, rodeada por uma grande gama de personagens, que incluem anjos e santos, líderes da Igreja, bispos, evangelistas, amigos e vizinhos (simbolizados pelas mulheres na janelas) e os apóstolos que chegam em nuvens (símbolo das longas viagens das missões apostólicas) circundando a Nova Sião. Aos pés da Virgem, o discípulo amado inclina-se em direção a ela, num simbolismo bíblico com a frase de Jesus ao discípulo amado na Cruz: 'Eis aí tua Mãe' (Jo, 19,27). São Pedro, à direita, faz a incensação do corpo, com São Paulo na cabeceira do leito. As velas acesas em torno do leito representam a manifestação da luz divina em um mundo de trevas.


O ícone é uma imagem de eventos distintos, embora mostrados num mesmo plano, de forma sequencial. A criança vestida de branco nos braços de Jesus simboliza a alma de Maria sendo levada ao Céu. Na parte superior da imagem, é o próprio corpo físico de Maria, levado pelos anjos, que é conduzido em direção às portas abertas do Reino Celeste, encimado pelo Anjo apocalíptico de seis asas. Um elemento icônico bastante singular está representado duas vezes na parte central da figura: são as chamadas mandorlas, estruturas amendoadas que circundam figuras sagradas. A maior abrange o reino celestial (tomada pelos anjos) e a menor constitui a aura que envolve Jesus Cristo.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

PROPÓSITO PARA A PRIMEIRA SEMANA DO ADVENTO

 


'Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá' (Mt 24,44)

Fiquemos, pois, preparados! A preparação começa pelo anseio feliz pela vinda do Senhor e se completa em estarmos prontos para o receber como filhos de Deus.

Assim como Cristo entrou no mundo para salvar toda a humanidade, Ele precisa entrar no nosso coração para salvar a nossa alma! Para isso, temos de ser moradas da graça santificante e hóspedes da Santa Vontade de Deus, resistindo às tentações, às vicissitudes humanas e, principalmente, ao pecado. Precisamos estar preparados no amor às coisas de Deus e no horror ao pecado.

Quem esperamos é Jesus, o Rei dos reis, o Cordeiro Imolado, nosso Salvador e nosso Redentor, Aquele que nos legou as moradas eternas, abriu os Portões do Céu e que pagou um preço de Cruz pelos nossos pecados para que nos tornássemos dignos de sermos filhos de Deus. Quem esperamos é Jesus Cristo, Juiz da história humana, Juiz de cada alma em particular. Esperar Jesus é compartilhar com Ele, desde agora, o lugar preparado para nós na eternidade de Deus.

Peçamos a Maria, Nossa Senhora de todas as graças, aquela que se preparou como obra prima de Deus para receber Jesus, interceder por todos nós, para que, quando Jesus nos vier visitar, possamos estar preparados, com rins cingidos e velas na mão, para receber Jesus com toda alma e coração!

Que, nesta Primeira Semana do Advento, sejamos zelosos em limpar a casa, adornar a manjedoura, remover as manchas dos nossos pecados e perfumar com virtudes o nosso interior, pois, como nos disse o Senhor: 'Buscai primeiro o Reino de Deus' (Mt 6,33). E que, assim, possamos dizer com viva confiança e esperança: 'Vem, Senhor; Vem, meu Jesus, habitar em mim, porque estou preparado!'

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

SOBRE A JUSTIÇA E A MISERICÓRDIA

A fortaleza da qual tenho te falado é a Santa Igreja, que construí com meu próprio sangue e o dos santos. Eu mesmo a cimentei com minha caridade e depois coloquei nela meus eleitos e amigos. Seu fundamento é a fé, ou seja, a crença em que sou um Juiz justo e misericordioso. Este fundamento tem sido agora deturpado porque todos creem e pregam que sou misericordioso, mas quase ninguém crê que Eu seja um Juiz justo. Consideram-me um juiz iníquo. 

De fato, um juiz seria iníquo se, à margem da misericórdia, deixasse os maus sem castigo de forma que pudessem continuar oprimindo os justos Eu, porém sou um Juiz justo e misericordioso e não deixarei que o mínimo pecado fique sem castigo nem que o menor bem fique sem recompensa. Pelos buracos perfurados no muro, entram na Santa Igreja pessoas que pecam sem medo, que negam que Eu seja justo e atormentam meus amigos como se os cravassem em estacas. 

A estes meus amigos não se dá alegria nem consolo. Pelo contrário, são castigados e injuriados como se fossem demônios. Quando dizem a verdade sobre mim, são silenciados e acusados de mentir. Eles anseiam com paixão ouvir ou falar a verdade, mas não há ninguém que os escute nem quem lhes diga a verdade. Além disso, Eu, Deus Criador, estou sendo blasfemado. As pessoas dizem: 'Não sabemos se Deus existe. E, se existe, não nos importa'. Jogam no chão minha doutrina e a pisoteiam dizendo: 'Por que sofreu? Em que nos beneficia? Se cumpre nossos desejos estaremos satisfeitos, que mantenha Ele o seu reino no Céu!'

Quando quero achegar deles, dizem: 'Antes morrermos que submetermos a Vós a nossa vontade!' Dá-te conta, esposa minha, que tipo é essa gente? Eu os criei e posso destruí-los com uma palavra! Que soberbos são para comigo! Graças aos rogos de minha Mãe e de todos os santos, permaneço misericordioso e tão paciente que estou desejando enviar-lhes palavras da minha boca e oferecer-lhes misericórdia. Se a quiserem aceitar, terei compaixão Do contrário, conhecerão minha justiça e, como ladrões, serão publicamente envergonhados diante dos anjos e dos homens e condenados por cada um deles. 

Como os criminosos são colocados nas forcas e devorados pelos corvos, assim eles serão devorados pelos demônios, mas não serão consumidos. Como as pessoas amarradas em cepos não podem descansar, eles padecerão dor e amargura em todas as partes. Um rio de fogo entrará por suas bocas, mas seus estômagos não serão saciados e sua sede e suplício se reavivarão a cada dia. Porém, meus amigos estarão a salvo, e serão consolados pelas palavras que saem de minha boca. Eles verão minha justiça junto de minha misericórdia. Revesti-los-ei com as armas do meu amor, que os tornarão tão fortes que os adversários da fé se desmancharão diante deles como barro; quando virem minha justiça, cairão em vergonha perpétua por haverem abusado de minha paciência.

(Excertos da obra 'As Profecias e Revelações de Santa Brígida da Suécia')

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

OS 10 PILARES DA DOUTRINA CATÓLICA


🕊️ 1. Amor a Deus e ao próximo

'Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo'
— Mateus 22,37-39

👉 Orientação: A base de toda vida católica é o amor a Deus e ao próximo. Tudo deve derivar desse duplo mandamento.

🙏 2. A importância da oração

'Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está escondido, te recompensará'.
— Mateus 6,6

'Pai nosso que estais nos céus…'
— Mateus 6,9-13

👉 Orientação: O cristão é chamado a ter uma vida de oração pessoal e confiante, em intimidade com o Pai.

💞 3. A misericórdia e o perdão

'Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso'.
— Lucas 6,36

'Perdoai, e sereis perdoados'.
— Lucas 6,37

'Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete'.
— Mateus 18,22

👉 Orientação: O católico é chamado a perdoar sem limites e a viver a compaixão como reflexo do amor divino.

💧 4. A humildade e o serviço

'Quem quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo'.
— Mateus 20,26

'Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração'.
— Mateus 11,29

👉 Orientação: A verdadeira grandeza está no serviço e na humildade - valores centrais da vida cristã.

🕊️ 5. As Bem-aventuranças (caminho da santidade)

'Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus'.
— Mateus 5,3-12

👉 Orientação: As Bem-aventuranças são o 'retrato' do discípulo de Cristo, que indicam o caminho da felicidade e da santidade.

🕯️ 6. A fé e a confiança em Deus

'Não andeis preocupados com a vossa vida... Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo'.
— Mateus 6,25-33

👉 Orientação: O católico é chamado a confiar na providência de Deus, sem se deixar dominar pela ansiedade.

🍞 7. A Eucaristia e a comunhão com Cristo

'Eu sou o pão vivo que desceu do céu; quem comer deste pão viverá eternamente'.
— João 6,51

👉 Orientação: Jesus institui a Eucaristia como fonte de vida espiritual e centro da vida sacramental católica.

✝️ 8. Tomar a cruz e seguir Jesus

'Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me'.
— Mateus 16,24

👉 Orientação: A vida cristã inclui sacrifício e fidelidade; seguir Cristo implica carregar a cruz com amor.

🌍 9. Ser luz e sal do mundo

'Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo'.
— Mateus 5,13-14

👉 Orientação: O católico é chamado a testemunhar a fé com a própria vida, sendo exemplo e esperança no mundo.

💗 10. Ter Nossa Senhora como Mãe

'Eis aí tua mãe'
— João 19,27

👉 Orientação: Amar Nossa Senhora como nossa mãe, e como ela amou e sob a sua intercessão, amar Jesus de todo o coração, com amor sacrificial e despojado de interesses.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

SOFRER COM CRISTO OU SOFRER SEM CRISTO


'Você pode sofrer com Cristo ou sofrer sem Ele'

Essa é a nossa verdadeira e decisiva escolha. Porque viver é uma luta constante e impossível sem tribulações de toda espécie. O Céu não é aqui. Aqui é o caminho para o Céu, moldado e construído por aflições, quedas, tropeços, sofrimento... Sim, há que se desejar e buscar ardentemente a suavidade da graça, a paz interior, a felicidade de uma vida simples e com saúde. Mas tudo - tudo mesmo - nesta vida, é transitório e fugaz. O que se apreende hoje com força nas duas mãos, amanhã é apenas fumaça que se esvai entre os dedos. O que hoje nos impulsiona como artífices de toda obra e toda intenção, amanhã nos abandona à prostração completa de corpo e de alma.

Eis, portanto, a única via de viver neste mundo: um caminho de pedras, um longo caminho de muitas pedras... cuja medida é a cruz que se leva nesta longa via. O sofrimento não é uma atribuição exclusiva dos santos, a dor não é intrínseca aos arautos da graça divina. O que separa os filhos dos homens dos filhos de Deus é a maneira com que cada um leva a sua cruz, se a renega e se revolta contra ela, ou se a acolhe e a abraça como instrumento de graça e salvação.

Viver é carregar a cruz de cada dia com Cristo ou sem Cristo. Para uns, sofrimento perdido e caminho sem rumo. Como filhos de Deus, a nossa escolha é simples: sofrer com Cristo e compartilhar a nossa cruz com a Cruz do Calvário: 'Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve (Mt 11,28-30).

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

VERSUS: AS DORES FINAIS DA PAIXÃO DE JESUS


Tudo está consumado!
Maria, o discípulo amado, Maria Madalena e as santas mulheres recolheram, em seus braços, o corpo de Jesus descido da cruz. 
Nicodemos e José de Arimateia envolvem o corpo de Cristo em um longo tecido de linho branco e o untam com um perfume precioso, composto de mirra e aloés.
O corpo de Jesus é levado até um um sepulcro novo, talhado na rocha, que ainda não tinha sido utilizado.
A entrada do túmulo é fechada por uma pedra, ficando sob a guarda de soldados romanos.

Quando o corpo de nosso senhor chega até nós na sagrada comunhão, devemos também envolvê-lo com o perfume das santas intenções, com o perfume das boas obras, com a apresentação de um coração puro da inocência, figurada naquele linho sem mancha; com uma rígida determinação de fazer o bem tal qual a pedra do sepulcro; uma consciência inteiramente renovada pela penitência; e, depois da comunhão, devemos cerrar as portas do nosso coração com a pedra e o selo do nosso recolhimento, frente a modéstia, mesuras e atenção com nós mesmos, como guardas vigilantes para impedir que nos arrebatem o tesouro precioso que acabamos de receber.

(Santo Afonso de Ligório)



O discípulo amado leva pela mão a Mãe do Senhor, sua mãe desde a Cruz. 
A Virgem, submersa na sua dor sem fim, carrega nas mãos a coroa de espinhos. 
Nicodemos e José de Arimatéia saem consternados do jardim do sepulcro.
E duas outras Marias choram prostradas à entrada do túmulo. 
As trevas da Sexta-feira Santa se retiram, para dar luz a um princípio de céu claro de primavera.

Ó Maria, ó Mãe, a mais aflita entre todas as mães, compadeço-me de vosso coração, especialmente quando vistes vosso Jesus inclinar a cabeça, abrir a boca e expirar. Por amor deste vosso Filho, morto por minha salvação, recomendai-lhe a minha alma. E vós, meu Jesus, pelos merecimentos das dores de Maria, tende piedade de mim e concedei-me a graça de morrer por vós, como morrestes por mim. Com São Francisco de Assis, vos direi: 'Morra eu, Senhor, por amor de vós que, por amor de meu amor, vos dignastes morrer'.

(Santo Afonso de Ligório)

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

ORAÇÃO: 'CRUX FIDELIS'

Crux Fidelis é um hino litúrgico de celebração da Paixão de Cristo, inserido no contexto de uma obra bem maior, cuja autoria é geralmente creditada a São Venâncio Fortunato, bispo de Poitiers. O hino é cantado na Adoração da Cruz na Sexta-feira Santa e no Ofício Divino durante a Semana Santa e nas festas da Santa Cruz. A autoria da obra tem sido equivocadamente atribuída a Dom João IV, Rei de Portugal, por este ter criado um famoso arranjo policromático para a peça, mas não a sua composição original.


Crux fidelis, inter omnes arbor una nobilis: nulla silva talem profert, fronde, flore, germine. Dulce lignum, dulces clavos, dulce pondus sustinet.

Pange lingua gloriosi lauream certaminis, et super crucis trophæo dic triumphum nobilem: qualiter Redemptor orbis immolatus vicerit.

Crux fidelis, inter omnes arbor una nobilis: nulla silva talem profert, fronde, flore, germine.

De parentis protoplasti Fraude Factor condolens, quando pomi noxialis in necem morsu ruit: Ipse lignum tune notavit, Damna lignus ut solveret.

Dulce lignum, dulces clavos, dulce pondus sustinet.

Aequa Patri Filioque,inclito Paraclito,sempiterna sit beatae Trinitati gloria, cuius alma nos redemit atque servat gratia.

Crux fidelis, inter omnes arbor una nobilis: nulla silva talem profert, fronde, flore, germine.

💢💢💢💢💢💢

Ó Cruz fiel, entre todas a árvore mais nobre: nenhum bosque produz igual, em ramagens, frutos e flores. 
Ó doce lenho, que os doces cravos e o doce peso sustentas.

Canta, ó língua, o glorioso combate [de Cristo] e, diante do troféu da Cruz, proclama o nobre triunfo: a vitória conseguida pelo Redentor, vítima imolada para o mundo.

Ó Cruz fiel, entre todas a árvore mais nobre: nenhum bosque produz igual, em ramagens, frutos e flores.

O Criador apiedado da maldição que ocorreu, quando do lenho vedado Adão o fruto mordeu, para curar o pecado, o mesmo lenho escolheu!

Ó doce lenho, que os doces cravos e o doce peso sustentas.

Glória e poder à Trindade, ao Pai e ao Filho louvor, honra ao Espírito Santo, eterna glória ao Senhor, que nos salvou pela graça e nos reuniu no amor

Ó Cruz fiel, entre todas a árvore mais nobre: 
nenhum bosque produz igual, em ramagens, frutos e flores.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

ORAÇÃO PARA DAR GRAÇAS A DEUS


Nosso Senhor e nosso Deus, que sempre nos ouvi em nossa aflição, nós vos damos graças por vossa bondade e vos pedimos que, libertos de todos os males, possamos servir-vos sempre com alegria. Isto vos pedimos por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que vive e reina convosco na unidade do Espírito Santo, que é Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 24 de julho de 2025

quarta-feira, 23 de julho de 2025

SOBRE SOFRER OS DEFEITOS DOS OUTROS


1. Aquilo que o homem não pode emendar em si mesmo ou nos demais, deve-o tolerar com paciência, até que Deus disponha de outro modo. Considera que talvez seja melhor assim, para provar tua paciência, sem a qual não têm grande valor nossos méritos. Todavia, convém, nesses embaraços, pedir a Deus que te auxilie, para que os possas levar com seriedade.

2. Se alguém, com uma ou duas advertências, não se emendar, não contendas com ele; mas encomenda tudo a Deus para que seja feita a sua vontade, e seja ele honrado em todos os seus servos, pois sabe tirar bem do mal. Procura sofrer com paciência os defeitos e quaisquer imperfeições dos outros, pois tens também muitas que os outros têm de aturar. Se não te podes modificar como desejas, como pretendes ajeitar os outros à medida de teus desejos? Muito desejamos que os outros sejam perfeitos, e nem por isso emendamos as nossas faltas.

3. Queremos que os outros sejam corrigidos com rigor e nós não queremos ser repreendidos. Estranhamos a larga liberdade dos outros e não queremos sofrer recusa alguma. Queremos que os outros sejam apertados por estatutos e não toleramos nenhum constrangimento que nos coíba. Donde claramente se vê quão raras vezes tratamos o próximo como a nós mesmos. Se todos fossem perfeitos, que teríamos então de sofrer nós mesmos por amor de Deus?

4. Ora, Deus assim o dispôs para que aprendamos a carregar uns o fardo dos outros; porque ninguém há sem defeito; ninguém sem carga; ninguém com força e juízo bastante para si; mas cumpre que uns aos outros nos suportemos, consolemos, auxiliemos, instruamos e aconselhemos. Quanta virtude cada um possui, melhor se manifesta na ocasião da adversidade; pois as ocasiões não fazem o homem fraco, mas revelam o que ele é.

(Da Imitação de Cristo, de Thomas de Kempis)

sábado, 12 de julho de 2025

BREVIÁRIO DIGITAL - ICONOLOGIA CRISTÃ (VII)

 

A imagem de Nossa Senhora em Czestochowa*, Polônia, conhecida como Nossa Senhora de Jasna Gora [Colina Brilhante], nome do mosteiro onde foi mantida por seis séculos, está incluída no pequeno grupo de Madonas Negras reconhecidas em todo o mundo.

De origem desconhecida, a lenda atribui a sua criação ao evangelista São Lucas, que teria pintado um retrato da 'Virgem diante a mesa de cedro onde fazia as suas refeições'. Santa Helena, mãe do Imperador Constantino, tendo contato com a imagem durante a sua visita à Terra Santa, a teria levado para Constantinopla no século IV, onde permaneceu por vários séculos, até chegar, muito mais tarde, à Polônia e à posse de São Ladislau no século XV.

São Ladislau, com o propósito de proteger a imagem das repetidas invasões dos tártaros, conduziu-a, então, até Czestochowa. Ainda assim, a imagem foi vandalizada em várias ocasiões por flechas e golpes de espada, e aparentemente foi então pintada praticamente de novo, num formato clássico de um ícone bizantino dos séculos XIII-XIV e preservando a imagem original, incluindo as próprias marcas e danos causados pelos vandalismos ocorridos.

Os milagres atribuídos a Nossa Senhora de Czestochowa são numerosos e espetaculares e registrados nos arquivos de Jasna Gora. A repercussão internacional da imagem foi consideravelmente ampliada pela devoção pessoal do papa João Paulo II, que rezou diante desta imagem da Virgem Maria durante as suas visitas à Polônia. A cor negra da imagem é polêmica e tem sido atribuída desde à pigmentação típica da arte bizantina à época ou até mesmo devido a danos causados pela fuligem e fumaça de incêndio ocorrido num dos templos onde esteve localizada. Outras variantes da imagem apresentam a imagem com tez mais clara ou ainda bem mais escura que a imagem de Czestochowa.

O ícone propriamente dito, com dimensões aproximadas de 122cm x 82 cm, apresenta Nossa Senhora e o Menino Jesus, com tez negra, numa composição clássica bizantina conhecida como odegetria [aquela que mostra o caminho]: Nossa Senhora, revestida com uma vestimenta azul coberta de flores-de-liz, aponta para Jesus com a mão direita como nossa fonte de salvação. O Menino Jesus, por sua vez, estende a mão direita para a frente em uma atitude de bênção, enquanto segura um Livro dos Evangelhos com a mão esquerda. A imagem preserva as marcas e os sinais de vandalismos passados, particularmente na face de Nossa Senhora. O Ícone de Nossa Senhora de Czestochowa, reconhecida como 'peregrina da esperança', está sendo levada na peregrinação 'Do oceano ao Oceano' pelo mundo inteiro em defesa da vida, percorrendo atualmente inúmeras cidades e comunidades católicas de todo o Brasil.

* pronuncia-se tchɛ́z-to-kô-va

sexta-feira, 11 de julho de 2025

ORAÇÃO DAS TRÊS HORAS DA TARDE


Senhor Jesus,
estamos agora espiritualmente aos pés da cruz
junto à vossa Mãe e o discípulo que amastes.
Pedimos-vos perdão pelos nossos pecados
que são a causa da vossa morte.

Agradecemos-vos por lembrardes de nós
naquela hora da salvação
e por nos ter legado Maria como nossa Mãe.

Virgem Santa, acolhei-nos sob a vossa proteção
e abri-nos à ação do Espírito Santo.

São João, alcançai-nos
a graça de acolher Maria em nossas vidas, como vós o fizestes,
e de auxiliá-la em sua missão. Amém.

(oração de tradição carmelita)

quarta-feira, 2 de julho de 2025

SOBRE SER VIGILANTE E DILIGENTE NO SERVIÇO DE DEUS


1. Sê vigilante e diligente no serviço de Deus, e pergunta-te a miúdo: a que vieste, para que deixaste o mundo? Não será para viver por Deus e tornar-te homem espiritual? Trilha, pois, com fervor o caminho da perfeição, porque em breve receberás o prêmio dos teus trabalhos; nem te afligirão, daí por diante, temores nem dores. Agora, terás algum trabalho; mas depois acharás grande repouso e perpétua alegria. Se tu permaneceres fiel e diligente no seu serviço, Deus, sem dúvida, será fiel e generoso no prêmio. Conserva a firme esperança de alcançar a palma; não cries, porém segurança, para não caíres em tibieza ou presunção.

2. Certo homem que vacilava muitas vezes, ansioso, entre o temor e a esperança, estando um dia acabrunhado pela tristeza, entrou numa igreja, e diante dum altar, prostrado em oração, dizia consigo mesmo: Oh! se eu soubesse que havia de perseverar! E logo ouviu em si a divina respostas: Se tal soubesses, que farias? Faze já o que então fizeras, e estarás bem seguro. Consolado imediatamente, e confortado, abandonou-se à divina vontade, e cessou a ansiosa perplexidade. Desistiu da curiosa indagação acerca do seu futuro aplicando-se antes em conhecer qual fosse a vontade e o perfeito agrado de Deus para começar e acabar qualquer boa obra.

3. Espera no Senhor e faze boas obras, diz o profeta, habita na terra e serás apascentado com suas riquezas (Sl 37,3). Há uma coisa que esfria em muitos o fervor do progresso e zelo da emenda: o horror da dificuldade ou o trabalho da peleja. Certo é que, mais que os outros, aproveitam nas virtudes aqueles que com maior empenho se esmeram em vencer a si mesmos naquilo que lhes é mais penoso e contrariam mais suas inclinações. Porque tanto mais aproveita o homem, e mais copiosa graça merece, quanto mais se vence a si mesmo e se mortifica no espírito.

4. Não custa igualmente a todos se vencer e mortificar-se. Todavia, o homem diligente e porfioso fará mais progressos, ainda que seja combatido por muitas paixões, que outro de melhor índole, porém menos fervoroso em adquirir as virtudes. Dois meios, principalmente, ajudam muito a nossa emenda, e vêm a ser: apartar-se valorosamente das coisas às quais viciosamente se inclina a natureza, e porfiar em adquirir a virtude de que mais se há mister. Aplica-te também a evitar e vencer o que mais te desagrada nos outros.

5. Procura tirar proveito de tudo: se vês ou ouves relatar bons exemplos, anima-te logo a imitá-los; mas, se reparares em alguma coisa repreensível, guarda-te de fazê-la, e, se em igual falta caíste, procura emendar-te logo dela. Assim como tu observas os outros, também eles te observam a ti. Que alegria e gosto ver irmãos cheios de fervor e piedade, bem acostumados e morigerados! Que tristeza, porém, e aflição, vê-los andar desnorteados e descuidados dos exercícios de sua vocação! Que prejuízo descurar os deveres do estado e aplicar-se ao que Deus não exige!

6. Lembra-te da resolução que tomaste, e põe diante de ti a imagem de Jesus crucificado. Com razão te envergonharás, considerando a vida de Jesus Cristo, pois até agora tão pouco procuraste conformar-te com ela, estando há tanto tempo no caminho de Deus. O religioso que, com solicitude e fervor, se exercita na santíssima vida e paixão do Senhor, achará nela com abundância tudo quanto lhe é útil e necessário, e escusará buscar coisa melhor fora de Jesus. Oh! se entrasse em nosso coração Jesus crucificado, quão depressa e perfeitamente seríamos instruídos!

7. O religioso cheio de fervor tudo suporta de boa vontade e executa o que lhe mandam. O relaxado e tíbio, porém, encontra tribulação sobre tribulação, sofrendo de toda parte angústias: é que ele carece da consolação interior e lhe é vedado buscar a exterior. O religioso que transgride a regra anda exposto a grande ruína. Quem busca a vida cômoda e menos austera, sempre estará em angústias, porque uma ou outra coisa sempre lhe desagrada.

8. Que fazem tantos outros religiosos que guardam a austera disciplina do claustro? Raro saem, vivem retirados, sua comida é parca, seu hábito grosseiro, trabalham muito, falam pouco, vigiam até tarde, levantam-se cedo, rezam muito, lêem com freqüencia e conservam-se em toda a observância. Olha como os cartuxos, os cistercienses, e os monges e monjas das diversas ordens se levantam todas as noites para louvar o Senhor. Vergonha, pois, seria, se tu fosses preguiçoso em obra tão santa, quando tamanha multidão de religiosos entoa a divina salmodia.

9. Oh! se nada mais tivesses que fazer senão louvar a Deus Nosso Senhor de coração e boca! Oh! se nunca precisares comer, nem beber, nem dormir, mas sempre pudesses atender aos louvores de Deus e aos exercícios espirituais! Então serias muito mais ditoso do que agora, sujeito a tantas exigências do corpo! Oxalá não existissem tais necessidades, mas houvesse só aquelas refeições que - ai! - tão raro gozamos!

10. Quando o homem chega ao ponto de não buscar sua consolação em nenhuma criatura, só então começa a gostar perfeitamente de Deus, e anda contente, aconteça o que acontecer. Então não se alegra pela abundância, nem se entristece pela penúria, mas confia inteira e fielmente em Deus, que lhe é tudo em todas as coisas, para quem nada perece nem morre, mas por quem vivem todas as coisas e a cujo aceno, com prontidão, obedecem.

11. Lembra-te sempre do fim, e que o tempo perdido não volta. Sem empenho e diligência, jamais alcançarás as virtudes. Se começares a ser tíbio, logo te inquietarás. Se, porém, procurares afervorar-te, acharás grande paz e sentirás mais leve o trabalho com a graça de Deus e o amor da virtude. O homem fervoroso e diligente está preparado para tudo. Mais penoso é resistir aos vícios e às paixões que afadigar-se em trabalhos corporais. Quem não evita os pequenos defeitos pouco a pouco cai nos grandes. Alegrar-te-ás sempre à noite, se tiveres empregado bem o dia. Vigia sobre ti, anima-te e admoesta-te e, vivam os outros como vivem, não te descuides de ti mesmo. Tanto mais aproveitarás, quanto maior for a violência que te fizeres. Amém.

(Da Imitação de Cristo, de Thomas de Kempis)

quinta-feira, 19 de junho de 2025

CORPUS CHRISTI 2025

 

Corpus Christi, expressão latina que significa Corpo de Cristo, é uma festa litúrgica da Igreja sempre celebrada na quinta–feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa. 

O pão é pão e o vinho é vinho
como frutos do homem em oração;
é o que trazemos, é tudo o que temos,
como oferendas da nossa devoção. 

Não é mais pão, nem é mais vinho
quando espécies na consagração;
alma e divindade que se reconciliam
a cada missa, em cada comunhão.

Aparente pão, aparente vinho,
é mais que vinho, muito mais que pão;
o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo
 é o alimento da nossa salvação.

(Arcos de Pilares)