segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

20 DE JANEIRO - SÃO SEBASTIÃO

São Sebastião foi um oficial romano, do alto escalão da Guarda Pretoriana do imperador Diocleciano (imperador de Roma entre 284 e 305 de nossa era e responsável pela décima e última grande perseguição do Império Romano contra o Cristianismo), que pagou com a vida sua devoção à fé cristã. Denunciado ao imperador por ser cristão e acusado de traição, foi condenado a morrer de forma especial: seu corpo foi amarrado a um tronco servindo de alvo a flechas disparadas por diferentes arqueiros africanos.

Primeiro Martírio: São Sebastião flechado

Abandonado pelos algozes que o julgavam morto, foi socorrido e curado e, de forma incisiva, reafirmou a sua convicção cristã numa reaparição ao próprio imperador. Sob o assombro de vê-lo ainda vivo, São Sebastião foi condenado uma vez mais sendo, nesta sua segunda flagelação, brutalmente açoitado e espancado até a morte. O seu corpo foi atirado num canal de esgotos, de onde foi depois retirado e levado até as catacumbas romanas. Suas relíquias estão preservadas na Basílica de São Sebastião, na Via Apia, em Roma. É venerado por toda a cristandade como modelo de vida cristã, mártir da Igreja e defensor da fé e como padroeiro de diversas cidades brasileiras, incluindo-se o Rio de Janeiro. Sua festa é comemorada a 20 de janeiro, data de sua morte no ano 304.

Segundo Martírio: São Sebastião espancado até a morte

domingo, 19 de janeiro de 2020

sábado, 18 de janeiro de 2020

A VINHA DE DEUS

Deus plantou a vinha do gênero humano quando moldou Adão e elegeu os patriarcas. Depois, confiou-a a vinhateiros pelo dom da Lei transmitida por Moisés. Rodeou-a de uma sebe, quer dizer, delimitou a terra que eles deveriam cultivar. Construiu uma torre, isto é, escolheu Jerusalém. Enviou-lhes profetas antes do exílio da Babilônia, e mais outros depois do exílio, em maior número do que os primeiros, para reclamar os frutos e dizer-lhes:

'Endireitai os vossos caminhos e o vosso modo de vida' (Jr 7,3); 

'Julgai com justiça, praticai a piedade e a misericórdia cada um para com o seu irmão; não oprimais a viúva nem o órfão, o estrangeiro ou o pobre; que ninguém entre vós conserve no coração a lembrança da maldade de seu irmão' (Zc 7,19); 

'Retirai a malícia dos vossos corações… aprendei a fazer o bem. Procurai a justiça; salvai o que sofre de injustiça' (Is 1,16).

Eis com que pregações os profetas reclamavam o fruto da justiça. Mas como aquela gente permanecia incrédula, Deus enviou-lhes finalmente o seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que aqueles maus vinhateiros mataram e lançaram fora da vinha. Por isso, Deus a confiou – já não delimitada, mas alargada ao mundo inteiro – a outros vinhateiros para que lhes dessem os frutos a seu tempo. A torre da eleição ergue-se em toda a parte com o seu brilho, porque em toda a parte resplandece a Igreja; em toda a parte também foi esmagado o lagar porque estão em toda a parte os que recebem a unção do Espírito de Deus. Por isso o Senhor dizia aos discípulos, para fazer de nós bons operários: 

'Tende cuidado convosco e velai constantemente para que os vossos corações não se tornem pesados com a devassidão e com as preocupações materiais' (Lc 21,34); 

'Que os vossos rins estejam cingidos e as vossas lâmpadas acesas. E sede como homens que esperam o seu Senhor' (Lc 12,35).

(Excertos da obra 'Contra as Heresias', de Santo Irineu de Lyon)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

DA VIDA ESPIRITUAL (101)

Não faças nada neste mundo que não comece pelo Sinal da Cruz. Do ato mais cotidiano e simplório até os acontecimentos mais importantes de tua vida. Faça o Sinal da Cruz o tempo todo e em tudo: ao se levantar e ao deitar-se, ao entrar e ao sair de casa, antes e após as refeições, no trabalho, no descanso e no lazer, nas horas mais atarefadas e mais calmas, na alegria e na tristeza, sentado ou andando, antes ou depois de um encontro, uma reunião, uma visita ou uma consulta, no carro ou no ônibus, no silêncio do quarto ou no vozerio da multidão, em tudo e sempre. Faça o Sinal da Cruz sobre a fronte, sobre a boca, sobre os olhos, sobre o peito, sobre um órgão ou um membro em especial: mente pura, boca pura, olhos puros, coração puro. O Sinal da Cruz é a tua marca registrada de cristão e de Filho de Deus e armadura e escudo espirituais contra todas as tentações, ciladas do demônio e contra todos os males.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

SERMÃO SOBRE A CEGUEIRA


Ó quem me dera ter agora neste auditório o mundo inteiro! Quem me dera que me ouvisse agora a Espanha, que me ouvisse a França, que me ouvisse a Alemanha, que me ouvisse a própria Roma! Príncipes, reis, imperadores e monarcas do mundo, vede a ruína dos vossos reinos, vede as aflições e misérias dos vossos vassalos, vede as violências, vede as opressões, vede os tributos, vede as pobrezas, vede as fomes, vede as guerras, vede as mortes, vede os cativeiros, vede a assolação de tudo? Ou vedes ou não vedes. Se o vedes, como não o remediais? E se não o remediais, como vedes? Estais cegos. 

Príncipes eclesiásticos, grandes, maiores, supremos e vós, ó prelados que estais em seu lugar, vede as calamidades universais e particulares da Igreja, vede os destroços da Fé, vede o decaimento da Religião, vede o desprezo das Leis Divinas, vede a irreverência dos lugares sagrados, vede o abuso dos costumes, vede os pecados públicos, vede os escândalos, vede as simonias, vede os sacrilégios, vede a falta de doutrina sã, vede a condenação e a perda de tantas almas dentro e fora da Cristandade? Ou vedes ou não vedes. Se o vedes, como não o remediais? E se não o remediais, como vedes? Estais cegos. 

Ministros da república, da justiça, da guerra, do estado, do mar e da terra, vede as obrigações que se descarregam sobre o vosso cuidado, vede o peso que carrega sobre vossas consciências, vede as desatenções do governo, vede as injustiças, vede os roubos, vede os descaminhos, vede as maquinações, vede as dilações, vede os subornos, vede os respeitos, vede as potências dos grandes e as vexações dos pequenos, vede as lágrimas dos pobres, vede os clamores e gemidos de todos. Ou vedes ou não vedes. Se o vedes, como não o remediais? E se não o remediais, como vedes? Estais cegos. 

Pais de família, que tendes casa, mulher, filhos e criados, vede o desconcerto e o descaminho das vossas famílias, vede a vaidade da mulher, vede o pouco recolhimento das filhas, vede a liberdade e más companhias dos filhos, vede a soltura e descomedimento dos criados, vede como vivem, vede o que fazem e o que se atrevem a fazer, fiados muitas vezes na vossa dissimulação, no vosso consentimento e na sombra do vosso poder? Ou vedes ou não vedes. Se o vedes, como não o remediais? E se não o remediais, como vedes? Estais cegos. 

Finalmente, homem cristão, de qualquer estado e de qualquer condição que seja, vede a Fé e o caráter que recebestes no Batismo, vede a obrigação da Lei que professais, vede o estado em que viveis há tantos anos, vede os encargos da vossa consciência, vede as restituições que deveis, vede a ocasião da qual não vos apartais, vede o perigo da vossa alma e de vossa salvação, vede que estais atualmente em pecado mortal, vede que se vos tomais a morte nesse estado, vos condenais sem remédio; vede que se vos condenais, haveis de arder no inferno enquanto Deus for Deus e que haveis de carecer do mesmo Deus por toda a eternidade. Ou vemos tudo isto, cristãos, ou não o vemos. Se não vemos, como somos tão cegos? E se o vemos, como não o remediamos? 

Fazemos conta de remediar tudo isso alguma hora, mas quando há de ser esta hora? Ninguém haverá tão ímpio, tão bárbaro, tão blasfemo, que diga que não. Pois se o havemos de remediar alguma hora, quando há de ser esta hora? Na hora da morte? Na última velhice? Essa é a conta que lhe fizeram todos os que estão no inferno, e lá estão, e lá estarão para sempre. E será bem que façamos nós também a mesma conta e que nos vamos após eles? Não, não, não queiramos tanto mal a nossa alma. Pois se algum dia há de ser, se algum dia havemos de abrir os olhos, se algum dia nos havemos de resolver, porque não será hoje este dia?

Ah Senhor, pois que não quero persuadir aos homens e nem a mim (pois somos tão cegos), a Vós me quero volver. Não olheis, Senhor, para as nossas cegueiras; lembrai-Vos dos Vossos olhos, lembrai-Vos do que eles fizeram hoje em Jerusalém. Ao menos um cego saia hoje daqui iluminado. Ponde em nós esses olhos piedosos; ponde em nós esses olhos misericordiosos; ponde em nós esses olhos onipotentes. Penetrai e abrandai com eles a dureza destes corações: rasgai e alumiai a cegueira destes olhos para que vejam o estado miserável de suas almas; para que vejam quanto lhes merece essa Cruz e essas Chagas e para que, lançando-nos todos aos Vossos pés, como hoje fez o cego, arrependidos e com uma firmíssima resolução de nos afastar de nossos pecados, nos façamos dignos de ser iluminados com a Vossa Graça e, assim, Vos ver eternamente na Glória.

Excertos do 'Sermão da Quinta Quarta-Feira da Quaresma', do Pe. Antônio Vieira, 1669)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

PALAVRAS ETERNAS (IV)

'Totus tuus ego sum Mariae et omnia mea tua sunt'


Sou todo teu, Maria, e tudo o que é meu é teu

(São Luís Grignion de Montfort)

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

BREVIÁRIO DIGITAL - ILUSTRAÇÕES DE DORÉ (VII)

PARTE VII (Jz 15 - Rt 2)

 [Sansão derruba os filisteus com a queixada de um jumento (Jz 15)]

 [Sansão carrega o portão de Gaza (Jz 16A)]

  [Sansão e Dalila (Jz 16B)]

  [A morte de Sansão (Jz 16C)]

  [O levita encontra o cadáver de sua concubina à porta (Jz 19A)]

  [O levita leva o cadáver da concubina para casa (Jz 19B)]

  [Os benjamitas tomam para si as filhas de Silo (Jz 21)]

  [Noemi e suas duas noras (Rt 1)]

[Rute apanha feixes de trigo no campo de Booz (Rt 2)]

ILUSTRAÇÕES DE DORÉ (I)