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terça-feira, 18 de junho de 2024

INTROIBO AD ALTARE DEI


'Introibo ad altare Dei, ad Deum qui laetificat juventuten meam!

'Subo ao altar de Deus, o Deus que alegra minha juventude!'

(palavras iniciais do sacerdote, ao subir ao altar, antes de rezar a Missa na forma extraordinária do rito romano)

**********

Fazei-me justiça, ó Deus, e defendei minha causa contra uma nação ímpia. Livrai-me do homem doloso e perverso,

pois vós, ó meu Deus, sois a minha fortaleza; por que me repelis? Por que devo andar triste sob a opressão do inimigo?

Lançai sobre mim a vossa luz e fidelidade; que elas me guiem, e me conduzam ao vosso monte santo, aos vossos tabernáculos.

E me aproximarei do altar de Deus, do Deus de minha alegria e exultação. E vos louvarei com a cítara, ó Senhor, meu Deus!

Por que te deprimes, ó minha alma, e te inquietas dentro de mim? Espera em Deus, porque ainda hei de louvá-lo: Ele é minha salvação e meu Deus.

(Salmo 42)

terça-feira, 4 de junho de 2024

DA MANEIRA EXCELENTE DE ASSISTIR À MISSA


Para ouvir a Missa com devoção, cumpre recordar que o sacrifício do altar é o mesmo que foi oferecido outrora no Calvário ; a única diferença é que o sangue divino que foi realmente derramado na cruz, só o é misticamente no altar. Se houvésseis estado no Calvário naquele momento, com que devoção e enternecimento teríeis assistido a esse grande sacrifício ! Reanimai pois a vossa fé, e pensai que o que se fez então no Calvário se faz agora no altar; pensai também que este divino sacrifício não é oferecido somente pelo padre, mas ainda por todos os assistentes. Assim, todos fazem de certo modo ofício de sacerdote assistindo à missa, pela qual os merecimentos da paixão do Salvador são aplicados a cada um de nós em particular.

E' mister lembrar também que o sacrifício da Missa foi instituído para quatro fins: (i) para honrar a Deus; (ii) para expiar os nossos pecados; (iii) para agradecer a Deus os seus benefícios; (iv) para alcançar graças. Daqui nascem as considerações seguintes, que nos ajudarão a ouvir a missa com muito fruto:

1. Pela Missa, na qual se oferece ao Pai Eterno a pessoa de Jesus Cristo, Homem e Deus, dá-se a Deus uma honra infinitamente maior do que se lhe fossem oferecidas as vidas de todos os homens e anjos.

2. Por esta oferenda de Jesus Cristo, que se faz na Missa, dá-se a Deus uma satisfação completa por todos os pecados dos homens, e especialmente dos assistentes, aos quais é aplicado o mesmo sangue divino que foi derramado no Calvário para redenção do gênero humano. Assim, por uma missa, satisfazemos à justiça divina pelas nossas faltas de modo mais eficaz que por outra qualquer obra expiatória. Todavia, bem que a missa seja de valor infinito, Deus a não recebe senão de modo finito, conforme as disposições de quem a ouve; eis por que é útil ouvir muitas missas.

3. A Missa é para nós o meio de dar dignas ações de graças por todos os benefícios que de Deus recebemos.

4. Durante a missa, podemos obter todos os favores que desejamos para nós e para os outros. Indignos somos de receber benefícios; mas o nosso Salvador nos deu o meio de merecer e alcançar todas as graças: é pedi-las em seu nome, oferecendo-o ao Pai eterno no sacrifício eucarístico, onde Jesus une a sua oração à nossa. Se soubésseis que, quando orais, a Mãe de Deus e todo o paraíso se unem a vós para apoiar a vossa oração, com que confiança não o faríeis! Pois bem, quando se assiste a missa, para pedir a Deus alguma graça, Nosso Senhor Jesus Cristo, cujas orações valem infinitamente mais que as do paraíso inteiro, ora Ele próprio por vós, e oferece em vosso favor os méritos da sua Paixão. 

É, pois, excelente método dividir a missa em quatro diferentes partes, da seguinte maneira:

1. Desde o início até o Evangelho:

Oferecei o santo sacrifício a Deus para honrá-lo, dizendo: 'Adoro, ó meu Deus, a vossa majestade infinita. Honrar-vos quisera como o mereceis; mas que honra podeis receber de um miserável pecador como eu? Ofereço-vos a honra infinita que vos dá Jesus Cristo neste altar.

2. Desde o Evangelho até a Elevação da Hóstia

Oferecei o santo sacrifício para expiação dos vossos pecados, dizendo: 'Detesto, Senhor, e sumamente deploro todos os desgostos que vos tenho dado. Em reparação às minhas ofensas, ofereço-vos o vosso divino Filho, que se sacrifica de novo por mim sobre este altar, e pelos seus merecimentos, vos peço conceder-me o perdão e a perseverança na vossa santa graça'.

3. Desde a Elevação da Hóstia até a Comunhão

Oferecei Jesus Cristo ao Pai eterno, para dar-lhe graças por todos os benefícios que vos tem feito, dizendo: 'Senhor, por mim mesmo sou incapaz de vos agradecer dignamente por todos os benefícios que me haveis feito; mas, em ação de graças, vos ofereço o sangue de Jesus Cristo nesta missa e em todas as que se celebram atualmente na terra'.

4. Desde a Comunhão até o Final da Missa

Pedi com grande confiança as graças de que tendes necessidade, e especialmente a dor dos vossos pecados, a perseverança e o amor divino. Recomendai a Deus particularmente as pessoas com quem viveis, os vossos parentes, os pecadores, as almas do purgatório, etc. Não acho mau que reciteis orações vocais durante a missa; mas desejo que ao mesmo tempo não deixeis de vos desobrigar para com Deus dos quatro deveres que vos acima apontei: honra, expiação, ação de graças e oração. Aconselho-vos a ouvir tantas missas quantas vos for possível; cada vez que assistirdes à missa da maneira que vos indiquei, alcançareis um tesouro de merecimentos.

(Santo Afonso Maria de Ligório)

sábado, 25 de fevereiro de 2023

10 MISSAS PARA A ETERNIDADE

1. 'Se o homem reconhecesse o mistério da Santa Missa, no qual Deus dá o seu Corpo e Sangue em sacrifício para os homens, morreria de amor' (São Tomás de Aquino)

2. 'Uma Missa bem assistida em vida vale mais para a sua salvação que muitas outras rezadas em sua intenção após a morte' (Santo Padre Pio)

3. 'O martírio não é nada em relação à Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a Deus a sua vida; na Santa Missa, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens' (São Tomás de Aquino)

4. 'Todas as minhas obras, todos os meus trabalhos provêm sempre de apenas duas coisas: a Santa Missa e a oração do Rosário' (São João Bosco)

5. 'A Santa Missa é, em uma palavra, a essência de tudo o que há de bom e de belo na Igreja de Deus' (São Leonardo do Porto Maurício)

6.'Eis o meio mais adequado para assistir com fruto a Santa Missa: consiste em irdes à igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos comportardes diante do altar como o faríeis diante do Trono de Deus, em companhia dos santos anjos' (São Leonardo de Porto Maurício)

7. 'Assistam [a Santa Missa] como a Santa Virgem Maria e as Santas mulheres. Como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício sangrento da cruz' (São Pio de Pietrelcina)

8.'Como for a tua Missa, assim será a tua Fé; como for a tua Fé, assim será a tua moral; como for a tua moral, assim será a tua vida; e como tiver sido a tua vida, assim será a tua eternidade' (Mons. Tihamer Toth)

9.'Todas as boas obras reunidas não igualam o valor do Sacrifício da Missa, porque aquelas são obras de homens, enquanto a Santa Missa é obra de Deus' (Santo Cura D'Ars)

10.'Fica sabendo, ó cristão, que mais merece ouvir devotamente uma só missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar por toda a terra' (São Bernardo)

sábado, 25 de setembro de 2021

A MISSA É O SOL DA IGREJA

A Missa é o sol da Igreja. Se na Missa, você experimentar algum atribuição inespecífica dos sentidos, tem algo muito errado. Você vai a Missa não para usufruir de experiências humanas, mas para compartilhar o que é absolutamente divino... tudo deve inclinar na Missa a alma para o sobrenatural, para o invisível... Silêncio, silêncio absoluto, recolhimento interior, orações de joelhos... 

Tudo deve refletir a presença de Deus no seu íntimo, no seu coração, na sua alma... quem está presente, o enlevo de músicas de refrão adocicado, as imagens do templo, tudo é inócuo diante o Calvário exposto... nem mesmo o sacerdote é importante, o importante é ele estar por inteiro in Persona Christi... a Missa é a mais bela oração que a criatura pode oferecer a Deus e uma fonte inesgotável de graças para a salvação das almas...

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

VÍDEOS CATÓLICOS: O VÉU REMOVIDO


 Vídeo que mostra a união mística entre o céu e a terra durante a celebração da Santa Missa, na presença de homens, anjos e santos, como revelada nas Sagradas Escrituras e no Catecismo da Igreja Católica

quarta-feira, 21 de julho de 2021

sábado, 15 de maio de 2021

10 QUESTÕES SOBRE UMA CERTA MISSA...

1. A Igreja Católica deve conceder exéquias eclesiásticas a pecadores públicos e manifestos, que assumiram uma vida notoriamente contrária aos princípios da autêntica fé cristã?

Não. Com uma exceção: a não ser em caso de um sinal ou manifestação explícita de arrependimento do pecador à sua condição de vida anterior.

2. Não existindo tal manifestação de arrependimento, essa concessão pode ser dada mediante atribuição específica de algum sacerdote ou de alguma diocese da Santa Igreja?

Não. Não, sem exceções.

3. Por que não?

Porque este impedimento está explícito no texto do Direito Canônico, por meio do Cân. 1184, que estabelece:

Cân. 1184 — § 1. Devem ser privados de exéquias eclesiásticas, a não ser que antes da morte tenham dado algum sinal de arrependimento: 1.° os apóstatas notórios, os hereges e os cismáticos; 2.° os que escolheram a cremação do corpo próprio, por razões contrárias à fé cristã; 3.° os outros pecadores manifestos, aos quais não se possam conceder exéquias eclesiásticas sem escândalo público dos fiéis.

4. Esses princípios se aplicariam também a uma possível concessão a tais pecadores da chamada missa de sétimo dia?

A não concessão de exéquias eclesiásticas privilegia particularmente a negação das missas exequiais, conforme claramente exposto no Cân. 1185:

Cân. 1185 — Àquele a quem foram recusadas exéquias eclesiásticas, deve também ser-lhe negada qualquer Missa exequial.

5. Assim, um pecador público não pode ser objeto de amparo espiritual pela Igreja Católica?

Podem e devem ser feitas orações e/ou outras intenções privadas em relação à vida de qualquer pessoa, em função do fato de que o julgamento final de cada alma é atributo exclusivamente da infinita justiça e misericórdia de Deus. E porque também são destinadas ao conforto espiritual dos parentes e amigos daquela pessoa. Mas, estas orações e intenções, não podem ser nunca expressas na intenção da alma de um pecador manifesto ou de um herege público na forma de uma missa exequial.

6. É, portanto, inválida a missa exequial nestas condições?

Absolutamente inválida porque as exéquias eclesiásticas, com as quais a Igreja implora o auxílio espiritual para os defuntos e honra os seus corpos e, ao mesmo tempo, leva aos vivos a consolação da esperança, devem celebrar-se em conformidade com as leis litúrgicas vigentes.

7. A missa exequial realizada nestas condições é apenas inválida?

Não, é muito mais grave do que isso, porque estabelece simultaneamente uma ruptura com a liturgia da Igreja e um espetáculo de escândalo público, além da possibilidade de incorporar um sem número de outros sacrilégios, incluindo manifestações e pronunciamentos totalmente antagônicos à sacralidade da liturgia, bem como comunhões sacrílegas, por exemplo. E, além disso, há todo um potencial ciclo de consequências dos que tendem a explorar o fato de forma a atacar a Santa Igreja, o que potencializa tremendamente a gravidade dessa situação. 

8. Mas o pecador impenitente não poderia se salvar no extremo momento da morte?

Possível é porque Deus é Deus. Mas a Igreja é extremamente prudente aos ditames da autêntica fé cristã: quem viveu por livre arbítrio de forma impenitente não pode contestar que a Santa Igreja tome por princípio que se morre como se vive e que, assim, quem vive impenitente morre também de forma impenitente. Os ritos da Santa Igreja não são ecumênicos e são expressamente destinados aos que creem e praticam in totum a doutrina ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo. 

9. Mas a percepção geral atualmente...

Nos tempos atuais, há uma percepção absolutamente falsa e ecumênica de que a salvação é uma coisa fácil e Deus, sendo um abismo de misericórdia, há de salvar todos os homens. A salvação de uma alma é uma luta difícil e obra de uma vida inteira de renúncia ao pecado e de perseverança na graça. Deus é um abismo de misericórdia e um abismo de justiça. A Igreja Católica, ciente disso, tem reiteradamente defendido, seja pela tradição, seja pelos ensinamentos dos Padres da Igreja, que o número dos que se salvam é pequeno, como explicitado cristalinamente pelo próprio Jesus: 'Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita' (Lc 13, 22).

10. O que se pode constatar destes fatos recentes então?

Que o verdadeiro abismo é o pecado. Os que dele se usufruem, nele se refestelam e nele querem aplicar livre e generalizadamente todos os seus arbítrios. E ai daqueles que devendo ser os pastores do rebanho do Senhor e luz do mundo, aliam-se aos lobos por respeito humano, falta de prudência ou simplesmente pelas comezinhas retribuições mundanas. Tornam-se, como outros tantos, iguais pedras de escândalo. 

sábado, 31 de outubro de 2020

AS 77 GRAÇAS DA SANTA MISSA


1. Deus, o Pai celestial, envia o seu Filho à Terra para a nossa salvação;

2. Para obedecer ao Pai e por nosso amor, Jesus Cristo humilha-se a ponto de ocultar-se sob as espécies de pão e de vinho;

3. O Espirito Santo muda o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo;

4. Nosso Senhor humilha-se tanto por nosso amor que se faz realmente presente na menor partícula de cada Hóstia consagrada;

5. Nosso Senhor renova o mistério da sua Santa Encarnação;

6 . Nosso Senhor nasce de novo por nós;

7. Ele dá outra vez todos os testemunhos de amor que concedeu aos homens durante sua vida terrestre;

8. Ele renova a sua dolorosa Paixão e nos deixa participar dos seus frutos;

9. Ele morre espiritualmente e dá a sua vida preciosa por nós;

10. Ele derrama o seu Sangue e apresenta-o ao Pai celeste pela nossa salvação;

11. Ele rega a nossa alma com o seu Sangue divino e a purifica de suas manchas;

12. Ele se oferece em holocausto por nós, e dá a Deus toda a honra que lhe é devida;

13. Se, da nossa parte, unimo-nos no oferecimento de seu oferecimento ao eterno Pai, desagrava­mos a Deus na honra, que deixamos de prestar-lhe no passado;

14. Nosso Senhor se imola por nós em sacrifício de louvor;

15. Oferecendo a Deus Pai estes louvores de Jesus Cristo, damos-lhe maior glória do que lhe podem dar os Anjos do Céu;

16.  Nosso Senhor se oferece em sacrifício de agradecimento e compensa assim a nossa ingratidão;

17. A oferta deste sacrifício de agradeci­mento retribui a Deus todos os seus benefícios;

18. Nosso Senhor reconcilia-nos com Deus;

19. Nossos pecados veniais são perdoados, contanto que tomemos a resolução de não cometê-los mais;

20. Compensa-se a Deus pelo bem que omitimos;

21. Nossas negligências no cum­primento do bem são reparadas;

22. São perdoados os nossos pecados cometidos por inadvertência, como também aqueles que não conhecemos ou esquecemos de acusar na con­fissão;

23. Cristo é nosso sacrifício de satisfação e que paga parte de nossa dívida para com a Justiça divina;
24. Em uma Santa Missa, podemos expiar maior número de pecados do que por gran­des penitências;

25. Nosso Senhor nos comunica uma parte dos seus méritos e nós, por nossa vez, podemos oferecê-los ao Pai Celeste por nossos pecados;

26. Nosso Senhor ora por nós como o fez na Cruz por seus inimigos;

27. Seu precioso Sangue clama miseri­córdia, tantas vezes quantas gotas derramou;

28. Suas sagradas chagas imploram por nós o perdão dos nossos pecados;

29. Por causa de Nosso Senhor, as nossas orações, durante a santa Missa, são mais facilmente atendidas;

30.  A oração na hora da Missa é mais eficaz;

31. Nossa oração é oferecida ao pai, por intercessão de Nosso Senhor;

32. Nosso senhor advoga nossa causa e ocupa-se da nossa salvação;

33. Os anjos presentes rezam por nós e oferecem nossa oração a Deus;

34. Pela virtude da Santa Missa, o demônio mantém-se afastado de nós;

35. O sacerdote reza muito particularmente pelos presentes, tornando-lhes assim mais salutar o Santo Sacrifício;

36. Assistindo a Santa Missa, tornamo-nos como que sacerdotes em espírito, e Jesus Cristo nos concede o poder de oferecer a Missa, juntando nossa oração à do sacerdote, por nós e pelos outros;

37. A Santa Missa é o presente mais agradável que podemos oferecer à Santíssima Trindade;

38. Este presente é mais precioso que o Céu e a Terra;

39. Este presente vale o próprio Deus;

40. A Santa Missa é a maior glória a Deus;

41. A Santa Missa é a alegria da Santíssima Trindade;

42. A participação na Santa Missa é um dom que nos foi concedido por Jesus Cristo;

43. Assistir a Santa Missa constitui o maior culto de adoração;

44. Pela Santa Missa, rendemos as maiores homenagens à Humanidade de Jesus Cristo;

45. Pela Santa Missa, honramos dignamente a Paixão do Salvador e dela recolhemos os frutos;

46. Pela Santa Missa, honramos e regozijamos a Mãe de Deus;

47. Pela Santa Missa, honramos e regozijamos os anjos e os santos, mais que por muitas outras orações;

48. A Missa é o melhor meio de enriquecer a nossa alma;

49. A Santa Missa é a boa obra por excelência;

50. A Santa Missa é o ato supremo da fé que nos assegura grande recompensa;

51. Prostrando-nos piedosa e humildemente diante das Sagradas Espécies Eucarísticas, efetuamos um ato sublime de adoração;

52. Cada vez que olharmos, cheios de fé, para a Santa Hóstia, ganhamos uma recompensa especial no Céu;

53. Cada vez que batemos ao peito pela contrição dos nossos pecados, obtemos a remissão de muitas culpas;

54. Se tivermos a infelicidade de estar em pecado mortal e ouvirmos devotamente a santa Missa, Deus nos oferecerá a graça da conversão;

55. A Santa Missa nos aumenta a graça santificante e nos atrai muitas graças atuais;

56. Assistindo à Santa Missa, somos espiritualmente nutridos do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo;

57. Assistindo à Santa Missa, gozamos da alegria insigne de poder contemplar a Jesus Cristo sob as Santas Espécies;

58. Assistindo à Santa Missa, recebemos a benção do sacerdote que Deus ratifica no Céu;

59. A assistência à Santa Missa atrai também bênçãos temporais;

60. A assistência à Santa Missa preserva-nos de muitas desgraças;

61. A assistência à Santa Missa nos fortifica contra as tentações;

62. A assistência à Santa Missa traz a graça de uma boa morte;

63. Uma Missa ouvida em honra dos Anjos e dos Santos alcança-nos sua proteção e o seu socorro poderosíssimo;

64. Na hora da morte, as Missas que tivermos ouvido se tornarão uma fonte de consolação e de confiança na divina Misericórdia;

65.  As Missas que tivermos ouvido nos acompanharão diante do justo Juiz e pedirão graça para nós;

66. Um grande número de Missas bem ouvidas nos refrigerarão o ardor das chamas do purgatório;

67. Cada Missa assistida diminui a pena temporal mais do que uma rigorosa penitência;

68. Uma única Missa bem ouvida no decurso de nossa vida será mais proveitosa a nossa alma que um grande número delas oferecidas depois da nossa morte;

69. A devoção à Santa Missa nos valerá uma grande glória no Céu;

70. Cada missa que ouvimos eleva nosso futuro lugar no Céu e aumenta a nossa felicidade eterna;

71. Não podemos rezar mais eficazmente por nossos amigos que assistindo à Santa Missa;

72. A Santa Missa constitui o meio certo de retribuir a Deus os favores recebidos;

73. Os infelizes, os doentes, os moribundos e as almas do purgatório são nela poderosamente socorridos;

74. Pela Santa Missa, obtemos a conversão dos pecadores;

75.  Pela Santa Missa, todos os fiéis tiram do Santo Sacrifício abundantes bênçãos;

76.  Pela Santa Missa, as almas do purgatório são consoladas;

77. Os pobres, que não tem meios de mandar celebrar missas por seus caros defuntos podem, assistindo piedosamente a Santa Missa, livrar essas almas do fogo do purgatório.

(Venerável Frei Martinho de Cochem)

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

IMAGEM DA SEMANA

'Que a minha oração suba até vós como a fumaça do incenso, que minhas mãos estendidas para vós sejam como a oferenda da tarde' 
(Sl 140, 2)

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

CANTOS DA MISSA TRADICIONAL (XI): AGNUS DEI

Na Parte II da Santa Missa, conhecida como Missa dos Fieis, pouco antes da Comunhão, cantamos o Agnus Dei. A versão a seguir (Missa VIII de Angelis) não é praticada aos domingos comuns, mas especialmente nas épocas festivas do Natal e dos Santos Anjos (dia dois de outubro).


Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
℟. Miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
℟. Miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
℟. Dona nobis pacem.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
℟. Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
℟. Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
℟. Dai-nos a paz.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

CANTOS DA MISSA TRADICIONAL (X): SANCTUS

Estamos agora na Parte II da Santa Missa, conhecida como Missa dos Fieis. No início do Canon, a parte mais sagrada da Santa Missa, a Igreja reza unida em louvor a Nosso Senhor Jesus cristo entoando o Sanctus.


Sanctus, Sanctus, Sanctus, Dominus Deus
Sabaoth. Pleni sunt cæli et terra gloria tua.
Hosanna in excelsis.
Benedictus, qui venit in nomine Domini.
Hosanna in excelsis.

Santo, Santo, Santo, é o Senhor
Deus dos Exércitos. A Terra e o
Céu estão cheios da Vossa glória.
Hosana no mais alto dos Céus.
Bendito o que vem em nome do
Senhor. Hosana nas alturas!

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

VERSUS: PAIXÃO DO SENHOR X SANTA MISSA

A Missa é essencialmente o Sacrifício, a Paixão e a Morte de Nosso Senhor na Cruz, mediante o seguinte paralelo das celebrações (o que nos mostra o quanto já perdemos da doutrina autêntica da Fé cristã pela introdução de palmas, gestos e coreografias completamente estranhas ao rito litúrgico original):

 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

CANTOS DA MISSA TRADICIONAL (IX): CREDO

O canto (ou recitação) do Credo está inserido no contexto de louvor e adoração que caracterizam a primeira parte da Santa Missa ou Missa dos Catecúmenos. Não se trata apena de uma simples oração ou meditação, mas o símbolo triunfante da fé cristã em plenitude. Na versão niceno-constantinopolitana, constitui os fundamentos da nossa fé católica promulgados pelos Concílios de Niceia (325) e Constantinopla (381).



Credo in unum Deum. Patrem omnipotentem, factorem coeli et terræ, visibilium omnium et invisibilium. Et in unum Dominum Jesum Christum, Filium Dei unigenitum. Et ex Patre natum ante omnia sæcula. Deum de Deo, lumen de lumine, Deum verum de Deo vero. Genitum, non factum, consubstantialem Patri: per quem omnia facta sunt. Qui propter nos homines, et propter nostram salutem descendit de coelis. Et Incarnatus est de Spiritu Sancto ex Maria Virgine et homo factus est. Crucifixus etiam pro nobis: sub Pontio Pilato passus, et sepultus est. Et resurrexit tertia die, secundum Scripturas. Et ascendit in coelum: sedet ad dexteram Patris. Et iterum venturus est cum gloria judicare vivos et mortuos: cujus regni non erit finis. Et in Spiritum Sanctum. Dominum et vivificantem: qui ex Patre, Filioque procedit. Qui cum Patre, et Filio simul adoratur et conglorificatur: qui locutus est per prophetas. Et unam, sanctam, catholicam et apostolicam Ecclesiam. Confiteor unum baptisma in remissionem peccatorum. Et exspecto resurrectionem mortuorum. Et vitam venturi sæculi. Amen.

Creio em um só Deus. Pai, todo poderoso, criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus. Nascido do Pai, antes de todos os séculos. Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Gerado, não feito, consubstancial ao Pai, por meio de quem foram feitas todas as coisas. Que por nós, homens, e por causa de nossa salvação desceu dos Céus. E se encarnou pelo Espírito Santo em Maria Virgem e se fez homem. Também por amor de nós foi crucificado, sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras. Subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. Donde virá de novo, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos e cujo reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho. Que com o Pai e com o Filho é igualmente adorado e glorificado: ele o que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo, para a remissão dos pecados. Espero a ressurreição dos mortos e a vida do século futuro. Amém.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

VERSUS: CENÁCULO X SANTA MISSA

A primeira Missa foi celebrada no Cenáculo, às vésperas da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo e, desde então, a Santa Igreja repete o Santo Sacrifício a cada Missa, mediante o seguinte paralelo das celebrações:


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

O VALOR DA SANTA MISSA PARA AS ALMAS DO PURGATÓRIO

Não podendo compreender, durante esta vida, o rigor das chamas do purgatório; virá, porém, o dia em que o experimentaremos. Meditemos, enquanto podemos, a doutrina dos Santos e Doutores da Igreja.

Santo Agostinho diz: 'O eleito e o condenado são atormentados pelo fogo, cuja ação é mais violenta que tudo quanto, sobre a terra, se pode imaginar, ver e sentir' (Sermão 41). Fosse este testemunho o único, e bastaria para espantar-nos, porque os males de que a terra está cheia, são incalculáveis, e nossa capacidade de sofrer é um abismo de que ninguém sondou a fundo. Pensa nas terríveis doenças que corrompem o corpo; lê, no martirológio, as torturas espantosas, a que foram submetidos os confessores da fé, e persuadir-te-ás de que tudo isto é apenas uma pálida imagem do que te espera, segundo a afirmação de São Cirilo: 'Todas as penas e torturas', diz ele, 'todos os tormentos desta vida, comparados à menor pena do purgatório, parecem ainda uma consolação'. São Tomás de Aquino afirma também: 'A menor faísca desse fogo é mais cruel que todos os males desta vida'.

Meu Deus! Como minha alma suportará essas dores terríveis? Ora, é quase certo que não chegará ao céu sem passar por essas chamas purificadoras, porque, longe de ser bastante perfeita para evitá-las, está repleta de manchas e de más inclinações. Há vários meios eficazes de aliviar as almas do purgatório; porém, o mais salutar, declara o Concílio de Trento, é o santo Sacrifício da Missa: 'As almas do purgatório são aliviadas pelas orações e sufrágios dos fiéis, principalmente pelo sacrifício do Altar' (Concílio de Trento, Sessão 25). Dois séculos antes, São Tomás de Aquino já dizia: 'Segundo o uso geral, a Igreja sacrifica e ora pelos defuntos e, assim, liberta-os, prontamente, do purgatório'.

A razão é porque, na santa Missa, o sacerdote e os assistentes não somente pedem misericórdia, mas oferecem também a Deus um resgate preciosíssimo. As almas do purgatório não estão fora dos favores de Deus, visto que, por sua contrição e confissão, reconciliaram-se com Ele, porém ficam prisioneiras, para se purificarem das chamas. Por conseguinte, se cheio de compaixão, orares por elas, cedendo-lhes teus méritos, contribuís para saldar uma parte desta dívida de que o Juiz supremo diz: 'Toma cuidado para que não sejas lançado na prisão, donde não sairás sem ter pago o último ceitil' (Mt 5, 25-26). Entretanto, se assistes, ou fazes celebrar a santa Missa por uma destas almas, satisfarás grande parte de sua dívida.

Ignora-se em que medida são remidas as penas do purgatório pelo santo Sacrifício. Em todo o caso, fica certo que uma missa celebrada, ou ouvida durante a tua vida, serve-te mais do que outra oferecida em tua intenção depois da morte, segundo a palavra de Santo Anselmo: 'Uma única missa assistida por uma pessoa durante a vida, lhe é mais vantajosa do que muitas oferecidas, em sua intenção, depois da morte'. Eis o porquê. Se estiveres em estado de graça, quando ouvires, ou mandares celebrar a santa Missa por ti, obterás um aumento de glória para o paraíso; vantagem que, mesmo cem missas, celebradas depois de teu falecimento, não poderiam merecer-te, visto que o tempo de merecimento acabou.

Se estiveres em estado de pecado mortal, a santa Missa te atrairá, pela infinita misericórdia de Deus, com a luz necessária para reconhecer os pecados e a dor de havê-los cometidos, dor que te põe em graça com ele, coisa impossível depois da morte. Se, em vida, já estás marcado com o selo da reprovação, a santa Missa pode ainda deter-te na beira do abismo infernal e conceder-te o inestimável benefício de morreres na graça de Deus. Missas ouvidas ou celebradas te esperam além do túmulo, onde, como outros tantos advogados eloquentes, solicitarão, para ti, o perdão no tribunal da Justiça divina. Se não te preservam inteiramente do purgatório, abreviar-lhe-ão a duração e diminuir-lhe-ão a intensidade. Apesar de Deus aplicar-te todo o fruto de uma missa após tua morte, seria ainda mister que fosse celebrada, e deverias esperá-la.

Supõe que morras à tarde e devas permanecer nas chamas do purgatório somente até a hora da Missa do dia imediato: ó como seria longa esta única noite! Supõe mesmo o caso mais favorável em que tua pena duraria o tempo de uma missa; caro leitor, esta meia hora te pareceria ainda uma eternidade. Se te obrigassem a ter a mão em fogo vivo durante o tempo em que se pode celebrar uma santa missa, quanto não darias para escapar a uma prova tão cruel? Entretanto, não atingiria senão a um membro de teu corpo, e não se pode comparar à pena muito mais intensa que tem sede na alma. Poderíamos ter menos compaixão de nossa alma que do nosso corpo? Em todo caso, é melhor que as missas nos esperem na outra vida do que termos que esperá-las. Amontoemos, pois, tesouros no céu, pela piedosa assistência à santa missa, porque a noite virá, e quem trabalhará então por nós?

A esmola que consagras para fazer celebrar a santa missa é um dom espontâneo, voluntário, muito agradável a Deus, ao passo que, depois de tua morte, não será mais dado por ti, mas por teus herdeiros. Não vemos, todos os dias, como demoram a satisfazer os piedosos desejos dos moribundos? Acredita-nos, é mais conveniente assegurar o futuro, desde a vida presente, enquanto podes dispor de teus bens. Enfim, não esqueçamos que o tempo presente é o tempo da misericórdia, e o tempo futuro, o da justiça. São Boaventura diz: 'Assim como uma palheta de ouro é mais preciosa do que um pedaço de chumbo, também uma pequena penitência, a que nos submetemos, voluntariamente, nesta vida, é mais agradável aos olhos de Deus do que uma grande penitência feita na outra.

Ah, se pudesses contemplar, com teus olhos mortais, os rios de graças que, do altar, se derramam sobre o purgatório, com que pressa procurarias, para as almas exiladas, este divino benefício! Não objetes tua pobreza. É verdade, a pobreza pode privar-te do prazer de mandar celebrar os divinos Mistérios; porém, não te explicamos que a simples audição da santa Missa é, por si, muito meritória? Pede a teus amigos que ouçam também uma ou mais missas na intenção das almas do purgatório.

Era o conselho de um homem de Deus a uma pobre viúva que lamentava não poder mandar celebrar missas por seu defunto marido: 'Assisti, frequentemente, ao Santo Sacrifício por ele; deste modo será mais prontamente libertado do que por uma ou duas missas celebradas em sua intenção'. Este excelente conselho o damos, de bom grado, aos pobres; não que seja menos vantajoso fazer celebrar a missa, quando se pode, porém, é uma consolação para a alma do purgatório ver-te oferecer, por ela, nosso Senhor ao seu Pai. Então o precioso Sangue inunda-a como orvalho celeste. Jamais um doente devorado pela febre foi tão aliviado por um copo d'água fresca, como nossos caros defuntos, quando na santa missa, derramamos, misticamente, sobre eles algumas gotas deste Sangue divino.

(Excertos da obra 'Explicação da Santa Missa', do Venerável Pe. Martinho de Cochem)

sábado, 5 de setembro de 2020

CANTOS DA MISSA TRADICIONAL (VIII): GLORIA

A recitação ou o canto do Glória estão inseridos no espírito de profundo recolhimento e adoração que deve caracterizar a primeira parte da Santa Missa ou Missa dos Catecúmenos. O Glória é um cântico de louvor conformado por diversas aclamações e súplicas, dirigidos à Santíssima Trindade e que se inicia com as palavras que os Anjos cantaram no nascimento do Salvador. Compõe-se de diferentes arranjos, de acordo com o conjunto das composições que constituem o chamado Kyriale para o Ordinário da Missa. Deve ser omitido nas Missas de Defuntos, do Advento, da Septuagésima e da Quaresma e nas férias sem festa.


Gloria in excelsis Deo. Et in terra pax hominibus bonae voluntatis. Laudamus Te. Benedicimus Te. Adoramus Te. Glorificamus Te. Gratias agimus tibi propter magnam gloriam tuam. Domine Deus, Rex caelestis, Deus Pater omnipotens. Domine Fili Unigenite, Jesu Christe. Domine Deus, Agnus Dei, Filius Patris. Qui tollis peccata mundi, miserere nobis. Qui tollis peccata mundi suscipe deprecationem nostram. Qui sedes ad dexteram Patris, miserere nobis. Quoniam Tu solus Sanctus. Tu solus Dominus. Tu solus Altissimus, Jesu Christe. Cum Sancto Spiritu in gloria Dei Patris. Amen.

Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade. Nós vos louvamos, Vos bendizemos, Vos adoramos e Vos glorificamos. Nós vos damos graças, por causa da Vossa grande glória, ó Senhor Deus, Rei do céu, Deus Pai onipotente. Ó Senhor, Filho Unigênito de Deus, Jesus Cristo. Senhor Deus, Cordeiro de Deus e Filho do Pai. Vós que tirais os pecados do mundo, tende compaixão de nós. Vós que tirais os pecados do mundo, ouvi a nossa prece. Vós que estais sentado à direita do Pai, tende compaixão de nós. Porque só Vós, Senhor Jesus Cristo, sois Santo, só Vós sois o Altíssimo. Com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

CANTOS DA MISSA TRADICIONAL (VII): KYRIE

A primeira parte da Santa Missa é uma preparação para o grande mistérios da transubstanciação e da comunhão eucarística. Esta primeira parte da Missa, chamada Missa dos Catecúmenos, é dedicada ao louvor a Deus por graças tão extraordinárias e à compunção interior dos fieis diante de tão grandes mistérios. Todos os eventos e ritos praticados nesta parte, incluindo os cantos, devem estar, portanto, intimamente associados a estes preceitos, como elementos de profundo recolhimento e adoração, num contexto de plena afirmação, crescimento e maturação da nossa fé católica. Símbolos máximos deste espírito devocional na Santa Missa são as recitações ou os cantos do Kyrie, do Gloria e do Credo (constantes do Ordinário da Missa). 

O Kyrie (palavra de origem grega) é uma invocação dirigida ao Senhor e contempla uma breve ladainha compondo uma tríplice invocação às três Pessoas Divinas (que são pronunciadas três vezes e não duas vezes no rito tridentino).  Nos livros de canto gregoriano, o conjunto de composições para o Ordinário da Missa é chamado de Kyriale, embora não contenha apenas peças para o Kyrie. Estes cânticos são subdivididos em dezoito ordinários, contendo ainda várias peças complementares, indicadas para períodos específicos do tempo litúrgico sem, entretanto, ter tal obrigatoriedade formal. O Kyrie mais simples é o de número XVI (praticamente silábico), indicado primariamente para os dias de semana do Tempo Comum. O Kyrie VIII, por exemplo, é próprio da chamada Missa dos Anjos.

(Kyrie VIII)



(Kyrie XVI)

Kyrie eleison.
Christe eleison.
Kyrie eleison.

Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

CANTOS DA MISSA TRADICIONAL (VI): GAUDEAMUS

Na missa tradicional, o introito muda a cada missa e constitui um esboço da natureza da missa que será rezada. O canto litúrgico a seguir é específico para a missa da Festa de Todos os Santos.

Introito - Festa de Todos os Santos

Gaudeamus


Gaudeamus omnes in Domino, diem festum celebrantes sub honore sanctorum omnium: de quorum solemnitate gaudent angeli, et collaudant Filium Dei. Exsultate, justi, in Domino: rectos decet collaudatio. Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto sicut erat in principio, et nunc, et semper et in saecula saeculorum. Amen. 
Gaudeamus... Filium Dei (Sl 32,1)

Alegremo-nos todos no Senhor, festejando este dia em honra de todos os Santos; por sua solenidade se regozijam os Anjos e glorificam o Filho de Deus. Exultai, ó justos, no Senhor; louvem-no os retos de coração. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém. 
Alegremo-nos... Filho de Deus (Sl 32,1)

sábado, 11 de julho de 2020

CANTOS DA MISSA TRADICIONAL (V): SALVE, SANCTA PARENS

Na missa tradicional, o introito muda a cada missa e constitui um esboço da natureza da missa que será rezada. O canto litúrgico a seguir é específico para as missas votivas a Nossa Senhora.

Introito - Missas Votivas a Nossa Senhora

Salve, Sancta Parens



Salve, sancta Parens, enixa et puerpera Regem: 
qui caelum, terramque regit in saecula saeculorum. 
Et gaudium matris habens cum virginitatis pudoris, 
nec primam similem visa est, nec habere sequentem.
Salve, sancta Parens, enixa et puerpera Regem: 
qui caelum, terramque regit in saecula saeculorum.  
Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto 
Sicut erat in principio, et nunc, 
et semper et in saecula saeculorum. Amen.
Salve, sancta Parens, enixa et puerpera Regem: 
qui caelum, terramque regit in saecula saeculorum. 

Salve, Santa Mãe, vós que gerastes o Rei,
quem governa o céu e a terra para todo o sempre. 
Sois a nossa alegria, permanecestes virgem e humilde,
Nunca houve semelhante a vós, nem haverá depois.
Salve, Santa Mãe, vós que gerastes o Rei,
quem governa o céu e a terra para todo o sempre.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, 
agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.
Salve, Santa Mãe, vós que gerastes o Rei,
quem governa o céu e a terra para todo o sempre.