tag:blogger.com,1999:blog-40133148498187608332024-03-18T16:35:03.879-03:00SENDARIUMUm Caminho de Vida Espiritual para o Apostolado Leigo.Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comBlogger4991125tag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-33463404282779990152024-03-18T16:34:00.002-03:002024-03-18T16:34:26.398-03:00SOBRE A PAZ INTERIOR<p style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD-l9MVpwYRxCZBPo7ItCJpdthdm2LeZu80h8u68FpOPBhUTiq7sxyPPeaeyGow8QqR41e_sTuksk27ohIvN5GwyDOJ2ZUwr-J5fmppNPTM1sYq66jEwqWWSPYguUwKx6H1tbTdTB0MtBOHDS4jRQBUUP8buWOeLzW2wzgO6dd_IHzxlXK1sZTg0fp9j4/s518/zz87.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="518" data-original-width="350" height="401" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD-l9MVpwYRxCZBPo7ItCJpdthdm2LeZu80h8u68FpOPBhUTiq7sxyPPeaeyGow8QqR41e_sTuksk27ohIvN5GwyDOJ2ZUwr-J5fmppNPTM1sYq66jEwqWWSPYguUwKx6H1tbTdTB0MtBOHDS4jRQBUUP8buWOeLzW2wzgO6dd_IHzxlXK1sZTg0fp9j4/w271-h401/zz87.jpg" width="271" /></a></p><div style="background-color: #d0a04c; color: dimgrey; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: -webkit-auto;"><table align="left" cellpadding="0" cellspacing="0" hspace="0" vspace="0"><tbody><tr><td align="left" style="padding: 0cm;" valign="top"><div class="MsoNormal" style="break-after: avoid; line-height: 75.85pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><br /></div></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">1. Primeiro conserva-te em paz, e depois poderás pacificar os outros. O homem apaixonado, até o bem converte em mal e facilmente acredita no mal; o homem bom e pacífico, pelo contrário, faz com que tudo se converta em bem. Quem está em boa paz de ninguém desconfia; o descontente e perturbado, porém, é combatido de várias suspeitas e não sossega, nem deixa os outros sossegarem. Diz muitas vezes o que não devia dizer, e deixa de fazer o que mais lhe conviria. Atende às obrigações alheias, e descuida-se das próprias. Tem, pois, principalmente zelo de ti, e depois o terás, com direito, do teu próximo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">2. Bem sabes desculpar e cobrir tuas faltas, e não queres aceitar as desculpas dos outros! Mais justo fora que te acusasses a ti e escusasses o teu irmão. Suporta os outros, se queres que te suportem a ti. Nota quão longe estás ainda da verdadeira caridade e humildade, que não sabe irar-se ou indignar-se senão contra si própria. Não é grande coisa conviver com homens bons e mansos, porque isso, naturalmente, agrada a todos; e cada um gosta de viver em paz e ama os que são de seu parecer. Viver, porém, em paz com pessoas ásperas, perversas e mal educadas que nos contrariam, é grande graça e ação louvável e varonil.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">3. Uns há que têm paz consigo e com os mais; outros que não têm paz nem a deixam aos demais; são insuportáveis aos outros, e ainda mais o são a si mesmos. E há outros que têm paz consigo e procuram-na para os demais. Toda a nossa paz, porém, nesta vida miserável, consiste mais na humilde resignação, que em não sentir as contrariedades. Quem melhor sabe sofrer maior paz terá. Esse é vencedor de si mesmo e senhor do mundo, amigo de Cristo e herdeiro do céu.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">(Da Imitação de Cristo, de Thomas de Kempis)</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-85207239179059624892024-03-17T11:08:00.000-03:002024-03-17T11:08:06.866-03:00EVANGELHO DO DOMINGO<p style="text-align: center;"> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-tbZEJkzJ76A/XUi2AzermwI/AAAAAAAAIZ0/8GA5_FkIUWwVYI3n-HU7Jy4G-nZz1P2SgCLcBGAs/s1600/ZZ80.jpg" style="font-family: verdana; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="418" data-original-width="376" src="https://1.bp.blogspot.com/-tbZEJkzJ76A/XUi2AzermwI/AAAAAAAAIZ0/8GA5_FkIUWwVYI3n-HU7Jy4G-nZz1P2SgCLcBGAs/s1600/ZZ80.jpg" /></a></p><div><div style="text-align: center;"><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;">'Criai em mim um coração que seja puro!'</span></b><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;"> </span></b><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;">(Sl 50)</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b><span style="color: #cc0000; font-size: medium;">Primeira Leitura (Jr 31,31-34</span></b><b><span style="color: #cc0000; font-size: medium;">) - Segunda Leitura (Hb 5,7-9) - Evangelho (Jo 12,20-33)</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b style="color: #2b00fe; font-family: verdana; text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"> 17/03/2024 - Quinto Domingo da Quaresma</span></b></div></div><p style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: verdana;"><span><b style="color: purple;"><span>16.</span><span> A GLORIFICAÇÃO DE JESUS</span></b></span></span></span></p><div style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-ffHEIcfoAo8/VQ7hzE8tQDI/AAAAAAAACvg/iOiYmQIWIWM/s1600/EVQ.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="467" src="https://4.bp.blogspot.com/-ffHEIcfoAo8/VQ7hzE8tQDI/AAAAAAAACvg/iOiYmQIWIWM/w293-h467/EVQ.jpg" width="293" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Aproxima-se a consumação do sacrifício de Jesus na Paixão e Morte de Cruz. E, neste cenário de antecipação do cumprimento integral de sua missão salvífica, o evangelho de hoje prenuncia que o triunfo messiânico de Jesus perpassa pela conversão dos gentios. O sinal da natureza universal deste triunfo e da aproximação da hora final de sua missão na terra estava dado, pela presença de alguns gregos (símbolo de todos os gentios) que queriam 'ver Jesus' (Jo 12, 21), no sentido de não apenas conhecer, mas também de aceitar e viver em plenitude a doutrina cristã.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Eis definida, então, num episódio aparentemente pouco relevante da subida daqueles gregos até Jerusalém, a revelação contundente da proximidade do calvário e, com ela, da manifestação da glorificação do Filho do Homem, ratificada prontamente pelo Mestre: 'Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado' (Jo 12, 23). A morte próxima de Jesus é prenunciada neste momento como um triunfo da glória de Deus, como expressa claramente logo na sequência: 'quando for elevado da terra, atrairei todos a mim. Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer' (Jo 12, 32 - 33).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A correlação direta entre sacrifício e glorificação é ensinada por Jesus pelo exemplo da semente que deve morrer para produzir muitos frutos: 'Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto' (Jo 12, 24). A glória perpassa pelo sacrifício, a vida humana nada mais é que uma estreita via de sofrimentos e tribulações rumo à pátria celeste; morrer para o mundo traduz a percepção cristã da debilidade da semente que morre, não apenas para não sucumbir às paixões humanas, mas para produzir frutos de salvação: 'Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna' (Jo 12, 25).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Jesus, diante a proximidade de sua hora final na terra, contempla, à luz da ciência divina, a vitória final da Cruz sobre as forças do mal ('julgamento do mundo'), na proclamação universal da sua Palavra e da conversão futura dos gentios. E, como a glória de Cristo é a glória do Pai, Jesus assim o manifesta: 'Pai, glorifica o teu nome!' (Jo 12, 28) e, de imediato, assim o faz também o Pai: 'Então veio uma voz do céu: Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!' (Jo 12, 28). Assim, pela terceira vez, Deus Pai glorifica o seu Filho (a primeira tinha sido no batismo de Jesus e a segunda, na transfiguração do Senhor); desta vez, como manifestação dirigida a todos os homens, povos, raças, nações e gentios, como revelação antecipada dos frutos da Paixão e do Triunfo e Glória do Verbo Encarnado.</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-9263629924918926642024-03-16T10:14:00.003-03:002024-03-16T10:14:52.403-03:00O DOGMA DO PURGATÓRIO (LXXVII)<p style="text-align: center;"> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-WXwhPHwDaF0/YF4Zu67-8WI/AAAAAAAAKQU/bDRthYLGPIQtUh9tTsicVknLc4_8y6GvgCLcBGAsYHQ/s807/ZZ102.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="321" data-original-width="807" height="255" src="https://1.bp.blogspot.com/-WXwhPHwDaF0/YF4Zu67-8WI/AAAAAAAAKQU/bDRthYLGPIQtUh9tTsicVknLc4_8y6GvgCLcBGAsYHQ/w640-h255/ZZ102.jpg" width="640" /></a></p><div style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Capítulo LXXVII</span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Razões para o Socorro às Santas Almas - Socorro às Almas dos Nossos Parentes Falecidos - Cimon de Atenas e o seu Pai na Prisão - São João de Deus e o Socorro aos Doentes de um Incêndio</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Se somos obrigados a socorrer as santas almas pela extrema necessidade em que se encontram, quanto maior não se torna este motivo quando nos lembramos de que estas almas estão unidas a nós pelos laços mais sagrados, os laços de sangue, pelo Sangue de Jesus Cristo, e pelos laços da carne e do sangue humanos, de onde fomos gerados segundo a carne?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Sim, há no Purgatório almas unidas a nós pelos mais íntimos laços de família. Pode ser um pai ou uma mãe que, padecendo aqueles horríveis tormentos, estendem os braços em súplica para mim. O que não faríamos pelo nosso pai ou pela nossa mãe, se soubéssemos que estão a penar em algum calabouço tremendo? Um antigo ateniense, o célebre <i>Cimon</i>, teve o desgosto de ver o seu pai preso por credores sem coração, que ele não podia satisfazer. O pior é que não conseguiu reunir uma soma suficiente para efetuar o resgate do seu pai e o seu velho pai morreu na prisão. Cimon apressou-se a ir à prisão e pediu que lhe dessem, pelo menos, o corpo do seu pai para que o pudesse enterrar. Isso também lhe foi recusado, sob o pretexto de que, não tendo com que pagar as suas dívidas, não podia tê-lo libertado. 'Permitam-me primeiro enterrar meu pai' - gritou Cimon - ''e depois voltarei e tomarei o seu lugar na prisão'.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Admiramos este ato de piedade filial, mas não temos também o dever de o imitar? Não temos também, porventura, um pai ou uma mãe no Purgatório? Não somos obrigados a libertá-los à custa dos maiores sacrifícios? Mais afortunados do que <i>Cimon</i>, temos com que pagar as suas dívidas; não precisamos de tomar o seu lugar; pelo contrário, libertá-los é lutar pelo nosso próprio resgate.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Admiremos também a caridade de São João de Deus, que enfrentou a fúria das chamas para salvar os pobres doentes durante uma conflagração. Este grande servo de Deus morreu em Granada, no ano de 1550, ajoelhado diante de uma imagem de Jesus Crucificado, que ele abraçou e continuou a manter apertada nos seus braços, mesmo depois de ter entregado a sua alma a Deus. Filho de pais muito pobres e obrigado a sustentar-se com o pastoreio de rebanhos, era rico em fé e confiança em Deus. Tinha grande prazer na oração e na escuta da Palavra de Deus; este foi o fundamento da grande santidade que depois alcançou.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Um sermão do <i>Venerável Padre João d'Ávila</i>, Apóstolo da <i>Andaluzia</i>, impressionou-o de tal modo que resolveu consagrar toda a sua vida ao serviço dos pobres doentes. Sem outro recurso que não fosse a caridade e a confiança em Deus, conseguiu comprar uma casa, na qual reuniu todos os doentes pobres e abandonados, para lhes dar alimento para a alma e para o corpo. Este asilo depressa se transformou no <i>Hospital Real de Granada</i>, um estabelecimento imenso, cheio de uma multidão de idosos e doentes. Um dia, tendo deflagrado um incêndio no hospital, muitos dos doentes correram o risco de morrer de uma morte horrível. Estavam rodeados de chamas por todos os lados, de tal modo que era impossível alguém tentar salvá-los. Proferiam os gritos mais angustiantes, chamando o Céu e a Terra em seu auxílio. </span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">João, diante disso, inflama-se de caridade, precipita-se no fogo, luta através das chamas e do fumo até chegar aos leitos dos doentes; depois, erguendo-os sobre os ombros, carrega essas infelizes criaturas, uma após outra, para um lugar seguro. Obrigado a atravessar essa imensa fornalha, trabalhando no calor do fogo durante meia hora inteira, o santo não sofreu o menor ferimento; as chamas respeitaram sua pessoa, suas roupas e até mesmo o menor fio de cabelo de sua cabeça. Deus proveu tal milagre mostrando quanto era agradável a Ele a caridade do seu servo. E aqueles que salvam, não o corpo, mas as almas das chamas do Purgatório, a sua obra é menos agradável a Deus? As necessidades, os gritos e os gemidos dessas almas são menos tocantes para um coração de fé? Será mais difícil socorrê-las? Será necessário lançarmos por entre as chamas para as salvar?</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Certamente, temos todas as facilidades ao nosso alcance para socorrê-las e Deus não exige para isso grandes esforços de nossa parte. No entanto, a caridade das almas fervorosas leva-as, por vezes, a fazer os sacrifícios mais heróicos e até mesmo a compartilhar os tormentos dos seus irmãos do Purgatório.</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: verdana;">Tradução da obra: 'Le Dogme du Purgatoire illustré par des Faits et des Révélations Particulières', do teólogo francês François-Xavier Schouppe, sj (1823-1904), 342 p., tradução pelo autor do blog.</span></div></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-1127203645210578912024-03-15T12:36:00.007-03:002024-03-15T13:13:40.908-03:00QUANDO O INFERNO É AQUI...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0_cAuVQ1-PCPNZgN2GYg7Fy2DJysStdxKhKQMuQ4Z1nS_8Q-0q9Nk59yXzYXn8MY0hywVra7lb_WsbES6LcWvLHr4z3benPbYFCG4KhyphenhyphenSZsF52DbXxKF7eYqgJzY32nj6EJxNQTSzRbje1BXtH2tEETqZTfqrDbwX-yhD4SglJEo8CTJFZD9MzEJzcrM/s493/zz23.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="493" data-original-width="486" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0_cAuVQ1-PCPNZgN2GYg7Fy2DJysStdxKhKQMuQ4Z1nS_8Q-0q9Nk59yXzYXn8MY0hywVra7lb_WsbES6LcWvLHr4z3benPbYFCG4KhyphenhyphenSZsF52DbXxKF7eYqgJzY32nj6EJxNQTSzRbje1BXtH2tEETqZTfqrDbwX-yhD4SglJEo8CTJFZD9MzEJzcrM/w394-h400/zz23.jpg" width="394" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Na sexta-feira passada desta Quaresma, dia 08/03 e dia internacional da mulher, a França passou a incorporar um dispositivo legal que determina a possibilidade da interrupção voluntária da gravidez como um direito previsto na Constituição. Com isso, o país tornou-se o único do mundo a garantir a interrupção voluntária da gravidez na própria Constituição.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Na França, as mulheres já tinham o direito ao aborto garantido por lei desde 1975, permitindo que as mulheres abortassem até a 14ª semana de gestação. Mas agora, como direito constitucional, é praticamente cerceado qualquer potencial tentativa de impedimento para uma interrupção voluntária de uma gravidez na França. A aprovação do projeto foi esmagadora nas casas legislativas e teve grande apoio popular. O passo seguinte do governo francês é a promoção desta legislação constitucional do aborto para todos os demais países da União Europeia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Que rumos da história puderam levar a França a esse abismo de fé e de confrontação a Deus? A França sempre foi conhecida como a 'filha primogênita da Igreja', porque os francos foram o primeiro dos povos bárbaros a serem convertidos ao catolicismo, no evendo do batismo do Rei Clóvis por São Remígio (em 25 de dezembro do ano 496). Desde então, a França passou a ter um papel singular na história da Igreja e da Civilização Cristã, berço de um portentoso número de santos e santas (São Bernardo de Claraval, Santa Joana d'Arc, São Vicente de Paulo, São Luís Grignion de Montfort, Santa Teresa de Lisieux, Santa Margarida Maria Alacoque, São João Maria Vianney...) e de manifestações da própria Mãe de Deus. Nossa Senhora manifestou-se em território francês por três vezes: em 1830 como Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, em 1846 como Nossa Senhora de La Salette e, em 1858, como Nossa Senhora da Imaculada Conceição em Lourdes. Nenhum outro país foi agraciado com tantas aparições.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Quando se voou tão alto e se perde as asas, a queda tende a ser tenebrosa. Por certo seria uma temeridade imaginar o destino de qualquer nação, cristã ou não, que desconsidera o direito à vida dos seus filhos mais vulneráveis, que legaliza na própria constituição a matança destes inocentes. Mas o que pensar do futuro se tal nação é a 'filha primogênita da Igreja' e, por isso, contemplada com tantos privilégios do Céu? Que nação da terra pode ser capaz de confrontar na época atual com a França a partir de agora, em termos do abandono das graças da Providência Divina e de sublimar à exaustão os limites da ira santa de Deus?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b style="color: #0c343d; font-size: medium;"><a href="https://www.sendarium.com/2020/02/indulgencia-plenaria-das-sextas-feiras.html"><span style="font-size: large;">Indulgência Plenária das Sextas-Feiras da Quaresma</span></a></b></span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-90118308420534612732024-03-14T13:14:00.000-03:002024-03-14T13:14:32.796-03:00SOBRE A FIDELIDADE<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A atitude fundamental da fidelidade é, pois, pressuposto de toda a auto-educação. Só o homem fiel consegue digerir interiormente as impressões contraditórias, extraindo o bem de cada uma delas, aprendendo e crescendo com as mais variadas situações da vida, porque permanece nele estável e viva a craveira dos valores autênticos. Em contrapartida, o homem volúvel cede, ora a uma, ora a outra impressão, e, sem mais, 'cai'; tudo nele passa mais ou menos sem deixar rasto.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Só o homem fiel, por outro lado, prefere o mais relevante ao menos relevante, o valioso ao que o é menos; o volúvel, esse, no melhor dos casos, mede pela mesma rasoura todas as realidades valiosas, mesmo que assim pereça algum valor mais alto. Ora, para o crescimento moral e, de modo geral, para a vida moral da pessoa, nada é mais importante do que a consideração da hierarquia objetiva dos valores, a capacidade de preferir constantemente os valores mais altos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A atitude fundamental da fidelidade é também pressuposto de toda a confiança, de toda acredibilidade. Como há de alguém manter uma promessa ou merecer crédito na luta das idéias, se vive apenas no momento que passa, sem formar uma unidade de sentido com passado, presente e futuro? Quem poderá contar com ele? Só o homem fiel torna possível aquela confiança que constitui o fundamento de qualquer comunidade; só ele possui aquele elevado valor moral que reside na firmeza, na lealdade; na confiabilidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A fidelidade é, além disso, pressuposto da própria capacidade de confiar, da fé heróica. O volúvel, além de que não merece nenhuma confiança, jamais consegue crer com fé firme, inabalável: nem nos outros homens, nem em verdades, nem em Deus. É que lhe falta o vigor necessário para viver do valor que uma vez contemplou, se o rodeia a noite e a escuridão, ou se outras impressões fortes arremetem contra ele. Não é por acaso que, nas línguas latinas, a palavra <i>fides</i> significa simultaneamente fidelidade e fé. Com efeito, a fidelidade é parte constitutiva e essencial do vigor da fé e, portanto, de toda a religião.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Muito especialmente nítido é o significado transcendente da fidelidade no campo das relações humanas. O que é o amor sem fidelidade? No fundo, uma mentira. Porque o sentido mais profundo de todo o amor, o 'sim' interior que se pronuncia no amor, é uma íntima dedicação e entrega de si mesmo, que sobrevive sem prazo algum, inabalável através de todas as mudanças na correnteza da vida. Um homem que, por exemplo, diga: 'Amo-te agora, mas por quanto tempo não sei', nem amou realmente, nem faz idéia nenhuma da essência do amor. A fidelidade é tão essencial ao amor que qualquer um tem de considerar perene a sua dedicação. Isto vale para todos os amores: para o amor aos pais, para o amor aos filhos, aos amigos, para o amor conjugal. Quanto mais profundo é o amor, tanto mais o penetra a fidelidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">É precisamente nesta fidelidade que repousa o especial brilho moral do amor, a sua casta beleza... A fidelidade imperturbável do amor de mãe, a fidelidade inconcussa de um amigo, possuem uma especial beleza moral que toca o coração de quem se abre aos valores. A fidelidade é, assim, o núcleo de qualquer amor grande e profundo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O que é que há, em contrapartida, de mais moralmente baixo e disforme do que a infidelidade manifesta, a antítese radical da fidelidade, que ultrapassa largamente a inconstância? Que mácula moral se pode comparar com a do traidor que, por assim dizer, apunhala o coração que se lhe ofereceu cheio de confiança e indefeso? Quem for falto de fidelidade na sua atitude fundamental é um Judas perante todo o mundo dos valores éticos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Sem dúvida, há homens para quem a fidelidade não passa de simples virtude burguesa, de mera correção ou probidade. O homem livre, grande, genial - assim pensam eles - não precisa de fidelidade. Néscio mal-entendido! Talvez haja, efetivamente, uma espécie de fidelidade inócua e complacente. Mas o certo é que a autêntica fidelidade é parte indispensável, constitutiva de toda a grandeza moral, de toda a verdadeira força e profundeza de uma personalidade.A autêntica fidelidade de que aqui tratamos é o contrário da mera probidade burguesa ou da simples atitude de quem se aferra aos seus costumes. Não deriva também de um temperamento apático, como a inconstância não deriva de um temperamento vivo e impulsivo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A fidelidade é uma resposta livre e cheia de sentido ao mundo da verdade e dos valores, à sua significação imutável e autônoma, às suas exigências próprias. Sem a atitude fundamental da fidelidade, não há nenhuma cultura, nenhum progresso no conhecimento, nenhuma comunidade; mas, sobretudo, nenhuma personalidade moral, nenhum amadurecimento moral, nenhuma vida interior una e consistente, e nenhum amor verdadeiro. Todo o esforço de educação tem que ter em conta este significado fundamental da fidelidade em sentido amplo, se não quiser condenar-se de antemão ao malogro.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">(Excertos da obra 'Atitudes Éticas Fundamentais', de Dietricht Von Hildebrand)</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-27720565496382841182024-03-13T12:30:00.000-03:002024-03-13T12:30:39.275-03:00AS CINCO PRÁTICAS DA QUARESMA<div style="text-align: center;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-UG__avX-IHc/WoiOymWjs5I/AAAAAAAAHB8/d_6mn-JM_aAgfh2L0IIbZIZecEPitm6XwCLcBGAs/s400/ZZ10.jpg" style="text-align: start;" /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b><span face=""verdana" , sans-serif" style="color: blue; font-size: large;">'Voltai para mim de todo o coração, fazendo jejuns, chorando e batendo no peito! Rasgai vossos corações, não as roupas!' (Jl 2, 12 -13)</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">Assim diz o Senhor, pela boca do profeta Joel: 'Voltai para mim de todo o coração'... com apelos de conversão e penitência! A Quaresma é para ser vivida no coração, mas não no nosso coração cotidiano, emotivo, superficial e vazio, submerso nas preocupações da vida e nas tribulações diárias de nossa rotina. Não, o nosso coração para Deus neste tempo de graças extremadas deve ser um coração quebrado, partido, rasgado, desfigurado... 'Rasgai os vossos corações'... somente assim, em corações rasgados para o mundo, flagelados pela contrição sincera, machucados pela dor do arrependimento, o Senhor pode entrar e habitar com alegria, porque são estes corações que se mais se assemelham ao Sagrado Coração de Jesus no Calvário.</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">'Voltai para mim de todo o coração'... neste tempo de Quaresma, é esse o apaixonado apelo do Senhor: afastai-vos do mundo e dai-Me os vossos corações partidos, sofridos, amargurados e Eu farei habitar neles a minha Santa Alegria. Entregar nossos corações feridos e quebrados significa experimentarmos plenamente os frutos da mortificação, da contrição e da conversão sincera. E para isso, temos cinco práticas ou preceitos tradicionalmente vividos no tempo quaresmal: jejum e abstinência, esmola, silêncio, vigília e aumento do tempo dedicado à leitura orante da Bíblia (<i>lectio divina</i>). Estes são os meios que a Tradição da Igreja nos revela como experimentados e verdadeiramente eficazes para se entregar o coração - de todo o coração - à graça de Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><b><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">1. Jejum e Abstinência </span></b></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">O jejum (a privação da alimentação) e a abstinência (não fazer uso de certos alimentos) constituem a primeira pancada para quebrar a crosta endurecida do nosso coração. Não implicam golpes de aríete (jejuns extraordinários, proezas desmedidas), mas tão somente uma série de pequenos impactos, contínuos e duradouros (condizente com o estado de saúde de cada um), que estimulem a nossa vulnerabilidade e fraqueza diante da fome, da sede ou da insaciedade, limitações e vazios que somente Deus nos pode prover. Ambos têm uma conotação essencialmente eucarística: 'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede' (Jo 6, 35).</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></div><div><div><b><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">2. Esmola </span></b></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">A esmola é a dádiva ao outro sem a imposição de recursos de favor ou gratidão. O <span>fruto da esmola é a alegria espiritual, que rasga o nosso coração por dentro para abrir o coração do outro. E, assim, abrimos o coração a Cristo. A esmola rompe o escândalo do instinto do acúmulo, que nos leva a guardar para ninguém o que aos outros pertence. O supérfluo que entulha nossos armários e casas rouba que outro possa ter o necessário e é uma afronta à Providência Divina, pois o Senhor enche de bens os famintos e manda embora os ricos de mãos vazias (Lc 1, 53).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><b><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><span>3</span>. Silêncio </span></b></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">O silêncio é a arma predileta de Deus para romper os corações mais endurecidos. Fique em silêncio, viva o silêncio no tempo quaresmal. O silêncio evita o pecado. Mais ainda, diante do teu silêncio, a Palavra de Deus vai romper as muralhas e chegar às masmorras mais escondidas do teu pobre coração porque 'a palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Julga os pensamentos e as intenções do coração' (Hb 4, 12).</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><b><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">4. Vigília</span></b></div><div style="text-align: justify;"><b><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">A vigília é o seu tempo sozinho com Deus. O sacrifício do nosso tempo para Deus é uma oferta de todo o coração, que nos libera da escravidão de tanto tempo perdido em coisas sem sentido e fúteis. A vigília implode o nosso coração eivado de preocupações cotidianas e submerso na posse de um tempo que está sempre aquém do que precisamos. Somos possessivos do nosso tempo e, ainda assim, perdemos tempo o tempo todo. Uma vez livres da sofreguidão do nosso tempo e na presença de Deus, experimentamos na vigília ao Senhor, mais do que apenas um pouco de tempo, a doação da nossa própria vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><b><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">5. Leitura Orante da Bíblia</span></b></div><div style="text-align: justify;"><b><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">É a prática que complementa todas as outras e, sem a qual, as outras não podem dar frutos. Sem a leitura orante da Bíblia, o jejum perde o sentido, a esmola fica sempre para depois, o silêncio nos inquieta e a vigília tende a ser pesada e desconfortável. A <i>lectio divina</i> é o fundamento de todas as outras formas de oração. Com ela, podemos percorrer com maior proveito o caminho da Cruz, adorar com santa alegria o Senhor no Santíssimo Sacramento e invocar Nossa Senhora como advogada e medianeira na nossa entrega a Deus de todo o coração. </span></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana;">(postagem publicada originalmente no blog em 17/02/2018)</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-65643804662124942532024-03-12T12:32:00.000-03:002024-03-12T12:32:06.629-03:00VERSUS: A CASA E A VOLTA PARA CASA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxq7tF46ap7o45TVzR2xmGnbtFIlvtcPJAwsAG-bMA0KVT9RTf79m_mBY4_tPTKLcijP8DpQQOEYuaTncSQXdQeZ_K6xBAfSiYgVJdoLISWVcKkYFJ_01ErsBcWO7O2X6UstazmtFMW41BelxsaA76C1NSNQdZqgP5bkklUoiSTV7lpJg8wVAcDAm3_54/s480/zz22.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="335" data-original-width="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxq7tF46ap7o45TVzR2xmGnbtFIlvtcPJAwsAG-bMA0KVT9RTf79m_mBY4_tPTKLcijP8DpQQOEYuaTncSQXdQeZ_K6xBAfSiYgVJdoLISWVcKkYFJ_01ErsBcWO7O2X6UstazmtFMW41BelxsaA76C1NSNQdZqgP5bkklUoiSTV7lpJg8wVAcDAm3_54/s16000/zz22.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">'Só pode ser na casa. Na casa de família. Na casa que se fecha, não para isolar-se da cidade, mas para abrigar da chuva e do vento a boa sementeira da amizade... Disse que a casa é um segredo. De fato o é. Ou deve ser. Deve ser uma interioridade. Uma intimidade. Uma intimidade de afeições e uma intimidade de aflições. Um mundo de recato. Uma história escondida. Mas dentro desse segredo que abriga uma família há um outro segredo que se esconde da família. Naquela gruta de pedra há uma concha fechada e dentro dessa concha um segredo maior, escondido na intimidade e no segredo da casa. Os esposos se escondem. Escondem-se da casa, dentro da casa. Fecham-se dentro do que já é fechado. Abrigam-se no interior do que já é abrigado. E assim é que, nesse último reduto, nesse último porto, nesse abrigo, nessa concha, preparam não só o amor e a justiça, mas também o fruto dessa justiça e desse amor'.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-dRo1nTsoUVc/WxnfhCNvwdI/AAAAAAAAHb4/sVyDi5-sAfU3bwtkqftPb5tC-XZlU_VvQCLcBGAs/s1600/25B.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="251" src="https://1.bp.blogspot.com/-dRo1nTsoUVc/WxnfhCNvwdI/AAAAAAAAHb4/sVyDi5-sAfU3bwtkqftPb5tC-XZlU_VvQCLcBGAs/s1600/25B.jpg" /></span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">'Preparar, pelo trabalho, a volta para casa, entre todas as coisas do mundo, é a que tem mais densidade de ventura. Pode o mundo moderno aviltar o trabalho, fazendo do homem uma pura máquina para o serviço de uma babilônia; pode semear obstáculos sem fim entre a mesa do funcionário e aquela soleira de porta onde ele tira do bolso uma chave encantada e toma posse de um reino; podem os pregadores anunciar um regime ideal, em que a casa é um prolongamento da repartição, uma máquina de morar cujos objetos pertencem a todos (o que equivale a dizer que não pertencem a ninguém), e onde o próprio gato receberá um nome oficial; podem socializar, burocratizar, centralizar; e minar os alicerces da família; e arrebatar as crianças para as chocadeiras técnicas onde se ensina que foi um dentista ou um bacharel que fizeram o mundo; debalde farão tudo isso com o auxílio de todos os demônios: o homem não esquece o paraíso que perdeu. Não esquece que seu primeiro pai foi um rico proprietário rural, que dava ele mesmo os nomes aos bichos e usava fartamente, e sem pena, os frutos de sua terra'.</span></div><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">(textos de Gustavo Corção)</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-46676486509501178122024-03-11T15:59:00.001-03:002024-03-11T20:33:08.301-03:00CARTA À MARUJA<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Bartolomé Blanco Márquez</b> (Córdoba, 1914) foi um mártir da perseguição religiosa na Espanha nos anos 30 do século passado. Foi executado em 2 de outubro de 1936, antes de completar 22 anos, enquanto gritava 'Viva Cristo Rei!' Em seu processo de beatificação (Blanco foi beatificado em 28 de outubro de 2007 pelo papa Bento XVI), consta a seguinte carta escrita à sua noiva <i>Maruja</i>, às vésperas de sua execução, e traduzida a seguir.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-Nph1gPjTGEGeyhMMoi8y-ATxj1ren4ktZfOzAUkrQYa5xHeGgiTlkCITFz7EY8lwCtTbwGvSPRqynRlhgJ_ylgp2HVSk533zZJXA1O8cjohJAQNV56nXEgZtLnxaeXQe7yApF7wKvUlvNC4ddpyUuFxZTQNMTz6QX0JTXTXdYZYBv8BqazdQuPCU6yI/s309/zz21.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="309" data-original-width="250" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-Nph1gPjTGEGeyhMMoi8y-ATxj1ren4ktZfOzAUkrQYa5xHeGgiTlkCITFz7EY8lwCtTbwGvSPRqynRlhgJ_ylgp2HVSk533zZJXA1O8cjohJAQNV56nXEgZtLnxaeXQe7yApF7wKvUlvNC4ddpyUuFxZTQNMTz6QX0JTXTXdYZYBv8BqazdQuPCU6yI/w290-h358/zz21.jpg" width="290" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Prisão provincial de Jaén, 1 de outubro de 1936</span></i></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Maruja da [minha] alma:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A tua memória vai me acompanhar até o túmulo e, enquanto o meu coração bater, baterá de afeto por ti. Deus quis sublimar estes afetos terrenos, enobrecendo-os quando os amamos por meio d'Ele. É por isso que, embora nos meus últimos dias, Deus seja a minha luz e o meu anseio, Ele não impede que a lembrança da pessoa que me é tão querida me acompanhe até à hora da morte.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Sou assistido por muitos sacerdotes que, como uma doce consolação, derramam os tesouros da graça na minha alma, fortificando-a; olho a morte de frente e, acredite de verdade, que não a temo nem a receio.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A minha sentença no tribunal dos homens será a minha maior defesa perante o Tribunal de Deus: procurando denegrir-me, enobreceram-me; procurando condenar-me, absolveram-me; procurando perder-me, salvaram-me. Compreendes isso? Porque, com a morte, deram-me a verdadeira vida e, ao me condenarem por defender sempre os ideais elevados da Religião, da Pátria e da Família, abriram-me as portas do Céu.</span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Os meus restos mortais serão sepultados num nicho deste cemitério de Jaén; enquanto me restam apenas algumas horas antes desse repouso definitivo, permita-me que te peça apenas uma coisa: que em memória do amor que tivemos um pelo outro, e que neste momento se intensifica, tenhas como principal objetivo a salvação da tua alma, porque assim estaremos reunidos no céu por toda a eternidade, onde nada nos poderá separar.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Até lá, então, Maruja da minha alma! Não te esqueças que estou a olhar para ti do céu, e procura ser um modelo de mulher cristã porque, no fim da nossa vida, de nada servem os bens e as alegrias terrenas se não conseguirmos salvar a nossa alma.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Um pensamento de gratidão é dirigido para toda a tua família e, para ti, todo o meu amor, sublimado nas horas da morte. Não te esqueças de mim, minha Maruja, e que a minha memória te sirva para teres sempre presente que há outra vida melhor e que alcançá-la deve ser a tua mais alta aspiração.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Sê forte e reconstrói a tua vida, és jovem e bondosa, e terás a ajuda de Deus, a quem eu implorarei do seu Reino. Adeus, até à eternidade, quando continuaremos a amar-nos para sempre.</span></div><div><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">Bartolomé</span></div></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-49034563389418666522024-03-10T11:39:00.004-03:002024-03-10T11:40:00.746-03:00EVANGELHO DO DOMINGO<p style="text-align: center;"> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-tbZEJkzJ76A/XUi2AzermwI/AAAAAAAAIZ0/8GA5_FkIUWwVYI3n-HU7Jy4G-nZz1P2SgCLcBGAs/s1600/ZZ80.jpg" style="font-family: verdana; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="418" data-original-width="376" src="https://1.bp.blogspot.com/-tbZEJkzJ76A/XUi2AzermwI/AAAAAAAAIZ0/8GA5_FkIUWwVYI3n-HU7Jy4G-nZz1P2SgCLcBGAs/s1600/ZZ80.jpg" /></a></p><div><div style="text-align: center;"><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;">'Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti, Jerusalém, eu me esquecer!'</span></b><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;"> </span></b><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;">(Sl 136)</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b><span style="color: #cc0000; font-size: medium;">Primeira Leitura (2Cr 36,14-16.19-23</span></b><b><span style="color: #cc0000; font-size: medium;">) - Segunda Leitura (Ef 2,4-10) - Evangelho (Jo 3,14-21)</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b style="color: #2b00fe; font-family: verdana; text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"> 10/03/2024 - Quarto Domingo da Quaresma</span></b></div></div><p style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: verdana;"><span><b style="color: purple;"><span>15.</span><span> A LUZ DE CRISTO</span></b></span></span></span></p><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="font-family: "times new roman";"><div><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/-qDs_Ni76AaA/VQWSDtHZAwI/AAAAAAAACtA/3IzZsthJI5I/s1600/NIC.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="310" src="https://1.bp.blogspot.com/-qDs_Ni76AaA/VQWSDtHZAwI/AAAAAAAACtA/3IzZsthJI5I/w427-h310/NIC.jpg" width="427" /></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O Quarto Domingo da Quaresma é chamado <i>Domingo Laetare</i> ou Domingo da Alegria, e constitui um dos mais festejados do Ano Litúrgico. Por se enquadrar na metade do tempo quaresmal, período este vivido pela Igreja em meio à tristeza e penitências, a liturgia desse domingo se propõe a reacender nos católicos a firme alegria e esperança que devem ser o sustento dos católicos até a plenitude do tempo pascoal, à espera do Senhor Que Vem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Santa alegria, pois 'Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele' (Jo 3, 17). A Primeira Vinda de Cristo é um exercício contínuo da graça divina nas sendas do perdão e da misericórdia, no acolhimento do pecador, na manifestação exaustiva da compaixão e do amor extremado de Deus pelas criaturas humanas, para salvar o mundo e maturar a boa semente em frutos de eternidade: 'Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna' (Jo 3, 16).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A alegria e esperanças cristãs se fundem em plenitude na Luz de Cristo, mas nem todos a receberão, mas nem todos a tomarão como guia e exemplo, conforme as próprias palavras de Jesus dirigidas a Nicodemos, no diálogo que se imortalizou no evangelho deste domingo: 'a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más' (Jo 3, 19). Na eternidade, verão Deus face a face os Filhos da Luz, aqueles que praticam a Verdade e se comprazem na jubilosa esperança da posse eterna da Plena Visão. 'mas, quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito' (Jo 3, 18).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Neste domingo, celebramos a luz, a luz de Cristo, que rompe a escuridão de nossa alma cega nos afazeres mundanos e que nos liberta das trevas do pecado, moldando a argila frágil da natureza humana pelo cinzel da graça e do amor de Deus. Ao se debruçar até o pó, Jesus nos dá ciência de que conhece a nossa imensa fragilidade; ao proclamar sua divindade, nos conforta de que, como Filhos da Luz, somos definitivamente os herdeiros da divina misericórdia. No meio do caminho desta jornada quaresmal, elevemos a Cristo nossas almas frágeis de argila e a Ele supliquemos conservá-las firmemente na direção do Círio Pascal, ao encontro da luz do Cristo Ressuscitado Que Vem.</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-56640381507064493322024-03-09T11:28:00.001-03:002024-03-09T11:29:38.117-03:00ORAÇÃO DE LOUVOR A DEUS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJVY_Cih4jhktMZJ6OkGU4T2x984K_S00OP_1uuJm1_0KBmmMAukTMUXkmbnsXHVTv9GRTS2UXasERJMWhbZgzUTjHVxidpzFBi8HxEIIFpyU0n3X_k1l-D4oAAyF2vCIWKfBN5fQKrDRc03hHP2xYhYRIS3POsRBXMr5g4FTJz-UbXc2vDhGy60QNSbU/s500/zz20.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJVY_Cih4jhktMZJ6OkGU4T2x984K_S00OP_1uuJm1_0KBmmMAukTMUXkmbnsXHVTv9GRTS2UXasERJMWhbZgzUTjHVxidpzFBi8HxEIIFpyU0n3X_k1l-D4oAAyF2vCIWKfBN5fQKrDRc03hHP2xYhYRIS3POsRBXMr5g4FTJz-UbXc2vDhGy60QNSbU/s16000/zz20.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja Deus.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja o seu santo Nome.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja o Nome de Jesus. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja o seu Preciosíssimo Sangue. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja o Espírito Santo Paráclito. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendita seja a sua Santa e Imaculada Conceição. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendita seja a sua gloriosa Assunção. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja São José, seu castíssimo Esposo. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Bendito seja Deus nos seus anjos e nos seus santos.</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-29895113295053019442024-03-08T11:29:00.002-03:002024-03-08T11:32:52.220-03:00TESOURO DE EXEMPLOS (306/310)<p style="text-align: center;"> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-wR7UoRhmC2U/XuvTgPOpPNI/AAAAAAAAJfA/cAkDIMgdjQMykoVd5xgHO_S5DYLCtiCuwCLcBGAsYHQ/s1600/zz35.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="471" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-wR7UoRhmC2U/XuvTgPOpPNI/AAAAAAAAJfA/cAkDIMgdjQMykoVd5xgHO_S5DYLCtiCuwCLcBGAsYHQ/s400/zz35.jpg" width="261" /></a></p><div style="text-align: center;"><b><span style="color: #2b00fe; font-family: verdana; font-size: large;">306. POR TER QUEBRADO UM VASO</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Um grande nobre de Roma convidou à sua mesa o imperador Augusto. Durante o festim, um escravo quebrou um vaso de cristal, pelo que seu amo o condenou à morte. Indignado, Augusto quebrou toda a baixela, dizendo: 'Cruel! Ignoras que a vida de um homem é mais preciosa que todas estas baixelas?'</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Deus, às vezes, faz o mesmo com algum pecador: tira-lhe todos os bens para que abra os olhos e veja o grande mal que fêz, porque se lhe deixa com estes males até ao fim, o castigo será mais terrível.</span></div><p style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><b><span style="color: #2b00fe; font-family: verdana; font-size: large;">307. ÉS UMA GRANDE PECADORA</span></b></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">São Filipe Néri foi visitar a Irmã Escolástica, da Congregação de Santa Marta, que se julgava condenada, e disse-lhe:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">➖ O céu lhe pertence: ele é seu.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">➖ É impossível, senhor padre - disse ela.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">➖ Aí está a sua loucura - respondeu o santo ➖ Por quem morreu Jesus?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">➖ Pelos pecadores.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">➖ Pois bem, a senhora é uma grande pecadora e Jesus morreu para salvá-la; portanto, o céu é seu.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><b><span style="color: #2b00fe; font-family: verdana; font-size: large;">308. DEUS EXISTE</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Tornou-se muito conhecido nos Estados Unidos o ateu <i>Whitney</i>. Encontrando-se, últimamente, num hotel de <i>Baltimore</i> em companhia de alguns amigos, começaram a falar de assuntos religiosos. <i>Whitney</i> negou impiamente a existência de Deus, e acrescentou: 'Vou provar-vos claramente que Deus não existe. Exijo que o assim chamado Todo-Poderoso me mate imediatamente; não o fará porque não existe'.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Apenas o ateu atinha pronunciado essa blasfêmia e já caiu por terra. Os amigos acudiram, mas em vão. O homem estava morto. A morte trágica desse ateu causou por toda a parte uma terrível impressão (N. Y. H., 1904).</span></div><p style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><b><span style="color: #2b00fe; font-family: verdana; font-size: large;">309. NAPOLEÃO E LAPLACE</span></b></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O imperador <i>Napoleão I</i> perguntou um dia ao ímpio astrônomo <i>Laplace</i> se admitia a existência de Deus. <i>Laplace</i> respondeu: 'Estudei e observei minuciosamente o firmamento e não encontrei Deus'. Napoleão acertadamente observou: 'Coisa estranha! Se encontro uma obra de arte, suponho um artista, e se contemplo o universo, essa obra tão maravilhosa em si e em todas as suas partes, digo a mim mesmo: Deve ser obra de um artista que é tanto mais superior que o universo, pois sobrepuja tôdas as obras-primas feitas pelos homens. Uma máquina pressupõe o engenheiro, uma casa um construtor, o relógio um relojoeiro... A simples razão nos diz isto, e não é preciso ser grande sábio para possuir um tal conhecimento'.</span></div><p style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><b><span style="color: #2b00fe; font-family: verdana; font-size: large;">310. A GRATIDÃO PARA COM DEUS</span></b></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A venerável <i>Amélia de Vannes</i> tinha o santo costume de elevar o seu espírito a Deus. Vendo um cão, por exemplo, ela fazia esta consideração: Este animal é amigo do homem; fiel e grato, acompanha-o sempre, faz-lhe festa, retribui com carícias o bom trato que se lhe dá. O homem, porém, que recebe de Deus benefícios sem conta, benefícios a cada instante - o homem, pela salvação do qual Deus deu seu Filho Unigênito, muitas vêzes se esquece de agradecer ao seu supremo benfeitor. Se toma um alimento, não se lembra de quem o deu; se se entrega ao repouso, nenhuma palavra de gratidão pelos benefícios que recebeu no decorrer do dia. O cão, o animal grato, envergonha o homem ingrato e mal agradecido.</span></div><div style="font-family: "Times New Roman", Times, FreeSerif, serif; font-size: 16px; text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;"><div><span style="font-family: verdana; text-align: start;">(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos', do Pe. Francisco Alves, 1958; com adaptações)</span></div><p style="text-align: left;"><span style="background-color: white; font-family: "Times New Roman", Times, FreeSerif, serif;"></span></p><div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">ver PÁGINAS:</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><span face=""verdana" , sans-serif"> </span><a href="http://www.sendarium.com/p/1.html" target="_blank"><b>TESOURO DE EXEMPLOS I (1 a 200)</b></a></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"> </span><a href="http://www.sendarium.com/p/tesouro-de-exemplos-ii.html" style="font-family: verdana;" target="_blank"><b>TESOURO DE EXEMPLOS II (201...)</b></a></div></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b style="color: #0c343d; font-family: verdana;"><a href="https://www.sendarium.com/2020/02/indulgencia-plenaria-das-sextas-feiras.html"><span style="font-size: large;">Indulgência Plenária das Sextas-Feiras da Quaresma</span></a></b></div></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-80244662436867383582024-03-07T23:24:00.001-03:002024-03-07T23:24:31.404-03:00FRASES DE SENDARIUM (XXIV)<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb4ELrQpLIWBnkRctG6h2_gL6TphNiM3lg8fMmb6Xoq7bEeWGazQoflFbmjdIer4xyccO1qcuwzO5QuYjtmz_LrOJmNjhueEdTMWt5GmTxTDCuhUoLXwEMe_o8W3M1zfaoJYgmIBRDameiFw2sH_iKqhhb9sRNgFvLQndc4tb-M3R570f-62wUvyrv4Ec/s622/zz19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="622" data-original-width="419" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb4ELrQpLIWBnkRctG6h2_gL6TphNiM3lg8fMmb6Xoq7bEeWGazQoflFbmjdIer4xyccO1qcuwzO5QuYjtmz_LrOJmNjhueEdTMWt5GmTxTDCuhUoLXwEMe_o8W3M1zfaoJYgmIBRDameiFw2sH_iKqhhb9sRNgFvLQndc4tb-M3R570f-62wUvyrv4Ec/s16000/zz19.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;"><em><b><span style="color: #003300; font-family: verdana; font-size: large; font-style: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">'Que a espada do
espírito, que é a Palavra de Deus, permaneça perpetuamente em nossa boca e em
nosso coração' </span></b></em></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;"><em><b><span style="color: #003300; font-family: "Georgia",serif; font-style: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">(Santa Teresa de Jesus)</span></b></em><em><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-style: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></em></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #6aa84f; font-family: verdana; font-size: large;"><b>'Ó Deus, cria em mim um coração puro, renova um espírito firme em meu peito; não me rejeites para longe de tua face, não retires de mim teu santo espírito'</b></span></div><p></p>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-68294260561722482832024-03-06T07:40:00.000-03:002024-03-06T07:40:54.069-03:00SOBRE A SABEDORIA ETERNA<div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFKUQdkD_BMFwHHl2QeLtE6XtbbZ0BITlLbZ2pALFYOFjhppOPbZsFLzQu-VCuWjQWyVEYcx2KZszdkff2T4S42suk-Bpsf_Pf0j1U_Mr_e1QTv15zUuXC-BsOGIrCqHwvmrkF8cL-d9ROqWd9DoY99BKJb7m43O3QXIEYLV_cevFiZPZV3Cl9JMQPkeI/s555/zz18.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="555" data-original-width="407" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFKUQdkD_BMFwHHl2QeLtE6XtbbZ0BITlLbZ2pALFYOFjhppOPbZsFLzQu-VCuWjQWyVEYcx2KZszdkff2T4S42suk-Bpsf_Pf0j1U_Mr_e1QTv15zUuXC-BsOGIrCqHwvmrkF8cL-d9ROqWd9DoY99BKJb7m43O3QXIEYLV_cevFiZPZV3Cl9JMQPkeI/s16000/zz18.jpg" /></a></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: large;">Ouvi, pois, ó reis, e entendei; aprendei vós que governais o universo!</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Prestai ouvidos, vós que reinais sobre as nações e vos gloriais do número de vossos povos!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Porque é do Senhor que recebestes o poder, e é do Altíssimo que tendes o poderio; é ele que examinará vossas obras e sondará vossos pensamentos!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Se, ministros do reino, vós não julgastes equitativamente, nem observastes a Lei, nem andastes segundo a vontade de Deus,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ele se apresentará a vós, terrível, inesperado, porque aqueles que dominam serão rigorosamente julgados.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ao menor, com efeito, a compaixão atrai o perdão, mas os poderosos serão examinados sem piedade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O Senhor de todos não fará exceção para ninguém, e não se deixará impor pela grandeza, porque, pequenos ou grandes, é ele que a todos criou, e de todos cuida igualmente;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">mas para os poderosos o julgamento será severo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">É a vós, pois, ó príncipes, que me dirijo, para que aprendais a sabedoria e não resvaleis,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">porque aqueles que santamente observarem as santas leis serão santificados, e os que as tiverem estudado poderão justificar-se.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ansiai, pois, pelas minhas palavras, reclamai-as ardentemente e sereis instruídos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Resplandecente é a sabedoria, e sua beleza é inalterável: os que a amam, descobrem-na facilmente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Os que a procuram encontram-na. Ela antecipa-se aos que a desejam.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Quem, para possuí-la, levanta-se de madrugada não terá trabalho, porque a encontrará sentada à sua porta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Fazê-la objeto de seus pensamentos é a prudência perfeita, e quem por ela vigia, em breve não terá mais cuidado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ela mesma vai à procura dos que são dignos dela; ela lhes aparece nos caminhos cheia de benevolência, e vai ao encontro deles em todos os seus pensamentos,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">porque, verdadeiramente, desde o começo, seu desejo é instruir, e desejar instruir-se é amá-la.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Mas amá-la é obedecer às suas leis, e obedecer às suas leis é a garantia da imortalidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ora, a imortalidade faz habitar junto de Deus;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">assim o desejo da sabedoria conduz ao Reino!</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">(Sb 6, 1-20)</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-38426444800160295672024-03-05T12:32:00.000-03:002024-03-05T12:32:37.469-03:00O MISTÉRIO DA QUARESMA<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Podemos estar certos de que um tempo tão sagrado como este da Quaresma é rico em mistérios. A Igreja fez dela um tempo de recolhimento e de penitência, em preparação para a maior de todas as suas festas; ela quis, portanto, introduzir nela tudo o que pudesse excitar a fé dos seus filhos e encorajá-los a realizar o árduo trabalho de expiação dos seus pecados. Durante a Septuagésima, tínhamos o número 'setenta', que nos recorda os setenta anos do cativeiro na Babilônia, após os quais o povo eleito de Deus, purificado da idolatria, deveria regressar a Jerusalém e celebrar a Páscoa. É o número 'quarenta' que a Igreja nos apresenta agora: um número, como observa São Jerônimo, que denota castigo e aflição.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Recordemos os quarenta dias e quarenta noites do dilúvio enviado por Deus na sua cólera, quando se arrependeu de ter feito o homem e destruiu todo o gênero humano, com exceção de uma família. Consideremos como o povo hebreu, em castigo da sua ingratidão, vagou quarenta anos no deserto, antes de lhe ser permitido entrar na terra prometida. Ouçamos o nosso Deus ordenar ao profeta Ezequiel que se deitasse quarenta dias sobre o seu lado direito, como uma figura do cerco que devia trazer a destruição a Jerusalém.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Há duas pessoas no Antigo Testamento que representam estas duas manifestações de Deus: Moisés, que tipifica a Lei; e Elias, que é a figura dos Profetas. A ambos é permitido aproximarem-se de Deus: o primeiro no Sinai, o segundo no Horeb; mas ambos têm de se preparar para o grande favor por meio de um jejum expiatório de quarenta dias.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Com estes fatos misteriosos diante de nós, podemos compreender porque é que o Filho de Deus, tendo-se feito Homem para a nossa salvação e querendo sujeitar-se à dor do jejum, escolheu o número de quarenta dias. A instituição da Quaresma é-nos assim apresentada com tudo o que pode impressionar o espírito pelo seu caráter solene e pelo seu poder de apaziguar Deus e purificar as nossas almas. Olhemos, portanto, para além do pequeno mundo que nos rodeia, e vejamos como todo o universo cristão está, neste preciso momento, a oferecer estes quarenta dias de penitência como um sacrifício de propiciação à Majestade ofendida de Deus; e esperemos que, como no caso dos ninivitas, Ele aceite misericordiosamente a oferta deste ano da nossa expiação, e perdoe os nossos pecados.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O número dos nossos dias de Quaresma é, pois, um mistério sagrado: aprendamos agora, pela liturgia, sob que luz a Igreja vê os seus filhos durante estes quarenta dias. Ela considera-os como um imenso exército que luta dia e noite contra os seus inimigos espirituais. Lembramo-nos de como, na Quarta-Feira de Cinzas, ela chama à Quaresma uma guerra cristã. Para que possamos ter essa novidade de vida, que nos tornará dignos de cantar de novo o nosso 'Aleluia', temos de vencer os nossos três inimigos: o demônio, a carne e o mundo. Somos companheiros de luta do nosso Jesus, pois também Ele se submeteu à tríplice tentação, que lhe foi sugerida por Satanás em pessoa. Por isso, devemos vestir a nossa armadura e vigiar incessantemente. E como é da maior importância que o nosso coração seja forte e corajoso, a Igreja nos dá um cântico de guerra feito pelo próprio Céu, que pode incendiar até os covardes com a esperança da vitória e a confiança na ajuda de Deus: é o <a href="https://www.sendarium.com/2020/03/salmo-91.html">Salmo 90</a>, inserido integralmente na missa do primeiro Domingo da Quaresma, e, em todos os outros dias, incorporando alguns dos seus versículos no ofício ferial.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Aí nos diz para confiarmos na proteção com que o nosso Pai celeste nos cobre, como com um escudo; para esperarmos ao abrigo das suas asas; para termos confiança n'Ele, pois que nos livrará do laço do caçador, que nos roubou a santa liberdade dos filhos de Deus; contar com o socorro dos santos anjos, que são nossos irmãos, a quem nosso Senhor encarregou de nos guardar em todos os nossos caminhos, e que, quando Jesus permitiu que Satanás o tentasse, foram as testemunhas adoradoras do seu combate, e se aproximaram dele, depois da sua vitória, oferecendo-lhe o seu serviço e homenagem. Absorvamos bem estes sentimentos com que a Igreja quer que nos inspiremos; e, durante as nossas seis semanas de jornada, repitamos muitas vezes este admirável cântico, que tão bem descreve o que os soldados de Cristo devem ser e sentir nesta época da grande guerra espiritual.</span></div><div><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">(Excertos da obra 'O Ano Litúrgico" de Dom Gueranger)</span></div></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-64279967531085311082024-03-04T14:54:00.000-03:002024-03-04T14:54:12.099-03:00PALAVRAS DE SALVAÇÃO<div style="text-align: justify;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-W3_kMdfiZqY/Wqf8ZiFnDtI/AAAAAAAAHI8/kF3VvVoaDmAz0wE5d2sqdu48eWCkyQhZgCLcBGAs/s1600/20.jpg" style="clear: left; display: inline; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="199" src="https://4.bp.blogspot.com/-W3_kMdfiZqY/Wqf8ZiFnDtI/AAAAAAAAHI8/kF3VvVoaDmAz0wE5d2sqdu48eWCkyQhZgCLcBGAs/s1600/20.jpg" /></a><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div>'Não é preciso fazer penitências extraordinárias [para se tomar a cruz e seguir Jesus]. Basta que suportemos com paciência as tribulações cotidianas de nossa mísera vida imperfeita: as incompreensões, as ingratidões, as humilhações, os sofrimentos causados pela mudança das estações e pelo ambiente em que vivemos. Isso tudo conforma a cruz que o pecado nos coloca sobre os ombros e que Deus permite para a nossa redenção'.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">(São Leopoldo Mandic)</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-14456979683083807552024-03-03T11:30:00.001-03:002024-03-03T11:32:35.824-03:00EVANGELHO DO DOMINGO<p style="text-align: center;"> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-tbZEJkzJ76A/XUi2AzermwI/AAAAAAAAIZ0/8GA5_FkIUWwVYI3n-HU7Jy4G-nZz1P2SgCLcBGAs/s1600/ZZ80.jpg" style="font-family: verdana; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="418" data-original-width="376" src="https://1.bp.blogspot.com/-tbZEJkzJ76A/XUi2AzermwI/AAAAAAAAIZ0/8GA5_FkIUWwVYI3n-HU7Jy4G-nZz1P2SgCLcBGAs/s1600/ZZ80.jpg" /></a></p><div><div style="text-align: center;"><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;">'Senhor, tens palavras de vida eterna'</span></b><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;"> </span></b><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;">(Sl 18)</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b><span style="color: #cc0000; font-size: medium;">Primeira Leitura (Êx 20,1-17</span></b><b><span style="color: #cc0000; font-size: medium;">) - Segunda Leitura (1Cor 1,22-25) - Evangelho (Jo 2,13-25)</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b style="color: #2b00fe; font-family: verdana; text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"> 03/03/2024 - Terceiro Domingo da Quaresma</span></b></div></div><p style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: verdana;"><span><b style="color: purple;"><span>14.</span><span> A EXPULSÃO DOS VENDILHÕES DO TEMPLO</span></b></span></span></span></p><div style="text-align: center;"><div style="text-align: start;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="font-family: "times new roman";"><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRXuh_ZZ9QxI4MEDxcZ9zmXYY1XIr3MDYpTqGSRYj18zJjcdB8yP7DG6VOEUx3YoozcOZ7AJkt6z7aZhyphenhyphenYi0LF0LhMjcn3y9rr7na24xi4_E8A3kogjxCc4LEopON8PmToJSEpDXxY7PETv6ANHrct76j55tTRrZklnuMPUgLbS1m66JjEtxrBjZ7Jfkc/s800/4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="600" height="497" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRXuh_ZZ9QxI4MEDxcZ9zmXYY1XIr3MDYpTqGSRYj18zJjcdB8yP7DG6VOEUx3YoozcOZ7AJkt6z7aZhyphenhyphenYi0LF0LhMjcn3y9rr7na24xi4_E8A3kogjxCc4LEopON8PmToJSEpDXxY7PETv6ANHrct76j55tTRrZklnuMPUgLbS1m66JjEtxrBjZ7Jfkc/w373-h497/4.jpg" width="373" /></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div><div style="font-family: "times new roman";"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Neste domingo, o Evangelho nos mostra Jesus manifestando aos ímpios a ira santa de Deus. Há pouco, ocorrera o milagre das Bodas de Caná; estava próxima a Páscoa e, em perfeita conformidade à lei judaica, Jesus também viera visitar o Templo em Jerusalém. E ali, num ambiente tomado por uma completa profanação do espaço sagrado, Jesus expulsa os vendilhões do templo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Tomado de santo furor, diante a balbúrdia e o tumulto dos homens que profanavam o santuário de Deus, Jesus faz um chicote de cordas e os expulsa com peremptória indignação: 'Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!' (Jo 2, 16). Aquelas mãos divinas, consumidas em tantos atos de perdão e de misericórdia, tecem agora um chicote! E, com ele em mãos, golpeia e desmantela as bancas e as mesas, espanta vendedores e cambistas, afugenta os animais em correria, esparrama objetos, moedas e víveres pelo chão, movido por uma indignação e um zelo extremos pela profanação do sagrado. O que deve ter sido este cenário!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Paralisados e tomados de pavor, aqueles homens que se atropelam para fugir diante de Jesus e da profanação revelada, ainda ousam pedir um sinal ao Senhor por tais ações. E Jesus lhes dá a resposta pela revelação do mistério da ressurreição do seu corpo, templo perfeitíssimo de Deus: 'Destruí este Templo, e em três dias o levantarei' (Jo 2, 19). Jesus não falava do templo físico, mas do templo espiritual que habita em nós, e que contém em plenitude o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Senhor. O primeiro será destruído, porque não era santo. O segundo, por méritos e graças do Salvador, nos abriu as portas da redenção e da eternidade com Deus: 'Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele' (Jo 2, 22).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O episódio da expulsão dos vendilhões do Templo deveria nos alertar duramente sobre o rigor da Justiça Divina, diante o pecado e a perda de referência ao culto do sagrado. Ai daqueles que, usurpando da graça do livre arbítrio, negam a sua realidade espiritual e convertem as suas vidas em construir templos de barro e produzir frutos sazonais, ditados apenas pelos interesses humanos. Serão réus e depositários da santa ira de Deus, porque 'se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo e vós sois esse santuário' (1 Cor 3, 17).</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-77510744480285682972024-03-02T17:10:00.004-03:002024-03-02T22:06:45.782-03:00QUAL FOI O DIA MAIS IMPORTANTE DA SUA VIDA?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Uma vida tem muitas vidas juntas</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">feitas de dias que parecem repetir cada vez mais depressa</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">de acontecimentos bons e ruins</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">que podem mudar o rumo ou o porto de chegada</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">num minuto,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">num segundo talvez.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Quando você fez (fizer) 40 anos, você completou (completará) 14610 dias de vida</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">e, para sermos rigorosos, talvez 9740 dias de plena consciência</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">porque os outros 4870* dias você estava provavelmente dormindo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ainda assim, é bastante tempo, são muitos dias...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">No tempo de uma vida, no tempo de sua vida,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Qual foi o dia mais importante da sua vida?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O dia em que você nasceu e que você comemora em aniversários de um dia?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O dia do seu casamento?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Quem sabe o dia em que nasceu o seu primeiro (a) filho (a)?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O dia da sua formatura? O dia em que você renasceu após um acidente?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Todos certamente são dias felizes</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">e certamente também, devem ter muitos outros até aqui... </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Tantos dias felizes que você teria dificuldade de lembrar</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">porque foram apenas dias felizes</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">perdidos nas memórias perdidas da infância e da mocidade</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Dias sem dor, sofrimento, doença, cansaço, aborrecimentos,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">dias sem intempéries ou problemas,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">dias cotidianos, serenos... belos dias esquecidos...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Dos dias amargos, você tem memória de elefante não é?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Rememorando o que não leva a nada</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">e carregando pedras que deveriam ter ficado no caminho... </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Todos estes dias, por mais especiais que tenham sido,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">foram apenas dias da vida que se leva.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O dia mais importante da sua vida - considera bem isso -</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">foi o dia do seu batismo</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">porque, neste torpor de dias que nós chamamos vida,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Deus, neste dia, neste abençoado e santo dia,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">fez de você cidadão do céu</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">e lhe concedeu a eternidade dos dias,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">infinitamente mais felizes que os dias felizes</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">que você ainda hoje chama de seus. </span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">(Arcos de Pilares)</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">* considerando um tempo de sono médio de 8h/dia, passamos 1/3 das novas vidas dormindo...</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-73477840312134829742024-03-01T08:56:00.018-03:002024-03-01T09:05:00.137-03:00O DOGMA DO PURGATÓRIO (LXXVI)<p style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-WXwhPHwDaF0/YF4Zu67-8WI/AAAAAAAAKQU/bDRthYLGPIQtUh9tTsicVknLc4_8y6GvgCLcBGAsYHQ/s807/ZZ102.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="321" data-original-width="807" height="255" src="https://1.bp.blogspot.com/-WXwhPHwDaF0/YF4Zu67-8WI/AAAAAAAAKQU/bDRthYLGPIQtUh9tTsicVknLc4_8y6GvgCLcBGAsYHQ/w640-h255/ZZ102.jpg" width="640" /></a></p><div style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Capítulo LXXVI</span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Razões para o Socorro às Santas Almas - A Controvérsia entre o Irmão Bento e o Irmão Bertrand</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Quando exaltamos tanto os méritos da oração pelos falecidos, não concluímos de forma alguma que outras boas obras devam ser omitidas, pois todas as outras boas obras devem ser exercidas de acordo com o tempo, o lugar e as circunstâncias. A única intenção que tínhamos em vista era dar uma ideia correta da misericórdia para com os falecidos e inspirar nos outros o desejo de a praticarem. Além disso, as obras espirituais de misericórdia, que têm por objetivo a salvação das almas, são todas de igual excelência, e é apenas em certos aspectos que podemos colocar a assistência aos mortos acima do zelo pela conversão dos pecadores.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Nas Crônicas dos Frades Pregadores (<i>cf Rossign., Merv. I</i>), conta-se que surgiu uma controvérsia bastante intensa entre dois religiosos dessa Ordem, o <i>Irmão Bento</i> e o <i>Irmão Bertrand</i>, a propósito dos sufrágios pelos defuntos. O motivo foi o seguinte: O <i>Irmão Bertrand</i> celebrava frequentemente a Santa Missa pelos pecadores e rezava continuamente pela sua conversão, impondo a si mesmo as mais severas penitências; mas raramente era visto a rezar a missa de exéquias pelos defuntos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O <i>Irmão Bento</i>, que tinha grande devoção pelas almas do Purgatório, tendo notado esta conduta, perguntou-lhe porque agia assim. 'Por que' - respondeu ele - 'as almas do Purgatório estão seguras da sua salvação, enquanto os pecadores estão continuamente expostos ao perigo de cair no inferno. Que condição mais deplorável do que a de uma alma em estado de pecado mortal? Ela está em inimizade com Deus, presa nas correntes do demônio, suspensa sobre o abismo do inferno pelo frágil fio da vida, que pode romper-se a qualquer momento. O pecador caminha no caminho da perdição; se continuar a avançar, cairá no abismo eterno. Devemos, portanto, ir em seu auxílio e preservá-lo desta que é a maior das desgraças, trabalhando pela sua conversão. Aliás, não foi para salvar os pecadores que o Filho de Deus veio à terra e morreu numa cruz? São Dênis assegura-nos também que a mais divina de todas as coisas divinas é trabalhar com Deus para a salvação das almas. No que diz respeito às almas do Purgatório, elas estão seguras, a sua salvação eterna está assegurada. Sofrem, são vítimas de grandes tormentos, mas não têm nada a temer do inferno, e os seus sofrimentos terão um fim. As dívidas que contraíram diminuem todos os dias e em breve gozarão da luz eterna; enquanto os pecadores são continuamente ameaçados com a condenação, a mais terrível desgraça que pode acontecer a uma das criaturas de Deus'.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">'Tudo o que disseste é verdade' - respondeu o Irmão Bento - 'mas há uma outra consideração a fazer. Os pecadores são escravos de Satanás, por sua própria vontade. Seu jugo é de sua própria escolha, eles poderiam quebrar suas correntes se quisessem; enquanto as pobres almas no Purgatório podem apenas suspirar e implorar a assistência dos vivos. A eles é impossível romper os grilhões que as prendem às chamas torturantes. Suponhamos que encontrásseis dois mendigos, um doente, aleijado e desamparado, absolutamente incapaz de ganhar o seu sustento; o outro, ao contrário, embora em grande aflição, jovem e vigoroso; qual dos dois mereceria a maior parte da vossa esmola?' 'Certamente o que não podia trabalhar' - respondeu o <i>Irmão Bertrand</i>.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">'Pois bem, meu caro padre - continuou o <i>Irmão </i><i>Bento</i> - 'é exatamente o que se passa com os pecadores e as almas santas. Elas não mais podem ajudar a si próprias. O tempo da oração, da confissão e das boas obras já passou para elas; só nós podemos aliviá-las. É verdade que mereceram estes sofrimentos como castigo pelos seus pecados, mas agora lamentam e detestam esses pecados. Eles estão na graça e amizade de Deus; enquanto os pecadores são agora os seus inimigos. É certo que devemos rezar pela sua conversão, mas sem prejuízo do que devemos às almas sofredoras, tão caras ao coração de Jesus. Tenhamos compaixão dos pecadores, mas não nos esqueçamos de que eles têm todos os meios de salvação à sua disposição; devem romper os laços do pecado e fugir do perigo de condenação que os ameaça. Não parece evidente que as almas sofredoras têm mais necessidade e merecem uma parte maior da nossa caridade?'</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><div><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Apesar da força desses argumentos, o <i>Irmão Bertrand</i> persistiu em sua opinião inicial. Então, na noite seguinte, ele vivenciou a aparição de uma alma do Purgatório, que o fez experimentar, por um curto espaço de tempo, a dor que ela mesma suportava. Esse sofrimento era tão atroz que parecia impossível suportá-lo. Então, como diz Isaías, a tortura deu-lhe o entendimento: <i>vexatio intellectum dabit</i> (Is 28,19) e convenceu-se de que devia fazer mais pelas almas sofredoras. Na manhã seguinte, cheio de compaixão, subiu os degraus do altar, vestido de preto, e ofereceu o Santo Sacrifício pelas almas dos falecidos.</span></div><div><br /></div><div><div><span style="font-family: verdana;">Tradução da obra: 'Le Dogme du Purgatoire illustré par des Faits et des Révélations Particulières', do teólogo francês François-Xavier Schouppe, sj (1823-1904), 342 p., tradução pelo autor do blog.</span></div></div></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #0c343d; font-family: verdana; font-size: large;"><b><a href="https://www.sendarium.com/p/devocao-das-nove-primeiras-sextas-feiras.html">Primeira Sexta-Feira do Mês</a></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #0c343d; font-family: verdana; font-size: large;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #0c343d; font-family: verdana; font-size: large;"><b><a href="https://www.sendarium.com/2020/02/indulgencia-plenaria-das-sextas-feiras.html">Indulgência Plenária das Sextas-Feiras da Quaresma</a></b></span></div></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-64244220808074978822024-02-29T09:38:00.002-03:002024-02-29T09:38:28.175-03:00SOBRE A FÉ E A INCREDULIDADE<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">1. 'E imediatamente Jesus estendeu a mão e o apoiou, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?' (Mt 14, 31)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">2. 'Em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Sê removido e lançado ao mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, isso lhe será concedido' (Mc 11, 23)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">3. 'Mas peça com fé, sem duvidar; porque quem duvida é como a onda do mar, levada pelo vento e lançada de um lugar para outro' (Tg 1, 6)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">4. 'Mas, aquele que come apesar de suas dúvidas, condena-se, por não se guiar pela convicção. Tudo o que não procede da convicção é pecado' (Rm 14, 23)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: start;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">5. 'Ele não confia nem nos seus próprios servos; até mesmo nos seus anjos encontra defeito'<span style="color: #444444;"><span style="background-color: white;"> </span></span><span style="text-align: justify;">(Jó 4, 18)</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">6. 'Eis que Deus não confia nos seus santos, nem os céus são puros aos seus olhos' (Jó 15, 15)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">7. 'Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem e faz da carne a sua força, e o seu coração se afasta do Senhor' (Jr 17,5)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">8. 'É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem' (Sl 118,8)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">9. 'Não confieis em príncipes, nem no filho do homem em quem não há salvação' (Sl 146,3)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">10. 'Portanto, quem crê que está de pé , tenha cuidado para não cair' (1Cor 10,12)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">11. 'Portanto, amados, sabendo disso de antemão, tenham cuidado, para que, levados pelo erro de homens licenciosos, vocês não caiam da sua firmeza' (2Pd 3,17)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">12. 'Amados, não acrediteis em todo espírito, mas provai os espíritos para ver se eles vêm de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo' (1Jo 4,1) </span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-64207687352545222024-02-28T07:48:00.000-03:002024-02-28T07:48:01.522-03:00FRASES DE SENDARIUM (XXIII)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixIipdzpiTtMleJSPHRAP-BZgJRsy0lSvj3MfdX5c4ASdkt_lsDZy5-oUhAAagSI_CH_d9daJiJnTvAipLAtBa5HgifFLHoi3u5v_B823L4IygFic_BqIcyRH6od4A9tFABUVZmfF9xATXgxUEXQ2JXUjzUQF86gP2O9SMhhTBkU2LFsfPQrHgwZMdMLw/s549/zz17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="549" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixIipdzpiTtMleJSPHRAP-BZgJRsy0lSvj3MfdX5c4ASdkt_lsDZy5-oUhAAagSI_CH_d9daJiJnTvAipLAtBa5HgifFLHoi3u5v_B823L4IygFic_BqIcyRH6od4A9tFABUVZmfF9xATXgxUEXQ2JXUjzUQF86gP2O9SMhhTBkU2LFsfPQrHgwZMdMLw/s16000/zz17.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13; font-family: verdana; font-size: large;"><b>'A humildade é o primeiro degrau da escada da sabedoria'</b></span></div><div style="text-align: right;"><span style="color: #38761d; font-family: verdana;"><b>(São Tomás de Aquino)</b></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #134f5c; font-family: verdana; font-size: large;"><b>Eis a nossa identidade como filhos de Deus no mundo: a humildade como armadura, a caridade como bagagem, a fé como único tesouro...</b></span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-10082679067685566322024-02-27T10:36:00.001-03:002024-02-27T10:37:35.943-03:00SERMÕES DO CURA D'ARS (XVII)<div style="text-align: justify;"><p style="text-align: left;"> <b style="font-size: x-large;">SOBRE O ARREPENDIMENTO</b></p><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><span><i><span> </span></i></span><i style="text-align: justify;">'Ai de mim, que tanto pequei durante a minha vida'</i></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana; text-align: justify;">(</span><span style="font-family: verdana; text-align: justify;">Confissões, de Santo Agostinho)</span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="clear: left; float: left; font-family: verdana; font-size: large; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-KFpUwoUC6_Y/UED3iEVGv5I/AAAAAAAAARY/nxaGoGCkMEM/s379/cura.jpg" width="268" /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Assim falava Santo Agostinho, quando pensava na sua vida de outrora, que tinha passado incessantemente no vício abominável da impureza. Sempre que o pensamento lhe ocorria, seu coração era dilacerado e devorado pelo arrependimento. 'Ó meu Senhor' - exclamava ele - 'eu vivi sem vos amar; ó meu Senhor, quantos anos preciosos eu perdi! Dignai-vos, Senhor, imploro-vos, apagar da vossa memória as minhas faltas passadas!' Ó lágrimas preciosas, ó contrição salutar, que fizeram de um tão grande pecador um tão grande santo!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Quão depressa um coração verdadeiramente contrito recupera a amizade de Deus! Ah, quem dera a Deus que, cada vez que deixamos passar os nossos pecados diante dos olhos da nossa mente, pudéssemos dizer com o arrependido Santo Agostinho: 'Ai de mim! Pequei muito durante a minha vida; tende piedade de mim, Senhor!' Como mudaríamos rapidamente o nosso modo de vida! Sim, meus irmãos, confessemos todos nós, aqui presentes, com o mesmo fervoroso arrependimento e sinceridade, que somos grandes pecadores que merecem experimentar toda a ira de Deus. E louvemos a infinita misericórdia de Deus, que nos dá abundantemente dos seus tesouros para nos consolar na nossa miséria.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Se os nossos pecados foram tão grandes e a nossa vida tão dissoluta, temos a certeza do seu perdão, se seguirmos o exemplo do filho pródigo e nos lançarmos com o coração contrito aos pés do melhor dos pais. Deixem-me mostrar-vos, meus amigos cristãos, que o nosso arrependimento deve ter esta qualidade antes de poder obter o perdão dos nossos pecados: O pecador deve, em consequência do seu arrependimento, odiar sinceramente os seus pecados e detestá-los.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Para vos fazer compreender plenamente o que significa o arrependimento, ou seja, a dor que os nossos pecados devem causar à nossa consciência, eu teria de vos mostrar, por um lado, a aversão que o Senhor tem por eles e os tormentos que teve de sofrer para obter o perdão de Deus Pai e, por outro lado, as bênçãos que perdemos ao cometermos pecados e os males que trazemos sobre nós próprios no outro mundo; mas nenhum homem será capaz de compreender isto plenamente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Onde vos conduzirei, meus irmãos, para vos mostrar esse arrependimento? Para a solidão do deserto, talvez, onde tantos santos passaram vinte, trinta, quarenta, cinquenta ou mesmo oitenta anos de suas vidas, lamentando faltas que não eram faltas aos olhos do mundo. Não, o vosso coração não se comoveria com estas coisas. Ou conduzir-vos-ei à entrada do inferno, para que possais ouvir os gritos e uivos tristes, e o ranger de dentes, causados pelo arrependimento dos seus pecados; mas, embora amarga e difícil de suportar, a sua dor e arrependimento são inúteis. Não, meus irmãos, não aprenderíeis aqui o verdadeiro arrependimento que deveríeis sentir pelos vossos pecados. Ó se eu pudesse levar-vos ao pé da cruz que ainda está avermelhada com o precioso Sangue de nosso Senhor, derramado para lavar os nossos pecados! Se eu pudesse levar-vos àquele jardim de dor, onde nosso Senhor derramou pelos nossos pecados, não lágrimas comuns, mas sangue, que fluiu de todos os poros do seu corpo! Se eu pudesse mostrar-vos Jesus carregando a cruz, cambaleando pelas ruas de Jerusalém, a cada passo tropeçando e sendo impelido aos pontapés. Ah se eu pudesse levar-vos ao Monte Calvário, onde Nosso Senhor morreu, por causa da nossa salvação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Mas mesmo que eu pudesse fazer tudo isso, seria necessário que Deus vos desse a graça de inflamar no vosso coração o amor ardente de um São Bernardo, que se desfazia em lágrimas só de ver a cruz. Que belo e precioso arrependimento, como é feliz aquele que te guarda no seu coração! Mas a quem me dirijo: onde está aquele que o sente no seu coração? Ai de mim, não sei. Será ao pecador obstinado que abandonou o seu Deus e negligenciou a sua alma durante vinte ou trinta anos? Não, isso seria como tentar amolecer uma pedra deitando-lhe água em cima. Ou para aquele cristão que negligenciou missões, deixou de orar e desprezou as admoestações de seu conselheiro espiritual? Não, isso seria como tentar aquecer a água adicionando gelo sobre ela. Ou, talvez, para aquelas pessoas que se sentem satisfeitas se cumprirem seu dever pascal, e então, ano após ano, continuam no mesmo curso pecaminoso de vida? Não, essas são as vítimas que são engordadas para servirem de alimento às chamas eternas. Ou para os cristãos que comungam todos os meses e voltam a cair nos seus pecados todos os dias? Não, porque são como os cegos, que não sabem o que fazem, nem o que devem fazer.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A quem me hei de me dirigir então? Infelizmente não sei. Ó meu Senhor, onde é que o vou procurar, onde é que o vou encontrar? Sim, meu Senhor, eu sei de onde vem e quem o dá. Vem do céu, e Vós o concedeis, Senhor. Meu Senhor, nós Vos suplicamos, concedei-nos o arrependimento que esmaga e devora o nosso coração; este belo arrependimento que desarma a justiça de Deus e transforma uma eternidade de miséria em felicidade eterna. Ó bela virtude, como és necessária, e como é raro encontrá-la! E, no entanto, sem ela não há perdão, não há céu e, mais do que isso, sem ela tudo é em vão: penitência, caridade, esmola ou qualquer outra coisa que possamos fazer para ganhar a recompensa eterna.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Mas podemos perguntar: O que significa essa palavra 'arrependimento' e como podemos saber se o temos ou não? Meus irmãos, se me ouvirem, explicar-lhes-ei como podem saber se o têm ou não, e se não o têm, como podem obtê-lo. Se me perguntardes o que é o arrependimento, dir-vos-ei que é uma angústia da alma e um detestar do pecado passado, e uma firme resolução de nunca mais pecar. Sim, meus irmãos, esta é a mais importante de todas as condições que Deus impõe antes de perdoar os nossos pecados, e nunca pode ser dispensada. Uma doença que nos priva da fala, pode dispensar-nos da confissão; uma morte súbita pode dispensar-nos da necessidade de dar satisfação pelos nossos pecados durante a vida, mas com o arrependimento é diferente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Sem ele, é impossível, absolutamente impossível, obter o perdão. Sim, meus irmãos, devo dizer com profundo pesar que a falta de arrependimento é a causa de um grande número de confissões e comunhões sacrílegas, e o que é ainda mais de lamentar é a circunstância de muitos não se aperceberem do triste estado em que se encontram, e viverem e morrerem nele. Ora, meus amigos, se tivermos a infelicidade de esconder um pecado na confissão, esse pecado está constantemente diante dos nossos olhos como um monstro que ameaça devorar-nos, e faz com que nos confessemos de novo em breve, para nos libertarmos dele. Mas é diferente com o arrependimento; confessamo-nos, mas o nosso coração não participa na acusação que fazemos contra nós próprios. Aproximamo-nos do Santo Sacramento com um coração tão frio, insensível e indiferente, como se estivéssemos a praticar um ato indiferente e sem consequências.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Assim vivemos de dia para dia, de ano para ano, até nos aproximarmos da morte, quando esperamos encontrar alguma coisa que nos tenha honrado, mas só descobrimos os sacrilégios que cometemos com as nossas confissões e comunhões. Ó meu Deus, quantos cristãos há que, na hora da morte, só descobrirão confissões inválidas! Mas não vou aprofundar mais este assunto, com receio de vos assustar e, no entanto, deveríeis ser levados à beira do desespero, para que parásseis imediatamente e melhorásseis a vossa condição agora mesmo, em vez de esperardes até ao momento em que reconhecereis a vossa condição, e em que será demasiado tarde para a melhorar. Mas continuemos com a nossa explicação, e logo sabereis, meus irmãos, se tivestes o arrependimento em todas as vossas confissões, que é tão absolutamente necessário para o perdão dos pecados.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Eu disse que o arrependimento é uma angústia de alma. É absolutamente necessário que um pecador chore pelos seus pecados, quer neste mundo, quer no outro. Neste mundo, podemos apagar os nossos pecados através do arrependimento, mas não no outro. Devemos estar muito gratos ao nosso querido Senhor pelo fato de a angústia da nossa alma ser suficiente para que Ele a deixe ser seguida de uma alegria eterna, em vez de nos fazer sofrer esse arrependimento eterno e essas terríveis torturas que seriam o nosso destino na outra vida, isto é, o inferno. Ó meu Deus, com quão pouco Te satisfazes!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Deixai-me dizer-vos que esta angústia de alma deve ter quatro qualidades; se faltar uma delas, não podemos obter o perdão dos nossos pecados. Não é necessário que se manifeste necessariamente em lágrimas; elas são boas e úteis, mas não são essenciais. É um fato que, quando São Paulo e o ladrão penitente se voltaram para Deus, não consta que tenham chorado, mas a sua angústia de alma era sincera. Não, meus amigos, não deveis confiar apenas nas lágrimas. Elas são muitas vezes enganadoras, e muitas pessoas choram no confessionário e voltam a cair no mesmo pecado na primeira oportunidade. A angústia de alma que Deus exige de nós é como aquela de que fala o profeta: 'Rasgai o vosso coração e não as vossas vestes. Um sacrifício a Deus é um espírito aflito; um coração contrito e humilde, ó Deus, não desprezarás'.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Por que Deus exige que o nosso coração sinta esta angústia? Porque é no coração que cometemos os nossos pecados. 'É no coração' - diz o Senhor - 'que têm origem todos os maus pensamentos, todos os desejos pecaminosos'. Portanto, se o nosso coração é culpado, o coração deve sofrer, ou Deus nunca nos perdoará. A segunda qualidade desta angústia que devemos sentir pelos nossos pecados é que ela deve ser sobrenatural; isto é, deve ser provocada pelo Espírito Santo e não por causas naturais. Preocupar-se com um pecado que cometemos, porque ele nos excluiria do paraíso e nos levaria ao inferno, é um motivo sobrenatural, do qual o Espírito Santo é o originador, e levará ao verdadeiro arrependimento. Mas preocupar-se com um pecado por causa da vergonha que será a consequência, ou da desgraça que ele nos causará, isso é meramente uma tristeza natural, que não merece perdão. É perfeitamente claro, então, que a angústia de alma causada por nossos pecados deve surgir de nosso amor a Deus e nosso medo de seu castigo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Aquele que, em seu arrependimento, só pensa em Deus, sente um arrependimento perfeito. Mas aquele que só se arrepende dos seus pecados apenas por causa dos castigos temporais que eles lhe trarão, não tem um arrependimento correto e não tem justificação para esperar o perdão dos seus pecados. A terceira qualidade do arrependimento é que ele deve ser ilimitado, ou seja, a angústia que ele provoca deve ser maior do que qualquer outra tristeza, como, por exemplo, pela perda de nossos pais, ou de nossa saúde, ou em geral pela perda de qualquer coisa que nos é mais cara nesta vida. A razão pela qual a nossa dor deve ser tão grande é porque deve ser equivalente à perda que nos causará e à desgraça que nos trará após a nossa morte. Imaginai, pois, quão grande deve ser a nossa angústia por um pecado que nos priva de todas as glórias do céu, afasta de nós o nosso querido Senhor e nos lança no inferno, que é a maior de todas as desgraças.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Mas, perguntareis, como poderemos saber se possuímos este verdadeiro arrependimento? Nada é mais fácil. Se estiverdes verdadeiramente arrependidos, não agireis nem pensareis como dantes, mudareis completamente o vosso modo de vida; odiareis o que amastes e amareis o que desprezastes e evitastes. Por exemplo, se tiverdes de confessar que, no agir e no falar, éreis de temperamento apressado, sereis doravante notáveis pela vossa brandura de comportamento e pela vossa consideração para com todos. Não é preciso preocupar-se em saber se fez uma confissão perfeita, pois erros são facilmente cometidos, mas a consequência da sua confissão deve ser que as pessoas digam de você: 'Como ele mudou, não é o mesmo homem. Uma mudança maravilhosa se operou nele!' Ó meu Senhor, como são raras as confissões que provocam uma mudança tão grande! A quarta e última qualidade é que o arrependimento deve ser abrangente. Vemos na vida dos santos, no que diz respeito à abrangência do arrependimento, que não podemos receber o perdão de um pecado mortal, mesmo que nos tenhamos arrependido corretamente do mesmo, se não sentirmos o mesmo arrependimento por todos os nossos pecados mortais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A história fornece-nos um exemplo que nos mostra como os santos consideravam absolutamente necessária esta angústia pelos nossos pecados, para obter o perdão. Um dos oficiais papais adoeceu. O Santo Padre, que tinha grande estima pela sua bravura e santidade de vida, enviou um dos seus cardeais para lhe manifestar a sua simpatia e dar-lhe a absolvição. 'Dizei ao Santo Padre' - disse o moribundo ao Cardeal - 'que lhe estou muito grato pela sua ternura, mas dizei-lhe também que lhe ficaria infinitamente mais grato se ele rezasse a Deus para me obter a graça de um verdadeiro arrependimento dos meus pecados. Pois, de que me serve qualquer coisa, se o meu coração não se partir de angústia ao pensar que ofendi um Deus tão bom. Fazei, Senhor, se for possível, com que o arrependimento dos meus pecados seja igual à ofensa que vos fiz!'</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">E essa disposição é obtida pela oração - oração sincera e fervorosa: 'Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza. De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso Santo Espírito' (Sl 50,12-13). A este arrependimento, deve-se juntar naturalmente o firme propósito de não voltar a cometer o pecado; e este é o coração contrito e humilde que Deus não despreza. Desse modo, Ele o receberá novamente como seu filho e lhe restituirá todos os privilégios de um filho de Deus e herdeiro do Reino Celestial.</span></div></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-48484183244776907932024-02-26T10:39:00.000-03:002024-02-26T10:39:23.244-03:00A TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgId8eCS5M1MekM3G7f6zzC2WCJgr71Lfc_W4o-Xlz8X6S4haz8NLwMYhGjbZykSEQVzSTctr95qkK5N3Np3gUTTTI_8y8-er97FzKHK1X9HfcySt1hRMwyc5jVR_iUlqUGKYWeDyB9Ng8c8VkQt5r4EeioXB-Jy-Ru-lG1kK938vcDNfTXEDsFAkm4GQg/s640/zz16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgId8eCS5M1MekM3G7f6zzC2WCJgr71Lfc_W4o-Xlz8X6S4haz8NLwMYhGjbZykSEQVzSTctr95qkK5N3Np3gUTTTI_8y8-er97FzKHK1X9HfcySt1hRMwyc5jVR_iUlqUGKYWeDyB9Ng8c8VkQt5r4EeioXB-Jy-Ru-lG1kK938vcDNfTXEDsFAkm4GQg/s16000/zz16.jpg" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A beleza e a glória de Cristo transfigurado expressam a vida plena prometida por Deus aos que o amam e também a beleza e a glória da natureza humana renovada. No Tabor, a transfiguração de Jesus manifesta a transfor</span><span style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">mação gloriosa da natureza humana, outrora obscurecida em Adão, sob o esplendor da divina essência.</span> </span></p>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-27850000881782198352024-02-25T10:10:00.005-03:002024-02-25T10:15:56.741-03:00EVANGELHO DO DOMINGO<p style="text-align: center;"> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-tbZEJkzJ76A/XUi2AzermwI/AAAAAAAAIZ0/8GA5_FkIUWwVYI3n-HU7Jy4G-nZz1P2SgCLcBGAs/s1600/ZZ80.jpg" style="font-family: verdana; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="418" data-original-width="376" src="https://1.bp.blogspot.com/-tbZEJkzJ76A/XUi2AzermwI/AAAAAAAAIZ0/8GA5_FkIUWwVYI3n-HU7Jy4G-nZz1P2SgCLcBGAs/s1600/ZZ80.jpg" /></a></p><div><div style="text-align: center;"><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;">'Andarei na presença de Deus, junto a Ele na terra dos vivos'</span></b><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;"> </span></b><b style="color: #073763; font-family: verdana;"><span style="font-size: large;">(Sl 115)</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b><span style="color: #cc0000; font-size: medium;">Primeira Leitura (Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18</span></b><b><span style="color: #cc0000; font-size: medium;">) Segunda Leitura (Rm 8,31-34) Evangelho (Mc 9,2-10)</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b style="color: #2b00fe; font-family: verdana; text-align: justify;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"> 25/02/2024 - Segundo Domingo da Quaresma</span></b></div></div><p style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: verdana;"><span><b style="color: purple;"><span>13.</span><span> A TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR</span></b></span></span></span></p><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><div style="font-family: "times new roman";"><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/-L-B-ExRBRcg/VPMgr2XQUcI/AAAAAAAACo8/ltsPLQN_JIE/s1600/transf.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="456" src="https://1.bp.blogspot.com/-L-B-ExRBRcg/VPMgr2XQUcI/AAAAAAAACo8/ltsPLQN_JIE/w366-h456/transf.jpg" width="366" /></a></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div><div><div style="text-align: center;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">'Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha' (Mc 9,2). Uma alta montanha, o Monte Tabor. Como testemunhas da extraordinária manifestação da glória celeste e da vida eterna em Deus, Jesus conduz os três apóstolos escolhidos para o alto, numa clara assertiva de que é por meio do profundo recolhimento interior e da elevação da alma muito acima das coisas do mundo é que podemos viver efetivamente a experiência plena da contemplação de Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">'E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar' (Mc 9,2-3). No mistério da transubstanciação do Senhor, os apóstolos testemunharam antecipadamente alguma coisa dos mistérios de Deus. Algo profundamente diverso da natureza humana, pois nascido direto da glória de Deus. Algo muito limitado da Visão Beatífica, posto que deveria atender sentidos humanos: 'nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais passou pelo pensamento do homem o que Deus preparou para aqueles que o amam' (1Cor 2,9). Ainda assim, algo tão extraordinário e consolador, que perturbou completamente aqueles homens e, ao mesmo tempo, os moldou definitivamente na certeza da vitória e da ressurreição de Cristo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">'Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus' (Mc 9,4). A revelação da glória de Deus é atestada pela Lei e pelos Profetas, pelo Senhor da vida e da morte, pelos textos das Sagradas Escrituras. Naquele momento, se fecha a Lei e a morte (com Moisés) e se cumprem todas as profecias e se impõe a vida eterna em Deus (com Elias, que ainda vive). E, para não se ter dúvida alguma, Deus se pronuncia no Alto do Tabor em favor do Filho: 'Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!' (Mc 9,7).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Do alto do Tabor, a ordem divina ecoa pelos tempos e pelas gerações humanas a todos nós, transfigurados na glória de Deus pelo batismo e herdeiros do Tabor eterno: 'Escutai o que ele diz!'. Como batizados, somos como os apóstolos descidos do monte e novamente envoltos pelas brumas e incredulidades do mundo. Pela transfiguração, entretanto, somos encorajados a vencer o mundo como Cristo, a superar a fragilidade dos nossos sentidos, a elevarmos nosso pensamento às coisas do Alto, a manifestar em nós a glória de Deus como primícias do Céu, sob o consolo da fortaleza e da perseverança: 'Se Deus é por nós, quem será contra nós?' (Rm 8,31b).</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-60882619473130859902024-02-24T12:31:00.005-03:002024-02-24T12:31:26.846-03:00SOBRE O CONHECIMENTO E A LEI NATURAL<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Passemos a outra matéria que demonstra, por sua vez, a providência divina. Qual é essa matéria? Que Deus, ao formar lá no princípio o homem, imprimiu no seu ser uma lei natural. Mas, que é a lei natural Pôs-nos Deus interiormente a consciência e fez que tivéssemos por natureza o conhecimento do bem, e do mal, que é o seu contrário. Porque não necessitamos aprender que a fornicação é má e que a continência é boa, já que conhecemos isto desde o princípio. E para que vejas que sabemos isso desde o princípio, mais tarde, o Legislador, ao promulgar a lei, e dizer: 'Não matarás!' (Ex 20, 13), não acrescentou: porque o homicídio é mau, mas disse simplesmente: 'não matarás': proibiu, pois, somente o pecado, não ensinou.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Mas por que quem disse 'não matarás', não acrescentou 'porque o homicídio é mau'? Porque já antes a consciência nos ensinou isso e, por esta razão, o Legislador fala como com pessoas que sabem e entendem isso. Ao contrário, quando fala de utro mandamento, que não nos é conhecido pela consciência adulta, não se limita a proibir, mas acrescenta o motivo. Deste modo, ao estabelecer a lei do sábado, diz: 'No sétimo dia não trabalharás' (Ex 20, 10). E acrescenta o motivo do descanso. Qual é? Porque, diz, no sétimo dia Deus descansou de todos os trabalhos que tinha feito (Ibid). Então, diz-me, por que ao falar do sábado acrescentou a causa, enquanto que ao falar do assasínio não fez o mesmo?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Porque aquele mandamento não era dos primários, nem dos conhecidos exatamente pela consciência, mas para um tempo particular e por isso depois foi abolido. Pelo contrário, os necessários e que se prolongam na nossa vida são: 'não matarás, não fornicarás, não roubarás'. E por isso aqui não acrescenta nenhum motivo, nem introduz um ensinamento, basta unicamente a proibição.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Não somente por isso, mas também por outro motivo procurarei
demonstrar-vos como o homem é autodidata no
conhecimento da virtude. Adão cometeu o primeiro pecado
e escondeu-se imediatamente depois do pecado. Mas se não conhecia que tinha feito uma coisa má, por que se escondia? Não existiam ainda escrituras, nem lei e nem Moisés;
como conheceu o pecado para o qual se escondia? E não só se escondeu, mas também acusado, esforçou-se por deitar
a culpa a outro, dizendo: 'a mulher que me deste deu-me da árvore
e comi (Gn 3, 12); esta, por sua vez, deita a culpa a outro, à serpente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Repara na sabedoria de Deus: com efeito, tendo dito Adão 'Ouvi a tua voz e tive medo, porque estava nu, e escondi-me' (Gn 3,
10), Deus não lhe deitou na cara imediatamente o que tinha acontecido, nem disse 'por que comeste da árvore?', mas 'quem te disse que
estavas nu' (Gn 3, 11) senão por ter comido da árvore que lhe tinha sido indicado que não
comesse? Não se calou nem o repreendeu claramente; não se calou para o convidar a confessar o pecado; não o repreendeu
claramente para que não fosse todo seu (de Deus) e,assim, aquele ficasse
privado do perdão que nos veio pela confissão.
Por isso não lhe disse claramente a causa de onde procedia o conhe
cimento, mas falou em forma de pergunta para dar àquele
a oportunidade de confessar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Podes ver isto mesmo novamente em
Caim e Abel. Primeiramente ofereciam a Deus as primícias dos seus
trabalhos. Mostremos, não só pelo lado do pecado mas também pelo
lado da virtude, que o homem estava capacitado para saber ambas as coisas. Que, portanto, o homem sabia que o
pecado é mau, mostrou-o Adão; que também sabia que a virtude é
boa, tornou-o claro Abel. Sem ter sido ensinado por ninguém, sem ter ouvido uma lei que lhe falasse das primícias,
mas por si mesmo e instruído pela consciência, ofereceu aquele sacrifício. Por isso não falou dos seus
descendentes, mas dos primeiros homens quando ainda não havia escrituras, nem lei e nem profetas e juizes, mas
somente Adão e os seus filhos, para que vejas que o conhecimento das coisas boas e das contrárias estava fixado já de antes na natureza. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Como, pois, aprendeu Abel que é bom oferecer sacrifícios, que é bom
honrar a Deus e dar-lhe graças por todas as coisas? Então? Será que
Caim não ofereceu sacrifícios? Sim, também ofereceu, mas não do
mesmo modo. E, assim, põe-se novamente de manifesto o conhecimento
da consciência porque, efetivamente,
como invejava ao que tinha sido honrado e deliberava acerca do assassínio, escondia a decisão mentirosa. E que diz? 'Vamos! Saiamos ao
campo' (Gn 4, 8). Uma coisa é a aparência e a simulação da caridade;
mas outra distinta é a intenção e a decisão do fratricídio. Mas se pensava que não era mau o que tinha planejado, por que razão o escondia? Uma vez cometido o assassínio, interrogado novamente por Deus: 'Onde está o teu irmão Abel?', disse: 'Não sei! Sou eu, acaso, guarda do
meu irmão?' (Gn 4, 9). Por que nega? Não está claro que se condena
duramente a si mesmo? Do mesmo modo que o seu pai se tinha escondido, assim também o faz.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">... Como se manifesta isto? Por aquelas coisas pelas que se castigou outros
que pecaram, pelas que se promulgou leis, pelas que se instituiu tribunais.
Paulo, manifestando isto, dizia dos que vivem no vício: 'os quais
conhecendo a justiça de Deus, segundo a qual os que fazem tais coisas
são dignos de morte, não só as fazem, mas aprovam inclusive aos que
as fazem' (Rm 1, 32). E como souberam que é vontade de Deus
que os que vivem na maldade sejam castigados com a morte? Como?
Se, efetivamente, não crês que o homicídio é mau, ao apanhar um
homicida, não o castigues com o teu voto; se não crês que cometer
adultério é mau, quando te encontrares com um adúltero não o castigues.
Mas se escreves leis contra os pecados de outros e determinas castigos,
e és severo, que defesa podes ter naquelas coisas em que tu próprio
pecas? Dizendo que desconheces o que se deve fazer? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Pecaste tu e
aquele. Porque castigas àquele e te consideras a ti próprio digno de
perdão? Se não sabias que o adultério era mau, não deve ser castigado
nenhum dos dois; se castigas o outro e pensas tu fugir do castigo como
poderá parecer racional que os réus dos mesmos crimes não sofram
o mesmo castigo? (...)
Posto que, com efeito, dará a cada um conforme às suas obras, pôs
por isto em nós a lei natural e, mais
tarde, deu-nos a lei escrita, para impor penas aos pecadores e
coroar os que atuam retamente. Atuemos, pois, nas nossas ações com
grande cuidado e como pessoas que tem que apresentar-se ao juízo
tremendo, sabendo que não gozamos de nenhuma indulgência, se depois
da lei natural e escrita e de tanta
doutrina e de contínuas advertências, ainda descuidamos da nossa salvação.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">(Das Homilias das Estátuas, aos cristãos de Antioquia, de São João Crisóstomo)</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4013314849818760833.post-47500190822733588202024-02-23T11:11:00.001-03:002024-02-23T11:11:56.686-03:00TRABALHA E LUTA, COMO UM BOM SOLDADO DE CRISTO!<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><i>Labora sicut bonus miles Christi</i> (II Tm 2,3) - Trabalha como um bom soldado de Cristo.Os combates pelo amor são longos e por vezes difíceis, e toda alma, por pouco generosa que seja, verifica em si mesma, em dados momentos, um movimento de depressão que se chama desânimo. Essa depressão nasce insensivelmente da acumulação de contratempos e reveses sucessivos. A alma sente-se abatida depois, de repente, de um acidente qualquer, de uma pequena indisposição, de uma fadiga corporal, de uma palavra de repreensão, de uma falta de atenção que sobrevém a nosso respeito e, então, a alma desanima.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Então tudo se torna pesado. A conversação espiritual é insípida, os livros que de ordinário a estimulavam perdem o sabor, os exercícios espirituais tornam-se um ônus intolerável. Nada a encoraja, tudo a aborrece e a desgosta. A vida espiritual parece uma ilusão; atingir-lhe o cimo, uma impossibilidade. E ela senta-se tristemente a meia encosta sem forças para as alturas. Eis, por certo, um sério obstáculo, que impede por vezes o caminho às almas mais resolutas. Importa procurar as causas do desânimo e os meios de frustrar-lhes a influência paralisante.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Antes de tudo, o que deve consolar-te, alma piedosa, é não seres tu a única, sujeita a essas depressões passageiras. As melhores almas sofrem por vezes desse mal. Jesus, em sua infinita sabedoria, permite de bom grado que as almas mais dispostas sintam algumas vezes sua impotência pessoal. 'Não é extraordinário' - como diz São Francisco de Sales - 'que a miséria se sinta por vezes miserável'. Não é de estranhar que a natureza se canse e não queira mais avançar. Não é de admirar que o nosso corpo, como o asno de Balaão, recuse às vezes, os seus serviços e, insensível aos golpes, se deixe abater antes que nos conduzir.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A razão dessa canseira é quase sempre uma série de exercícios espirituais e trabalhos exteriores por demais longa. É preciso que tudo se faça com medida e não exigir do corpo e do espírito senão o que eles podem razoavelmente dar. É preciso, pois, repousar, confortar-se a tempo, e depois dizer com nova energia: 'Vamos! Ainda um pouco de tempo, o cimo já não está tão longe, Deus ajudará. Para frente!'</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Os sentidos do homem são inclinados, desde tenra idade, para o sensível e fascinados pelos objetos exteriores. A razão não conhece a existência de Deus, senão por um trabalho de educação. Tudo que ele sabe do mundo sobrenatural sabe-o por ouvir dizer! E esse ser tão ínfimo, tão ignorante e tão inclinado para o mal, que somos nós, quer aspirar, por um esforço contínuo, a tornar-se amante apaixonado de uma beleza superior. Quer esgotar, para atingir esse ideal, todas as forças de sua alma e de seu corpo, e a cada inspiração, a cada apelo apenas perceptível, de uma graça invisível, quer elevar-se ainda mais alto.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Esse homem fraco, feito de sangue e de pó, propõe-se renunciar a todas as aspirações animais, modificar-se, contradizer-se, corrigir seu raciocínio e seu coração, não uma vez por acaso, mas sempre, e isso sob a influência de um agente misterioso que ele não vê e no qual crê e cujo socorro implora. Não, uma vida tão heróica só pode ser levada graças a uma luta incessante. Como é belo ver esse homem, exposto a todas as seduções, a todos os ataques do mundo e do inferno, a todas as conivências íntimas, voltar-se para Deus, impertubavelmente, apesar de suas fraquezas!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Também a santidade não exclui a luta, ela a supõe e a exige. A perfeição na terra não é o repouso nem o prazer. Não é um estado fixo. É uma ascensão para Deus, uma continuidade de esforços, uma tendência incessante para aproximar-se do ideal sobrenatural: a<i>d ea vero quae priora sunt extendens meipsum</i> (Fp 3,13). Toda santidade no mundo é relativa; pode e deve aumentar continuamente. Quanto mais a alma se une a Deus, e afunda-se na sua infinidade, tanto mais os espaços se estendem e os horizontes se ampliam. É o infinito a atravessar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Afasta, pois, de teu espírito essa falsa ideia de que aqui na terra encontrarás repouso. Não estás no mundo para se deleitar de Deus, mas para amá-lo no trabalho, no sofrimento e na luta. E se há luta, haverá quedas algumas vezes; o soldado que combate valorosamente expõe-se a golpes e ferimentos, porém suas cicatrizes são para ele títulos de glória. Muitos há que não distinguem, na vida espiritual, a parte que lhes pertence e a que pertence a Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;">(Excertos da obra 'O Divino Amigo', do Pe. Schrijvers)</span></div>Arcos de Pilareshttp://www.blogger.com/profile/05014616544664046597noreply@blogger.com