Mostrando postagens com marcador Santos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Santos. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 30 de abril de 2025

ORAÇÃO EFICAZ AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


I. Ó meu Jesus, que dissestes: 'Em verdade vos digo: Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto': eis que eu bato, procuro e vos peço a graça de...

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... 

Sagrado Coração de Jesus, eu deposito a minha confiança em Vós!

II. Ó meu Jesus, que dissestes: 'Em verdade vos digo que, se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, Ele vo-la concederá': eis que, em Vosso nome, peço ao Pai a graça de...

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... 

Sagrado Coração de Jesus, eu deposito a minha confiança em Vós!

III. Ó meu Jesus, que dissestes: 'Em verdade vos digo que o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão': eis que, encorajado pelas vossas palavras infalíveis, peço-vos agora a graça de...

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... 

Sagrado Coração de Jesus, eu deposito a minha confiança em Vós!

Ó Sagrado Coração de Jesus, para quem é impossível não ter compaixão dos aflitos, tende piedade de nós, pobres pecadores, e concedei-nos a graça que vos pedimos, pelo Coração Doloroso e Imaculado de Maria, vossa terna Mãe e nossa.

Salve Rainha... 

São José, pai adotivo de Jesus, rogai por nós!

(Oração recitada pelo Santo Padre Pio todos os dias, por intercessão daqueles que lhe pediam suas orações)

terça-feira, 29 de abril de 2025

O PRIMEIRO MILAGRE DE SANTA TERESA DE LISIEUX

(Reine Fauquet)

Em 26 de maio de 1908, Reine Fauquet, uma menina de quatro anos, dada como irreversivelmente cega pela medicina, visitou com sua família o primeiro túmulo de Teresa, no Cemitério de Lisieux. Ao retornar da peregrinação, a menina inesperadamente recuperou a visão. Marie, sua irmã mais velha, perguntou-lhe quando ela havia recuperado a visão e a menina revelou então em detalhes a visita celestial de Teresa.

Marie lembrou-se então de ter visto Reine, na manhã de 26 de maio, acalmar-se de repente após um forte ataque de dor e permanecer sorrindo e olhando fixamente numa dada direção, antes de adormecer pacificamente. O testemunho de Reine, apesar da sua tenra idade, nunca mudou, declarando perante as Carmelitas de Lisieux: 'Eu vi Teresa muito perto da minha cama, ela pegou na minha mão, ela riu comigo e era linda, tinha um véu e tudo estava iluminado ao redor da sua cabeça'. Uma das freiras lhe perguntou: 'E como ela estava vestida? Ao que a menina respondeu: 'Como você está vestida'.

Os médicos que a tratavam da cegueira emitiram um certificado em 6 de julho de 1908, atestando a recuperação completa da visão de Reine Fauquet. Este foi o milagre que resultou na abertura do processo de reconhecimento da santidade de Teresa de Lisieux. No ano seguinte, já seria aberta uma investigação para reconhecer as virtudes heroicas da Venerável Serva de Deus. Teresa foi beatificada em 29 de abril de 1923 (102 anos atrás) e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo Papa Pio XI, apenas 27 anos depois de sua morte.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

A VONTADE DE DEUS É A NOSSA SANTIFICAÇÃO!

Peço ao Senhor que, durante a nossa permanência neste chão que pisamos, não nos afastemos nunca do Caminhante Divino. Para tanto, aumentemos também a nossa amizade com os Santos Anjos da Guarda. Todos necessitamos de muita companhia; companhia do Céu e da terra. Sejamos devotos dos Santos Anjos! É muito humana a amizade, mas é também muito divina; tal como a nossa vida, que é divina e humana. Lembramo-nos do que diz o Senhor? 'Já não vos chamo servos, mas amigos' (Jo 15,15). Ensina-nos a ter confiança com os amigos de Deus, que já moram no Céu, e com as criaturas que convivem conosco, incluídas as que parecem afastadas do Senhor, para as atrairmos ao bom caminho. 

E vou terminar, repetindo com São Paulo aos Colossenses: 'Não cessamos de orar por vós e de pedir a Deus que alcanceis pleno conhecimento da sua vontade, com toda a sabedoria e inteligência espiritual' (Cl 1,9). Sabedoria que nos proporcionam a oração, a contemplação, a efusão do Paráclito na alma, a fim de que tenhais uma conduta digna de Deus, agradando-o em tudo, produzindo frutos de toda a espécie de obras boas e progredindo na ciência de Deus; corroborados em toda a sorte de fortaleza pelo poder da sua graça, para terdes sempre uma perfeita paciência e longanimidade acompanhada de alegria; dando graças a Deus-Pai, que nos fez dignos de participar na sorte dos santos, iluminando-nos com a sua luz; que nos arrebatou ao poder das trevas e nos transferiu para o reino de seu Filho muito amado (Cl 1,10-13).

Que a Mãe de Deus e Mãe nossa nos proteja,  de que cada um de nós possa servir a Igreja na plenitude da fé, com os dons do Espírito Santo e com a vida contemplativa. Realizando cada um os deveres que lhe são próprios, cada um no seu ofício e profissão, e no cumprimento das obrigações do seu estado, honre gozosamente o Senhor. Amai a Igreja, servi-a com a alegria consciente de quem soube decidir-se a esse serviço por Amor. E se virmos que alguns andam sem esperança, como os dois de Emaús, aproximemo-nos deles com fé - não em nome próprio, mas em nome de Cristo - para lhes garantir que a promessa de Jesus não pode falhar, que Ele vela por sua Esposa sempre; que não a abandona; que passarão as trevas, porque somos filhos da luz (cf Ef 5,8) e fomos chamados a uma vida eterna.

E Deus lhes enxugará todas as lágrimas dos olhos, já não haverá morte, nem pranto nem clamor; não mais haverá dor, porque as coisas de antes passaram. E disse Aquele que estava sentado no trono: 'Eis que renovo todas as coisas. E ordenou-me: Escreve, porque todas estas palavras são digníssimas de fé e verdadeiras. E acrescentou: É um fato. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. Ao sedento, eu darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida. Aquele que vencer possuirá todas estas coisas, e eu serei o seu Deus e ele será meu filho' (Ap 21,4-7).

(São Josemaria Escrivá)

quarta-feira, 9 de abril de 2025

ORAÇÃO DE SÚPLICA AO DIVINO ESPÍRITO SANTO


Espírito Santo, divino paráclito, pai dos pobres, consolador dos aflitos, santificador das almas, eis-me aqui prostrado na vossa presença; adoro-vos com a mais profunda submissão, a repetir mil vezes com os Serafins que estão diante do vosso trono: 'Santo! Santo! Santo!' Creio firmemente que sois eterno, da mesma substância do Pai e do Filho. Espero que, pela vossa bondade, santificareis e salvareis a minha alma. 

Amo-vos, ó Deus de amor; amo-vos mais do que todas as coisas, que todos os meus afetos, porque sois a bondade infinita, única digna de todo o meu amor. Insensível às vossas santas inspirações, quantas vêzes, tive a ingratidão de vos ofender: peço-vos mil vezes perdão e pesa-me sumamente vos ter desagrado, ó Bem Supremo! Ofereço-vos o meu coração, frio como é, e vos suplico façais nele entrar um raio da vossa luz, uma centelha do vosso amor, para derreter o gelo duro das minhas iniquidades.

Vós, que enchestes de imensas graças a alma de Maria, e abrasastes com santo zelo os corações dos apóstolos, dignai-vos também de abrasar no vosso amor o meu coração. Vós sois um Espírito divino, fortificai-me contra os maus espíritos; sois fogo, acendei em mim o fogo do vosso amor; sois Luz, esclarecei-me fazendo que eu conheça as coisas eternas; sois uma Pomba, dai-me costumes puros; sois Sopro cheio de doçura, dissipai as tempestades que as paixões levantam em mim; sois uma Língua, ensinai-me a maneira de vos louvar sem cessar; sois uma Nuvem, cobri-me com a sombra da vossa proteção. 

Enfim, sois o Autor de todos os dons celestes. Eu vos conjuro, vivificai-me pela vossa graça; santificai-me pela vossa caridade, governai-me pela vossa sabedoria, adotai-me como filho pela vossa bondade e salvai-me pela vossa infinita misericórdia, para que não cesse jamais de vos bendizer, louvar e amar, primeiro na terra durante a minha vida, e depois no céu por toda a eternidade. Amém.

Oração Jaculatória: Vinde, ó Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo sagrado do vosso amor.

(Excertos da obra 'As Mais Belas Orações de Santo Afonso')

terça-feira, 8 de abril de 2025

SOBRE O AMOR AOS POBRES


Pensas que a caridade é facultativa? Que não se trata de uma lei, mas de um simples conselho? Bem gostaria que fosse assim. Mas assusta-me o lado esquerdo de Deus, esse lado para onde Ele mandou os cabritos, aos quais não censurou o fato de terem roubado, pilhado, cometido adultérios ou perpetrado outros delitos deste tipo, mas o fato de não terem honrado a Cristo na pessoa dos seus pobres.

Por isso, se me julgais dignos de alguma atenção, servos de Cristo, seus irmãos e co-herdeiros, visitemos a Cristo, alimentemos a Cristo, tratemos as feridas de Cristo, honremos a Cristo, não só sentando-o à nossa mesa como Simão, não só ungindo-o com perfumes como Maria, não só dando-lhe sepulcro como José de Arimateia, não só provendo o necessário para a sua sepultura como Nicodemos, não só, finalmente, oferecendo-lhe ouro, incenso e mirra como os magos.

Mas, uma vez que o Senhor do universo prefere a misericórdia ao sacrifício (cf Mt 9,13), uma vez que a compaixão tem muitos mais valor que a gordura de milhares de cordeiros, ofereçamos a misericórdia e a compaixão na pessoa dos pobres que hoje na terra são humilhados, de modo que, ao sairmos deste mundo, sejamos recebidos nas moradas eternas (cf Lc 16,9) pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor, a quem seja dada glória pelos séculos dos séculos.

(São Gregório de Nazianzo - Sermão 14)

sábado, 29 de março de 2025

QUE MINHA ALMA LOUVE AS MISERICÓRDIAS DE DEUS!

Que minha alma te bendiga, Senhor Deus, meu criador, e do mais íntimo do meu ser, sejam louvadas as tuas misericórdias com que gratuitamente me envolveu tua imensa piedade! Dou graças, onde e sempre que posso, à tua infinita misericórdia. Com ela louvo e glorifico a tua generosa paciência com que encobriste todos os anos de minha infância e meninice, adolescência e juventude, até perto dos vinte e cinco anos. Anos vividos com tão cega insensatez que, por pensamentos, atos e palavras, fazia sem remorsos, assim me parece agora, tudo o que queria, onde quer que podia. Se não me previnisses pelo inato horror ao mal e gosto pelo bem, pela exortação exterior das pessoas circunstantes, teria vivido como pagã entre os pagãos. Nunca teria, então, entendido que tu, meu Deus, recompensas o bem e castiga o mal. No entanto, desde a infância, isto é, os cinco anos, tu me tinhas escolhido para me admitir entre os mais fiéis dos teus amigos na prática da santa religião.

Por isto, Pai amantíssimo, como reparação, eu te ofereço a paixão do teu dileto Filho, desde a hora em que deu o primeiro vagido, deitado nas palhas da manjedoura e, em seguida, suportou as fraquezas da infância, os limites da meninice, as adversidades da adolescência e os sofrimentos juvenis, até a hora em que, inclinando a cabeça na cruz, entregou o espírito com um forte grito. Da mesma forma, em satisfação de todas as negligências, ofereço-te, Pai amantíssimo, a mais santa das vidas, perfeitíssima em todos os pensamentos, palavras e atos, a vida de teu Unigênito, desde o instante em que, enviado das alturas do teu trono, entrou em nosso mundo, até depois daquela hora em que apresentou a teus paternos olhos a glória da carne vencedora.

Em ação de graças, mergulhando no profundo abismo da humildade, cubro de louvores tua mais que excelente misericórdia. Ao mesmo tempo adoro a suavíssima benignidade com que tu, Pai das misericórdias, pensaste pensamentos de paz e não de aflição sobre mim que vivia tão desorientada, e com que me exaltarias com a multidão e grandeza de teus benefícios. Acrescentaste ainda para mim o dom da familiaridade inestimável da amizade. De diversos modos me abriste a nobilíssima arca da divindade, quero dizer, teu coração divinizado, para a satisfação de todos os meus desejos.

Além de tudo isto, atraíste minha alma com as promessas tão firmes de benefícios com que queres me cumular na morte e depois da morte. Com toda razão, se não recebesse de ti nenhum outro dom, só por elas o meu coração com viva esperança ansiaria sem cessar por ti.

(Excertos da obra 'Dos livros das Revelações do Amor Divino', de Santa Gertrudes de Hefta)

quarta-feira, 26 de março de 2025

O PERDÃO NOSSO DE CADA DIA

Cristo acrescentou claramente uma lei que nos obriga a determinada condição: que peçamos a remissão das dívidas, se nós mesmos perdoarmos aos nossos devedores, sabendo que não podemos alcançar o perdão pedido a não ser que façamos o mesmo em relação aos que nos ofendem. Por esta razão, diz em outro lugar: Com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos. E aquele servo que, perdoado de toda a dívida por seu senhor, mas não quis perdoar o companheiro, foi lançado ao cárcere. Por não ter querido ser indulgente com o companheiro, perdeu a indulgência com que fora tratado por seu senhor.

Cristo propõe o perdão com preceito mais forte e censura ainda mais vigorosa: quando fordes orar, perdoai se tendes algo contra outro, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os pecados. Se, porém, não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, não vos perdoará os pecados. Não te restará a menor desculpa no dia do juízo, quando serás julgado de acordo com tua própria sentença e o que tiveres feito, o mesmo sofrerás.

Deus ordenou que sejamos pacíficos, concordes e unânimes em sua casa. Mandou que sejamos tais como nos tornou pelo segundo nascimento; assim também ele nos quer renascidos e perseverantes. Deste modo nós, filhos de Deus, permaneçamos na paz de Deus e os que possuem um só Espírito tenham uma só alma e um só coração.

Deus não aceita o sacrifício do que vive em discórdia e ordena deixar o altar e ir primeiro reconciliar-se com o irmão, para que, com preces pacíficas, possa Deus ser aplacado. Maior serviço para Deus é a nossa paz e concórdia fraterna e o povo que foi feito uno pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Nos sacrifícios que Abel e Caim foram os primeiros a oferecer, Deus não olhava os dons, mas os corações, de forma que lhe agradava pelo dom aquele que lhe agradava pelo coração. Abel, pacífico e justo, sacrificando com inocência a Deus, ensinou os outros a depositar seus dons no altar com temor de Deus, simplicidade de coração, empenho de justiça e de concórdia. Aquele que assim procedeu no sacrifício de Deus tornou-se merecidamente sacrifício para Deus. Sendo o primeiro a dar a conhecer o martírio, iniciou pela glória de seu sangue a paixão do Senhor, por ter mantido a justiça e a paz do Senhor. Esses serão, no fim, coroados pelo Senhor; esses, no dia do juízo, triunfarão com o Senhor.

Quanto aos discordantes, aos dissidentes, aos que não mantêm a paz com os irmãos, mesmo que sejam mortos pelo nome de Cristo, não poderão, conforme o testemunho do santo Apóstolo e da Sagrada Escritura, escapar do crime de desunião fraterna, pois está escrito: Quem odeia seu irmão é homicida. Não chega ao reino dos céus nem vive com Deus um homicida. Não pode estar com Cristo quem preferiu a imitação de Judas à de Cristo.

(Excertos da obra 'Tratado sobre a Oração do Senhor', de São Cipriano)

terça-feira, 25 de março de 2025

ORAÇÃO PARA ANTES DA COMUNHÃO


Deus eterno e todo-poderoso, eis que me aproximo do sacramento do vosso Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo. Impuro, venho à fonte da misericórdia; cego, à luz da eterna claridade; pobre e indigente, ao Senhor do céu e da terra. Imploro, pois, a abundância da vossa liberalidade, para que vos digneis curar a minha fraqueza, lavar as minhas manchas, iluminar a minha cegueira, enriquecer a minha pobreza, vestir a minha nudez.

Que eu receba o Pão dos Anjos, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, com o respeito e a humildade, a contrição e a devoção, a pureza e a fé, o propósito e a intenção que convêm à salvação da minha alma.

Dai-me que receba não só o sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor, mas também o seu efeito e a sua força. Ó Deus de mansidão, fazei-me acolher com tais disposições o Corpo que o vosso Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo, recebeu da Virgem Maria, que seja incorporado ao seu Corpo Místico e contado entre os seus membros. 

Ó Pai cheio de amor, fazei que, recebendo agora o vosso Filho sob o véu do sacramento, possa na eternidade contemplá-la face a face. Vós, que viveis e reinais na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

(São Tomás de Aquino)

terça-feira, 18 de março de 2025

OS GRANDES DOCUMENTOS DA IGREJA (XXIV)

Decreto da Sagrada Congregação dos Ritos
QUEMADMODUM DEUS [08 de dezembro de 1870]

Papa Pio IX (1846 - 1878)

proclamação de São José como Patrono da Igreja


Da mesma maneira que Deus havia constituído José, gerado do patriarca Jacó, superintendente de toda a terra do Egito para guardar o trigo para o povo, assim, chegando a plenitude dos tempos, estando para enviar à terra o seu Filho Unigênito Salvador do mundo, escolheu um outro José, do qual o primeiro era figura, o fez Senhor e Príncipe de sua casa e propriedade e o elegeu guarda dos seus tesouros mais preciosos.

De fato, ele teve como sua esposa a Imaculada Virgem Maria, da qual nasceu pelo Espírito Santo, Nosso Senhor Jesus Cristo, que perante os homens dignou-se ter sido considerado filho de José, e lhe foi submisso. E Aquele que tantos reis e profetas desejaram ver, José não só viu, mas com Ele conviveu e com paterno afeto abraçou e beijou; e além disso, nutriu cuidadosamente Aquele que o povo fiel comeria como pão descido dos céus para conseguir a vida eterna. Por esta sublime dignidade, que Deus conferiu a este fidelíssimo servo seu, a Igreja teve sempre em alta honra e glória o Beatíssimo José, depois da Virgem Mãe de Deus, sua esposa, implorando a sua intercessão em momentos difíceis.

E agora, nestes tempos tristíssimos em que a Igreja, atacada de todos os lados pelos inimigos, é de tal maneira oprimida pelos mais graves males, a tal ponto que homens ímpios pensam ter finalmente as portas do Inferno prevalecido sobre ela, é que os Veneráveis e Excelentíssimos Bispos de todo o mundo católico dirigiram ao Sumo Pontífice as suas súplicas e as dos fiéis por eles guiados, solicitando que se dignasse constituir São José como Patrono da Igreja Católica. Tendo depois no Sacro Concílio Ecumênico do Vaticano insistentemente renovado as suas solicitações e desejos, o Santíssimo Senhor Nosso Papa Pio IX, consternado pela recentíssima e funesta situação das coisas, para confiar a si mesmo e os fiéis ao potentíssimo patrocínio do Santo Patriarca José, quis satisfazer os desejos dos Excelentíssimos Bispos e solenemente declarou-o Patrono da Igreja Católica, ordenando que a sua festa, marcada em 19 de março, seja de agora em diante celebrada com rito duplo de primeira classe, porém sem oitava, por causa da Quaresma.

Além disso, ele mesmo dispôs que tal declaração, por meio do presente Decreto da Sagrada Congregação dos Ritos, fosse tornada pública neste santo dia da Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus e Esposa do castíssimo José. Rejeite-se qualquer coisa em contrário.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

ORAÇÃO DA SABEDORIA ETERNA


Deus dos nossos Pais, Deus de misericórdia, Vós criastes todas as coisas pela vossa palavra e pela vossa sabedoria. Vós formastes o homem para que ele pudesse ter domínio sobre todas as criaturas que fizestes; para que ele pudesse governar o mundo com justiça e equidade e pronunciar julgamento com um coração reto. Dai-me esta Sabedoria Eterna que se senta convosco em vosso trono.

Não me removeis do número dos vossos filhos, pois sou vosso escravo e filho da vossa escrava [Nossa Senhora], um homem fraco e de vida curta, com pouca compreensão do julgamento e das leis. Pois, mesmo quando uma pessoa é considerada perfeita entre os filhos dos homens, ela é, no entanto, inútil se a vossa Sabedoria não habita nela. É a vossa Sabedoria que tem conhecimento das vossas obras, que estava convosco quando fizestes o mundo e que sabe o que é agradável aos vossos olhos e mostra o que é certo de acordo com os vossos mandamentos.

Enviao o vosso Espírito, então, do vosso Santuário no Céu e do trono da vossa majestade, para que esta Sabedoria esteja comigo e trabalhe comigo para que eu possa saber o que é agradável a Vós. Pois a Sabedoria possui o conhecimento e a compreensão de todas as coisas. Ela me guiará em todas as minhas obras com percepção verdadeira, e seu poder me guardará. Minhas ações, então, serão agradáveis ​​a Vós e eu guiarei o vosso povo com justiça e serei digno do trono de meu Pai. Pois que homem pode conhecer os desígnios de Deus ou descobrir qual é a sua Vontade?

Os pensamentos dos homens são incertos e seus planos são incertos, pois um corpo perecível pesa muito sobre sua alma, e a habitação terrena deprime e perturba o espírito por muitos cuidados. Entendemos apenas com dificuldade o que está acontecendo na terra, e achamos difícil discernir até mesmo o que está diante de nossos olhos.

Como podemos saber o que está acontecendo no Céu, e como podemos conhecer os  vossos pensamentos, a menos que nos concedeis a vossa Sabedoria e nos envieis do Céu o vosso Espírito Santo para que Ele possa endireitar os caminhos dos que vivem na Terra e nos ensinar o que é agradável a Vós. Senhor, é por meio da vossa Sabedoria que todos aqueles que têm sido agradáveis ​​a Vós, desde o início dos tempos, foram salvos. Dai-nos, pois, agora e sempre, a vossa Divina Sabedoria. 

(São Luís de Montfort)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

BREVIÁRIO DIGITAL - ICONOLOGIA CRISTÃ (III)

A imagem da Sagrada Família, composta pela presença da Virgem Maria, São José e o menino Jesus é bastante conhecida e venerada pelos cristãos.

Embora esta imagem tenha sido pintada por grandes mestres tanto do Ocidente quanto na iconografia ortodoxa e bizantina, este ícone é ainda motivo de polêmica e questionamento. Tal polêmica busca confrontar a representatividade desta imagem familiar, no sentido de que a iconologia ortodoxa não entende São José como o chefe de uma 'Sagrada Família' (o que, nessa interpretação equivocada,  implicaria diretamente em uma percepção enfraquecida da virgindade de Maria), mas apenas como o guardião providencial da Mãe de Deus e do seu Divino Filho. Neste contexto, o apequenamento de São José seria essencial para se compreender a dimensão maior da hierarquia divina da Sagrada Família. Tal visão distorcida confronta-se com a própria natureza e significado da iconografia cristã.


Com efeito, os ícones repreesentam imagens de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Nossa Senhora e Mãe de Deus, dos Santos Anjos e dos Homens Santos e Veneráveis. Por meio desta representação por imagens, somos incitados a contemplá-los, a lembrarmo-nos deles como modelos, como objetos de nosso amor e louvor e veneração, e não a verdadeira adoração que, segundo a nossa fé, convém apenas à natureza divina, porque a honra dada à imagem vai direta ao seu modelo e aquele que venera um ícone venera a pessoa que se encontra nele representada. Nestes termos, tem-se como óbvio que tal polêmica, mais do que infantil e distorcida, é absurdamente ímpia no sentido de se buscar impor, como premissa, o apequenamento de São José (a ponto de não se aceitar a sua inserção na representação na família de Nazaré) para a elevação (mais do que conhecida) do papel da Mãe de Deus e do seu Divino Filho no plano da salvação e redenção da humanidade.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

TESTAMENTO ESPIRITUAL DE SÃO JOÃO BOSCO


Antes de partir para a minha eternidade, devo cumprir alguns deveres para convosco e assim satisfazer o grande desejo do meu coração. Antes de mais nada agradeço-vos com o mais vivo afeto do coração a obediência que me prestastes e todo trabalho que tivestes para sustentar e propagar a nossa Congregação.

Eu vos deixo aqui na terra, mas apenas por pouco tempo. Espero da infinita misericórdia de Deus que um dia nos possamos encontrar todos na feliz eternidade. Lá vos espero. Recomendo-vos que não choreis a minha morte. É uma dívida que todos havemos de pagar, mas depois será copiosamente recompensado todo trabalho sofrido pelo amor de nosso Mestre, o nosso Bom Jesus.

Em vez de chorar, fazei firmes e eficazes resoluções de permanecerdes fiéis à vocação até a morte. Ficai atentos e cuidai a fim de que o amor do mundo, a afeição dos parentes, tampouco o desejo de uma vida mais cômoda não vos levem ao grande despropósito de profanar os santos votos e assim transredir a profissão religiosa, com que nos consagramos ao Senhor. Nenhum de nós tome de novo o que já demos a Deus.

Se me amastes no passado, continuais a amar-me no futuro com a exata observância das nossas Constituições. Morreu o vosso primeiro Reitor. Mas o nosso verdadeiro Superior, Jesus Cristo, não morrerá. Será ele sempre o nosso Mestre, nosso Guia, nosso Modelo. Não vos esqueçais, porém, de que a seu tempo será o nosso Juiz e Remunerador da fidelidade em seu serviço.

O vosso Reitor já não vive, mas será eleito outro que cuidará de vós e da vossa eterna salvação. Ouvi-o, amai-o, obedecei-lhe, rezai por ele, como fizestes para comigo. Adeus, queridos filhos, adeus. No céu vos espero. Lá falaremos de Deus, de Maria, Mãe e sustentadora da nossa Congregação; lá bendiremos por todo o sempre esta nossa Congregação, cujas regras por nós observadas contribuíram poderosa e eficazmente para a nossa salvação. Bendito seja o nome do Senhor de agora até o século futuro (Sl 113, 2). Em ti, Senhor, esperei, e não serei confundido na eternidade (Sl 71,1).

(São João Bosco)

São João Bosco, rogai por nós!

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

BREVIÁRIO DIGITAL - ICONOLOGIA CRISTÃ (II)

João Batista é o Precursor de Cristo e, por isso, na iconografia cristã, é comumente representado com asas, simbolizando a condição ímpar de João Batista como um arauto divino. Tal representação é absolutamente ímpar porque João é o grande Precursor do Redentor e, com a sua prisão e morte, tem fim a Era dos Profetas. 'Profeta do Altíssimo', João supera todos os profetas, dos quais é o últimoE sobre ele, foram manifestadas as palavras de glória eterna pelo próprio Cristo: 'entre os nascidos de mulher, não há ninguém maior do que João' (Mt 11,11).

Nas inscrições dos ícones, João é descrito como sendo o 'Anjo do Deserto', por duas razões: primeiro, pela condição de mensageiro da chegada iminente de Jesus Cristo, nosso Salvador; segundo, pela vida austera de castidade, abstinência e oração no deserto, no encontro com Deus e no afastamento completo e desapego às coisas mundanas (João Batista é o padroeiro dos monges, eremitas e ascetas). Por ambas as razões, o seu ícone incorpora as duplas asas de uma pomba. Os cabelos longos, a barba espessa mal cuidada e as vestes rudes remetem à vida de austeridade no deserto. No ícone, João prenuncia Cristo, indicando o seu nascimento com a mão direita e segurando um pergaminho na mão esquerda, que contém o texto bíblico referente a essa anunciação.

João Batista é mártir pela fé e pelo sangue. No primeiro caso, como testemunha e guerreiro da fé (ícones desta natureza são representados por uma vestimenta de cor verde, sendo identificados como 'mártires verdes') e, no segundo caso, pelo derramamento de sangue (João Batista foi decapitado por ordem de Herodes). Símbolos deste martírio estão também comumente presentes em ícones do santo como a túnica verde, a cruz e a bandeja contendo a cabeça de João Batista (Mt 14,11).

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

VÓS SOIS OS TEMPLOS SANTOS DE DEUS!

Eu e o Pai viremos e faremos nele nossa morada. Franqueia, então, a tua porta ao que vem, abre tua alma, alarga o íntimo de tua mente para veres as riquezas da simplicidade, os tesouros da paz, a doçura da graça. Dilata o coração e corre ao encontro do sol, da eterna luz, a que ilumina a todo homem. Esta luz verdadeira brilha para todos. Mas, se alguém fecha as janelas, priva-se da eterna luz. Assim também Cristo é repelido se fechas a porta de teu espírito. Embora possa entrar, não quer ser importuno, não quer entrar à força. Recusa-se a usar de coação!

Nascido da Virgem, ele saiu do seio, irradiando luz sobre o mundo inteiro, refulgindo para todos. Os que desejam, acolhem a claridade inextinguível que noite alguma interrompe. Pois à luz do sol que vemos diariamente, sucede a noite escura; mas o sol da justiça jamais se põe, porque à sabedoria não sucede a maldade.

Feliz aquele a cuja porta Cristo bate. Nossa porta é a fé, que, quando sólida, defende a casa toda. Por esta porta Cristo entra. Daí dizer a Igreja no Cântico: 'Eis a voz do meu amado. Ele bate. Abre-me, minha irmã, minha amada, minha pomba, minha perfeita; minha cabeça está coberta de orvalho, e os cachos de meus cabelos cheios das gotas da noite' (Ct 5,2). Observa que o Deus Verbo bate à porta principalmente quando sua cabeça está coberta de orvalho noturno. Digna-se visitar os atribulados e amargurados, para que não sucumbam às amarguras. A cabeça cobre-se de orvalho e de gotas quando o corpo sofre. Importa, portanto, vigiar para não ficar excluído à chegada do Esposo. Se dormes e o teu coração não vigia, afasta-se antes de bater. Se o teu coração está vigilante, bate e pede ser-lhe aberta a porta.

Possuímos a porta de nossa alma, possuímos também portais sobre os quais se diz: 'Levantai, príncipes, vossos portais, erguei-vos, portas eternas, e entrará o Rei da glória'. Se quiseres levantar os portais de tua fé, entrará em ti o Rei da glória, trazendo a vitória de sua paixão. Tem também portas à justiça. Delas lemos o que disse o Senhor Jesus por meio de seu profeta: 'Abri-me as portas da justiça' (Sl 118,19). Há quem tenha portas, há quem tenha portais. A essas portas Cristo bate, bate também aos portais. Abre, então, para Ele que quer entrar e encontrar vigilante a Esposa.

(Excertos do 'Do comentário sobre o Salmo 118', de (Santo Ambrósio)

sábado, 28 de dezembro de 2024

SANTOS INOCENTES

Rachel plorans filios suos et noluit consolari

'Vendo, então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo exato que havia indagado dos magos. Cumpriu-se, então, o que foi dito pelo profeta Jeremias (Jr 31,15): Em Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já não existem' (Mt 2,16-18)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

PELA GRAÇA DE DEUS FOMOS SALVOS!

Felizes de nós, se o que ouvimos e cantamos também executamos. A audição é nossa semeadura e nossos atos, frutos da semente. Disse isto de antemão para exortar vossa caridade a não entrardes sem fruto na igreja, ouvindo tantas coisas boas sem realizá-las. Porque por sua graça fomos salvos, assim diz o Apóstolo, não por nossas obras para que  não aconteça alguém se ensoberbecer (Ef 2,8-9) pois, foi por sua graça, que fomos salvos (Ef 2,5). Pois não precedeu nenhuma vida virtuosa que Deus pudesse amar e dizer: 'Ajudemos, socorramos estes homens porque vivem bem'. Desagradava-lhe nossa vida, desagradava-lhe em nós tudo o que fazíamos, mas não lhe desagradava o que Ele mesmo fez em nós. Por isto, o que nós fizemos, ele o condenará; o que Ele próprio fez, Ele o salvará.

Não éramos bons. Mas Ele se compadeceu de nós e enviou o seu Filho para morrer não pelos bons, mas pelos maus, não pelos justos, mas pelos ímpios. Na verdade Cristo morreu pelos ímpios (Rm 5,6). E como continua? Mal se encontra alguém que morra por um justo, pois talvez alguém se atreva a morrer por um bom (Rm 5,7). Talvez haja alguém que ouse morrer por um bom. Mas pelo injusto, pelo ímpio, pelo iníquo, quem quererá morrer? Só Cristo, para que, justo, justifique até mesmo os injustos.

Não tínhamos, meus irmãos, nenhuma obra boa, mas todas eram más. E sendo tais os atos dos homens, sua misericórdia não abandonou os homens. Deus enviou seu Filho, para remir-nos, não por ouro, não por prata, mas ao preço de seu sangue derramado, cordeiro imaculado levado como vítima pelas ovelhas maculadas, se é que só maculadas e não totalmente corrompidas! Recebemos então esta graça. Vivamos de modo digno dessa graça e não façamos injúria à grandeza do dom que recebemos. Tão grande médico veio a nós e perdoou todos os nossos pecados. Se quisermos recair na doença, não só nos prejudicaremos a nós mesmos, mas seremos ingratos ao próprio médico.

Sigamos os caminhos que ele próprio indicou, muito em especial a via da humildade, via que Ele mesmo se fez por nós. Mostrou-nos pelos preceitos o caminho da humildade e criou-o padecendo por nós. Com o intuito de morrer por nós – e sem poder morrer – o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14), para poder morrer por nós, aquele que não podia morrer. E, com sua morte, matar nossa morte.

Fez isto o Senhor, isto nos concedeu. O excelso humilhou-se, humilhado foi morto e, ressurgindo, foi exaltado, a fim de não nos deixar mortos nas profundezas, mas de exaltar em si na ressurreição dos mortos aqueles que já agora exaltou pela fé e o testemunho dos justos. Deu-nos então a humildade como caminho. Se nos agarrarmos a ela, confessaremos o Senhor e com toda razão cantaremos: 'Nós te confessaremos, Senhor, confessaremos e invocaremos o teu nome' (Sl 74,2).

(Dos Sermões de Santo Agostinho)

sábado, 14 de dezembro de 2024

SOBRE OS MISTÉRIOS ESCONDIDOS DE JESUS CRISTO

O apóstolo Paulo falou acerca de Cristo: 'Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência de Deus' (Cl 2, 3). A alma não pode ter acesso a estes tesouros, nem consegue alcançá-los se não houver antes atravessado e entrado na espessura dos trabalhos, sofrendo interna e externamente e sem ter primeiro recebido de Deus muitos benefícios intelectuais e sensíveis e sem prévio e contínuo exercício espiritual.

Tudo isto é, sem dúvida, insignificante; são meras disposições para as sublimes profundidades do conhecimento dos mistérios de Cristo, a mais alta sabedoria a que se pode chegar nesta vida. Quem dera reconhecessem os homens ser totalmente impossível chegar à espessura das riquezas e da sabedoria de Deus! Importa antes entrar na espessura das labutas, suportar muitos sofrimentos, a ponto de renunciar à consolação e ao desejo dela. Com quanta razão a alma, sedenta da divina sabedoria, escolhe antes em verdade entrar na espessura da cruz.

Por isso, São Paulo exortava os efésios a não desanimarem nas tribulações, a serem fortíssimos, enraizados e fundados na caridade, para que pudessem compreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura, a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo conhecimento, a fim de serem cumulados até receber toda a plenitude de Deus (Ef 3, 17-19).

Já que a porta por onde se pode entrar até esta preciosa sabedoria é a cruz, e é porta estreita, muitos são os que cobiçam as delícias que por ela se alcançam; pouquíssimos os que desejam por ela entrar.

(Excertos da obra 'Cântico Espiritual', de São João da Cruz)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

50 ATOS PARA AMAR JESUS DE TODO O CORAÇÃO

1. Desejar incessantemente crescer no amor a Jesus Cristo. 
2. Fazer muitas vezes atos de amor a Jesus Cristo, desde o acordar até o adormecer, e procurar sempre unir a sua vontade com a de Jesus.
3. Meditar muitas vezes na Paixão de Jesus Cristo. 
4. Pedir continuamente a Jesus o seu amor. 
5. Comungar frequentemente, e fazer a comunhão espiritual muitas vezes ao dia. 
6. Visitar muitas vezes nosso Senhor Sacramentado. 
7. Receber cada dia da mão de Jesus a cruz que deve ser levada. 
8. Desejar o paraíso e a morte, para amar perfeita e eternamente a Jesus Cristo. 
9. Falar muitas vezes do amor de Jesus Cristo. 
10. Aceitar as contrariedades diárias por Jesus Cristo. 
11. Regozijar-se da felicidade de Deus. 
12. Praticar o que é mais do agrado de Jesus Cristo, e nada lhe recusar do que lhe é agradável. 
13. Desejar que todos amem a Jesus Cristo e trabalhar para isto pelos meios ao alcance de cada um. 
14. Orar sempre pelos pecadores e pelas almas do purgatório. 
15. Remover do coração todo o afeto que não seja para Jesus Cristo. 
16. Recorrer frequentemente a Maria para obter, pela sua intercessão, o amor a Jesus Cristo.
17. Honrar Maria para agradar a Jesus. 
18. Colocar em todas as ações o fim de agradar a Jesus. 
19. Oferecer-se a Jesus Cristo para sofrer toda a sorte de penas pelo seu amor. 
20. Estar decidido a antes morrer do que cometer um pecado venial de propósito deliberado. 
21. Levar com paciência as cruzes, dizendo: 'Assim o quer Jesus Cristo'. 
22. Negar-se a si mesmo, renunciando a própria vontade pelo amor de Jesus Cristo. 
23. Dar-se à oração o mais que puder. 
24. Praticar todas as mortificações que a obediência permitir. 
25. Fazer cada uma das nossas ações como se fosse pela última vez. 
26. Perseverar nas boas obras no tempo de aridez. 
27. Nada fazer e nada omitir pelo amor do respeito humano. 
28. Não se queixar das enfermidades. 
29. Amar a solidão para estar somente com Jesus Cristo.
30. Banir a melancolia. 
31. Recomendar-se muitas vezes às pessoas que amam a Jesus Cristo. 
32. Nas tentações, recorrer a Jesus crucificado e a Maria, Mãe de dores. 
33. Ter grande confiança na paixão de Jesus Cristo. 
34. Não se esmorecer depois de uma falta; arrepender-se e tomar a resolução de se emendar. 
35. Pagar o mal com o bem. 
36. Falar bem de todos; desculpar a intenção, quando não se pode justificar o ato. 
37. Socorrer o próximo em proporção das suas posses. 
38. Nada fazer e nem dizer que cause desgosto ao próximo; e se faltou à caridade, pedir perdão ou falar com doçura. 
39. Falar sempre com mansidão e voz submissa. 
40. Oferecer a Jesus Cristo todas as humilhações ou perseguições recebidas.
41. Considerar nos seus superiores a pessoa de Jesus Cristo. 
42. Obedecer sem réplica e sem repugnância. 
43. Amar os serviços mais simples e baixos.
44. Amar as coisas pobres. 
45. Não falar de si mesmo nem bem e nem mal. 
46. Gostar de se humilhar. 
47. Não se desculpar quando se é repreendido. 
48. Não se defender quando o culpam. 
49. Não falar quando estiver agitado. 
50. Renovar continuamente a resolução de santificar-se.

(Excertos da obra 'As mais Belas Orações', de Santo Afonso de Ligório)