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sábado, 20 de dezembro de 2025

ORAÇÃO: QUID CORDE MATRIS VIRGINIS

Quid Corde Matris Virginis é o verso inicial de um hino latino escrito por São João Eudes, incluído nos diversos ofícios litúrgicos dedicados por ele aos Sagrados Corações de Jesus e Maria. São João Eudes publicou uma extensa bibliografia sobre a união inseparável dos Corações de Jesus e Maria em suas Obras Completas, destacando-se aqui a obra chamada 'O Admirável Coração de Maria', que inclui o presente hino litúrgico.

Quid Corde Matris Virginis
Cani Potest sacratius?
Cordi supremi Numinis
Quid Corde tanto gratius?

Amoris est miraculum,
Triumphus almi Spiritus,
Dignum Dei spectaculum,
Iucunda spes mortalibus.

Levamen est lugentibus, 
Zelator ardens mentium,
Cunctis datum fidelibus,
Cor, vita, lux, oraculum.

O qualis heac benignitas!
Nostrum sibi cor abstulit 
Matris Patrisque caritas,
Suumque nobis contulit. 

Vos sacra proles pectoris 
Sic vos amantum, noscite 
Tantae decus propaginis, 
Et corda cordi tradite. 

Res mira! Mortis spurios
Dant Cordis esse filios: 
Tantos favores pendite, 
Vices amoris reddite. 

Cordis Patris mirabilem 
In corde vitam pingite, 
Cordisque Matris nobilem 
In mente formam sculpite. 

O Cor, Dei triclinium, 
o exili solatium, 
Immensa sunt magnalia
Immensa sunt praeconia

O sacrosancta Trinitas, 
Aeterna vita cordium, 
Cordis Mariae sanctitas, 
In corde regnes omnium. 

Jesu, tibi sit gloria
Qui in Virginis Corde regnas, 
cum Patri et Almo Spiritu, 
In sempiterna saecula. Amen.


O que pode existir mais santo
do que o Coração da Virgem Mãe,
mais digno de nosso louvor
e mais agradável ao Coração do Altíssimo?

É o milagre do amor,
o triunfo do Espírito Santo,
a visão agradável a Deus,
a alegre esperança do homem mortal.

O conforto dos aflitos,
o zelo ardente das almas,
dado a todos os fieis cristãos,
como coração e vida, luz e oráculo.

Ó que bênção sem fim é esta!
O amor de Maria, Virgem Mãe,
remove o nosso coração mortal
e nos dá em troca o seu coração.

Ó todos vós, sagrados filhos deste Coração,
reconhecei-vos, assim tão amados,
e na graça de tão desditosa herança
entregai os vossos corações a este Coração.

Coisa admirável! Os filhos da morte
tornam-se os filhos deste Coração
que, acolhidos por tantos favores,
possam retribuir a medida deste amor.

A vida admirável do Coração do Pai
tomai toda em vossos corações
e gravai em suas mentes
a imagem viva do Coração da Mãe.

Ó Coração, repouso de Deus
ó consolo do nosso exílio,
imensas são as vossas maravilhas,  
imenso deve ser o nosso louvor!

Ó três vezes Trindade santa,
vida Eterna dos corações,
concedei que a santidade do Coração de Maria
reine para sempre em todos os corações. 

A Vós, ó Jesus, toda a glória, 
Vós que reinais no Coração da Virgem Maria,
com o Pai e o Espírito Santo, 
agora e por toda a eternidade. Amém.

(Excertos de Ouevres Complètes, São João Eudes, tradução do autor do blog)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

ORAÇÃO: ANTRA DESERTI TENERIS

Antra Deserti Teneris - Dos tumultos humanos fugiste é a segunda parte do Hino de Louvor a São João Batista que compreende ainda outras duas partes: a primeira parte Ut Queant Laxis e a terceira parte O Nimes Felix, composição do século VIII atribuída ao beneditino Paulo, o Diácono, da Abadia de Montecassino (Itália). No rito romano,  o hino é cantado no Ofício Divino em 24 de junho, Festa da Natividade de São João Batista (partes I, II e III cantadas, respectivamente, nas Vésperas, Matinas e Laudes da Liturgia das Horas). A tradução apresentada do hino não é literal, mas constitui a versão oficialmente adotada no Brasil.


Antra deserti teneris sub annis,
civium turmas fugiens, petisti,
ne levi saltem maculare vitam
famine posses.

Praebuit hirtum tegimen camelus
atubus sacris, strophium bidentes,
cui latex haustum, sociata pastum
mella locustis.

Ceteri tantum cecinere vatum
corde praesago iubar affuturum;
tu quidem mundi scelus auferentem
indice prodis.

Non fuit vasti spatium per orbis
sanctior quisquam genitus Ioanne,
qui nefas saecli meruit lavantem
tingere lymphis.

Sit decus Patri genitaeque Proli
 et tibi, compar utriusque virtus
 Spiritus semper, Deus unus, omni 
temporis aevo. Amen.


Dos tumultos humanos fugiste,
no deserto te foste esconder,
para a vida guardar reservada
da ganância da posse e do ter.

O camelo te deu roupa austera,
das ovelhas com lã te cingiste;
e com leite, bebida modesta,
gafanhotos e mel te nutriste.

Os profetas cantaram apenas
o profeta futuro, o Esperado;
tu, porém, vais à frente, mostrando
quem do mundo apaga o pecado.

Entre os homens nascidos na terra,
não se encontra um mais santo que João.
O que lava o pecado do mundo
ele, em água, o lavou no Jordão.

Seja dada glória ao Pai
e ao Filho por Ele gerado,
e a vós, Espírito, que dos dois procedeis, único Deus,
por todos os séculos eternos. Amém.

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

ORAÇÃO: SICUT CERVUS

Sicut Cervus - Como o Cervo - compreende a parte inicial de um famoso moteto de Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525 - 1594). A composição completa inclui uma segunda parte Sitivit Anima Mea - A minha alma tem sede - ambas baseadas no Salmo 41 (42). Sicut Cervus expressa o anseio da alma por Deus, comparando-o com a sede do cervo por água. É uma obra-prima da polifonia renascentista e é cantada em celebrações litúrgicas, particularmente durante a Bênção da Fonte Batismal no Sábado Santo (o cervo é uma figura do catecúmeno - pessoa que está sendo instruída na fé cristã para receber o batismo). 


I. Sicut cervus desiderat ad fontes aquarum:
Ita desiderat anima mea ad te, Deus.

 II. Sitivit anima mea ad Deum vivum:
Quando veniam et apparabo
Ante faciem Dei mei?

Fuerunt mihi lacrimae
Meae panes die ac nocte,
Dum dicitur mihi per singulos dies:
Ubi est Deus tuus?

🎵🎵🎵🎵🎵

I. Como o cervo anseia pelas fontes das águas,
assim por vós, ó Deus, suspira a minha alma.

II. A minha alma teve sede do Deus vivo;
Quando poderei vir e comparecer
ante a face de Deus?

As minhas lágrimas foram
o meu pão dia e noite,
enquanto me perguntam cada dia:
onde está o teu Deus?

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

ORAÇÃO: 'CRUX FIDELIS'

Crux Fidelis é um hino litúrgico de celebração da Paixão de Cristo, inserido no contexto de uma obra bem maior, cuja autoria é geralmente creditada a São Venâncio Fortunato, bispo de Poitiers. O hino é cantado na Adoração da Cruz na Sexta-feira Santa e no Ofício Divino durante a Semana Santa e nas festas da Santa Cruz. A autoria da obra tem sido equivocadamente atribuída a Dom João IV, Rei de Portugal, por este ter criado um famoso arranjo policromático para a peça, mas não a sua composição original.


Crux fidelis, inter omnes arbor una nobilis: nulla silva talem profert, fronde, flore, germine. Dulce lignum, dulces clavos, dulce pondus sustinet.

Pange lingua gloriosi lauream certaminis, et super crucis trophæo dic triumphum nobilem: qualiter Redemptor orbis immolatus vicerit.

Crux fidelis, inter omnes arbor una nobilis: nulla silva talem profert, fronde, flore, germine.

De parentis protoplasti Fraude Factor condolens, quando pomi noxialis in necem morsu ruit: Ipse lignum tune notavit, Damna lignus ut solveret.

Dulce lignum, dulces clavos, dulce pondus sustinet.

Aequa Patri Filioque,inclito Paraclito,sempiterna sit beatae Trinitati gloria, cuius alma nos redemit atque servat gratia.

Crux fidelis, inter omnes arbor una nobilis: nulla silva talem profert, fronde, flore, germine.

💢💢💢💢💢💢

Ó Cruz fiel, entre todas a árvore mais nobre: nenhum bosque produz igual, em ramagens, frutos e flores. 
Ó doce lenho, que os doces cravos e o doce peso sustentas.

Canta, ó língua, o glorioso combate [de Cristo] e, diante do troféu da Cruz, proclama o nobre triunfo: a vitória conseguida pelo Redentor, vítima imolada para o mundo.

Ó Cruz fiel, entre todas a árvore mais nobre: nenhum bosque produz igual, em ramagens, frutos e flores.

O Criador apiedado da maldição que ocorreu, quando do lenho vedado Adão o fruto mordeu, para curar o pecado, o mesmo lenho escolheu!

Ó doce lenho, que os doces cravos e o doce peso sustentas.

Glória e poder à Trindade, ao Pai e ao Filho louvor, honra ao Espírito Santo, eterna glória ao Senhor, que nos salvou pela graça e nos reuniu no amor

Ó Cruz fiel, entre todas a árvore mais nobre: 
nenhum bosque produz igual, em ramagens, frutos e flores.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

ORAÇÃO: AVE REGINA CAELORUM

Ave Regina Caelorum (Salve, Rainha dos Céus) é um hino de louvor a Nossa Senhora, exaltando a sua realeza sobre o céu e os anjos, sua beleza e graça incomparáveis e sua condição de medianeira entre os homens e Nosso Senhor Jesus Cristo. De autor desconhecido, o hino constitui uma das quatro antífonas da Liturgia das Horas que se cantam em cada estação do ano litúrgico. 

                                                                                         (LiturgyTools.net)


Salve, Rainha dos Céus,
Salve, Senhora dos Anjos:
Salve, ó Raiz; Salve, ó Porta 
pela qual a luz veio ao mundo.
Rejubila, ó Virgem gloriosa,
Entre todas a mais bela.
Adeus, ó beleza radiante,
e intercede por nós junto ao Cristo.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

OS GRANDES TESOUROS DA MÚSICA SACRA (I)

Miserere é um dos salmos atribuídos a Davi, rei de Israel [Salmo 50]. E é um clamor de piedade por um crime terrível: Davi desejou Bate-Seba (ou Betsabé), esposa de seu soldado mais fiel, Urias - o hitita - e deitou-se com ela e a engravidou. O rei então tramou para que Urias fosse morto em batalha. O bebê nasceu e morreu em seguida. Davi então pediu perdão e casou-se com Bate-Seba, que lhe deu outro filho: Salomão. 

Miserere mei é a versão musicada do salmo 50 feita pelo compositor italiano Gregorio Allegri (1582 - 1652), reproduzida na gravação abaixo. A tradução apresentada na sequência é bastante convencional do Salmo 50 em português. Música sacra para se ouvir, deleitar-se e se recolher na presença de Deus!



SALMO 50

Miserere mei, Deus: secundum magnam misericordiam tuam. 
Et secundum multitudinem miserationum tuarum, dele iniquitatem meam. 
Amplius lava me ab iniquitate mea: et a peccato meo munda me. 
Quoniam iniquitatem meam ego cognosco: et peccatum meum contra me est semper. 
Tibi soli peccavi, et malum coram te feci: ut justificeris in sermonibus tuis, et vincas cum judicaris. Ecce enim in iniquitatibus conceptus sum: et in peccatis concepit me mater mea. 
Ecce enim veritatem dilexisti: incerta et occulta sapientiae tuae manifestasti mihi. 
Asperges me hysopo, et mundabor: lavabis me, et super nivem dealbabor. 
Auditui meo dabis gaudium et laetitiam: et exsultabunt ossa humiliata. 
Averte faciem tuam a peccatis meis: et omnes iniquitates meas dele. 
Cor mundum crea in me, Deus: et spiritum rectum innova in visceribus meis. 
Ne proiicias me a facie tua: et spiritum sanctum tuum ne auferas a me. 
Redde mihi laetitiam salutaris tui: et spiritu principali confirma me. 
Docebo iniquos vias tuas: et impii ad te convertentur. 
Libera me de sanguinibus, Deus, Deus salutis meae: et exsultabit lingua mea justitiam tuam. 
Domine, labia mea aperies: et os meum annuntiabit laudem tuam. 
Quoniam si voluisses sacrificium, dedissem utique: holocaustis non delectaberis. 
Sacrificium Deo spiritus contribulatus: cor contritum, et humiliatum, Deus, non despicies. 
Benigne fac, Domine, in bona voluntate tua Sion: ut aedificentur muri Ierusalem. 
Tunc acceptabis sacrificium justitiae, oblationes, et holocausta: tunc imponent super altare tuum vitulos.


Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. 
E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade.
Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado.
Eu reconheço a minha iniquidade, diante de mim está sempre o meu pecado.
Só contra vós pequei, o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o vosso julgamento.
Eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado.
Não obstante, amais a sinceridade de coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim.
Aspergi-me com um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve.
Fazei-me ouvir uma palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que triturastes.
Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.
Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza.
De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.
Restituí-me a alegria da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa.
Então, aos maus ensinarei vossos caminhos, e voltarão a vós os pecadores.
Deus, ó Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a minha língua exaltará.
Senhor, abri meus lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores.
Vós não vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o aceitaríeis.
Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar.
Senhor, pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém.
Então, aceitareis os sacrifícios prescritos, as oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos serão oferecidas (Sl 50, 3,21).

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

ANTÍFONA DO Ó - 23 DE DEZEMBRO

As Antífonas do Ó são sete orações especialmente cantadas durante o tempo do Advento, particularmente ao longo da semana que antecede o Natal. A autoria das antífonas, que remontam aos séculos VII e VIII, tem sido comumente atribuída ao papa Gregório Magno. São sete orações extremamente curtas, sempre iniciadas pela interjeição Ó, correspondendo a sete diferentes súplicas manifestadas a Jesus Cristo, na expectativa do nascimento do Menino - Deus entre os homens, que é invocado sob sete diferentes títulos messiânicos tomados do Antigo Testamento.

23 de dezembro

O Emmanuel,
Rex et legifer noster,
exspectatio gentium,
et Salvador earum:
Veni ad salvandum nos, Domine Deus noster  


Ó Emanuel,
nosso rei e legislador,
esperança e salvador das nações,
Vinde salvar-nos,
Senhor nosso Deus.  

domingo, 22 de dezembro de 2024

ANTÍFONA DO Ó - 22 DE DEZEMBRO

As Antífonas do Ó são sete orações especialmente cantadas durante o tempo do Advento, particularmente ao longo da semana que antecede o Natal. A autoria das antífonas, que remontam aos séculos VII e VIII, tem sido comumente atribuída ao papa Gregório Magno. São sete orações extremamente curtas, sempre iniciadas pela interjeição Ó, correspondendo a sete diferentes súplicas manifestadas a Jesus Cristo, na expectativa do nascimento do Menino - Deus entre os homens, que é invocado sob sete diferentes títulos messiânicos tomados do Antigo Testamento.

22 de dezembro

O Rex gentium
et desideratus earum
lapisque angularis,
qui facis utraque unum:
Veni et salva hominem quem de limo formasti  


Ó Rei das nações
e objeto de seus desejos,
pedra angular
que reunis em vós judeus e gentios:
Vinde e salvai o homem que do limo formastes. 

sábado, 21 de dezembro de 2024

ANTÍFONA DO Ó - 21 DE DEZEMBRO

As Antífonas do Ó são sete orações especialmente cantadas durante o tempo do Advento, particularmente ao longo da semana que antecede o Natal. A autoria das antífonas, que remontam aos séculos VII e VIII, tem sido comumente atribuída ao papa Gregório Magno. São sete orações extremamente curtas, sempre iniciadas pela interjeição Ó, correspondendo a sete diferentes súplicas manifestadas a Jesus Cristo, na expectativa do nascimento do Menino - Deus entre os homens, que é invocado sob sete diferentes títulos messiânicos tomados do Antigo Testamento.

21 de dezembro

O Oriens
splendor lucis æternæ, et sol justitiæ
Veni et illumina sedentes in tenebris
et umbra mortis.  


Ó Oriente
esplendor da luz eterna e sol da justiça
Vinde e iluminai os que estão sentados
nas trevas e à sombra da morte. 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

ANTÍFONA DO Ó - 20 DE DEZEMBRO

As Antífonas do Ó são sete orações especialmente cantadas durante o tempo do Advento, particularmente ao longo da semana que antecede o Natal. A autoria das antífonas, que remontam aos séculos VII e VIII, tem sido comumente atribuída ao papa Gregório Magno. São sete orações extremamente curtas, sempre iniciadas pela interjeição Ó, correspondendo a sete diferentes súplicas manifestadas a Jesus Cristo, na expectativa do nascimento do Menino - Deus entre os homens, que é invocado sob sete diferentes títulos messiânicos tomados do Antigo Testamento.

20 de dezembro 

O Clavis David
et sceptrum domus Israel:
qui aperis, et nemo claudit;
claudis et nemo aperit:
Veni, et educ vinctum de domo carceris,
sedentem in tenebris et umbra mortis   


Ó Chave de Davi
o cetro da casa de Israel
que abris e ninguém fecha;
fechais e ninguém abre:
Vinde e libertai da prisão o cativo
assentado nas trevas e à sombra da morte. 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

ANTÍFONA DO Ó - 19 DE DEZEMBRO

As Antífonas do Ó são sete orações especialmente cantadas durante o tempo do Advento, particularmente ao longo da semana que antecede o Natal. A autoria das antífonas, que remontam aos séculos VII e VIII, tem sido comumente atribuída ao papa Gregório Magno. São sete orações extremamente curtas, sempre iniciadas pela interjeição Ó, correspondendo a sete diferentes súplicas manifestadas a Jesus Cristo, na expectativa do nascimento do Menino - Deus entre os homens, que é invocado sob sete diferentes títulos messiânicos tomados do Antigo Testamento.

19 de dezembro 

O Radix Jesse
qui stas in signum populorum,
super quem continebunt reges os suum,
quem gentes deprecabuntur:
Veni ad liberandum nos; jam noli tardare  


Ó Raiz de Jessé
erguida como estandarte dos povos,
em cuja presença os reis se calarão
e a quem as nações invocarão,
Vinde libertar-nos; não tardeis jamais. 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

ANTÍFONA DO Ó - 18 DE DEZEMBRO

As Antífonas do Ó são sete orações especialmente cantadas durante o tempo do Advento, particularmente ao longo da semana que antecede o Natal. A autoria das antífonas, que remontam aos séculos VII e VIII, tem sido comumente atribuída ao papa Gregório Magno. São sete orações extremamente curtas, sempre iniciadas pela interjeição Ó, correspondendo a sete diferentes súplicas manifestadas a Jesus Cristo, na expectativa do nascimento do Menino - Deus entre os homens, que é invocado sob sete diferentes títulos messiânicos tomados do Antigo Testamento.

18 de dezembro

O Adonai
et Dux domus Israel,
qui Moysi in igne flammæ rubi apparuisti
et ei in Sina legem dedisti:
Veni ad redimendum nos in brachio extento
 

Ó Adonai
guia da casa de Israel,
que aparecestes a Moisés na chama do fogo
no meio da sarça ardente e lhe deste a lei no Sinai
Vinde resgatar-nos pelo poder do Vosso braço.

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

ANTÍFONA DO Ó - 17 DE DEZEMBRO

As Antífonas do Ó são sete orações especialmente cantadas durante o tempo do Advento, particularmente ao longo da semana que antecede o Natal. A autoria das antífonas, que remontam aos séculos VII e VIII, tem sido comumente atribuída ao papa Gregório Magno. São sete orações extremamente curtas, sempre iniciadas pela interjeição Ó, correspondendo a sete diferentes súplicas manifestadas a Jesus Cristo, na expectativa do nascimento do Menino - Deus entre os homens, que é invocado sob sete diferentes títulos messiânicos tomados do Antigo Testamento.


17 de dezembro

O Sapientia
quæ ex ore Altissimi prodisti,
attingens a fine usque ad finem,
fortiter suaviter disponens omnia:
Veni ad docendum nos viam prudentiae   


Ó Sabedoria
que saístes da boca do altíssimo
atingindo de uma a outra extremidade
e tudo dispondo com força e suavidade:
Vinde ensinar-nos o caminho da prudência

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

ORAÇÃO: AURORA LUCIS RUTILAT

Hino de louvor a Jesus Ressuscitado, datado do século IV ou V e comumente atribuído a Santo Ambrósio (340-397), ainda que sem comprovação formal. O hino original era composto de 12 estrofes, com 4 versos cada, que foram posteriormente separadas na forma de 2 ou 3 hinos adicionais. A forma abaixo, contemplando seis estrofes, representa a versão atual mais convencional do hino.

AURORA LUCIS RUTILAT

Aurora lucis rutilat,
caelum resultat laudibus,
mundus exsultans iubilat,
gemens infernus ululat.

Cum rex ille fortissimus,
mortis confractus viribus,
pede conculcans tartara
solvit catena miseros.

Ille, quem clausum lapide
miles custodit acriter,
triumphans pompa nobili
victor surgit de funere.

Inferni iam gemitibus
solutis et doloribus,
quia surrexit Dominus
resplendens clamat angelus.

Esto perenne mentibus
paschale, Iesu, gaudium
et nos renatos gratiae
tuis triumphis aggrega.

Iesu, tibi sit gloria,
qui morte victa praenites,
cum Patre et almo Spiritu,
in sempiterna saecula.


A AURORA DE LUZ BRILHA

A aurora de luz brilha
e o céu ressoa com louvores:
o mundo exulta de alegria
e o inferno ruge e geme.

​Quando o Rei poderosíssimo,
tendo quebrado as forças da morte,
esmagou o Inferno sob seus pés
e libertou os justos da prisão.

Aquele a quem os soldados
guardam vigilantes com pedra selada,
ergue-se hoje glorioso e magnífico,
triunfante sobre o seu túmulo.

Tendo acabado os estertores
e gemidos do inferno,
um anjo resplandecente clamou:
O senhor ressuscitou!

Sede, Jesus, para as nossas almas,
a alegria eterna da Páscoa
e que nós, renascidos para a graça,
sejamos testemunhas de vosso triunfo.

A Vós, Jesus, seja dada toda glória,
 no esplendor de ter vencido a morte
com o Pai e o Espírito Santo
agora e por todos os séculos. Amém.

segunda-feira, 25 de março de 2024

ORAÇÃO: POPULE MEUS

POPULE MEUS, também chamado de Canto dos Impropérios ou Canto da Repreensões, compreende uma série de antífonas e respostas que expressam o questionamento e as censuras de Jesus Cristo endereçadas ao seu povo escolhido, contrastando os inúmeros favores que Deus lhes havia concedido com a ingratidão e as perseguições que recebeu deles em troca. Este belíssimo hino é comumente entoado durante o rito litúrgico da Paixão do Senhor na Semana Santa, especialmente na tarde da Sexta-feira Santa. 


Popule meus, quid feci tibi?
Povo meu, o que Eu fiz para vós?
Aut in quo contristavi te?
E em que vos contristei?
Responde mihi.
Respondei-me.

Quia eduxi te de terra Aegypti:
Eu vos libertei do Egito:
parasti Crucem Salvatori tuo.
e vós preparastes a cruz para o vosso Salvador.
Quia eduxi te per desertum
Guiei-vos pelo deserto
quadraginta annis, et manna cibavi te,
por quarenta anos e com o maná vos alimentei
et introduxi in terram satis optimam:
e vos introduzi em uma terra fértil
parasti Crucem Salvatori tuo.
e vós preparastes a cruz para o vosso Salvador.

Quid ultra debui facere tibi, et non feci?
O que mais Eu deveria fazer por vós que não fiz?
Ego quidem plantavi te
Eu plantei para vós
vineam meam speciosissimam:
minha belíssima vinha frutífera
et tu facta es mihi nimis amara:
e vós agistes comigo com tanta amargura:
aceto namque sitim meam potasti:
me destes vinagre para saciar minha sede
et lancea perforasti latus Salvatori tuo.
E com uma lança perfurastes o lado do vosso Salvador.

Ego propter te flagellavi Aegyptum
Por vós, Eu golpeei o Egito
cum primogenitis suis:
com os seus primogênitos:
et tu me flagellatum tradidisti.
E vós me retribuistes flagelando-me.

Ego te eduxi de Aegypto,
Eu vos libertei do Egito
demerso Pharaone in Mare Rubrum:
submergi o faraó no Mar Vermelho
et tu me tradidisti principibus sacerdotum.
e vós me retribuistes com as sentenças dos sacerdotes.

Ego ante te aperui mare:
Eu diante de vós abri o mar:
et tu aperuisti lancea latus meum.
E vós com uma lança, abristes o meu lado 
Ego ante te praeivi in columna nubis:
Eu diante de vós mandei uma coluna de nuvem
et tu me duxisti ad praetorium Pilati.
E vós me mandastes ao pretório de Pilatos.

Ego te pavi manna per desertum:
Ofereci-vos maná no deserto
et tu me cecidisti alapis et flagellis.
e vós me machucastes com tapas e açoites.
Ego te potavi aqua salutis de petra:
Eu saciei vossa sede com a água límpida da pedra
et tu me potasti felle et aceto.
e vós saciastes minha sede com fel e vinagre.

Ego propter te Chananaeorum reges percussi:
Eu golpeei os reis Cananeus por vós
et tu percussisti arundine caput meum.
e vós batestes na minha cabeça com uma vara.
Ego dedi tibi sceptrum regale:
Eu dei a vós o cetro real:
et tu dedisti capiti meo spineam coronam.
e vós envolvestes minha cabeça com uma coroa de espinhos.

Ego te exaltavi magna virtute:
Eu vos exaltei em magna virtude:
et tu me suspendisti in patibulo Crucis.
e vós me pendurastes sob o jugo da Cruz.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

ORAÇÃO: MEDIA VITA IN MORTE SUMUS

MEDIA VITA IN MORTE SUMUS é um canto gregoriano tradicionalmente atribuído a Notker, o Gago (840-912), monge beneditino da Abadia de Saint Gall (Suiça). Este hino era entoado tanto em cerimônias litúrgicas como em ritos de preparação para guerras religiosas, particularmente considerando a condição efêmera da existência humana que busca, no auxílio divino, a paz de espírito diante a inevitabilidade da morte.


MEDIA VITA IN MORTE SUMUS

Media vita in morte sumus:
quem quærimus adiutorem,
nisi te Domine,
qui pro peccatis nostris iuste irasceris?

Sancte Deus,
Sancte fortis,
Sancte misericors Salvator,
amaræ morti ne tradas nos.

In te speraverunt patres nostri,
speraverunt et liberasti eos.

Sancte Deus,
Sancte fortis,
Sancte misericors Salvator,
amaræ morti ne tradas nos.

Ad te clamaverunt patres nostri,
clamaverunt, et non sunt confusi.

Sancte Deus,Sancte fortis,
Sancte misericors Salvator,
amaræ morti ne tradas nos.

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto.

Sancte Deus,
Sancte fortis,
Sancte misericors Salvator,
amaræ morti ne tradas nos.


NO MEIO DA VIDA, NA MORTE ESTAMOS

No meio da vida, na morte estamos,
a quem recorrer a não ser a Vós, Senhor,
que vos irais com justiça pelos nossos pecados?

Deus Santo,
Deus Forte,
Santo e misericordioso Salvador
não nos imponha uma amrga morte.

Nossos pais puseram sua confiança em vós,
esperaram e vós os livrastes.

Deus Santo,
Deus Forte,
Santo e misericordioso Salvador
não nos imponha uma amarga morte.

A vós clamaram nossos pais
clamaram e não foram confundidos.

Deus Santo,
Deus Forte,
Santo e misericordioso Salvador
não nos imponha uma amarga morte.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Deus Santo,
Deus Forte,
Santo e misericordioso Salvador
não nos imponha uma amarga morte.